‣ Paper rings
꧁ Anéis de papel ꧂
Horas treinando e nada. Nenhum novo dom se exibe, Beatrice não se conecta, não sabe como. E ela tenta, mas sua paciência se esgota em gotas com tanta pressão. Benjamin a disse para se concentrar em suas emoções, Kate disse que ela não pode, isso é perigoso, ela tem que usar a cabeça, Zafrina a disse para visualizar. Houve confusão, que porra ela tem que fazer? Isso é para treinar o que ela já sabe ou tentar se conectar algo novo? Jasper sente de longe o nervosismo de Beatrice crescendo com a proximidade sufocante de todo mundo e ele serpenteia pelos vampiros, abre caminho, agarra o pulso de Beatrice e simplesmente a arrasta dali sem se importar com o que os outros vão pensar.
— A gente precisa mesmo de um tempo. Sabe, só eu e você— ele justifica levando-a para garagem— Já é noite mesmo, talvez a gente possa passar em alguma loja de Port Angeles...— ele pensa em voz alta.
— Obrigada, Jazz, de verdade, mas eu tenho que me concentrar, arranjar um jeito de... de lidar com isso tudo!— ela gesticula sentindo-se cansada, ele para perto de um dos carros importados, gira a chave na sua mão livre e levanta a sobrancelha.
— Vai recusar a chance de passar um tempo só comigo?— faz-se de magoado, com um biquinho. Beatrice geme e se encosta em Jasper, deitando a cabeça no ombro dele, sem retribuir seu abraço.
— Eu estou exausta, Jazz— ela diz baixinho.
— Vem, vai ficar tudo bem, minha linda— ele beija a têmpora dela e passa a mão nos seus cabelos selvagens— Só vem comigo agora, ok? Prometo te ajudar com o resto mais tarde. Mas para lidar com isso tudo, você também precisa de uma pausa— ele sussurra, tampouco quer que os outros ouçam, tampouco pode impedir— Está exigindo muito de você, pare com isso agora.
— Eu não consigo impedir, sinto que preciso proteger você, e eu posso, só não sei que botão apertar para saber mais do que eu posso fazer!— ela pousa as mãos no quadril dele. Aquela era uma direta bem clara. Jasper é quem mais importa ali.
— Eu não preciso de proteção, vai ficar tudo bem com a gente— ele segura o rosto dela, Beatrice o encara com ceticismo: acredita mesmo nisso? Ela levanta a sobrancelha, é claro o que ela pensa. Jasper aponta a cabeça para a garagem, eles não estão sozinhos, não tem como ele ser sincero, não pode desmotivar os outros— E você precisa descansar um tempo, vai ser melhor para todo mundo. Vem comigo, Tris— ele pede com mais jeitinho. Beatrice sorri.
— Eu estou descalça— ela aponta— E duvido que vou poder mostrar tanto de mim lá fora, e se alguém me reconhecer?
— Vem— ele corre com ela para os quartos fingindo não reparar nos visitantes e a enfia no closet de Alice. Beatrice pega saltos e uma jaqueta de couro preta, Jasper a mede de cima a baixo com um sorrisinho divertido— Pensei que para não chamar atenção você trocaria de roupa...
— Ah, eu sei, mas eu gostei tanto desse vestido para não... É, você está certo— ela faz bico levando as mãos a barra do vestido. Jasper segura seu pulso a impedindo de tirar a roupa.
— Momento algum reclamei— ele afirma, ela hesita, indecisa e por fim apenas suspira. Não vai se esconder tanto quanto deveria, mas... dane-se.
Eles saem de casa sendo vigiados por cada vampiro, como se a guerra tivesse já começado e eles estivessem fugindo com o rabo entre as pernas. Assim que eles se afastam com o carro, Alice tem a visão que sua paz só duraria mais um dia. Eles precisavam e mereciam essa pausa, porque quando retornarem para casa, o estresse vai aumentar ainda mais. Beatrice leva a mão ao rádio pronta para ligá-lo, mas Jasper bate na sua mão a obrigando a recuar, ela o encara surpresa.
— Jasper— ela sorri.
— Se quiser ouvir música, vai ter que cantar— ele levanta as sobrancelhas em desafio, relaxa no banco enquanto dirige para fora de Forks e a encara sem se importar com a estrada. Beatrice o encara cética e cruza os braços— Vamos, por favor, eu sinto falta de te ouvir cantar!— ele sorri charmoso e mexe com os sentimentos dela para facilitar na manipulação, bem discretamente.
