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Quinto

Quando o Uber parou ao pé dos portões da casa, já era praticamente noite. Além disso, parecia que ia chover a qualquer momento. Mark abriu a porta do carro e foi bafejado por um vento frio que entrava por todas as frinchas da sua roupa. Definitivamente, estava à beira mar.

O Uber foi embora e deixou Mark sozinho atravessando a estrada mal iluminada até chegar a um enorme portão de ferro. Ainda não se habituara ao facto de naquele país os carros circularem pelo lado esquerdo. Ele aproximou-se olhando para o casarão entre as barras de ferro. Bom, os seus pais não pareciam ter problemas de dinheiro. Mark não conseguiu deixar de comparar a casa de Steve e Helen com a de Caleb e Rosie. A mansão dos seus pais adotivos era de uma brancura que feria os olhos e de linhas retas, direitas, a mais moderna e "limpa" possível. Já a casa dos pais biológicos tinha três pisos, paredes exteriores de um vinil escuro e parecia bem tratada com arvores a rodeá-la e até um baloiço na rua.

Mark aproximou-se da campainha que jazia no muro ao lado do portão. Tocou uma vez e esperou. Ninguém atendeu. Tocou novamente. Nada. Mark olhou mais atentamente para a casa e viu as suas cortinas fechadas, as folhas caídas que se amontoavam casualmente. Pela primeira vez, reparou na caixa do correio. Abriu-a um pouco, tentando espreitar para o seu interior. Estava cheia de cartas e folhetos de publicidade. Não parecia que alguém vivesse ali há algum tempo.

Talvez conseguisse saltar o portão. Assim que o fizesse, entrar na casa seria fácil. Mas ao analisa-lo de cima a baixo, decidiu que não valia a pena. Era uma construção alta, de ferro, com poucos pontos de apoio. Mark já não era tão novo como antes e sabia que saltar aquele portão demandava diversas tentativas e com certeza alguém o veria. Embora na estrada não passassem muitos carros e existissem poucas casas naquele local, era um risco que corria.

Analisou as suas possibilidades. Do lado esquerdo o muro continuava interruptamente, ladeado por mato fechado por onde ele não conseguiria passar. O muro acompanhava a casa, mas antes de Mark conseguir ver o seu fim, começava o penhasco onde a casa assentava. Por ali, não conseguiria fazer nada sem cair de uma altura de cerca de dez metros para o mar revolto. Restava o lado direito que parecia bem mais promissor.

O muro que ladeava a casa continuava pela estrada, mas daquele lado era bem mais baixo. O problema é que do lado de dentro, situava-se também um mato cerrado e quando ele acabava, era num pequeno penhasco que dava para a praia deserta.

A praia e a estrada eram desniveladas. A praia ficava, à boa vontade, uns cinco metros abaixo da estrada. Mas como Mark pudera ver mais há frente, um túnel passava por baixo dela, acompanhado por um passadiço. Mark passou para o outro lado da rodovia com uma ideia em mente. Quem vivesse naquela casa, com certeza não faria aquele caminho todo para ir ter à praia. Devia existir um caminho pelos penhascos, desde a casa até à beira mar. Bastava encontra-lo.

Uns metros há frente encontrou um largo estacionamento que com certeza era usado pelas casas que se encontravam no meio daquele mato. Mark encontrou facilmente um caminho que o levou até ao túnel. Mesmo à entrada deste, passou por uma casa com o mesmo género de construção da de Rosie e Caleb, mas mais pequena. Mark teve a impressão de ver uma cortina a se fechar quando ele passou.

Passou debaixo do túnel até ir dar a uma larga praia. Teve que tirar as sapatilhas e as meias, para não as encher de areia. Apesar de existir um passadiço, este estava cheio de areia trazida pelo vento.

Olhou para o penhasco, no qual, no cimo, a casa dos seus pais biológicos se situava. Por enquanto não parecia existir nenhum caminho que o levasse até lá. Continuou a caminhar até chegar bem perto do mar, mas não conseguiu achar nenhuma forma de subir.

Apesar de estar no meio da praia, razoavelmente afastado do penhasco, era perfeitamente visível que não existia nenhuma forma de chegar à casa desde a praia. Olhou em volta para a praia gigante. Paralelamente ao penhasco da casa dos pais, havia outro penhasco, mais baixo com uma mansão gigante que parecia ter o dobro da pertencente a Rosie e Caleb. Mas até aquela tinha uma ligação à praia.

