Bombons de cereja🥀
"ᴅɪᴢᴇᴍ ǫᴜᴇ ᴏs ʜᴏᴍᴇɴs sᴀᴏ ᴛᴇɪᴍᴏsᴏs ᴄᴏᴍᴏ ᴀs ᴍᴜʟᴀs, ɪssᴏ ᴇ ᴜᴍ ɪɴsᴜʟᴛᴏ ᴀs ᴍᴜʟᴀs"
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— Sinhá! Ande! Vá se deitar, amanhã bem cedinho tua carruagem chegará, minha menina.- Dizia Bá Adia por trás da grande porta francesa
— Já me deitarei Bá!- Você vos disse enquanto ia em passos calmos até a grande janela que dava espaço para a luz do luar se espalhar pelo luxuoso cômodo que se fazia em tons pastéis e se enchia de tristeza vindo da própria dona do quarto que tinha seu coração em pequenos pedaços e sua mente em nervos.
Tu não tinhas nenhum mal intendido com o seu futuro noivo, pois para você ele também era vítima da escolha execrável de seus pais. Nada mais a tiraria dessa infeliz situação apenas fugir a ajudaria, ou talvez findar tua própria vida seja a real solução! Sim, ter seus dias acabados de uma única vez a poupariam de diversos anos de infelicidade ao lado de alguém que você sabe apenas o sobrenome algo que não seria útil em nada. Mas já estava fora de questão ter sua vida tirada por si mesma, seria algo sem completa sanidade, a única coisa que lhe restava era aceitar teu destino. Tu tinhas esperanças que teu noivo fosse alguém amigável, alguém que tenha compaixão por ti e tenha em si que será apenas uma faixada para a aliança entre as fazendas.
Seu vestido se balançava ao ritmo do sereno que invadia seu quarto, um sorriso foi formado em seu rosto após sentir durante minutos uma paz que a tomava. Após abrir os olhos, você se dirige calmamente até a frente de seu guarda-roupa, desamarra os nós que foram feitos em seu espartilho e em segundos tirá-lo com o resto de sua roupa, logo tu colocas uma camisola de seda branca que ia até os teus joelhos e tinha um decote vantajoso em seu colo. Seu corpo se repousa em sua cama assim a levando a um sono profundo observado pela luz da lua.
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Os galopes dos cavalos já eram ouvidos junto com as batidas das rodas da carruagem que havia acabado de chegar em frente ao casarão. Bá abre as portas do teu quarto às pressas observando a cena que fez seu velho coração ir em cacos, tu estava em frente à porta com um vestido em tom vinho que se fazia simples por não ter nenhuma enchimento, apenas um espartilho na cor negra que se fazia em harmonias com as rosas do mesmo tom que estavam costuradas na saia baixa de seu vestido. Seu rosto permanecia em uma expressão indecifrável mas não impedia que as diversas lágrimas se arrastassem pelas suas lindas maçãs do rosto. As malas seguradas com firmeza entre as mãos. Um penteado em coque estava em seu cabelo que se mantinha escondido pelo grande chapéu em renda negra que escondia uma parte de seu rosto. Aquilo doeu em bá como uma adaga encravada em seu peito, ver a sua menina sair de seus braços e vê-la partir infeliz, aquilo era uma tristeza horrenda.
— Minha menina...- Disse bá enquanto colocava as mãos sobre o colo.
— Ja estou pronta, Bá. Peça aos capatazes para levarem o resto das malas para o cocheiro colocá-las na carruagem- Vociferou você, passando pela escrava que estava por um fio de entrar em prantos.
Tu seguia lentamente pelos corredores do enorme casarão vendo as mucamas se encostarem nas paredes e após sua passagem começarem um cochichar sem fim. Quando tu chegas ao topo da escada vê seus pais ao lado da entrada, seu pai permanecia com sua bela postura que sustentava sua grande paciência. Sua mãe lhe encarou ao topo da escada dando um sorriso vitorioso e acompanhava cada passo seu pelos degraus, ao chegar em meio ao salão e a avistar o cocheiro a colocar a última mala em um baú, tu segues até ele em passos mansos passando pelos teus pais como se fossem apenas decorações banais da enorme sala. Você observa bá em prantos em frente a grande porta e sente um aperto profundo em seu coração, tu vai até a escrava largando as pequenas maletas que tinha em mãos assim abraçando a serva com toda a intensidade possível fazendo assim um gatilho para as lágrimas das duas.
— Vá com Deus minha criança.- disse-lhe bá, que lhe apertava entre os braços como se não a quisesse soltá-la
— Eu lhe visitarei quando puder, Bá.- Você dizia entre lágrimas revelando um pequeno sorriso em meio ao seu sofrimento.
Após dar um beijo na bochecha da escrava, você continuar seu caminho em direção ao cocheiro que ele esperava impacientemente passando pelo seus pais que encaravam cada passo seu
— Não irá se despedir de teu pai, queria filha?- Disse a baronesa que em sua fala exalava ironia.
