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Capitulo Quinze

Derick Evans:

Na manhã seguinte, marquei de visitar meu tio e decidi levar Charles comigo. Meu tio morava em um enorme condomínio, cercado por uma paisagem impecável. Assim que ele liberou nossa entrada, nos dirigimos para dentro, e Charles não conseguiu conter um assobio quando viu as casas ao nosso redor, todas elegantes e muito bem cuidadas.

— Uau, aqui parece ser o lugar perfeito para criar crianças — comentou Charles, sem tirar os olhos das ruas arborizadas e dirigindo calmamente, respeitando o limite de velocidade. Ele tinha aquele jeito de observar cada detalhe, sempre apreciando as pequenas coisas.

Eu ri levemente, lembrando das conversas que já tinha tido com meu tio.

— Engraçado você falar isso, porque, pelo que eu já te contei, meu tio nunca quis ter filhos — respondi, olhando pela janela.

Charles olhou rapidamente para mim, curioso.

— Sério? — ele perguntou, franzindo a testa. — Pelo que vejo, ele tem uma vida tão estável. Parece o tipo de pessoa que poderia cuidar de uma família.

Assenti, voltando meus pensamentos para as inúmeras conversas que tive com meu tio sobre o assunto.

— Ele sempre disse que nunca encontrou a pessoa certa — expliquei. — E, para ser honesto, ele também nunca se viu como alguém que cuidaria de crianças. Ele estava mais para o tipo de tio que cuidava dos sobrinhos, quase como um segundo pai, mas sem o compromisso total.

Charles assentiu, processando minhas palavras enquanto dirigia com atenção. O silêncio confortável entre nós foi interrompido apenas pelo som suave dos pneus contra o asfalto.

— Isso faz sentido — ele disse depois de um tempo. — Às vezes, a vida leva a gente por caminhos inesperados, e nem todo mundo sente o desejo de ter filhos. Mas pelo que você fala, ele parece ser uma pessoa muito dedicada, especialmente com a família.

Eu sorri, pensando em como meu tio sempre estava presente quando eu precisava dele, mesmo que nunca tivesse tido a intenção de ser pai.

— Ele é. Sempre foi uma presença constante na minha vida, e acho que, de certa forma, ele acabou assumindo o papel de uma figura paterna para mim, mesmo sem querer. Isso é o que eu mais admiro nele. Ele cuida sem que isso seja uma obrigação, é tudo natural.

Chegamos à casa dele pouco depois, e o portão já estava aberto, como se ele estivesse nos esperando. A casa de meu tio era tão impressionante quanto o condomínio. Charles deu mais uma olhada ao redor e sorriu, estacionando o carro com cuidado.

— Pronto para o almoço com o tio? — perguntei, rindo levemente enquanto saíamos do carro.

— Com certeza — ele respondeu, segurando minha mão enquanto caminhávamos até a porta. — Vamos ver se ele vai aprovar o futuro genro.

Eu ri e apertei a mão dele em resposta, sentindo a tranquilidade que Charles sempre trazia aos momentos que passávamos juntos. Estava ansioso para essa reunião, e sabia que, com Charles ao meu lado, tudo sempre seria mais leve e especial.

Descemos do carro, e assim que nos aproximamos da entrada, a porta foi aberta por Samara, que acenou para nós com um sorriso caloroso. Ela era sobrinha do Ronald e uma amiga próxima do filho de Charles e dos outros dois amigos da família. Ela sempre tinha uma energia leve, e não foi diferente dessa vez.

Samara nos cumprimentou com abraços calorosos, primeiro em Charles, depois em mim.

— Posso dizer que é muito bom ver vocês — disse, sua voz cheia de entusiasmo.

Eu ri, cruzando os braços em tom de brincadeira.

— Diz isso, mas nem veio nos visitar nenhum dia — provoquei, fazendo-a rir também.

— Ah, eu sei! — ela admitiu, jogando as mãos para o alto em sinal de rendição. — Estava passando um tempo com meu tio e minha mãe. Tem sido meio estranho tê-la de volta na minha vida depois de tantos anos.

Ela fez uma pausa, o sorriso em seus lábios dando lugar a uma expressão um pouco mais reflexiva.

— Desde que voltamos a nos falar, nossa relação ficou meio estranha, mas anteontem sentamos para conversar. Colocamos os pontos nos 'i's, sabe? Agora vamos ver se conseguimos ter uma relação de mãe e filha de novo.

