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‣ Dear Tris

Querida Tris

Beatrice encarou o loiro por um longo momento, sem palavras.

— Isso não faz sentido— concluiu— Por que fugiria de mim?

— Você me deixa em pânico.— Jasper resumiu, o estômago de Beatrice se encheu de borboletas.

— Como assim?

— Não me obrigue a responder isso.— Jasper pediu a olhando seriamente por um longo momento, Beatrice piscou algumas vezes desconcertada com a intensidade do olhar dele, baixou a guarda e cruzou os braços.

— Acho que não tenho muita escolha— Reclamou, Jasper sorriu de canto.

— Muito provavelmente não.

— Mas você me seguiu de novo hoje. Vejo que essa coisa de "proteger" é bem séria.— ela falou fazendo aspas com dedos, Jasper não respondeu, zangado por ter precisado se expor.— Quando começou?

— O que exatamente?

— Quando você começou a me ver? Se importar— perguntou. Jasper precisou hesitar um segundo antes de responder, o coração dela batia forte, apesar das perguntas em tom firme, ela estava nervosa.

— Quando sua irmã chegou à cidade, Edward estava tentando ouvir os pensamentos dela quando ouviu você apresentando a gente. Foi quando ouvi que você gostou de mim e foi quando finalmente a vi.— Jasper contou, o nervosismo de Beatrice foi substituído pela vergonha.

— Pensei que sempre tinha sido bem óbvia em relação a isso de ter gostado de você— admitiu.

— Talvez, mas... eu não sou muito eu mesmo quando estou entre humanos. Não os ouço nem os vejo. Por favor, não se ofenda.— acrescentou depressa a olhando com anseio de que a magoasse.

— Eu imaginava isso, você nunca pareceu estar lá de fato.— ela riu pouco, sem humor. Ficaram em silêncio por um momento, encarando a estrada.— E o que acontece agora?

— Eu te levo para casa.— falou ele como se fosse óbvio.

— Mas não vai sumir, vai?

— Não acho que vou.— disse ele, pensativo— Eu não quero e quero ao mesmo tempo. É irritante... a indecisão.

— Sobre o que é tão indeciso?— continuou ela. Jasper se concentrou na estrada a sua frente antes de responder.

— Se vou me abrir ou não... Beatrice, o que Edward lhes disse depois que eu saí?— perguntou, curioso. Beatrice estranhou a sua fala imaginando que ele queria mudar de assunto, mas pensou na resposta.

— Ele e Bella se enfiaram num casulo de intimidade, foi bem desconfortável para mim. Era um querendo que o outro ficasse.— a morena fez careta.

— Não mencionou nada sobre minha família?

— Nada fora o que falamos na sua frente. Por que?

— Conhece Alice, não conhece?— Jasper continuou, Beatrice apenas assentiu, observando o rosto magnifico dele, tentando ver onde chegaria— Alice é minha melhor amiga e ela tem um dom bem... interessante. Ela pode ver o futuro das pessoas, sendo mais sensível a gente da nossa espécie.— ele contou e deixou que Beatrice processasse a informação, pretendendo continuar antes que ela fizesse uma pergunta que o desviasse do assunto.— Ela viu algo que nos unia num futuro próximo.

— Em nos unir você diz... ?— Beatrice incentivou quando o loiro tornou a fechar a boca por conta da sede.

— Somos o futuro um do outro, Beatrice.— ele hesitou, Beatrice não percebeu que tinha parado de respirar. Que loucura! Uma outra pessoa decretando seu futuro, assistindo-o. Ela arregalou os olhos incrédula por um momento e notou que Jasper a observava de rabo de olho. Ele é o futuro dela? Isso ainda não é resposta o suficiente. Não explica nada.— E eu devo admitir que eu não queria você no meu.— Jasper contou, foi um golpe bem dado no meio dos peitos de Beatrice. Ela recuou no banco e virou o rosto para janela.

— Uau. Então é disso que está fugindo.

— Basicamente, sim.

— Porque você me odeia— ela concluiu com um suspiro.

— Eu não te odeio— Jasper exclamou, ofendido— Bom, eu queria te odiar, mas não é assim que funciona.

— Não te entendo!— Beatrice reclamou. Jasper estacionou a picape e Beatrice olhou ao redor, confusa, sua casa estava uns bons metros a frente. Jasper não queria que Edward o visse, apesar de ter certeza que ele o ouviria.

