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‣ Thoughts


Pensamentos

BEATRICE

Infernal esse caso. Ver todos aqueles que eu amo chorando sobre um caixão com um corpo que nem é meu. Eu quero saber de quem é? Não, obrigada.

Até que é um evento e tanto, as ruas se enchem, claro, foi o xerife adorado dessa cidade que perdeu as duas filhas de uma vez. Por quanto tempo eles teriam histórias para contar sobre a gente! Quais seriam suas versões do caso real? Jovens brigam com o pai e sofrem acidente brutal no meio da estrada. Eu visualizo o nome na manchete. Será que Eric ou Ângela vão escrever sobre isso no jornal da escola? Eu talvez me sentisse honrada. Mas eles não tem nenhuma foto de Bella. Assim como eu.

Depois de deixar meus presentes de despedida na porta da casa de Katlyn e Verônica, Jasper recolheu meus cacos e eu fiquei enchendo o saco de Alice para saber a reação de cada um deles. A vidente me poupou de detalhes, é algo generoso, mas eu não preciso exatamente desse tipo de doação. Eu quero sentir as dores, porque se eu não sentir tudo de uma vez, terei que lidar com elas com o tempo, com a culpa para o resto de minha vida. E ela agora será muito longa. Eu não consigo.

O engraçado é que o tempo parou para mim e não para o resto do mundo. Depois deste enterro emocionante, eles vão voltar para suas casas, jantarão com suas famílias e dormirão cedo porque amanhã ainda tem trabalho, ainda tem escola.

Que merda, eu não terminei o ensino médio. Que merda.

Eu estou com Jasper a uma distância extra segura de minha família e ocasionais amigos, conhecidos. Posso vê-los a um quilômetro de distância, escondida entre os galhos das árvores, certa de que eles não me encontrariam mesmo que procurassem. O vento está a meu favor, Alice garantiu. Imagina a desgraça que seria se eu sentisse uma pequena brisa vinda de tantos corpos quentes e cheios de vida. Será que os Cullen me ajudariam a dizimar a cidade inteira apenas para apagar meus rastros? Não deixo de me perguntar por um momento quem seria minha primeira vítima.

Cheiros... o olfato é realmente muito interessante, não duvido que poderia me guiar completamente por ele caso precisasse, tudo parece muito... simples. As coisas são muito mais certeiras, meus sentidos parecem que nunca vão errar. Porra, agora eu sou ainda mais foda. Imagine como meu narcisismo aumenta?

Pensamentos frívolos são minha válvula de escape, não vou me desculpar. Isso quando eu não me concentro para não pensar em nada. Eu penso em tudo, não me aprofundando em coisa alguma porque eu me conheço e sei como meus pensamentos podem se distorcer e se voltar contra mim. Mas este momento torna o meu pessimismo inevitável, por mais que eu tente.

A maioria das pessoas estão de preto, claro, tantos estão chorando, mas quantos deles já vieram falar diretamente comigo sequer? Não seja tão fria, Beatrice, eu me repreendo, é um momento muito triste, estão sendo solidários com seus pais. Não deve existir dor maior do que a de perder um filho.

Queria ter pego aquela blusa de Charlie, devia ter pego minhas lembrancinhas esquisitas e aleatórias, mas... não consegui pegar nem mesmo uma foto de lembrança, uma coisa simples para guardar no bolso.

Não me lembro com clareza de nada nem mesmo da semana passada, minhas memórias de humana são vagas e nebulosas. Eu tinha o direito de pegar uma foto, mas por que eu precisaria de uma, se meus olhos já são a melhor câmera, e minha mente o melhor armazenamento? Na minha escrivaninha tinha um retrato, uma foto minha com Katlyn no aniversário dela de junho do ano passado, eu olhei na direção daquele retrato por um segundo e a lembrança era completamente fresca em minha mente, até os pequenos arranhões na imagem, cada defeito e cada perfeição. É um pouco difícil pensar no sorriso dela naquela foto e encarar seu rosto chorão agora, inchado, ela abraçando a mãe, tremendo sem ser de frio.

Vou sentir falta da minha cacheada, minha lufana, minha irmã de outra mãe. Minha alma gêmea, aquela garota que eu tanto amo e que me dava tanta razão. Alice está lá, rondando-a. Os outros Cullen também, falando que a perda trágica também abalou seus filhos, eles não conseguiram vir. Tento me consolar de que minha família vai ficar segura com a vidente do seu lado, mas eu não consigo.

Nada supera o pensamento de que a única capaz de proteger quem eu amo, sou eu mesma. E agora que eu sou mais que capaz, eu vou fazer isso. Ah, se vou.

Carlisle está consolando meu pai. Meu velho é forte e se mantem firme, como sempre. Ele é minha rocha... eu esperava poder lhe oferecer o mesmo amparo que ele sempre me deu. Renée já não se mantem tão firme, os cabelos ruivos dela são chamativos em meio a multidão de roupas pretas e cinzas. Eu queria poder abraçá-la, mas como um meio para me preservar, desvio o olhar dela, a última imagem que terei de minha mãe depois de tantos anos e durante um bom tempo será ela chorando nos braços daquele jogador que eu espero mesmo que seja bom o suficiente para cuidar dela. Porque se não eu vou fazer uma visitinha para ajeitar as coisas.