Mark gritou alto, frustrado, atirando para longe as sapatilhas, assustando umas gaivotas. Falharam por pouco o mar. Deixou-se cair na areia e deitou-se, observando o céu. Continuava extremamente enevoado, parecendo que iria chover a qualquer momento. Meu dito, meu feito. Mal Mark pensou nessa possibilidade, uma pinga de água atingiu a sua testa. Contudo não se incomodou, era apenas uma chuva miudinha.

Fechou os olhos, tentando esquecer tudo o que acontecera nos últimos tempos. Apenas ouvia o ribombar das ondas, o grasnar das gaivotas e sentia o cheiro da maresia. Foram raras as vezes em que visitara o mar.

Não soube quando tempo ficou ali deitado, ouvindo o mar e sentindo os pequenos pingos de chuva, quando de repente um poderoso arfar entrou no seu campo de audição e uma coisa extremamente molhada tocou a sua cara. Mark levantou-se rapidamente.

- Oh meu deus, o que é isto? – perguntou, esfregando o rosto, assustado.

Um grande pastor alemão saltou para cima dele, fazendo-o dobrar-se graças ao peso do animal.

- Desculpa! – uma mulher ruiva aproximou-se a correr com algo nas mãos. Quando ficou mais perto, Mark viu que eram as sapatilhas que ele havia atirado ao ar.

- Não faz mal – assegurou Mark, sorrindo.

- É que ele te viu aí deitado. Se calhar pensou que estavas morto! – exclamou ela com uma gargalhada. Entregou as sapatilhas a Mark – Acho que isto é teu.

- Sim – confirmou Mark pegando nas sapatilhas e levantando-se.

O grande pastor alemão aproximou-se da mulher ruiva e ela prendeu-o na trela. Esta parecia ser mais ou menos da idade de Mark, possivelmente um pouco mais nova.

- Este é o Max – disse a mulher, apontando para o animal – Eu sou a Lucinda.

- O meu nome é Mark – apresentou-se, sorrindo.

- Sem querer dar uma de cusca, mas eu estava na minha cozinha quando te vi pela janela chegar à casa dos Wilson's – confessou Lucinda – Como quase nunca ninguém os vinha visitar, fiquei curiosa.

O olhar de Mark iluminou-se imediatamente.

- Sabes quem são?

- Sim, quer dizer, mais ou menos – respondeu Lucinda, sacudindo os cabelos, que refletiram as luzes da estrada ao longe – Eles já se mudaram daqui há algum tempo. Acho que está já a fazer uns cinco anos. Mas também não costumavam sair muito de casa.

- Eu sou um amigo da família – inventou Mark.

- Com certeza relacionado com Caleb – arriscou Lucinda – Eu costumava vê-lo algumas vezes aqui na praia com o filho e tu és muito parecido com ele.

Aquela era uma informação nova. Mark tinha um irmão?

- Filho?

- Sim, Richard. Esse era quem eu costumava ver mais vezes. É da minha idade, julgo eu, deve ter agora vinte e quatro anos.

Mark sorriu internamente. Ele tinha um irmão mais novo?

- Desculpa perguntar, é que não os vejo há algum tempo – explicou Mark, inventando uma desculpa para conseguir fazer mais perguntas – Aliás, pouco os vi. É que me mudei há pouco para Edimburgo e a minha mãe, prima de Caleb, disse-me para os procurar.

- Ah, mas estás com pouca sorte – lamentou Lucinda – Eles mudaram-se para Southward. Foi Elisabeth, a irmã de Caleb que me disse.

Muita informação fora atirada de repente para cima de Mark. Primeiro, ainda bem que não tinha jogado a carta da irmã como sendo a sua mãe, aprendera sempre que quando era para mentir sobre ser parente de alguém, era melhor ser o mais longínquo possível. Segundo, Southward? Essa cidade outra vez?

- Conheces Southward? – perguntou Mark.

- Não, mas segundo o que Elisabeth me disse é uma vila a algumas centenas de quilómetros daqui. Fica no vale de umas montanhas.

