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𝟬𝟭. 𝗮 𝗻𝗼𝘃𝗮 𝗲𝗾𝘂𝗶𝗽𝗲

․⚬་◦➣ A NOVA EQUIPE.

RAPHAEL BATE A PORTA do carro. O posto onde estavam era tão mal cuidado que parecia abandonado, com o piso de madeira gasto e as tintas das paredes descascando. Mas diferentemente do irmão, Ravena até via beleza em todo aquele muquifo cheio de poeira nos cantos.

Ela cutuca o canto da face próximo ao olho, a área antes atingida pelo anjo agora marcada pelo roxo, e faz uma careta devido ao incômodo.

─ Tem certeza de que é aqui? É nojento! ─ O homem revira os olhos, evitando tocar em qualquer parte daquele lugar.

─ Foram as coordenadas do Dean. ─ Diz, dando de ombros, tentando se acalmar.

Há quanto tempo não via ele? Uns seis anos? Ela se perguntava como deveria agir, se seria amigável e, principalmente, como tudo ocorreria. Certamente não sentiria nenhum entusiasmo ─ era o que dizia para si ─; só queria acabar com aquilo e voltar para sua vida normal.

Mesmo assim, mal conseguia parar de tremer as mãos e sabia que não era por frio.

─ O Dean, né? ─ Raphael diz, chamando a atenção da loira. ─ Vocês não veem há bastante tempo... será que olhos roxos ainda são atraentes para ele?

Ravena sabia que aquilo era para distraí-la; piadas estúpidas relacionadas ao assunto de seu nervoso costumavam ajudar, faziam sua preocupação diminuir... mas não naquele momento.

Quando o negro percebeu, o sorriso no rosto sumiu e ele esticou um dos braços para ela, chamando a Melvac silenciosamente para um abraço. Assim ela fez.

─ Vamos dar um jeito, está bem? ─ Ele diz, beijando sua testa. ─ Sempre damos um jeito.

De alguma forma, aquilo ajudou. Ela sabia o quão forte era o laço dos dois, independente de não serem irmãos biológicos. Ravena sempre protegeu Raphael, e Raphael sempre protegeu Ravena. Isso nunca iria mudar e era o único conforto que ela tinha na vida.

Mais alguns minutos esperando, os dois escutam o som gradativo de rodas e o motor de um carro roncando. Quando se viraram, era um clássico de cor preta do qual ambos não se lembravam o nome do modelo.

De dentro do veículo, dois homens saíram e Ravena conteve para si a maldita sensação na barriga.

Enquanto Dean e Sam se aproximavam, os irmãos Blackburn e Melvac procuravam se recompor, ambos ajeitando a postura enquanto observavam os outros em silêncio.

─ São eles? ─ De canto, o mais alto cochichou para o loiro, mesmo que audível para todos dali. Dean, por sua vez, apenas confirmou com um movimento de cabeça.

─ Está tudo bem? ─ É a primeira coisa que fala, a voz mais rouca do que Ravena se lembrava. Momentaneamente, ela se enfureceu consigo mesma por estar com um olho roxo.

─ Nada demais. ─ Ela responde, a voz um pouco falha. Tentava não olhar nos olhos de Dean porque, de alguma forma, se sentiria desarmada. Ela se arrependia tanto do modo como tudo acabou e a última coisa que queria era se culpar novamente por algo que não foi culpa dela. Parcialmente.

Dean curvou os lábios.

─ Continua durona, né? ─ Desta vez, a mulher declara impossível não encarar o homem, observando o sorriso com cautela, a naturalidade com a qual ele reagia a toda aquela situação. E ela só não sabia como reagir a aquilo.

E de fato, não reagiu. Apenas encarou o homem por longos segundos, despertando um silêncio realmente irritante. Principalmente para Raphael, que sabia de tudo.

─ Você deve ser o Samuel. ─ Ele diz, chamando a atenção de ambos os Winchester. Levantou a mão a fim de cumprimentar o homem, que retribuiu o gesto sem demora. ─ Prazer, Raphael Blackburn.

─ Pode me chamar de Sam. ─ Amigável, o moreno responde, simpatizando com o homem que lhe parecia sociável.

─ Não vamos tomar muito do tempo de vocês, sabemos o quão ocupados os irmãos Winchester devem ser. ─ Ele diz, encarando a irmã por alguns segundos. ─ Só precisamos de todas as informações que tiverem sobre anjos.

