Os Sussuros🥀
"Meu coração foi rompido e reconstruído por alguém que nem ao menos sentiu"
25
O alvorecer estava, timidamente, a surgir em meio aos montes que completavam a paisagem daquelas terras, tudo parecia tão belo quando se via os raios recém-nascidos do sol ir contra as janelas do casarão. Ah, como tu deseja-vas que seu coração estivesse assim. Tão belo quanto às luzes alaranjadas que estreitavam-se entre as mais fofas nuvens. Ele já foi assim, durante um tempo, os dias mais importantes de sua vida, os quais você sentiu o tão estimado e dito amor, os quais tu pode sentir o que é se aprofundar nos braços de quem realmente lhe ama, algo que nem tua mãe demostrava por ti. Seus olhos não haviam se fechado nem ao menos um segundo, mesmo que tu estivesses vestida com trajes quentes, enrolada pelos mais confortáveis lençóis, nada disso lhe bastava sendo que seu coração permanecia a palpitar friamente. Você resolveu se levantar por si só sentindo uma leve onda enjoativa lhe atingir a boca o que ocasionou em tropeços desesperados até o pequeno penico de porcelana branca que estava em um cubículo em seu quarto. Todo alimento que ainda existia em seu estômago se derramou entre seus lábios em conjunto com um líquido amarelado que avisava que ali não havia mais nada, suas delicadas e finas mãos se apoiaram entre as paredes pintadas para que assim tu pudesses seguir até o quarto, estando melhor do que antes estava, você se pôs a escolher algumas roupa que lhe trazia conforto. Você precisava encontrar o pertencente do seu coração. Após arrumar as madeixas que se escorriam pelo pelo seus ombros, tu ouviu as portas serem abertas depressa.
— Bom dia, sen...-iniciou-se uma mucama que recompôs a postura ao notar tua presença já disposta sentada em frente a um belo espelho.— Acordas-te cedo, minha senhora.
— Sim...-Disse você se levantando, mas perdeu as forças ao sentir um impacto inexistente lhe atingir a cabeça e a fazer perder o equilíbrio o que fez a mucama entrar em desespero.
— Baronesa! A senhora está bem?!- perguntou aflita observando os traços cansados do seu rosto.
— Estou, traga bá aqui, já!- Falou com a voz grogue, se apoiando lentamente no colchão e se sentando no mesmo.
A jovem serva se quer esperou uma segunda ordem, assentindo desesperada, a jovem se foi entre os corredores da enorme casa a gritar pela serva mais velha que estava no andar de baixo. Entre os quartos dos corredores havia um que já estava de pé a farejar os mais curiosos casos do casarão Seok, com os finos fios negros sobre a testa causado pelo vento da janela recém aberta, o herdeiro Min ouvia os mais detalhados e escassos sussurros entre as paredes que por conhecidencia estava ao lado seu, ele ouviu os rangidos do piso de madeira que sinalizavam os seus passos apressados, ele ouviu a força feita pelo seu corpo para expulsar todos os alimentos que nele continha, ele escutou os arfares desesperados da mucama em conjunto do seus tropeços da tontura. Tudo só o ajudava a concluir aquilo que já estava em hipótese em sua mente, mas o moreno queria ver onde tudo aquilo chegaria.
Ao descer os degraus entapetados da casa, a jovem mucama chega a cozinha encontrado a senhora a se deleitar com as goladas de café recém servidos pelas escravas.
— Bá! A Sinhazinha está lhe chamando lá em cima...- iniciou-se ofegante.— Vá vê-la, senhora. Ela não está bem, ela acaba de cambalear em meus braços.
Não foi preciso mais nada para que a xícara repousa-se apressadamente sobre o pequeno pires causando um tintilar irritante assim como se a peça estivesse a se quebrar.
As velhas pernas logo se moveram correndo pelos corredores até chegar em frente ao seu quarto que tinha a porta entre aberta, você ainda estava ali sentada, com a cabeça baixa ainda sentindo um tipo de tontura cobrir seu cérebro.
— Oh, Santo Deus menina! Está tudo bem?- Falou a mais velha, ajoelhando-se lentamente diante de ti para que assim seus olhos focassem na face da mesma.
