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Trigésimo Oitavo

Rosie sentou-se na cama ao lado de Bella, afastando alguns cabelos dos seus olhos. Na rua estava um nevoeiro intenso, mas a claridade anunciava o nascer do sol. A noite anterior fora uma das mais difíceis da sua vida. Entre trazer Richard desanimado para casa e ter de contar a Caleb o que acontecera, ficara completamente esgotada. Sentia-se incapaz de reagir, de voo em pique para um chão sem fundo, enquanto a sua vida era destruída.

- Tenho boas notícias - comunicou Elisabeth, que havia permanecido ao lado de Bella todo aquele tempo - A regeneração está a ser bastante rápida. Ela deve acordar em breve. Mais um dia e está ótima.

- Ao menos isso - disse Rosie, com uma voz apagada. Não se deu ao trabalho levantar a cabeça para ver para a cunhada, enquanto esta entrava da varanda para o quarto fechando a porta.

- Rosie... - tentou Elisabeth, aproximando-se dela e sentando-se a seu lado - Vai tudo correr bem, vais ver que sim.

- Richard ainda não acordou - comunicou Rosie, passando uma mão pelo braço frio de Bella - Ainda não sabemos se ele é ou não um puro.

- Testaram-no?

- Eu não consegui, mas Amelia sim - explicou Rosie, fungando, e levantando o olhar para Elisabeth - A sua pele continua tão frágil como a de um humano e ainda tem sangue vermelho. Mas o ferimento na cabeça curou, desapareceu. Isso significa alguma coisa.

- Talvez o veneno tenha sido dado a Richard depois de este cair, ficando sem efeito - considerou Elisabeth - Assim o que fizeste salvou-o.

- Não sei o que pensar... O veneno de um simples vampiro não é tão poderoso como o original - considerou Rosie, limpando uma lágrima que ameaçava cair novamente - Mesmo conseguindo fazer circular o meu, o original também estaria na corrente sanguínea.

- Provavelmente o seu corpo está a lutar contra os dois.

- E o que isso lhe vai fazer? - perguntou Rosie, sentindo uma dor de cabeça enorme, tal como não sentia desde que era humana. Provavelmente era só psicológica.

- Não sei, nunca soube de uma situação semelhante - confessou Elisabeth tristemente. Gostava de poder ajudar mais.

Rosie levantou-se para sair do quarto, deitando mais um olhar para Bella. Sentindo-se sem rumo, deu por si em frente da porta do quarto que fora de Mark. Recusara-se a pensar no Mark que conhecera por tão pouco tempo, pois era demasiado doloroso. O filho que ela conhecera não era capaz de fazer tudo aquilo.

Estava tudo como Mark o deixara. Ninguém tivera coragem de entrar ali desde que receberam a notícia. Contudo, a porta estava entreaberta. Rosie desencostou-a, encontrando Caleb sentando em cima da cama com a face apoiada nas mãos.

Rosie sentou-se a seu lado e Caleb levantou o olhar. Sem saber o que o que dizer, Rosie colocou os braços à sua volta, abraçando-o. Mais uma vez não conseguiu evitar que as lágrimas percorressem o seu rosto, fechando os olhos. Para alguém que raramente chorava, parecia que nos últimos dias era a única coisa que fazia. Sentia-se inútil, não podia fazer nada para ajudar os filhos.

Caleb abraçou-a com mais força, sentindo o desespero de Rosie. Ainda estava um pouco dormente com todos os últimos acontecimentos, como se o que estivesse a acontecer não fosse com ele. Mas era e também com todos os que alguma vez conhecera e amara. Tudo o que construíra estava a desfazer-se diante os seus olhos. Era a pior coisa que alguma vez sentira, superando mesmo a sensação de encontrar a sua mãe morta às mãos da única pessoa que julgara poder confiar.

Continuaram abraçados por algo tempo, separando-se apenas quando ouviram alguém a bater à porta principal. Rosie enxugou as lágrimas, com a intenção de se levantar, mas Amelia já abrira a porta do quarto de Richard e começara a descer as escadas. Esta sabia quem estava no alpendre. Tinha sido ela a chamá-lo e esperava que este trouxesse consigo a solução para tudo.

Abriu a porta, encontrando Bran e Charles lado a lado. Nunca tinha visto aquela dupla junta.

- Tenho o que me pediste - declarou Bran batendo ao de leve no casaco, indicando que trazia o objeto com ele.

- De certeza? Nunca pensei que fosses mesmo encontrar - admitiu Amelia, espantada.