─ Anjos? ─ O loiro questiona, encarando Ravena. ─ Foram perseguidos por anjos? Por quê?

─ É o que queremos saber. ─ Ela responde, acomodando as mãos nos bolsos de seu casaco. Num curto suspiro, ela passa a explicar a situação. ─ Estão me caçando há semanas.

─ Quase dois meses. ─ Raphael especifica.

─ Antes eram só demônios. Eles tinham comportamentos estranhos e só tinham a intenção de me matar. No início pareceu ser coincidência, mas depois... ─ Ela encarou o irmão.

─ Eles nos encontravam. Davam um jeito de achar nossa localização e nunca falavam nada. Tentamos arrancar alguma informação, mas nenhum dos cinco abriram a boca.

─ Cinco demônios? ─ Sam perguntou, o cenho franzido revelando surpresa.

─ Oito no total. Não tivemos a oportunidade de tentar nada dos outros três.

─ E aí há três dias atrás, foi um anjo. ─ Ela suspira. ─ Felizmente o idiota não conseguiu manter a boca fechada. Eles são tão convencidos assim?

Com caretas nada discretas, os irmãos confirmam que sim, fazendo Ravena sorrir.

─ Ele disse que era uma corrida, e que seria vantajoso para ele ter o máximo de mortos possíveis.

─ Estão matando caçadores? ─ Dean pergunta, contorcendo a face em confusão.

─ Estão matando as crianças de Azazel. ─ Ravena diz, por fim, as sobrancelhas curvadas diante do frio e da dor no rosto e corpo. ─ Só precisamos de um material mais amplo de pesquisa e cuidamos disso.

─ De jeito nenhum. ─ Raphael e Ravena olham para o Winchester, ambos surpresos e até mesmo irritados. Sem se importar com os olhares, Dean prossegue: ─ Você não teria me ligado se não fosse realmente preocupante. Nós dois sabemos disso.

─ Dean... ─ Ela começa, mas logo é cortada.

─ Me desculpe, mas o que quer que estejam tramando, parece grande e vamos ajudar. Estamos ligados a isso também. ─ Sam diz, dividindo a atenção entre os dois irmãos. ─ Vai ser mais rápido se tiver mais gente.

─ Ou apenas mais trabalhoso. ─ Raphael diz, o semblante sério. ─ Com todo o respeito, mas trabalhamos sozinhos.

─ Temos um lugar para vocês ficarem, vai ser difícil de te localizarem lá. ─ Dean fala, encarando a ex. ─ Quando isso acabar, cada um segue seu caminho.

Ravena e Raphael se olham, e era como se decidissem se iriam ou não aceitar aquilo. Ambos eram orgulhosos demais para pedir ajuda, mas ficaram quase dois meses se arriscando para obter um mínimo de informações. E precisavam ser rápidos, pois não sabiam o quanto a Melvac iria aguentar.

Entre olhares e sobrancelhas erguidas, era como se brigassem entre si, até que Raphael suspirou, coçando o rosto logo em seguida.

─ Está bem. ─ Diz, por fim, e joga a não para o alto. Encarando os irmãos Winchester, ele prossegue. ─ Só até resolvermos isso; depois é cada um por si.

Lançou um olhar exclusivo para Dean, estressado com a ideia de a irmã trabalhar com o homem novamente. Ele era como a inspiração pra música de Bad Blood e tudo o que o mais velho queria era a irmã longe de decepções novamente. Mesmo que Dean parecesse um bom sujeito, Raphael não se deixaria levar por ele. Não como a Melvac deixou.

─ Ótimo. Vamos levar vocês até o Bunker. ─ Samuel diz, entrando no carro logo depois do irmão.

Quando Raphael faz o mesmo, observa Ravena com cautela.

─ Tudo bem? Vamos fazer isso mesmo? ─ Ele pergunta, segurando com as mãos o volante do automóvel.

Ela balança a cabeça de modo positivo.

─ Não foi tão ruim. O máximo que pode acontecer é nós transarmos de novo. Você viu só aqueles músculos? ─ Ela se vira no assento, fazendo uma careta exagerada para animar o irmão. Felizmente, ele ri.

─ Ele é gostoso mesmo, mas eu prefiro o mais alto. ─ Solta, dando a partida assim que os irmãos Winchester fazem o mesmo, e escuta a risada de Ravena levemente sobre o motor do carro.

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