- Hum, sabes mais alguma coisa sobre eles? – arriscou Mark – Como disse, já não os vejo há algum tempo.

- Só sei o que Richard me contava. Bom, falei com Caleb algumas vezes, mas já Richard convivi muitas vezes. Quando era mais nova tive uma paixoneta por ele, devo confessar – contou Lucinda sorrindo e sentando-se na areia, preparando-se para falar. O pastor alemão deitou-se a seu lado e ela fez-lhe uma festa. Mark também se sentou perto de Lucinda – Richard falava muito sobre a sua família, mas sempre de forma um pouco vaga. Só sei que os pais se conheceram em Nova Iorque e depois mudaram-se para cá. Tiveram uma filha, Bella, essa é que eu nunca vi.

- Eu... quer dizer, Richard tinha uma irmã? – perguntou Mark, espantado. Além de dois pais, ganhara dois irmãos.

- Sim, mais velha. Mas isso foi antes de se mudarem para aqui. Alias, pelas coisas que me Richard me contou, nem sei como Rosie e Caleb conseguiram ter uma filha e fazer tudo o que fizeram. Viagens e tudo o mais. Pelo pouco que os vi pareciam tão novos...

- A minha mãe contou-me que Rosie tinha um cabelo azul incrível.

- Sim, é verdade. Mas incrível nem é palavra que o consiga descrever. Era de um outro mundo. Eu ainda tentei pintar o cabelo daquela cor, mas nunca encontrei o tom. Richard dizia-me que era natural, mas ninguém tem o cabelo azul – Lucinda riu-se, relembrando essa altura da sua vida – Continuando, hum... Rosie, Bella, que eu nunca vi, ah sim, Caleb. Esse sim, eu vi e de bem perto. Muito parecido contigo, excetuando os olhos de uma cor muito incomum... Nunca a antes vi numa pessoa. Ele era muito calmo, reservado e extremamente simpático. Lembrava-me daqueles príncipes de filme, muito nobres e sempre prontos ajudar, com um sorriso no rosto. Mas não sei mais nada sobre ele a não ser que é um londrino de gema.

- Sabes porque se mudaram para aqui?

- Não. Richard também nunca me disse nada a esse respeito.

Lucinda acariciou as orelhas do pastor alemão e ficou a olhar para o revolto mar durante alguns segundos. Mark aguardou, mas por dentro estava a ferver por mais informações.

- E quanto a Richard, sabes alguma coisa? – perguntou, quando já não podia mais aguentar.

- Bom, aí já posso falar mais seguramente. Segundo o que a minha mãe me contou, porque eu era muito nova, quando Caleb e Rosie se mudaram eles só vinham eles e Bella. Penso que isto foi há mais ou menos vinte e cinco anos atrás. Mais tarde trouxeram Richard.

- Como assim, trouxeram?

- Desculpa, esqueci-me de dizer, Richard é adotado – revelou Lucinda, distraidamente.

O coração de Mark parou por um segundo. Quer dizer que quando eles não conseguiram encontrar o filho biológico decidiram adotar outro? Parecia que o tinham trocado! Para se acalmar, fechou os olhos e respirou fundo, pensando no que Wally diria: "uma coisa não tem nada a ver com a outra", "não sabes a história toda". Mesmo assim, não conseguiu se impedir de antipatizar automaticamente com o tal Richard.

- Ele contou-me que a família da parte da sua mãe biológica era muito rígida e não aceitou a gravidez fora do casamento. Como o pai desapareceu quando soube que ia ter um filho, decidiram dá-lo para adoção. Era só isso também que Rosie e Caleb sabiam.

- Hum...

Lucinda continuou a falar sobre Richard e sobre todas as vezes que se encontraram, mas Mark ouvia distraidamente, apenas soltando um "sim" de vez em quando. Ela parecia não reparar. Mark olhou para a casa do penhasco envolta em escuridão. Apenas as luzes vindas da estrada a iluminavam. Ainda não sabia como lá entrar. Quando Lucinda fez uma pausa, Mark interrompeu-a:

- Disseste que Caleb e Richard costumavam vir até à praia?

- Sim.

- Devia dar um trabalhão, caminhar pela estrada só para chegar até ao túnel e poder vir até aqui – arriscou Mark.

