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Oitavo

- Jonathan? – estranhou Mark.

Amelia ainda estava em choque. Não sabia o que dizer, estava completamente sem palavras. Como aquela fotocópia do Caleb lhe aparecera à frente?

- O meu nome é Mark Henderson – apresentou-se, hesitante.

Mark não sabia como agir. Fora apanhado a trespassar uma casa alheia por uma mulher muito parecida com a qual sonhara dias atrás. A sua cabeça estava zonza, parecia que estava dentro de um sonho.

- Não podes estar aqui – alertou Amelia, ainda meio atordoada.

Apercebera-se que Jonathan, ou melhor Mark, tinha sotaque americano. Só não entendia o porquê de ele estar à sua frente. Porque aquele era, sem a menor das dúvidas, o filho de Caleb e Rosie. As suas parecenças com Caleb eram indiscutíveis e os seus olhos cinzentos com certeza descendiam de Rosie. Mas como tinha descoberto onde viviam os pais? Meu deus, saberia ele que estava rodeado de vampiros? Saberia sequer que vampiros eram reais?

- Desculpa – pediu Mark, embaraçado. Não percebera a estranha reação de Amelia à sua presença, tal como Amelia não percebera a dele – Pensei que a festa fosse aberta a todos.

- Não, nem por isso – explicou Amelia, cruzando os braços, num gesto de defesa. Tinha que lhe dar a entender que ele tinha de se ir embora. De preferência, antes que mais alguém o visse – É só para família e amigos.

- Peço desculpa novamente – Mark passou uma mão pelos cabelos. Tinha que dizer qualquer coisa antes que ela o expulsasse. Mais valia perguntar logo de cara – Conheces a Rosie e o Caleb Wilson?

Amelia ficou sem saber o que lhe responder. O que poderia fazer? Apresentá-lo a uns pais que pareciam mais novos que ele? A boa notícia é que Mark talvez não acreditasse que aqueles fossem os pais. Esperava ela. De qualquer das formas, ela não podia decidir aquilo por Rosie e Caleb, devia primeiro dizer-lhes quem encontrara e depois os dois que decidissem o que fazer. Por enquanto, tinha que se livrar de Mark. Um Mark que continuava a olhar para ela com um olhar esperançoso nos olhos e uma face que tanto lhe remetia para o passado.

- Não estão cá hoje, é melhor voltares amanhã – acabou por dizer Amelia, mentindo, esperando que fosse o suficiente para Mark ir embora.

- Mas sabes quem são? – perguntou Mark, abrindo um sorriso esperançoso e dando um passo para Amelia. As pernas desta tremeram involuntariamente e ela deu um passo para trás, voltando a colocar a mesma distância entre eles – Sabes onde estão, onde é que vivem? Eles vivem em Southward, certo?

Amelia mordeu o lábio inferior sem saber o que dizer. Não podia deixar que ninguém visse Mark antes de ela falar com Rosie e Caleb. Tinha que tirá-lo daquela casa o mais depressa possível. Além de que ele também estava a causar um estranho efeito na sua mente. Se fosse qualquer outra pessoa já o tinha corrido dali. Talvez fosse o facto de ele ser tão parecido com Caleb. Apesar de todas aquelas emoções se encontrarem dentro de Amelia, por fora ela tinha uma expressão imperturbável.

- Ouve, tens que sair daqui – voltou a pedir Amelia. Uma ideia ocorreu-lhe de repente, trazendo talvez uma solução para manter Mark afastado durante aquela noite – Onde estás hospedado?

- Eu... - Mark tentou ripostar, fazendo com que ela lhe dissesse alguma coisa de concreto. Mas ao ver o olhar decidido nos seus olhos verdes, achou melhor seguir o jogo dela. Pelo menos por enquanto – Em lado nenhum, cheguei hoje.

- Ouve, quando chegaste não viste um edifício com um letreiro a dizer NewScot? – perguntou Amelia. Ao ver Mark a acenar positivamente, ela pediu: – Vem comigo.