— Você fala como se eu soubesse cantar!
— Claro que sabe cantar, sabe também que faz isso muito bem— ele cerra os olhos.
— É, eu sei— ela dá de ombros com um sorriso metido— Só falei para ouvir você babar meu ovo mais uma vez.
— Com certeza, e ainda tem um de nós tentando ser humilde!— ele zomba.
— O que deseja ouvir, senhor?— ela finge limpar a garganta.
— Seus gemidos, mas acho que essa é em outra frequência— ele brinca e leva um soco no ombro de resposta, com risos— Nossa música. Quero a nossa música.
— Nós não temos uma música— ela implica.
— Claro que temos! Sua memória humana é fraca, né? Cante para mim o quanto você fica louca de amores por mim.
— Não está me pedindo para cantar Beyoncé, está?
— A diva Beyoncé— Jasper estala os dedos para que Beatrice se toque do que está falando e a morena gargalha— É a nossa música e, a menos que você vá escrever outra do zero, sugiro que abra essa sua boca, minha linda.
— Cuidado com as palavras, eu posso entender outra coisa— ela provoca, coloca mechas do cabelo atrás da orelha. Jasper manda um beijo para ela, sorrindo para a cara maliciosa da sua esposa.
— Tris...
— Eu estou nervosa, espera!— ela se encolhe e bate na coxa dele, Jasper leva a mão a nuca dela e a puxa para um beijo.
— Vai dizer que é sua primeira vez?— ele sussurra debochado, o rosto a centímetros do dela. Beatrice o rouba mais uns selinhos, agarra a gola da sua camisa.
— Encosta o carro que eu canto pra você o quanto quiser— garante.
— Armadilha!— Jasper a afasta— Encontro! Romance!— ele se lembra focando os olhos na estrada. Beatrice sorri maliciosa, está escuro, eles estão no único carro que ilumina a via. Beatrice passa a língua nos lábios e cruza as pernas, fazendo com que seu vestido deslize e mostre mais de suas coxas, ela sabe que ganha a atenção de Jasper, mas ele resiste— Você é muito sacana— ele balança a cabeça, o olhar se voltando continuamente para as coxas dela. Ele pisa mais no acelerador. Beatrice se inclina na sua direção colocando a mão na coxa dele, aperta-o e aproxima os lábios do pescoço dele.
— Eu quero te foder agora, você não quer me foder?— ela sussurra em tom sensual.
— Para cantar você fica tímida, mas para me atiçar...— ele diz entre dentes. Ele vai parando o carro no acostamento. Beatrice dá uma risadinha maliciosa e baixa.
— Fácil..— ela zomba.
— Cala a boca— ele diz desviando dela para ir se sentar no banco de trás. Ela se livra dos saltos cantarolando Crazy in love e vai atrás do loiro, montando em seu colo com um sorrisinho cínico. Jasper cantarolou baixinho com ela, mas logo eles se silenciaram com um beijo.
As mãos dele pousam nas coxas dela conforme seus lábios se encaixam num beijo carinhoso e intenso. Suas línguas se juntam em pouco tempo para suprimir a ansiedade, ela emaranha os dedos nos cabelos dele e os puxa começando a rebolar em seu colo. As luzes do carro se apagam pela falta de atividade e o clima fica mais gostoso.
Jasper a ajuda a tirar a jaqueta e levanta seu vestido ao passo que Beatrice abre os botões de sua calça. Beatrice sorri entre os beijos, excitada em todos os sentidos da palavra, ela mantém os olhos fechados e cola sua testa com a de Jasper, com os narizes lado a lado e as bocas a poucos centímetros de distância ela sussurra:
— Eu te amo— Jasper segura a cintura dela com firmeza, Beatrice tem certeza que isso lhe daria cócegas.
— Eu te amo, Antonella— eles abrem os olhos, estão muito perto e começam a rir pela aparência vesga um do outro, mas não se afastam. Ela segura o rosto dele com as duas mãos.
— Se casa comigo de novo— ela sussurra— Eu estou apaixonada por você.
Jasper sente a alegria o consumir e o sorriso se alarga em seus lábios.
— Eu me caso. Mesmo que só tenhamos anéis de papel— ele prometeu porque também está apaixonado, não há nada que ele não faça por ela. Nada.
— Vamos dançar com as estrelas, amor— ela o beija de novo. Só mais um beijo.
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