Charles, sempre atencioso, olhou para ela com uma expressão compreensiva e perguntou:

— Mas e vocês, vão almoçar aqui também?

Samara assentiu, cruzando os braços e sorrindo novamente.

— Sim! Meu tio estava aqui desde anteontem com o Erick, que acabou convidando eu e minha mãe para o almoço. Vai ser uma grande reunião, pelo visto!

Ela olhou diretamente para mim e Charles, e seu sorriso ficou ainda mais largo.

— E parabéns, aliás! O Patrick me contou por mensagem sobre o pedido de casamento de vocês. Fiquei tão feliz quando soube!

Eu sorri, sentindo o calor de seu carinho genuíno.

— Obrigado, Sam. Estamos muito felizes também — respondi, trocando um olhar com Charles, que sorriu de volta, visivelmente contente.

Ela então gesticulou para que entrássemos, e o ambiente dentro da casa parecia acolhedor, com o cheiro delicioso de comida no ar e a vibração de uma família reunida. O almoço prometia ser não apenas uma celebração entre família e amigos, mas também um momento de reconciliação e novos começos.

Enquanto caminhávamos para dentro, Samara continuou a conversar, e eu me senti grato por estar cercado por tantas pessoas queridas, todas fazendo parte de algo maior que estávamos construindo juntos.

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A casa do meu tio Erick era uma mistura perfeita de elegância e aconchego. Assim que entramos, fomos recebidos por um hall de entrada espaçoso, com piso de mármore claro que refletia a luz suave que vinha das grandes janelas. As paredes eram pintadas em tons neutros, mas adornadas com obras de arte abstrata que traziam um toque moderno ao ambiente.

À esquerda, havia uma sala de estar ampla, com sofás de couro em tom caramelo e almofadas que adicionavam um toque de cor vibrante. O chão de madeira escura dava um contraste elegante, e o tapete felpudo no centro tornava o espaço convidativo. Perto de uma das janelas, havia uma estante de livros cheia de volumes antigos e novos, todos organizados cuidadosamente. Em cima da lareira de pedra branca, uma série de porta-retratos estavam dispostos, e, para minha surpresa, várias fotos minhas estavam ali, capturando momentos de infância e outras fases da minha vida. Uma delas era de um aniversário antigo, em que eu e meu tio estávamos rindo juntos, me trazendo uma onda de nostalgia.

Ao lado da sala de estar, a sala de jantar era igualmente impressionante. Uma mesa grande de madeira maciça ocupava o centro, cercada por cadeiras estofadas em veludo escuro. Um lustre de cristal pendia acima da mesa, iluminando o espaço com uma luz suave e acolhedora.

A cozinha, visível ao lado, era moderna, com eletrodomésticos de última geração e balcões de mármore branco. Tudo ali parecia perfeitamente organizado, com prateleiras abertas que exibiam louças elegantes e plantas em vasos pequenos que traziam um toque de vida ao ambiente.

A casa toda tinha um ar de tranquilidade e elegância, mas o que realmente a tornava especial eram os toques pessoais que meu tio adicionava. Além das fotos minhas, havia também imagens dele com amigos e família, refletindo a importância que ele dava às relações pessoais. Pequenos detalhes, como o cheiro suave de café que vinha da cozinha e a música suave tocando ao fundo, faziam com que a casa não fosse apenas bonita, mas também acolhedora.

Era fácil perceber que, apesar de toda a sofisticação, o que realmente importava ali era o amor e o cuidado que meu tio tinha com as pessoas ao seu redor. A casa, assim como ele, era um reflexo de sua generosidade e carinho.

Da cozinha, ouvimos o som de risadas descontraídas, o que nos fez caminhar na direção de onde vinha a conversa. Quando chegamos, encontramos meu tio e Ronald juntos, ocupados cozinhando alguma coisa no fogão. O ambiente estava leve, e o cheiro delicioso de comida caseira enchia o ar. Ao lado deles, Lidia, irmã de Ronald, estava com uma taça de vinho na mão, ouvindo atentamente a história que eles compartilhavam.

— Sério que ela fez isso? — Lidia perguntou, com uma mistura de choque e diversão em sua voz, claramente engajada no que Ronald acabara de contar.

— Sim, ela raspou a cabeça! Achei que já tinha te enviado essa foto — respondeu Ronald, rindo ao se lembrar do momento.

Lidia balançou a cabeça, surpresa.

