Capítulo 2 -
Por: Rafael Santana - Instagram: @raffael.santtana
Não sei exatamente se ela ficou admirada com a enorme estante de livros que eu tinha no quarto (não no quarto onde somente eu entro, mas em outro) ou se estava curiosa com alguma coisa.
— Vinho? – pergunto.
— Aceito. Mas me diz uma coisa: por que tantos livros sobre psicologia? – ela indagou.
Enquanto ela ainda olha curiosa a estante, abraço-a por trás e respondo, perguntando: "por que não tanto livros sobre psicologia?". Ela fica de frente pra mim e, após morder os lábios, envolvo-a num abraço e a beijo.
— Talvez você obtenha a resposta em instantes. — completo.
O zíper que fica na parte de trás do seu vestido obedece cuidadosamente o movimento vertical da minha mão abrindo-o e, cai. Hoje a leitura que farei é do corpo que ela possui e das respostas que ela dará aos meus toques e movimentos. Antes que eu pudesse erguê-la, ela salta e prende as suas pernas em volta da minha cintura. Fez isso como se não houvesse gravidade, numa facilidade estimulante. Deito-a na cama, de costas para o colchão e de frente para quem tanto a deseja. Faço das minhas mãos ferramentas que mapeiam o território do seu corpo. Sinto sua pele arrepiar e seu poros abrirem tanto quanto as suas pupilas dilataram. Beijo-a em busca da fonte; meu lábios tocam o seu ventre, delicadamente, e seguem em um desvio até chegarem à sensibilidade das tuas coxas. Seu corpo começa a pulsar e a fonte se apresenta líquida e transbordando. Seu olhos imploravam pelo contato profundo, só que ela não sabia como eu costumava agir. Não vou direto à fonte sem antes explorar todo o terreno.
Foi um dia agradável com aquela linda mulher e mais um entre tantos outros semelhantes que eu adorava ter. Não costumo negar ajuda, muito menos prazer. Costumo dizer que: "o meu prazer é dar prazer a quem deseja prazer", sem pausa para sentimentos, deixando apenas que as emoções tomem de conta.
Está quase na hora de buscar o Roni. Ainda tenho a noite inteira para aproveitar e um fim de semana apenas iniciando.
— Alô. Roni, chego em instantes na sua casa.
— E aê, Pedrão! Vem logo, cara! Hoje eu ponho em prática a minha tática, rapaz. Cola em mim, Pedrão, cola em mim. — disse ele, empolgadíssimo.
— Tá certo, Roni. (risos) — respondi.
A gente sempre veio nesse ambiente, não é algo novo para nós e confesso que gosto bastante do lugar. O Roni continuava empolgado, engraçado como sempre e, tudo isso, fazia dele um cara legal e interessante para muitas mulheres que tanto ele queria impressionar. Esse não é nunca foi o meu objetivo, isto é, impressionar ninguém. No entanto, se um mulher despertasse o meu interesse - até porque nada mais além disso seria possível -, eu iria demonstrá-la o quanto eu queria, e iria tê-la, pela própria vontade e desejo dela. De longe eu via que o Roni estava conversando com uma mulher, só não sei até onde ele iria. De repente, lá vem o Roni falar comigo.
— Pedro, meu irmão! Tá vendo ali, cara. Ali, lá na mesa onde eu estou. Que mulher, Pedrão! Que mulher, meu camarada.
— Estou vendo, Roni. Que bom que ela gostou de você também. Então vai lá, cara. Dê atenção para ela. Mantenha o foco. Não aprendeu nada comigo? O que está fazendo aqui? — falei.
— Não, Pedro, já estou voltando. Só vim te mostrar, cara. Olha que linda, Pedrão! – respondeu ele.
O Roni não era um cara com intenções ruins, talvez ainda com um certo nível de ingenuidade.
Duas mulheres se aproximam da bancada e pedem bebidas. Elas até pareciam irmãs, mas eu não poderia afirmar. A mais alta das duas mulheres está com uma saia bem justa ao corpo e uma blusa sem alças. A outra, que de alguma forma chamou a minha atenção para ela, está com um vestido preto e um batom vermelho que destaca seus lábios que têm um traço lindo quando sorriem. Eram duas mulheres bonitas e que me atraíram, mas a que usa aquele batom vermelho, deixou-me estranhamente curioso.
Pela primeira vez eu me deixei impressionar tanto assim. Eu já saí com tantas mulheres, todas tão lindas quanto aquela a quem eu já tinha nomeado de A Mulher de Batom Vermelho. Tinha algo para além daquilo tudo que eu via na minha frente e isso me deixou ainda mais curioso e excitado para conhecer tal mulher.