Tu acaba por não dirigi-lá a palavra, apenas continuou a descer os degraus externos da enorme casa atraindo a atenção dos diversos escravos de plantio que trabalhavam ali. Você entra na luxuosa carruagem decorada por uma cor beje e seus detalhes em ouro branco, e assim a porta é fechada pelo cocheiro que se se despede de sua família e segue o caminho até a sua futura e eterna casa. Pela pequena janela da carruagem, você observava a sua antiga casa se afasta lentamente vendo sua família entrar novamente para casa como se nada tivesse acontecido, como se você fosse apenas uma visita familiar que logo iria embora e que nunca sentiria falta, algo que para ti era verdade, você afasta esses pensamentos de sua cabeça ao notar que havia um pote de cristal repleto de bombons de cereja, algo que por sinal eram seus preferidos, você resolve por pegar uma das guloseimas e em apenas uma mordida o pequeno bombom já estava em seu fim trazendo uma paz para ti e uma pequena lembrança.
🥀Lembrança🥀
A pequenina menina travessa corria pelos solões do casarão batendo no piso, recém limpo, as suas lindas sapatilhas em tom negro que se destacavam em ti. Por serem teus preferidos, eles sempre combinavam com teus vestidos que eram sempre em tom branco. Atrás da menina corria bá quase sem ar tentando pega-la para ir se banhar logo.
— Vamos sinhá! Você necessita tomar seu banho! Teus pais ficaram chateados!- Dizia a mais velha em pequenas pausas para recuperar o ar.
Você se que ouvia, apenas corria e corria, se batia em diversas mucamas que riam das tuas travessuras e do desespero de bá. Rapidamente, tu acaba por entrar no escritório de teu pai que estava lá lendo e relendo diversos papéis. Tu corres para debaixo da pequena escrivaninha e vai se esconder entre os pés de teu pai, após notar que tu estava ali, seu pai acaba o rir ao notar bá entrar pela porta em desespero.
— Desculpe, seu barão. Mas estou procurando uma menina travessa que está se escondendo do banho.- Dizia bá com as mãos no peito se apoiando em uma cristaleira cheia de decorações.
— Hum, talvez possa ser essa doce menina aqui.- Ele afasta a cadeira e lhe pega calmamente no colo vendo seu sorriso travesso e envergonhado.
— Você está aí sinhá! Vamos temos que tomar banho.- Dizia a escrava enquanto tinha suas mãos postas em sua cintura.
— Agora não, Ida. Deixe ela um pouco comigo depois lhe entregarei essa menina sapeca.- Dizia seu pai que lhe fazia rir com as cosquinhas que dava em sua barriga.
A escrava não diz nada, apenas dá um sorriso, se despede do barão e fecha a porta calmamente seguindo seus deveres. Teu pai continuava com as brincadeiras lhe fazendo libertar as suas risadas gostosas.
— Hum, vou pegar algo para você.- Disse teu pai que calmamente lhe coloca sobre a cadeira e vai em direção a um grande armário repleto de livros desconhecidos por ti, a madeira fina e escura, após alguns segundos, teu pai pega uma caixa em metal decorada com corações pintados perfeitamente, posiciona a caixa sobre a mesa e a abre revelando diversos bombons de chocolate negro ele pega um deles e coloca a caixa novamente em seu lugar. Ele vai até você com um sorriso acolhedor entre os lábios e lhe dá à guloseima.
— Sei que não pode comer doces, mas esse será nosso segredinho, Sim? Coma.- Disse ele vendo seu receio em coloca o chocolate em sua boca, mas logo ele recebe uma pequena mordida tua que segue até terminar a pequena trufa.
— Isso é muito bom, papai. O que é esse doce?- Dizia você que tinha a boca e os dentes lambuzados pelo doce de cacau queimado.
— Bombons de cereja, vindos de Londres, gostou?- Dizia seu pai que tentava limpar a bagunça que você havia feito em seu próprio rosto.
— Obrigada papai.- tu dizes aos mais velho que lhe olhava com ternura e acariciava sua cabeça.
— eu te amo minha pequena.- Disse teu pai que lhe abraça e lhe alinha a seu peito.
— Também te amo papai.- Dizia você que abraça seu pai com suas pequenas mãozinhas
Sem tu ao menos notares, você já derramava diversas lágrimas ao lembrar de teu pai que já foi um homem tão bom para ti, como ele havia se transformado em um mostro do dia para noite? O cocheiro já havia parado a carruagem e assim ele caminha até a pequena porta da carruagem lhe possibilitando vê a luz do sol que já se fazia forte.
— Chegamos ao casarão, Senhorita- Disse lhe e mantinha sua mão posta para que você pudesse descer.
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Continua(?)
Agradeço a todos os meus leitores por tudo
Até o próximo capítulo🤩💕
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