- Estava escondido à vista de todos - explicou Charles.

- O que é que estava escondido? - quis saber Rosie, aproximando-se com Caleb, estranhando ver Charles e Bran à porta de sua casa. Principalmente Bran.

Amelia sentiu um aperto na barriga. Mais uma vez não sabia como começar a explicar aquilo. Mas era necessário. Aquela reunião tinha de acontecer o mais rápido possível.

- Podem chamar Elisabeth? - pediu - É melhor que todos ouçam de uma só vez o que tenho para contar.

Caleb afastou-se enquanto Amelia encaminhou todos para a sala de estar, depois de fechar a porta de entrada. O sofá e a mesa quebrada já tinham sido retirados da sala principal, mas mesmo assim tornara-se muito desconfortável estar naquele local. Todos se sentaram enquanto Amelia continuou em pé. Quando Caleb e Elisabeth voltaram, Amelia respirou fundo e começou a falar.

- Depois de trazermos Richard e falares com Caleb - começou, dirigindo-se para Rosie - saí para falar com Bran. Ontem descobrimos que o veneno original pode ser a única coisa capaz de travar os puros. Num dos seus diários, Antícero relatou que mandara construir uma adaga especial que poderia ser preenchida com o veneno. Se usada num puro, supostamente pode paralisá-lo e apressar o processo de mumificação.

Elisabeth, que ainda não tinha ouvido falar de tal coisa, desviou o olhar de Amelia e focou-o em Rosie e Caleb, que permaneceram em silêncio. Viu-os a darem as mãos.

- Pedi a Bran para tentar encontrar a adaga, porque acreditava que Hans a pudesse ter - explicou Amelia - Ele gostava de colecionar esse tipo de coisas.

- Há algum tempo atrás, Hans deu a Erick um monte de artefactos antigos para este guardar, sob a desculpa de querer ter mais espaço para guardar livros - disse Bran, fazendo depois um breve parenteses - Eu acho que a sua intenção era apenas para que Erick pensasse que Hans confiava nele.

Quase toda a gente acenou com a cabeça. Era mesmo do estilo de Hans fazer esse tipo de coisa.

- Enfim - continuou Bran - Algumas das coisas Erick guardou em Arcade, mas sei que este também tinha uma coleção pessoal. Foi aí que me lembro de ter visto algo parecido com a descrição de Amelia.

- Por isso é que estou aqui - explicou Charles - Bran apareceu lá em casa a falar disto, então decidi acompanhá-lo. Harry também teria vindo, mas...

- Nós entendemos - garantiu Elisabeth, quando viu que Charles fez uma pausa, sem saber o que dizer.

Bran levantou-se e abriu o seu casaco escuro, retirando a adaga do seu interior, pousando-a na mesa de centro. Esta era feita de ferro, o punho enfeitado com estranhas flores que nenhum deles jamais tinha visto. Tinha cerca de trinta centímetros. Bran desapertou uma pequena tampa do punho, mostrando um pequeno veio que descia pela lâmina.

- Estão a dizer que isto - começou Rosie, inclinando-se para a frente e olhando a adaga com curiosidade - que foi mandado forjar por Antícero, o primeiro vampiro e puro, com mais de dois mil anos de idade, estava numa cave bafienta da vossa casa? - perguntou, olhando para Charles.

- Sim, misturado com outro tipo de relíquias - confirmou Charles - Acho que Erick não sabia o que tinha em mãos.

Rosie levantou-se e pegou na adaga pelo punho perfeitamente decorado. Tocou ao de leve na lâmina, reparando que, ou tinha sido pouco usada, ou tinha sido recentemente limada, pois estava bem afiada. Observou o corte que fizera no dedo, reparando que este começava a fechar. Voltou a pousar a adaga.

- Suponho que o melhor local para esconder uma adaga valiosa, seja misturado com um monte de coisas não valiosas - comentou enquanto voltava a sentar-se.

- Não diria que não fossem valiosas, mas com certeza eram muito menos - notou Charles.

- E o que vocês querem fazer? - perguntou Caleb, sentindo-se doente por simplesmente estarem a discutir aquele assunto.

- Teríamos de atrair Mark para algum lugar - considerou Amelia, embora acreditasse que seria muito difícil de o fazer.

- A boa noticia é que temos o elemento da surpresa - lembrou Bran - Mas será muito complicado travar Mark se conseguirmos usar a adaga. Assim que perceber que alguma coisa está errada, na melhor das hipóteses, foge.

Bran não precisou de dizer mais nada. Todos sabiam qual era a pior das hipóteses.