Sabe como é, ninguém nunca vai ser bom o suficiente. Essas coisas. Respiro fundo, o ar dança em meus pulmões, a sensação é um tanto engraçada. Mas há algo mais engraçado ainda na multidão.

— Olha só— comento ficando de pé no galho daquele pinheiro que me aguentou até então. É a primeira coisa que eu falo com Jasper em horas. Ele é a melhor companhia que eu poderia pedir, não força assunto tampouco fica em cima de mim. Atraio seu olhar, noto seu rosto se virando para mim na visão periférica, mas meu olhar está fixado em outro rapaz— Harry veio ao meu enterro— comento, Jasper não demora a encontrá-lo também. Vejo de canto, meu loiro revira os olhos e isso consegue me arrancar um sorrisinho antes de voltar a olhar Harry junto de seus pais.

Aquele psicopata filho de uma puta. Talvez eu devesse acabar com ele de uma vez, ainda não estamos completamente quites, eu só aceitei uma trégua. Eu ainda quero acabar com sua raça e torcer sua coluna, mas não acho que Carlisle vai me apoiar se eu virar uma mercenária tão cedo, ainda que eu duvide só um pouco que eu posso matar com tanta frieza. Isso não significa que eu não vá tentar, mas não vamos pensar nisso. Tenho de ser receptiva e tolerante em primeiro momento, posso precisar mesmo de sua ajuda enquanto vou atrás de Victória.

Planos e mais planos, tantas coisas ocorrem em minha mente, mas eu tenho que ser cuidadosa porque assim que eu matar Victória, meu alvo seguinte vai complicar as coisas.

Tento não programar nada com firmeza em relação a Edward. Alice veria, fora o óbvio, o desejo estampado na minha cara, que eu estou atrás de seu maninho e eu sei que Jasper não vai se voltar contra sua família por mim, seria pedir demais e, além de tudo, eu também não faria o mesmo por ele. Família é família, nada está acima disso.

Se a situação fosse contrária, talvez eu até matasse os Cullen para que não houvesse retorno, porque eu faria qualquer coisa para proteger Bella. Céus, como eu quero matar Edward!

Eu nunca senti tanta raiva assim nem mesmo de Harry.

Sinto a mão de Jasper tocando a minha sobre o tronco. Ele como ninguém está sentindo a montanha russa de emoções em mim. As minhas paranoias me levando ao ápice do ódio e á depressão mais intensa. Essa tempestade que pode me afogar.

— Desculpa— murmuro mais uma vez. Ele deve estar cansado de ouvir isso e eu estou cansada de dizer.

Uma coisa que me faz pensar também é como vai ser quando eu for atrás de Edward. Porque eu vou. Eu realmente não queria afastar Jasper, tampouco magoá-lo. Mas isso tudo é tão difícil de processar. Eu estou tão, tão, tão puta.

Eu não consigo ser um ser superior! Eu não consigo perdoar! Realmente.... eu tenho que tomar cuidado daqui para frente. Afasto minha mão da dele. O frio está intenso em Forks, mas isso não supera o frio que cresce entre nós.

Eu sinto tanto por ele. Eu realmente gosto de Jasper. Ele me faz bem. O problema é que o irmão dele matou minha irmãzinha quando existia perfeitamente a opção de deixá-la se transformar. Quanto transtorno poderia ter sido evitado se Edward simplesmente tivesse deixado Bella se transformar comigo!

Eu estou com ódio, estou confusa com essa nova vida, eu quero abraçar Jasper, mas também sinto que preciso afastá-lo para não o machucar também. Ainda mais. Que egoísmo será, fazê-lo sentir a mesma dor que eu sinto agora além de ter que sentir o quanto isso afetará toda sua família.

Como vai ser depois que eu me vingar? Eu não sou burra, sei que nada do que eu fizer vai trazer minha irmã de volta, mas eu sinto que preciso vingar o nome dela, além de extravasar a minha raiva corrosiva. Ela era tão jovem e agora, em breve, será esquecida pelos outros como todos aqueles que cada vampiro perdeu em sua vida. Não quero esquecer o rosto dela como Jasper esqueceu o de suas irmãs, de toda sua família.

Tem tanta coisa na mesa que eu nem sei como vou continuar. Só tenho certeza que não vou conseguir parar. Eu nunca paro, eu não sou disso, mas pela primeira vez eu posso fazer muito além do que eu jamais fiz. Eu olho para Jasper, o loiro já me encara com a testa franzida, o garoto mais belo que eu já vi na minha vida está sério, talvez magoado porque eu puxei minha mão?

Tem certeza mesmo que não consegue ler meus pensamentos, querido?

As consequências seriam muito mais sérias do que uma mera suspensão. Eu estou mesmo disposta a perder Jasper para vingar Bella?

Eu queria não pensar com tanta certeza na resposta, e eu também não quero afastá-lo.

Há um impasse aqui.

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