Amelia virou costas a Mark e atravessou o corredor, dirigindo-se a uma das portas que antes estava trancada. Amelia abriu-a facilmente e entrou na divisão. Mark ficou parado durante mais uns momentos, mas acabou por segui-la. Não podia mentir, Mark estava bastante curioso. Como é que ele sonhara com uma mulher que nem sequer conhecia? Isso nem seria estranho se não acabasse por a encontrar, só que ali estava ela, mesmo a seu lado. Quem seria realmente? Estaria relacionada à sua família? Esperava que não. Mark sentia-se estranhamente atraído por ela. Talvez tenha sido apenas o facto de ter sonhado com ela mesmo antes de a conhecer.

Mark aproximou-se da porta recentemente aberta e entrou num enorme escritório. A parede onde se encontrava a porta, estava revestida de estantes cobertas por livros. Na frente de Mark existia uma janela enorme, tais como as do corredor. Diante dela, uma secretária escura, de madeira, onde Amelia se encontrava escrevendo algo num papel. Mark deixou-se ficar na entrada do escritório, observando-a. Quando finalmente Amelia acabou de escrever, dobrou o papel em quatro partes e aproximou-se de Mark.

- O NewScot, além de bar também aluga quartos ao dia – explicou ela, entregando-lhe o papel – Mas quando pedires um ao Charles, o bartender, a princípio ele vai te negar. Entrega-lhe este papel que depois aceita.

- Está bem, obrigado – agradeceu Mark. Pensou que teria de voltar a descer toda a serra – Depois amanhã dou uma volta por aí e vejo se encontro a Rosie e o Caleb.

- Não! – quase gritou Amelia. Não podia deixar que Mark saísse do quarto no NewScot. Quem o visse reconhecê-lo-ia logo como filho da Rosie e do Caleb – Ouve, fica no quarto até eu conseguir falar contigo amanhã. Depois explico tudo. Não saias de lá!

- Por que é que faria tal coisa? – perguntou Mark. Não ia ficar preso dentro de um quarto...

- Porque eu posso apresentar-te aos teus pais – explicou Amelia, ainda sem ter a certeza se devia ter dito tal coisa.

Mark abriu muito os olhos, espantado. Finalmente ia conhecê-los! Mas por outro lado não entendia porque tinha de ficar fechado num quarto para que isso acontecesse. Porque não podia simplesmente dar a morada dos pais que depois Mark ia falar com eles? Foi exatamente essa a pergunta que ele colocou à mulher dos cabelos brancos.

- Ouve – começou Amelia, tentando explicar um pouco da situação a Mark. Não podia explicar tudo, mas podia dar-lhe uma parte da verdade – Imagina que, do nada aparecia na tua frente um filho perdido que tinha exatamente a tua cara. É preciso um pouco de preparação, senão vão ficar todos muitos confusos, sem saber o que fazer e o que dizer. Eu acho melhor prepara-los um pouco antes de os te apresentar. Amanhã, logo cedo quando chegarem, falo com eles. Agora, por favor, vai-te embora antes que alguém te veja e lhes conte antes de mim.

Mark abriu a boca para ripostar. Quem era ela para mandar e desmandar, empurrando-o de um lado para o outro? Mas por outro lado, ela não saberia se Mark, por acaso, saísse da pensão e voltasse antes dela. Com esse pensamento, ele concordou em fazer o pedido. Mesmo que no final acabasse por o não fazer.

Amelia colocou uma mão no ombro de Mark e empurrou-o para fora do escritório.

- Vamos, estou há muito tempo aqui em cima, daqui a pouco começam a estranhar – insistiu ela, preocupada.

Os dois saíram para fora do escritório e Amelia desceu primeiro as escadas, verificando se não havia ninguém por perto. Quando isso foi confirmado, acenou para que Mark pudesse descer. Amelia abriu a porta da frente, deixando-o sair para a rua. Antes que ela a pudesse fechar novamente, Mark segurou a porta.

- Espera! – pediu ele, olhando Amelia nos olhos – Eu nem sei o teu nome.

- É Amelia. Amelia Millani, mas todos aqui me conhecem pelo sobrenome Boden – explicou, apresentando-se e olhando para trás, verificando se ninguém estava a olhar para eles – Por favor, agora tens de ir. Faz o que te pedi e não saias do quarto até te ver amanhã. Prometo que na altura irei explicar melhor porque te expulsei daqui.