- O veneno não inicia a mumificação imediatamente, apenas após alguns dias - explicou Amelia, lembrando-se do relato de Antícero - Se Mark fugisse poderia causar muito estrago. Portanto vamos ter que prendê-lo.

- Como vocês querem prender um puro? - perguntou Elisabeth, espantada.

- Pelo que Antícero escreveu, deu a ideia de que com o veneno original no sistema, um puro fica mais fraco - disse Amelia.

- O suficiente para alguns vampiros o prenderem? - insistiu Elisabeth, ainda descrente.

- Se os caçadores conseguiam sem o veneno, nós temos de o conseguir - lembrou Bran.

- Sim, mas não sabemos que tipo de técnicas os caçadores usavam - contestou Elisabeth - Também não é como se pudéssemos chamar um para perguntar. Desapareceram após o lançamento do mendax.

- Mesmo assim temos de tentar - persistiu Amelia.

- E como vamos prendê-lo por vários dias?

Ninguém respondeu. Ainda não tinham pensado nessa parte. Se conseguissem sequer usar o veneno em Mark já era uma sorte. Depois disso, o que viesse seria uma dádiva.

- Bom, se um frasco de veneno apressa o processo em vários dias, que tal tentarmos dois? - arriscou Bran, pensativo.

- Não podemos - apressou a responder Amelia.

Um silêncio constrangedor inundou a sala, deixando Bran e Charles confusos.

- Porque não? - questionou Charles.

Rosie engoliu em seco. Ela e Caleb não tinham se pronunciado durante toda a conversa. Aquilo era demais para eles. Contudo, naquele momento era mais difícil ficarem calados.

- O que lhes contaste, Amelia? - perguntou Rosie, sentindo novamente as lágrimas a quererem escapar.

- Só que tínhamos encontrado Richard inconsciente - explicou Amelia, pressionando os lábios um contra o outro, tentando que a lembrança da noite anterior não a controlasse por completo - E que tinha sido atacado por Mark.

- Não foi isso que aconteceu? - indagou Charles, preocupado.

- Tecnicamente, sim, foi o que aconteceu, mas essa não é toda a história - esclareceu Caleb, com dificuldade em pronunciar as seguintes palavras. Nem teve capacidade para olhar para os outros quando o disse - Mark injetou Richard com o veneno original.

Um arrepio de terror percorreu Charles e Bran. Um puro era praticamente impossível de travar. Se tinham passado a existir dois...

- Então não podemos usar os dois frascos - salientou Bran. Respirou fundo, recordando o que passara em Arcade quando Mark invadira o local.

- O outro pode vir a ser necessário com Richard - completou Rosie, fechando os olhos e engolindo as lágrimas. Ali não era local para chorar.

- Temos estado a vigiá-lo - explicou Elisabeth, com a voz a tremer - Se notarmos algum sinal de que ele possa estar a transformar-se, temos de usar o veneno.

Nesse ponto, Rosie levantou-se e saiu da sala, ouvindo-se pouco depois o som de passos a subirem as escadas para o andar superior. Caleb decidiu segui-la, também já não aguentando aquela conversa, deixando os outros sozinhos na sala.

Amelia sentou-se no sofá onde Rosie e Caleb tinham estado sentados anteriormente e respirou fundo. Fechou os olhos e pressionou os dedos contras as pálpebras cerradas. Aquilo era demasiado.

- Estás bem? - perguntou Charles, aproximando-se de Amelia e sentando-se a seu lado, colocando um braço sobre os seus ombros.

Esta não disse nada, mas Elisabeth respondeu por ela.

- Ninguém está bem - declarou, suspirando desgostosamente - Quem me dera poder ajudar mais. Vivi com Hans este tempo todo e nunca me interessei pelo assunto. Claro que o ouvia falar de vez em quando sobre os puros, mas apenas numa realidade distante. Nunca pensei que estivesse a fazer experiências para os trazer de volta, muito menos que pudesse ser bem sucedido.

- Se tivéssemos mais tempo, eu contactaria os Médici, mas temos de agir rapidamente - disse Amelia, voltando a abrir os olhos, e olhando em frente, pensativa - Eles são os que mais sabem sobre os puros.

- Tens ideia do porquê? - perguntou Bran. Era raro ouvir falar sobre os Médici, eles pareciam pertencer apenas a uma lenda longínqua. Contudo, os puros também eram e afinal tinham voltado.