— Apostei comigo mesmo que vocês duas eram irmãs e, como não gosto de perder e nem ficar sustentando uma dúvida, resolvi vir até vocês para garantir – ou não - a minha aposta. Muito prazer, senhoritas, eu sou o Pedro. Como vocês se chamam?
— Oi, Pedro! O prazer é todo meu. Pode me chamar de Flávia, anjinho. — disse a mulher mais alta e de saia bem justa e blusa sem alças que eu tinha observado.
— Eu sou a Sofia, muito prazer Pedro. — disse ela, sucinta e direta, a mulher que exibia aquele batom vermelho sobre seus lábios e que eu queria muito poder senti-los.
— E então, duas das mais belas mulheres deste lugar, pertencem a mesma família, ou melhor, são irmãs? Prometo que, se eu ganhar essa aposta pessoal, apresento para vocês uma das bebidas mais interessantes desse lugar que, tenho quase certeza de que não conhecem ainda.
— Olha só! Então quer dizer que conhece bem o lugar? — perguntou Flávia.
— Tanto quanto eu pretendo conhecê-las. — respondi.
— E ah! Não somos irmãs de sangue, mas grandes amigas. Quase irmãs, com certeza, anjinho. — completou ela.
— Você é da cidade, Pedro? — questionou Sofia, a mulher sobre quem eu não conseguia parar de olhar e desejar comigo.
— Moro aqui, porém sou de outro território, digamos assim.
— Você é sempre assim, Pedro? – perguntou Flávia, colocando sua mão no meu ombro.
— Assim...? — continuei.
— Assim tão inteligente e educado, bonito, atraente. Será efeito da bebida, amiga? (risos) — ela disse, voltando-se para Sofia.
— Flávia, é melhor a gente ir embora. — afirmou Sofia.
— Ah, amiga, calma. O Pedro nem nos apresentou a bebida que a gente não conhece.
Propus levá-las para suas casas e elas aceitaram. O Roni continuou se divertindo enquanto eu saí. Deixei meu contato com elas e prometi apresentar a bebida em um outro momento no meu apartamento. Alguns dias depois e, aquela mulher de batom vermelho, não saía da minha cabeça. Eu me senti totalmente atraído e eu queria um momento com ela.
Na semana seguinte, a Flávia me liga perguntando sobre quando elas poderiam visitar-me. Falei que, se quisessem, estaria tudo bem virem naquela mesma noite. Ela confirmou e eu fiquei à espera.
A campainha toca, eu abro a porta e lá está ela, a Flávia. É, de fato, uma mulher muito bonita e atraente, mas eu não havia entendido.
— Boa noite, Flávia. Nossa! Você está muito linda. E onde está a sua amiga? Não vieram juntas?
— Ah, sim. Não, não. É que...bom, deve ter acontecido algum imprevisto. Mas, eu posso conhecer essa tal bebida, não? — questionou ela, meio enrolada na resposta.
— Claro! A noite está apenas começando. Seja bem-vinda ao meu lar, senhorita. — respondi.
Sirvo duas doses do Uísque Jack Daniel's nº7 e ponho uma música ambiente (Somo – No Pressure).
— Está confortável? – perguntei.
— Sim, mas desejo ficar ainda mais.
Estava evidente que a Flávia não tinha ido para conhecer a tal bebida que eu havia mencionado antes – ou não somente para isso. Talvez ela também não saiba que eu já tinha percebido que a intenção dela é, de fato, ficar sozinha comigo. Como eu já disse antes, eu não sou de me apaixonar e não quero o amor sob nenhuma hipótese.
Aproximo-me dela e a prendo num abraço. Ela envolve seus braços em meu pescoço. Eu a envolvo pela cintura e, enquanto nos beijamos, ela morde o meu lábio inferior com a força de quem está alucinadamente ardendo em si. A encosto na parede, beijo seu pescoço e sinto seu corpo arrepiar e estremecer com força – a Flávia está inteiramente em erupção. Ela prende as suas mãos em meu cabelo e aperta o meu rosto contra o seu colo. Sinto todo o perímetro do seu corpo enquanto ela perde a base de sustentação, exaurindo toda a força das suas próprias pernas. Pego-a no colo e a deito no sofá. A fragrância do seu perfume já se mistura com a essência que ela exala do corpo. Temperatura em nível máximo. Gemido aveludado. Estado líquido. Intimidades entumecidas numa engenharia de profundidade que a leva ao ápice da sua vontade algumas vezes.
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