— Não, essa foto você não mandou, nem me contou a história! — exclamou, olhando para ele como se estivesse indignada por não ter ouvido a fofoca antes.

Meu tio Erick, sempre participativo nas conversas, deu uma risadinha e virou-se para mim e Charles com um sorriso malicioso nos lábios.

— O Derick já fez algo assim também — ele disse, piscando para mim. — Lembro de uma vez que ele decidiu cortar as pontas do próprio cabelo com uma tesoura. Ficou um horror!

Todos riram, e eu não pude deixar de revirar os olhos, meio envergonhado pela lembrança.

— Não foi tão ruim assim... — tentei me defender, embora soubesse que realmente tinha sido desastroso. Lembro que, na época, achei que estava sendo super habilidoso, mas o resultado foi, no mínimo, catastrófico.

Charles riu ao meu lado, segurando minha mão e dando um pequeno apertão de apoio.

— Bem, pelo menos você tentou ser independente — ele brincou, rindo junto com os outros.

O ambiente estava leve, cheio de risadas e histórias antigas sendo compartilhadas, e me senti em casa de uma forma que só era possível ao lado de pessoas que realmente se importam. Meu tio e Ronald continuaram a mexer na panela, claramente à vontade um com o outro, enquanto Lidia e Charles se juntavam às conversas com mais histórias e comentários bem-humorados.

O momento era tão natural e acolhedor que me dei conta, mais uma vez, de como estava cercado por amor e apoio. Ali, no meio de risadas e memórias, a vida parecia ainda mais completa, e saber que Charles estava ao meu lado, compartilhando tudo isso comigo, tornava tudo ainda mais especial.

— Sam, preciso que me explique por que, de todos os estilos possíveis, você decidiu raspar o cabelo na lateral e fazer um moicano — Lidia perguntou, claramente tentando conter a curiosidade, mas também a incredulidade.

Sam, que estava mais relaxada depois de alguns goles de vinho, revirou os olhos e soltou uma risada antes de responder.

— Ah, mãe... — disse, já antecipando a reação da mãe. — Eu estava só querendo chamar a atenção de um cara no ensino médio. Achei que, se eu adotasse o estilo e gostasse do gosto musical dele, ele iria me notar. Sabe como é... tentar impressionar.

Lidia levantou uma sobrancelha, já prevendo o desastre que viria a seguir.

— E funcionou? — perguntou, com um toque de sarcasmo.

Sam fez uma careta dramática, balançando a cabeça enquanto relembrava.

— Bom, posso te garantir que foi um erro. As músicas que ele ouvia eram terríveis, tipo... pesadas demais e nada a ver comigo. E ele? Ele era ainda pior. No fim, eu só fiquei com um moicano ridículo e uma playlist que nunca mais ouvi — concluiu, rindo de si mesma.

Todos ao redor começaram a rir junto, até Lidia não conseguiu segurar a risada.

— Isso me soa tão adolescente — Lidia comentou, sacudindo a cabeça em descrença. — Fazendo coisas absurdas para impressionar alguém que nem valia a pena.

— Exatamente — Sam respondeu, rindo. — Aprendi minha lição. Agora, definitivamente, só corto o cabelo porque eu quero, e não por causa de alguém.

Eu e Charles nos olhamos e rimos também, enquanto meu tio e Ronald tentavam conter as gargalhadas no fogão. O clima na cozinha estava leve, cheio de memórias e histórias que faziam todos se sentirem ainda mais próximos. Era um daqueles momentos em que todas as gerações da família se conectam, compartilhando experiências e erros divertidos do passado, e reforçando o quanto a vida, com suas lições, pode ser hilária.

— Lidia, você não fez melhor na nossa adolescência — Ronald disse, rindo, enquanto se lembrava de uma história antiga. — Sam, sua mãe teve a brilhante ideia de organizar uma feira de bolos na nossa escola. E sabe o que ela fez para impressionar um garoto? — Ele fez uma pausa dramática, já rindo antecipadamente. — Ela decidiu que o bolo perfeito seria... verde! E não só verde, mas com tudo que ela conseguia pensar que fosse da cor verde!

Lidia cobriu o rosto com as mãos, rindo e balançando a cabeça, claramente envergonhada pela lembrança.

— Eu era uma adolescente desesperada, tá bom? — Lidia tentou se justificar, mas todos já estavam rindo.

Sam olhou para a mãe, incrédula, rindo também.