— De todas as provas que você teve até agora, a única coisa que vê é que eu não gosto de você?

— Não há nada mais plausível.

— Você sempre interpreta tudo tão errado?

— Então esclareça para mim para que eu não confunda.

— É claro que você quer arranjar um jeito que eu fale.— Jasper previu, mau humorado, o que ela estava fazendo.— Vai repetir a mesma pergunta com palavras diferentes até tirar algo de mim. É esperta o suficiente para tentar me arrancar respostas sorrateiramente, mas não quer ver nas entrelinhas.

— As entrelinhas não me mostram nada que faça sentido. Eu preciso que você me diga— Beatrice falou séria, logo irritada por ter sido analisada, não devia ter baixado a guarda.

— Ah, meu Deus, como você é teimosa!

— Eu que o diga, o que custa você falar comigo sinceramente?— ela olhou fixamente a mão de Jasper que se levava à maçaneta. Ela sorriu amarga— ah! É claro, já vai fugir. Me diga, é assim que resolve todos seus problemas?— Jasper parou e a fuzilou com o olhar.

— Eu estou tentando te manter viva!— Jasper rosnou— Eu não consigo discutir com você em um lugar tão apertado! Seu cheiro está me deixando louco!— ele disse e ela fechou a boca recuando mais no assento. Jasper desceu e deu a volta na picape, abriu a porta para que Beatrice saísse. Foi em direção ao bosque para pegar um ar puro sem esperar por ela.

Beatrice hesitou encarando o bosque escuro, a lua nova brilhava com força, ela só veria onde estava indo, mas não veria onde estava pisando. Não era uma boa escolha considerando a visão super limitada que teria, mas ela logo o seguiu, desviando mais devagar dos galhos no caminho do que Jasper. Ele parou quando a concentração de arvores ficou menor, mais espaçada, a picape já tinha ficado muito para trás. Ele fechou os olhos ouvindo o coração barulhento da garota o seguindo com certa lerdeza. Respirou fundo tentando se manter calmo e se virou quando ela chegou perto o suficiente, a quase três metros de distância.

Beatrice o encarou, hesitando, pensando se deveria mesmo pedir desculpas por chamá-lo de covarde, mas no fim não abriu a boca.

— Os problemas que eu tenho, eu vou listar para você.— Jasper começou, a voz fria, estava com raiva de Beatrice, queria mostrá-la o porquê ela deveria ficar longe— Eu sou um predador, Beatrice. Eu vivo para matar, fui criado para isso. Eu não sou Edward, não sou como nenhum dos meus irmãos. Eu tive uma criação muito diferente e, não muito tempo atrás, eu estava caçando a sua espécie para me saciar. Esse é o motivo número um: eu quero muito, quase a todo momento que estou perto de você, eu penso em seu sangue, porque é para matar que eu existo!— ele deu dois passos na direção dela, ela não se moveu prestando atenção em cada uma de suas palavras— Eu era um major de um exército de vampiros. Eu devia ser um monstro que assombra seus pesadelos, não um adolescente que se apaixona! Eu estou perdendo a porra do controle da minha vida e a culpa é sua!

— Eu não fiz nada para você!— Beatrice disse na defensiva.— Eu nunca te importunei, não entendo porquê você me odeia.

— Eu não te odeio!— repetiu ele, estressado.

— Não é o que parece!— rebateu Beatrice em voz alta.

— Ok. Quer saber? É, talvez eu te odeie mesmo.— ele deu mais dois passos na direção dela, atraindo-o como um imã. Ela conseguia ver apenas uma sombra do rosto dele.

— Ótimo, um progresso! Agora me diga porque?!

— Porque eu gosto de você! E você é humana!— Jasper disse com certo desprezo a palavra, Beatrice arregalou os olhos, surtando por dentro apenas ouvindo o "eu gosto de você" se repetindo em sua mente.— É fraca e tão delicada.— Jasper fez careta de dor se lembrando de tudo de ruim que poderia acontecer com ela em pouco tempo, quantos acidentes poderia sofrer. Ela morria em todos os cenários, e a maioria era por culpa dele— Eu sou indestrutível. Eu nasci e morri na guerra. Eu não lamento ser o que sou, posso me odiar às vezes por isso, mas eu gosto do poder que tenho. Eu não me canso, eu não preciso dormir ou me preocupar com doenças. E então você aparece e me tira do controle, eu não sei como agir perto de você, como andar, como falar, eu esqueço tudo, eu fico fraco e estupido!