— Estou sim, bá. Apenas quero conversar com você...-Disse você rolando os olhos lentamente para cima observando a mucama mais nova com as mãos apertadas em punhos em conjunto do surrado tecido das vestes da mesma.— A sós...
Entendendo de imediato que aquilo foi sua deixa para se retirar, a garota assentiu e saiu o quarto batendo as portas emadeiradas atrás de si. Idá pegou em uma de suas mãos a pressionando entre as dela para assim lhe dar um pouco de conforto, assim conseguir falar.
— Idá, eu preciso ver o Tae, conte-me onde ele está!- Falou você em desespero que se transparência aos poucos pelas pupilas cintilantes, que era um efeito até mesmo comum quando você mencionava o nome do jovem garoto.
— Acalme-se criança! Primeiro me conte o que tem sentido esses dias, querida.— Disse calmamente a senhora. Suas hipóteses só faltavam de alguns recursos.
— Tonturas, enjoos...mas isso não está em pauta agora! Diga-me onde meu amado está preso!- Ordenou em fúria, suas mãos estavam trêmulas e suas fraquezas pareciam lhe sucumbir aos poucos. Tudo atentamente observado por um jovem cavalheiro que xeretava a vossa vida por trás da porta sem ser descoberto.
A escrava suspirou derrotada abaixando o rosto e logo o levantando encarando seus olhos melancolicamente.
— Vosso amado se encontra as amarguras em um pequeno quarto onde nem o sol se atreve a chegar. O meu pequeno menino está adoentado, necessita disso, tu não podes...- Falava a velha que foi interrompida por ti que estava deveras irritada.
— Posso e vou! Sou a baronesa dessas malditas terras, esposa de um crápula o qual carrego o sobrenome, tenho que usá-lo de alguma maneira.- Vociferou fortemente levantando-se às pressas e indo em direção da porta a deixa perfeita para o Min se retirar rapidamente em meio aos corredores como se sua alma nunca estivesse ali, porém se mantendo a espreitar.
Você desceu os degraus com tamanha rapidez que nem mesmo a mais velha, acompanhada de algumas mucamas que estavam preocupadas com a movimentação repentina na casa, conseguiam acompanhá-la. Você estava eufórica, necessitada, morta aos poucos e o seu subconsciente só a provocava com alucinações do loiro às minguas encostado sobre uma fria parede de madeira, faminto, ferido, escasso de carinho que você prometeu doá-lo. Seus pés a levaram até a cozinha onde ordenou que fosse preparado uma cesta com pães, frutas e as mais variadas comidas e guloseimas para o garoto, tudo foi seguido de imediato e posto em uma cesta coberta com um pano esbranquiçado, a cesta foi capturada por você que a levou até os fundos do terreiro encontrando um local em mofo, úmido e doentio onde nenhum ser humano deveria se quer aparecer, tapando as narinas, você passou como um animal veloz pelos capatazes que a seguiram aos gritos em conjunto da velha mucama.
— Minha senhora! Vos-mecê não pode está aqui!- Arriscou-se um capataz que sentiu o corpo se estremecer ao notar o teu parar e se virar lentamente o encarando com os olhos frios de romper a alma.
— Abra já aquele cubículo maldito, se não o senhor não temerá ao seu senhor e sim a mim! E acredite posso ser mortífera quando quero ser.- ameaçou friamente sem demonstrar se quer remorso, o que o assustava ainda mais. Com as mãos trêmulas, o jovem servo abriu o quarto sendo dispensado por Bá que exigiu algumas tisanas e mezinhas para o tratamento do jovem. Taehyung estava bem pior do que a sua imaginação reproduzia, o corpo suado causado pelo calor e pela umidade das madeiras surradas, as costas em carne viva o que fazia o sangue seco e em uma cor envelhecida se reluzia em meio a pele do jovem; o lugar era imundo e se fazia repleto de insetos e ratos que rodeavam o corpo do garoto insistentemente como só estivessem à espera de sua morte.
Era impossível conter as lágrimas e assim elas se derramaram sobre suas maçãs do rosto, tentou colocar a palma sobre os lábios, porém nem isso conteve os soluços de choro diante de tamanha situação. Seu corpo foi ao chão, se rastejando lentamente até o loiro que ainda estava encolhido; seus braços se estiraram em direção do mesmo, mas aos poucos se continha, tu tinha medo, tinhas medo de feri-lo mais do que já estava ferindo, você se culpava, se punia, queria que casa chicotada que ele tivesse levado fosse transferida para ti, talvez assim você se senti-se satisfeita.