- Não, mas eles sempre foram o clã mais estudioso, mais científico - explicou Amelia, olhando distraidamente para Bran - Eu teria apostado tudo em como eles chegariam primeiro a produzir veneno original antes de Hans. Suponho que este tenha roubado muitas mais coisas que pensávamos sobre o assunto. Todos aqueles diários, a adaga... Sabe-se lá mais o que levou. Mesmo assim, alguns dos Médici mais velhos devem ter conhecido os puros e os caçadores, devendo ter uma ideia como os travar.

- Quem lidera os Médici? - perguntou Bran, curioso - Nunca soube.

- Ninguém, é um conselho dos dez vampiros mais velhos e influentes do clã - informou Amelia - Já houve um líder, mas por alguma razão que nunca explicaram este desapareceu.

- Muita gente desaparece na comunidade vampírica - comentou Elisabeth, suspirando.

Ficaram novamente em silêncio durante alguns segundos, até que Amelia se levantou e pegou na adaga de forma decidida.

- O que estás a fazer? - perguntou Charles, preocupado.

- Vou tentar encontrar Mark - declarou Amelia, deixando todos com uma expressão estupefacta na face - E acabar com isto.

Charles levantou-se e colocou-se na frente de Amelia, levantando as mãos.

- Espera aí, não podes ir sozinha! - avisou.

- Porque não? Vais tu, ou Bran? Rosie e Caleb não têm coragem de fazer isto, portanto tenho que ser eu! - salientou Amelia, elevando a voz nervosamente - Para além disso, acho que é mais provável Mark vir ter comigo do que com qualquer outra pessoa.

- Podes morrer! - exclamou Bran.

- Ele já teve oportunidade de me matar uma vez e não o fez - lembrou Amelia.

- Sim, mas da outra vez não ias esfaqueá-lo com uma adaga de dois milénios de idade, deixando que ele se transformasse em pedra para todo o sempre! - exclamou Charles - Quem sabe o que te fará!

- Eu tenho de tentar! - insistiu Amelia, não conseguindo evitar que uma lágrima lhe caísse pelo rosto - Se não o fizer, sabe-se lá quem será a próxima vítima? Vocês? Rosie, Caleb ou Elisabeth? E isto é apenas em Southward. E quando Mark se fartar e for para as grandes cidades? O que acontecerá então?

Ninguém respondeu. Charles não queria deixar Amelia enfrentar Mark sozinha, mas não sabia o que fazer. Sendo mais velha que ele, esta tinha mais capacidade do que se fosse ele a tentar.

- Eu vou contigo - declarou uma voz.

Amelia voltou-se, vendo Elisabeth a levantar-se e aproximar-se dela. Bran suspirou e passou as mãos pelo cabelo. "Esta gente é louca", pensou.

- Não...

- Sim - interrompeu Elisabeth, de forma decidida - Sou a última pessoa que Mark esperaria ver. Será como nos velhos tempos, nós duas contra todos.

- Elisabeth, vocês as duas não conseguem travar um puro - afirmou Bran. Este vira seis vampiros a tentar sem sucesso. Elas iam ser completamente derrubadas.

- Quem disse? Sabes quando dizem que Caleb é um dos vampiros mais velozes do mundo? Quem achas que é a primeira? - insinuou Elisabeth, sorrindo - Amelia, não podes ir sozinha sem nenhum plano.

- Isto é diferente de tudo o que fizemos no passado - lembrou Amelia - Para além disso, estás destreinada.

- E tu não? Eu sei dos riscos que corro. Hans fez tudo isto nas minhas costas, tenho o dever de o reparar - frisou Elisabeth, tristemente - Talvez se tivesse me apercebido dos seus planos, o pudesse ter impedido.

- Não sabes isso - começou Amelia, mas desistindo ao ver a expressão de teimosia na face de Elisabeth. Quando esta queria uma coisa, não havia quem a impedisse de a conseguir. Suspirou, derrotada - Tens algum plano em mente?

- Por acaso até tenho - disse, com um pequeno sorriso. Olhou para Charles e Bran, ainda inquietos - E vou precisar da vossa ajuda...

* * * * *

Nota da Autora:

Olá a todos! Sei que este capítulo foi um pouco mais rápido que o habitual, mas isso não significa que não seja importante. Aliás, existe informação neste capítulo que será importante para o segundo livro: "Barbastella - O Renascer". Sim, será esse o nome! Já tenho vários capítulos escritos, mas apenas vou publicar quando escrever tudo. Mais à frente irei vos informar como vai funcionar.

Agora preparem-se, pois "Barbastella - A Origem" está mesmo a terminar...

O que irá acontecer no próximo capítulo? Alguém tem teorias?


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