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O Amor🥀

32

Leiam ouvindo a música "Unstoppable- Sia"


O velório de vosso marido seria no dia seguinte. Você havia preparado tudo com o máximo de cuidado como um sofrida viuva faria, seu nome já estava estampado nos jornais locais como "a viúva triste,pela segunda vez

" que mulher azarada"

Diziam eles. Alguns lhe chamavam de viúva negra como uma forma de ofender-te, muito pelo contrário, você se sentia-se lisonjeada por ser comparada a um aracnídeos tão fascinante.

Vestida com trajes negros, você esperava sua filha no saguão que se arrumava com a ajuda de sua Bá, já que fariam uma visita para teus pais. Com o livro avermelhado em mãos, você andava pela sala até parar e vê seu rosto refletido no pequeno espelho acima da lareira, assim se recordando do último capítulo do livro de cor vermelha.

" Querido espero que esteja cuidando muito bem da nossa pequena menina, sei que Bá a levou para ti assim dizendo a meus pais que minha pequena havia nascido morta, que tristemente, foi comemorado por eles. Estou tão doente meu amor, sei que partirei em breve e não poderei encontrar-te como prometi, mas não se preocupe! Deixei tudo para você e nossa filha, meu testamento está nas mãos do advogado que logo lhe entregará todas as minhas posses. Não esqueça-se nunca que sempre lhe amarei."

Seus olhos encaravam as olheiras negras e profundas que repousavam abaixo deles. Contemplando o resultado de dias de pleno sofrimento que nunca mais se repetiria.

- Mama!- gritou uma voz aguda que logo se agarrou a suas pernas.

- Vamos,meu amor?-disse você, agarrando a pequena garotinha e acariciando-lhe os cabelos loiros encaracolados.

-Sim!

E assim vocês partiram em direção a Fazenda de vosso pai.

🥀

Após alguns minutos de viagem, já que a casa de seus senhores se fazia incrivelmente distante da tua. Tu e vossa filha desceram calmamente da carruagem em tons dourados, após uma viagem repleta de risadas da pequena já que você fez gracinhas para a menina durante o percurso.

Teus cabelos estavam presos em um penteado complicado que malmente era visto, pois estava meio coberto por um belo chapéu negro rendado. Aos teus pés tocarem o piso de porcelana branca, você sentiu uma onda intensa nostálgica lhe pegar em cheio lhe fazendo suspirar a apertar levemente a mão de vossa filha.

- Onde está o senhor Kim Lee?-indagou você a uma das mucamas que lhe encarava assustada.

-Está em seu escritório...se me permite, senhorita.-ela levantou um dos dedos chamando sua atenção.- Lhe conheço antes mesmo de sua partida do casarão. Cresces-te tanto! Me sinto velha.- falou rindo lhe fazendo sorrir.

Sua filha lhe abandonou facilmente quando a mesma mucama ofereceu-lhe umas torradas com geleia de morango e assim você foi, com o livro avermelhado em mãos, até o escritório de seu pai. Você bateu na porta e com um "entre" baixo, você abriu a pesada porta ouvindo o batucar de seus saltos tom carmesim contra o piso de madeira assim atraindo atenção do mais velho que fez menção de se levantar, mas com um aceno você pediu para que ele se manter-se sentado.

- O que vim fazer aqui é rápido. Vim convida-lo para o enterro de meu falecido esposo.-aquilo lhe embrulhava o estômago.- E vim devolver um livro que peguei na biblioteca antes de partir.- disse enquanto o empurrava pela mesa. Os olhos do vosso pai se arregalaram em horror, ele puxou o livro para si como se tentasse acreditar que aquilo era real.

- Co-como o achou?- disse o homem, baixo.

- O que?- indagou você, sem compreender tal reação a um livro abandonado.

- COMO O ENCONTROU?!- a voz do homem era severa como se fosse avarçar para cima de si a qualquer momento.você recuou.

- E-eu apenas o encontrei, queria ler algo, não achei que fosse algo im-

- VOCÊ NÃO PODIA!...não podia tê-lo encontrado...- seu pai estava em prantos e você não sabia o que fazer. Assim calada ficou, encarando-o com uma confusão em face.

Em poucos minutos de um dolorido silêncio, ele falou.- Você o leu?

Você assentiu, medrosa.

O choro se intensificou, seu pai caiu sobre as próprias pernas empurrando o livro contra o peito.

- Ela era tão jovem...Eu a amava tanto...

- Como? Eu não estou lhe compre- ele lhe interrompeu

- Esse livro não é um livro qualquer. Ele é um diário. O diário de sua mãe.

Seu corpo foi arremessando para trás por impulso. Sua mãe estava viva, não estava? E ela lhe odiava, certo?

- Sua mãe morreu de pneumonia que se intensificou dias após seu nascimento. Eu não estava com ela, não pude abraça-la, estava arrumando um lugar para morar-mos...minha Jojo... ela deixou tudo que tinha para nós, eu era apenas um cavaleriço apaixonado pela filha do patrão, tão bobo sonhando em viver com a minha amada...mas ela partiu, então me casei novamente e decidir lhe dá uma vida boa, sem problemas e intrigas. Apenas uma mãe e um pai.

Você já chorava e nem percebeu, não esboçou reação alguma, apenas correu para fora do escritório como uma Rena foge do caçador. Mas seu caçador era apenas o destino.

Você pegou Sun pela mão e partiu para a carruagem, não queria ver ninguém. Talvez morrer fosse uma opção plausível, mas foi destacada ao você encarar a menininha sentada a sua frente.

🥀

O dia passou incrivelmente rápido. O enterro foi sórdido e vazio, apenas você e alguns amigos do seu falecido esposo que estavam apenas de passagem, já que não moravam ali. Todos eles lhe deram cartões com mensagens curtas como um tipo de ajuda.

" Sinto muito pela sua perda, senhora Min.

Encarecidamente, Kim Namjoon"

" Aceite meus sentimentos, senhora Min.

Carinhosamente, Jeon Jeongguk"

" Sua tristeza será passageira, senhora Min.

Meus sentimentos, de Kim SeokJin"

" Ele era um bom homem. Espero que fique bem.

De Park Jimin"


"Senhora Min"

Você não queria ser a senhora Min, queria ser a Senhora kim, esposa de Kim Taehyung. Seus sonhos era atordoados pensando em momentos lindos com seu falecido amado e sua filha.

- Senhora? O socio está a frente.

- Achei que ele chegaria a semana que vem...- iniciou-se você, mas silenciou ao ver um homem adentrar o salão. Ele trajava um palitó negro, com as mãos enlulavadas, ele tocou na cartola Preta que fazia uma sombra em seu rosto, sendo difícil vê-lo.

- Sinto muito, não recebe-lo como deveria senhor. Mas não sabia que chegaria tão cedo...- sua filha surgiu em meio aos corredores e agarrou sua saia se escondendo ali.

- Quem é ele mama?- indagou a criança que encarava seu soci.

O homem suspendeu seu chapéu e sorriu para a menina. Seu coração parou. Seu corpo congelou.

- Que menina linda.- ele falou sorrindo abertamente ao ver a menina se envergonha e esconder-se. Os olhos caíram sobre si. Uma lágrima solitária arrastou-se sobre sua maçã e trêmula você disse.

- Taehyung..?!

..Fim

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