— Mãe, sério? Um bolo verde?

— Eu sei, eu sei — Lidia disse, ainda escondendo o rosto. — Na minha cabeça, tudo verde parecia combinar, então coloquei espinafre, gelatina de limão, cobertura de menta... foi uma tragédia!

Ronald não conseguia parar de rir, se apoiando no balcão para recuperar o fôlego.

— E o pior de tudo é que, quando cortaram o bolo, ele não só parecia terrível, mas o cheiro era insuportável! — Ronald acrescentou, fazendo todos rirem ainda mais.

— Nem preciso dizer que o garoto nunca mais falou comigo depois disso — Lidia concluiu, dando de ombros e rindo junto com todos.

— Então a lição aqui é: nunca tente impressionar alguém com comida verde — Sam disse, ainda rindo, e todos assentiram em concordância.

O ambiente ficou cheio de risadas e piadas sobre as aventuras e desventuras da adolescência, enquanto a história da feira de bolos verde se tornava a piada da noite. Mais uma vez, a conversa fluía naturalmente, cheia de memórias e afeto. Era um daqueles momentos onde o passado, por mais embaraçoso que fosse, servia apenas para aproximar ainda mais todos que estavam ali.

As risadas continuaram ecoando pela cozinha, e Sam olhou para sua mãe com um sorriso malicioso no rosto, ainda processando a história.

— Então é isso, mãe. Você pode me zoar pelo moicano, mas pelo menos eu não tentei envenenar ninguém com um bolo verde! — Sam brincou, piscando para Lidia, que só revirou os olhos, ainda rindo.

— Ok, ok, eu mereço essa — Lidia admitiu, jogando as mãos para o alto em rendição. — Mas o importante é que a gente aprende com nossos erros... e, bem, com nossos bolos também.

Ronald, ainda com uma risada contida, balançou a cabeça.

— Sabe, Lidia, eu nunca consegui esquecer aquela feira de bolos. Virou uma lenda na escola! Até os professores falaram sobre o "infame bolo verde" por semanas. Acho que o garoto deve ter ficado traumatizado com tudo aquilo.

— Ele? — Lidia riu. — Eu que fiquei traumatizada! Nunca mais tentei impressionar alguém com comida.

Charles, que até então estava apenas observando a conversa, não pôde deixar de se juntar à diversão.

— Bom, pelo menos você tentou, Lidia. A maioria das pessoas só escreve uma cartinha de amor ou passa um bilhetinho na aula. Você foi ambiciosa!

Todos riram novamente, o ambiente cheio de uma energia leve e acolhedora. Era impossível não se sentir à vontade com tantas histórias engraçadas e lembranças sendo compartilhadas.

Meu tio, que até aquele momento estava concentrado no fogão, se virou para olhar para nós, segurando uma colher de madeira.

— Sabe, acho que todo mundo aqui já fez algo ridículo por amor — ele disse, dando uma olhada significativa para mim. — Incluindo o Derick. Ele já tentou pintar uma camiseta à mão para impressionar alguém no colégio... mas a tinta não era própria para tecido, e a coisa toda virou um borrão quando ele lavou.

Eu fiquei vermelho imediatamente, e todos começaram a rir.

— Pera aí, isso eu não sabia! — Charles exclamou, com um sorriso de orelha a orelha, olhando para mim.

— É, foi um desastre total — admiti, rindo de mim mesmo. — Achei que estava fazendo a coisa mais criativa do mundo, mas acabou sendo... bem, uma mancha gigante e irreconhecível.

— Amor, você era um artista incompreendido — Charles disse, ainda rindo, e me puxou para um abraço rápido.

— A adolescência é uma fase complicada para todos — Lidia brincou, erguendo sua taça de vinho. — Um brinde às tentativas malucas de impressionar os outros... e aos bolos verdes, moicanos e camisetas borradas!

Todos levantaram suas taças e copos, brindando às memórias embaraçosas que, com o tempo, se transformaram em histórias que nos conectavam de maneira especial. Era como se, naquele momento, todas as gerações se unissem em torno das experiências compartilhadas, lembrando que, no final, o que realmente importava era o carinho e o riso que podíamos tirar dessas lembranças.

O som das risadas preencheu a cozinha novamente, enquanto meu tio e Ronald finalmente terminaram de preparar a comida, prontos para nos reunir ao redor da mesa para o que seria mais um almoço cheio de histórias, amor e, claro, mais algumas piadas sobre as nossas loucuras da adolescência.