- Não, eles têm um caminho pelo penhasco que dá direto à praia.

- Oh, a sério? – perguntou Mark, olhando novamente para o penhasco – Não vejo nada.

- Está a ver aquele ancoradouro? – perguntou Lucinda apontado para um velho ancoradouro de madeira a alguma distância onde estavam atracados dois barcos. Estava iluminado precariamente por umas luzes a energia solar, mas como havia pouco sol, não carregavam completamente. Mark não havia reparado nele – Se andares um pouco mais, encontras a subida. Mas se a maré estiver muito cheia não consegues subir.

- Ah, pensei que talvez tivesse uma praia privada.

- Não isso é aquela mansão – Lucinda apontou para o lado esquerdo onde estava a enorme casa, num penhasco mais baixo – Eles têm uma pequena praia privada do outro lado.

- Que chique!

Lucinda riu-se do comentário de Mark. Ela preparava-se para continuar a conversa, quando o pastor alemão começou a ficar inquieto. Fez-lhe uma festa e levantou-se. Mark imitou-a, um pouco aliviado. Era notável que Lucinda era uma daquelas pessoas sem qualquer travão na conversa, podendo falar por horas seguidas. Porém até fora útil naquele caso.

- Bom, é melhor acabar de passear o Max e depois ir embora. Além de que esta chuva miudinha já começa a engrossar um pouco – disse Lucinda.

Mark franziu o sobrolho, estranho o facto de Lucinda se deixar incomodar pela chuva e não pelo facto de já ser noite cerrada, além de estar a conversar com um desconhecido numa praia deserta. Via-se mesmo que já não estava mais dentro de uma grande cidade.

- Sim, eu também daqui a pouco já vou embora – conclui Mark.

- Vê se não apanhas uma constipação – Lucinda sorriu – Prazer em conhecer-te, Mark.

- O prazer foi meu – disse Mark sorrindo.

Lucinda afastou-se com o cão a correr a seu lado. Ele ficou a olhá-la até esta desaparecer pelo túnel. Assim que o fez, Mark focou o ancoradouro e começou a caminhar até ele, tentando encontrar o tal caminho até à casa.

Após ultrapassar o ancoradouro, notou uma reentrância no penhasco com uns pequenos degraus cobertos de areia. Olhou para cima. Aquilo era um pouco íngreme, mas à falta de outra alternativa... Lentamente iniciou a subida, contudo para seu azar começou a chover torrencialmente.

Mark deu graças aos céus por a berma ser larga, por isso não havia muito perigo de cair. No entanto a chuva dificultava a sua subida. Quando chegou ao topo estava encharcado e havia caído duas vezes. A sua roupa estava uma lástima.

A casa jazia, majestosa, na sua frente. Mark correu até chegar à porta da frente, porque as traseiras estavam rodeadas por uma cerca. Tentou arrombar a porta o mais rápido possível, mas as mãos molhadas dificultavam o processo. Quando finalmente a abriu, entrou no hall, saindo da chuva torrencial.

Por sorte, a casa tinha um alarme fraquinho que ele desligou completamente. Caminhou pelo andar térreo, deixando pingos de água por todo o lado. Passou por uma enorme sala de estar e jantar, com uma lareira que o deixava com vontade de a acender. Passou por uma grande cozinha com armários modernos e escuros. Entrou numa lavandaria, onde deixou toda a sua roupa molhada, exceto t-shirt e boxers. Espremeu a roupa o mais que pôde e deixou-a a secar. Depois quando encontrasse o quadro elétrico, colocava-a a secar na máquina.

Subiu para o primeiro andar onde encontrou dois quartos, um de mulher, com cortinados roxos e tudo muito feminino, que Mark supôs ser de Bella, e outro mais acriançado que devia ser de Richard. Encontrou também uma casa de banho maravilhosa que o tentou a tomar um banho. Antes disso, decidiu subir ao último andar. Ainda não havia encontrado o quarto dos pais e ele pensou em ver se tinham deixado alguma roupa. Se o pai era assim tão parecido com ele, podia ser que tivesse deixado alguma coisa de vestir que lhe servisse.

