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Capítulo 1

Acordo com o despertador do meu celular e o pego para desligar.

— Mais um dia...

Me levanto e vou ao banheiro para tomar uma ducha e fazer minha higiene matinal. Quando saio do banho, ainda com a toalha enrolada na cintura, ouço meu celular tocando e acelero meus passos até o criado mudo e vejo que é minha filha.

— Oi, meu amor. -atendo.

— Papai! Quando o senhor vem me buscar?

— Quando os dias da sua mãe ficar com você acabar. Eu não posso te buscar antes, se não eu fico encrencado. -dou um riso sem graça e alisando minha nuca.

— Ah, papai. Tomara que passe logo, eu estou com saudades do senhor.

— Eu também filha.- me sento na cama. — Eu também.

— Te amo e toma café da manhã. Tchau, papai.

— Te amo. - desligo e fico encarando a tela do meu celular.

Minha filha se chama Krystal e tem 5 anos. Ela fica com a mãe por quinze dias e depois mais quinze dias comigo. Krystal é a única felicidade desde que me divorciei. Não vejo sentido e graça na vida e isso já faz quase um ano. Acredito que meu sofrimento maior é por não tirar a razão de Joane em ter pedido para se separar, eu praticamente vivia para o trabalho e não dava atenção para minha esposa, nunca fui um bom marido.

***

Chego no hospital e Lucas vem correndo até mim.

— Dr. Seokjin.

— Oi Lucas. -ele me entrega uma prancheta.

— Chegou uma paciente e preciso que o senhor dê a permissão de fazer a tomografia nela.

— Como chegou nessa conclusão? -digo andando e ele me acompanha.

— Me siga.

Sigo ele até uma sala e encontro uma mulher adormecida de cabelo cacheado com uma beleza que me faz questionar se ela era alguma modelo.

— Prestaram socorro no meio da rua porque ela desmaiou. Quando chegou no hospital, a paciente despertou e eu pude conversar um pouco. Ela não tem amigos e a família a abandonou, não existe ninguém para a gente informar sobre o paradeiro. 

—  Que triste. - falo realmente achando a situação trágica.

—  Pois é, doutor. Perguntei sobre o que ela sentia e tudo indica que possa ter uma pequena probabilidade de um tumor cerebral.

— Você me surpreende a cada dia. - o olho e ele concorda com um sorriso de satisfação. — Vamos esperar ela despertar e providencie com a Dra. Yana. Preciso ver outro paciente.

— Obrigado!

Me retiro da sala e solto um grande suspiro.

Depois de algumas horas, vou na cafeteria que tem dentro do hospital e peço um cappuccino. Me sento no balcão e vejo Yana se sentar ao meu lado.

— Jin.

— Oi.- forço um sorriso.

— Que cara de cansado.

— Me fala uma novidade neste quase um ano? -a olho e ela dá um riso.

— Você vai superar. Você viu a nossa nova paciente?

— A de cabelo cacheado?

— A bonitona mesmo. Eu e Lucas fizermos a tomografia e o resultado não é agradável, acredito que ele está esperando você voltar do cafézinho.

— Você sabe o que ela tem? - falo interessado.

— Astrocitoma.

— Qual? -fico assustado.

— Glioblastoma multiforme. -suspira. — É raro isso acontecer com uma mulher de vinte e cinco anos.

Concordo e termino de tomar meu café, me despedindo de Yana. Procuro Lucas na sala da paciente e o encontro. Ele me mostra a tomografia e vejo que a situação da paciente é totalmente trágica.

— Dr. Seokjin, é muito raro um tumor cerebral aparecer em uma mulher da idade dela.

— Eu me pergunto como ela não veio antes.

— Acho que a Alana suportou fortemente.

— Sim. - a observo dormindo.

— O que vamos fazer?

— Quando ela acordar vamos contar sobre situação e se ela aceitar, começar o tratamento. Tudo depende dela.

***

— Quer dizer que eu tenho um tumor maligno? Aqueles que pode me matar? Câncer no meu cérebro? -disse Alana sentada em seu leito um tanto surpresa.

— Srta. Vangoh, existem tratamentos.- falo.

— Me chama de Alana. - concordamos. — Então eu posso melhorar? Mesmo sentindo que posso morrer?

— Alana, imagine que a morte do tumor depende de você - disse Lucas. Ela nos olha com determinação e diz:

— Eu confio em vocês. Eu quero começar o tratamento.



Sempre lembre que: Plágio é crime: Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 – Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

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