— Você tem medo de perder o controle da sua vida? E quem disse que você sequer já o teve? É uma ilusão barata! Ninguém tem controle de nada. As coisas acontecem porque tem que acontecer, a única coisa que fazemos é adiar ou antecipar.— Beatrice falou, tentando ser razoável. Jasper revirou os olhos sem que a morena visse, ela soava tanto como Alice!— Eu posso ser fraca mas e daí? Não é como se você fosse um deus!— Jasper foi parar na frente dela num piscar de olhos, fazendo-a recuar instintivamente. Andou até ela bater as costas numa arvore e ficar sem chance de fugir.

— Eu posso tirar sua vida agora, vai ser fácil para mim tanto quanto é fácil para você respirar— ameaçou ele num sussurro que arrepiou todo o corpo de Beatrice, mas ela se conteve e ergueu o queixo em teimosia.

— Além de narcisista, um covarde?

— Narcisista!— repetiu o loiro, indignado, jogando as mãos para cima.

— Ah, vai negar isso também? Eu posso ser humana e você a porra de um predador, mas não se coloque num pedestal só por ser mais forte. Isso não te faz melhor que eu!— Beatrice bateu no peito dele com o punho cerrado se arrependendo logo depois, foi como esmurrar a parede, ele sequer sentiu, furioso pelas palavras certeiras da morena.

Ele mediu Beatrice de cima a baixo, dando dois passos para trás para evitar matá-la por gula.

— E não venha me culpar por nada! Eu não te chamei, eu não fui atrás de você. Você que veio atrás de mim!— continuou ela.

— Você estava correndo perigo, garota! Queria que eu ficasse vendo apenas?

— Eu não gritei por socorro!

— Não seja estupida!— ele gritou.

— Não seja babaca!— ela gritou de volta. Eles bufaram alto um para o outro, furiosos e se fuzilavam com o olhar a distância inicial. Jasper agarrou o próprio queixo como se fosse esmagá-lo e começou a andar de um lado para o outro.— Eu não entendo— Beatrice disse— se você não quer gostar de mim porque não se afastou até agora?

— Não sei se consigo.— Jasper murmurou.— É como... como nadar contra a maré, e ela fica cada vez mais forte me empurrando para você— admitiu a olhando— Isso é insuportável!— Beatrice andou na direção dele devagar e esperou pacientemente até que ele parasse de agir como um tigre enjaulado.

— Por que não consegue?— ela perguntou com calma.

— Não sei.— ele deu de ombros, parando de frente para ela. Ela ainda estava com certa raiva mas nada relevante. Ele estranhou quando ela se sentou na sua frente, mais ainda quando deu dois leves puxões na barra de sua calça para que ele a imitasse.— O que está fazendo?

— Sente-se.— ela pediu, Jasper hesitou, mas obedeceu, se ajoelhando na frente dela.— Vamos começar tudo de novo, está bem?

— Não quer que eu vá embora?— Jasper franziu a testa imaginando que esse seria o desejo óbvio.

— Vamos começar de novo— repetiu ela, impaciente, e adotou um sorriso adorável em seguida— Eu sou Beatrice nome do meio vergonhoso Swan, mas pode me chamar de Tris.— ela estendeu a mão na direção de Jasper, totalmente formal. Jasper encarou a mão dela por um segundo antes de dar um sorrisinho e segurá-la suavemente, não queria quebrá-la. Beatrice controlou o tremor com o contato da pele fria.

— Sou Jasper Whitlock-Hale.— ele disse se acalmando automaticamente quando ela apertou mais sua mão.— Pode me chamar de Jazz.

Eles se encararam em silêncio por um momento e deixaram as mãos caírem em seguida, Beatrice tombou a cabeça para o lado pensativa.

— Eu não quero afastar você, Jazz, então não vamos fazer disso uma barreira. Eu gosto de sinceridade. Vou ser 100% sincera com você o tempo todo, espero que seja o mesmo comigo. Eu não sei como funciona esse dom de Alice, mas tenho certeza que o futuro seja maleável apesar de incontrolado. Se é para ser, isso de sermos o futuro um do outro... tudo bem por mim— Beatrice deu de ombros e respirou fundo— Não explica tudo, mas acho que vamos nos dar bem algum momento. Vamos ser amigos, tudo bem por você?