No segundo e último andar, encontrava-se uma pequena saleta com televisão que servia de hall a duas portas. Uma, dava a uma ótima casa de banho com uma banheira de jatos, mas da janela tinha vista para a casa de Lucinda. Portanto tomar banho ali estava fora de questão. De seguida abriu a segunda porta que deu origem a um grande quarto com uma confortável cama onde Mark se deitou confortavelmente, esquecendo-se que estava todo molhado.

Levantou-se e procurou nos armários alguma coisa que pudesse vestir. Encontrou numa gaveta um pijama antigo que ele podia vestir até a roupa secar no dia seguinte. Pegou nele e comparou-o ao seu corpo. Parecia ser do mesmo tamanho. Com o pijama debaixo do braço, dirigiu-se ao andar de baixo para tomar um banho quente.

* * * * *

Mark já havia feito buscas quase na casa toda. Após tomar um banho quente que lhe soube pela vida, procurara mais informações sobre os pais em gavetas e cartas, conseguindo encontrar algumas fotos antigas. Meredith e Lucinda tinham razão. Era muito parecido com Caleb. E o cabelo de Rosie, mesmo por aquelas fotos, parecia incrível. Não encontrara nenhuma foto de Bella ou Richard ou do resto da suposta família.

Finalmente, sentou-se na larga secretaria que se situava no quarto dos pais. Abriu as gavetas à procura de mais coisas e logo deu de caras com uma carta que fez o seu coração dar um salto. No envelope estava escrito "Ao meu filho perdido". Mark respirou fundo. "Filho perdido" ... Só podia ser ele. Lentamente, abriu o envelope que não se encontrava lacrado e desdobrou o papel.

"Ao meu filho perdido,

Não sei onde estás, não sei o teu nome e, embora me custe pensar na possibilidade, nem sei se estás vivo. Eu sou a Rosie, tua mãe e escrevo esta carta no dia em que eu, o teu pai, Caleb, e a tua irmã, Bella, nos mudamos para Edimburgo.

Escrevo esta carta mais para mim própria, do que para ti, pois sei que nunca a irás ler. E eu chamo-te de "meu filho" porque sei que o nome que te dei quando estavas na minha barriga não será o mesmo que possuis hoje.

Quero que saibas que me arrependo muito de te ter dado para adoção. Foram circunstâncias que me ultrapassavam e ao teu pai que nos obrigaram a fazê-lo, pois estas mesmas poderiam pôr em risco a tua vida. E neste último ano, elas desapareceram.

Sinto um vazio dentro de mim que nunca poderei preencher, pois a falta que me fazes é tão, mas tão grande... que sinto por vezes que vou morrer de tanta tristeza. Claro que isso não acontecerá fisicamente, mas psicologicamente, eu sinto isso. Quero que saibas que uma parte de mim estará sempre contigo.

Caso algum dia, por alguma razão, as tuas mãos cheguem a esta carta, deixo-te as nossas moradas. Uma em Edimburgo e outra em Southward. Espero que algum dia encontres no teu coração uma forma de voltar para nós.

Com amor, Rosie"

No final da carta estavam as direções para a casa onde Mark se encontrava no momento e outras para Southward. Estas eram um pouco confusas pois em vez de uma morada concreta, eram um monte de estradas e coordenadas que ele deveria seguir para lá chegar.

Mark fechou a carta, engolindo em seco. Que circunstâncias seriam aquelas que poderiam pô-lo em perigo se ficasse com os pais? Tinha tantas perguntas para lhes fazer. E agora estava mais perto de os descobrir do que nunca! A solução seria mesmo seguir as estranhas indicções para chegar à tal cidade de Southward. Ver se ela existia mesmo.

Duvidava que conseguisse dormir naquela noite. Estava tão nervoso e com tantas perguntas a pairar-lhe na mente... No dia seguinte, alugaria um carro e seguiria para Southward, a cidade misteriosa. Antes de adormecer, um sorriso surgiu-lhe nos lábios. Finalmente a sua história estava a desvendar-se. E no dia seguinte, poderia já ter na sua frente, Rosie e Caleb.

No entanto não seria assim tão fácil...

* * * * *

Nota da Autora:

Bom dia meus seres iluminados! Durante a semana não houve capítulo bónus, mas pode ser que durante esta eu vos surpreenda. Então, acham que vai ser no próximo capitulo que Mark finalmente encontra os pais?

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