Com as risadas ainda ecoando pela cozinha, meu tio Erick e Ronald começaram a colocar os pratos na mesa, enquanto Lidia se juntava a eles, organizando os talheres e copos. A atmosfera estava leve, cheia de histórias e memórias que nos aproximavam ainda mais.

— Bem, espero que a comida não tenha nada de verde hoje, hein? — Samara brincou, piscando para a mãe, que fingiu uma expressão séria.

— Você está com sorte — Lidia respondeu, rindo. — Hoje eu deixei os experimentos culinários para o passado.

Todos se acomodaram ao redor da mesa, e logo o aroma delicioso da comida encheu o ambiente. Charles se sentou ao meu lado, segurando minha mão por baixo da mesa, e eu pude sentir o calor do toque dele, um gesto sutil de conforto e conexão. Ele sempre soube como me fazer sentir seguro e amado, especialmente em momentos como esse, cercado de família e amigos.

Enquanto nos servíamos, as conversas continuaram fluindo. Samara contou mais algumas histórias de sua época de escola, enquanto Ronald e Lidia compartilhavam anedotas sobre os amigos em comum que ainda mantinham contato. Era como se o tempo tivesse parado, e por um momento, todos nós estávamos imersos na nostalgia e no afeto.

— E quanto a você, Charles? — Ronald perguntou de repente, com um sorriso provocador. — Alguma história de adolescência embaraçosa que você queira compartilhar?

Charles sorriu e olhou para mim, já antecipando que eu estaria curioso para saber a resposta também.

— Ah, eu tive minha cota de momentos embaraçosos, com certeza — ele começou, rindo. — Mas acho que o pior foi quando tentei impressionar uma garota aprendendo a tocar guitarra. O problema é que eu não sabia tocar nada, e na hora, em vez de arriscar algo simples, fui direto para um solo complicado. Acabei quebrando uma corda na frente de todo mundo.

Todos riram, imaginando a cena.

— E a garota? — perguntei, já rindo da situação.

— Bem, ela nunca mais falou comigo — Charles admitiu, rindo junto. — Mas acho que foi por uma boa causa. Não teria te conhecido se aquilo tivesse dado certo, né?

O comentário de Charles fez meu coração acelerar um pouco, e eu sorri para ele, grato por estar ali, ao lado dele, compartilhando aquele momento com as pessoas que significavam tanto para nós dois.

Depois de mais algumas histórias e risadas, o almoço seguiu em um ritmo tranquilo, recheado de conversas sobre o futuro e planos para mais encontros em família. Samara e Lidia começaram a planejar a próxima reunião, enquanto meu tio e Ronald conversavam sobre viagens que queriam fazer.

Quando a refeição terminou, e a sobremesa foi servida, o ambiente ficou ainda mais leve, com aquela sensação gostosa de satisfação. As risadas diminuíram, mas o carinho que compartilhávamos estava presente em cada olhar, em cada palavra.

Enquanto Charles e eu ajudávamos a limpar a mesa, meu tio se aproximou e me deu um abraço caloroso.

— Eu estou muito feliz por você — ele disse, sua voz baixa, mas cheia de emoção. — Você merece todo esse amor, e sei que você e Charles vão ser muito felizes juntos.

Eu sorri, sentindo uma onda de gratidão e emoção tomar conta de mim.

— Obrigado, tio — respondi, com a voz levemente embargada. — Ter você aqui, apoiando a gente, significa o mundo para mim.

Nosso olhar se encontrou, e sem mais palavras, soubemos que aquele momento era especial. Estávamos rodeados por amor, por memórias e por uma sensação de que, independentemente do que o futuro trouxesse, teríamos sempre uns aos outros.

Ao final da tarde, enquanto nos despedíamos e saíamos da casa do meu tio, o céu começava a mudar de cor, anunciando o pôr do sol. Charles e eu caminhamos de mãos dadas até o carro, sorrindo um para o outro, como se soubéssemos que aquele dia seria uma lembrança que guardaríamos para sempre.

— Foi um dia perfeito — Charles disse, segurando minha mão com firmeza.

Eu olhei para ele, sentindo o mesmo.

— Com você ao meu lado, todos os dias são perfeitos — respondi, e com um último sorriso, entramos no carro, prontos para continuar nossa jornada, certos de que o que estávamos construindo juntos era especial e verdadeiro.

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Até a próxima 😘

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