— Querido...-Falou em fio de voz ainda arrastando os joelhos pelo chão batido eme terra onde sujava as finas e detalhadas saias de seu vestido. Você tinha uma das mãos ainda sobre os lábios levemente rosados e a outra permanecia na direção do mesmo que foi se virando lentamente em tua direção. Os olhos castanhos que eram escuros agora estavam claros como se o loiro acabasse de ver anjos em sua frente, todavia, era isso mesmo que ele via. Taehyung, com o pouco de força que tinha sobre si, arremessou-se em sua direção abraçando-lhe o corpo deixando cair cada lágrima que ainda faltava nele e puxando o gatilho para as suas, ambos os corpos estavam machucados, porém o seu não estava externamente então isso era bem mais grave, seus dedos cobertos pela fina luva rendada estavam trêmulos e com tanto medo de perder aquele que lhe apertava. Aquele momento foi quebrado pelo tintilar das bacias indo ao chão indicando que já estava tudo pronto para ajudar o garoto, você enroscou seus dedos com os dele enquanto arrumava as coisas para que o mesmo pudesse aprecia-las
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Já era tarde, e o dia já estava lentamente se pondo em conjunto com a euforia que seu coração havia tido mais cedo. Taehyung já estava bem melhor, tinha fitas de plantas curandeiras nas costas e um sorriso nos lábios enquanto contemplava sua face.
— Tens noção de quanto és bela?- iniciou-se o cavalheiro levando lentamente as costas do indicador até a sua face e a acariciando.
— Está me deixando sem jeito, querido.- Respondeu com a voz um tanto baixa pela timidez que lhe atingiu de repente, arrancando assim uma deliciosa risada do loiro. Tudo estava tão belo até você sentir novamente a onda enjoativa atingi-la em cheio assustando o garoto que ajeitou a postura lentamente.
— Está bem?- indagou ele passando os braços pelos teus ombros lhe encostando lentamente em seu peito.
— Sim, sim...-Respondeu, sem mais explicações, apenas se reconfortou naquele momento no lugar que estava um pouco melhor do que aquele cubículo. Aquela cena era tão bela, porque não ser contemplada? Pois bem! Tudo estava sendo muito bem visto pelos olhos negros, no entanto que logo despertou um sorriso hipocrita nos lábios finos, o jovem Min se pôs a ir pacientemente até o escritório do seu querido amigo o qual estava deveras ocupado com a maldita crise que lhe atingia.
— Senhor Seok?- Falou o moreno, dando leves batidas na porta sendo que a mesma já estava um tanto aberta.
— Oh entre Yoongi, não tem para quê regalias, és meu hóspede.- Disse gentilmente, passando as mãos pelos finos fios castanhos, Hoseok ainda tinha sua atenção nos papéis.
— Meu amigo, quero ser bem direto, tu tens que tomar tua casa as rédeas! Ora! Ela está um tanto abandonada, necessitando é um homem e sem falar de sua senhora...- iniciou-se malicioso, Yoongi agia como a cobra mais peçonhenta, tento a sua espreita como a mais hábil habilidade, se movendo lentamente, dizendo cada palavra com clareza, era de enfeitiçar os juízos.
— O que tem minha esposa?- indagou o Seok levantando os olhos lentamente até o mais pálido.
— Ela tem bastantes aliados aqui, certo? Em conjunto com o seu amante, posso dar-lhe um conselho meu querido amigo?- Falou se aproximando lentamente das costas da grande poltrona do escritório e assim dedilhando cada prega de couro que nela enfeitava. O Seok assentiu. — Mate-o. Mate todos os aliados do bastardo também. Quanto menos aliados sua esposa tiver, menos vergonha passará e logo um herdeiro terá...- Disse o homem, como um sussurro, um feitiço, que deu tão certo quanto o caminho em sua vida.
Continua(?)...
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Aí que saudade que eu tava de você aaaa
Praticamente morri né?
Mas voltei com essa bom e no total de 2085 palavras pra compensar o atraso. Amo vocês amores
Não desistam de baronesa🥺 amo os comentários leio todos
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