Jasper assentiu sem pensar, apenas hipnotizado pela vontade de continuar ao lado dela de alguma forma, mas então hesitou.

— Não devíamos. Eu não quero machucar você.— falou olhando para o chão. Beatrice baixou a cabeça procurando chamar sua atenção para seu rosto novamente.

— Então não machuque— falou com um sorriso gentil.

— Por que não me manda embora?— perguntou ele num sussurro.

— Não quero que você vá— repetiu ela.

— Por que?

— Não sei.— Beatrice admitiu, e eles se perderam o olhar um do outro durante um longo momento que os deixou tontos.— Posso fazer uma coisa?— ela perguntou de repente, vidrada no rosto pálido do loiro.

— O que?

— Deixe-me ver suas cicatrizes.— ela apontou os braços dele. Jasper certamente não esperava por isso.

— Eu não quero assustar você.

— Eu por acaso fiquei com medo quando você disse que poderia me matar momentos atrás?— ela perguntou irônica.

— Pensei que tínhamos começado de novo.— Jasper a lembrou, Beatrice sorriu maliciosa.

— Tudo bem, tudo bem! Mas não fiquei com medo, fiquei?

— Não— Jasper resmungou.

— Então não há porque eu ter agora— a morena disse. O sorriso de Beatrice se tornou triunfante e ela pegou o pulso de Jasper puxando-o para si, ele, é claro, facilitou as coisas.

Beatrice deitou a mão dele no seu colo, a palma virada para cima e então subiu a manga da blusa. Jasper ficou ansioso depressa mas tentou se conter para que ela não sentisse o mesmo. Observou o rosto de Beatrice com atenção dobrada, a única coisa que conseguiu captar foi a curiosidade no olhar dela. As cicatrizes estavam expostas, irregulares e de tamanhos diferentes. Beatrice passou a ponta dos dedos por cada uma delas, desenhando-as. Sua pele parecia queimar a dele, fogo encontrando gelo. Ele parou de respirar.

Ela fez o caminho subindo e descendo o antebraço, e por fim acariciou a palmada mão dele, suavemente, Jasper recolheu o braço quando ela levantou o olhar para ele novamente.

— O que elas significam?— perguntou, falando em voz baixa como se discutisse um segredo.

— O monstro que você devia temer.

— Parecem passado para mim.— ela rebateu com um sorrisinho.

— Um bem ruim.

— Não vai me falar sobre, não é?

— Agora não.— Jasper sorriu de canto, concordando. Lembrou-se de piscar e deixar a coluna mais curvada. Queria não parecer uma estátua.

— Jasper!— Edward chamou a distância, com urgência. Jasper olhou para o lado atento.— O pai delas está vindo!— continuou. Falava alto, mas nem Bella o havia escutado, ocupada secando a louça e cantarolando.

— Bem na hora.— Jasper pensou alto, com ironia.

— O que foi?— Beatrice perguntou, confusa pela interrupção.

— Está na hora de você ir.

— O quê? O que foi que aconteceu?

— Seu pai chegou— Jasper se pôs de pé numa batida de coração e Beatrice o encarou surpresa por um momento antes de aceitar sua ajuda para se levantar. Ele ainda segurava sua mão quando a puxou para fora da floresta quebrando uns galhos no meio do caminho para que Beatrice não tivesse dificuldades.

— Ei, ei, espera. Você não vai sumir, né?— ela correu para seguí-lo de perto. Chegaram a picape depressa dessa vez.

— Não.— Jasper disse levando-a até a porta do motorista, abrindo-a para ela.

Beatrice entrou soltando a mão dele. O puxou pela gola da camisa.

— Promete?— Beatrice cobrou, Jasper segurou o pulso dela, puxando-o para que ela o soltasse.

— Prometo, mas eu tenho que sair daqui agora.— ele disse depressa, estava perdendo o fôlego que segurava. Deu um passo insignificante para trás depois voltou e beijou as costas da mão de Beatrice, a pegando desprevenida. Ela se arrepiou com o toque leve dos lábios dele na sua mão.— Boa noite, querida Tris.— desejou ele antes de correr para as sombras. Beatrice engoliu em seco e deu partida na picape, acelerando para chegar em casa antes do pai. Estacionou não muito depois e correu para dentro de casa com a mochila nas costas.

Estava ansiosa pelo que aconteceria e por tudo que ouviria. Ele gostava dela. Ela era a querida Tris.

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