- Está bem – prometeu Mark sorrindo, mas fazendo figas com os dedos. Nem pensar que ficaria trancafiado num quarto. Ainda por cima quando ia dormir ao pé de um bar.

Após Amelia fechar a pesadíssima porta, Mark voltou para trás, refazendo o mesmo caminho por onde viera há apenas meia hora atrás. A noite esfriara durante o pouco tempo que passara com Amelia. A mulher com que sonhara há tão poucos dias atrás, coincidentemente, no mesmo dia em que descobrira que era adotado. Nunca mais pensara nela desde então. Aquele brilhante cabelo branco... claro que na vida real o cabelo dela não era tão comprido nem emanava uma luz própria, mas mesmo assim era incrível.

Novamente, Mark sentira aquela atração inexplicável por ela. Vendo-a de perto, na vida real sem ser num sonho enevoado na sua cabeça, reparara no brilho que os seus olhos tinham, na suavidade do seu cabelo solto, parecendo possuir vida própria quando ela caminhava. Ela era, sem ter outra palavra para a descrever, perfeita. Tudo nela era perfeito, como era aquilo possível? Mark abanou a cabeça, afastando aqueles pensamentos. Não viera até ali para se meter em problemas amorosos, longe disso. Tinha de se concentrar em encontrar e conhecer os seus pais, esse era o objetivo.

Parou de caminhar. Chegara à praça de Southward. Antes de se aproximar do NewScot, tinha de verificar uma coisa. Desdobrou o papel que Amelia lhe entregara, mas qual foi o seu espanto quando reparou que os escritos estavam numa língua que ele nunca vira na vida. Apenas reconhecera alguns nomes. Desiludido, voltou a fechar o papel na sua posição original. Parecia que tinha mesmo de esperar por Amelia para receber mais informações.

Antes de se dirigir para a pensão, foi de encontro ao seu carro alugado. Abriu a mala e retirou a sua mochila cheia de pertences, voltando a deixar tudo bem fechado. O NewScot era um edifício de dois andares. A não ser pelo sinal com o seu nome e um toldo que agora estava recolhido, por cima da porta principal, Mark nunca adivinharia que aquele era um edifício comercial. O seu exterior era empedrado com uns tijolos com um tom próximo do preto e pelas suas paredes subiam diversas trepadeiras. As janelas eram pequenas e escuras, deixando passar para o lado de fora pouca luminosidade.

Quando Mark abriu a porta, a primeira coisa que reparou foi em dois lanços de escadas, um que se dirigia ao primeiro andar e outro para a cave. Do lado esquerdo existiam várias mesas, preenchidas por umas quantas pessoas que conversavam com um copo sobre a mesa. Algures parecia existir uma aparelhagem, pois alguém estava sempre a trocar de estação de radio, procurando uma que funcionasse. À sua direita existia um balcão de bar onde um homem de cabelos escuros preparava alguma bebida. Devia ser aquele o dono da pensão.

Mark ajeitou a mochila nas costas e dirigiu-se para o balcão, sentando-se num dos bancos à sua frente. O homem primeiro olhou casualmente para ele, continuando o seu trabalho. Depois, como se lembrasse repentinamente de algo, voltou a olhar para Mark, desta vez com mais atenção.

- Boa noite – cumprimentou Mark, sorrindo – Disseram-me que este bar também tem aluga quartos. Gostaria de alugar um.

- Estamos cheios – disse o bartender, cumprindo a previsão de Amelia. Aproximou-se dele, olhando-o atentamente – Mas posso indicar um bom sítio no Vale de Southward.

- Não é preciso – Mark entregou o papel ao homem, que o olhou duvidoso – Amelia disse para lhe entregar isto. Espero que entenda, está escrito nalguma...

- Amelia? – espantou-se o homem, retirando bruscamente o papel das mãos de Mark.

Este leu-o rapidamente, abrindo a boca algumas vezes e lançando olhares furtivos a Mark, que pousou a sua mochila no chão, à espera de uma resposta.

- O meu nome é Charles – apresentou-se o bartender, abrindo uma gaveta do balcão e tirando lá de dentro uma chave – O quarto é o número dois, sobes as escadas e é o segundo à direita.

- Pensei que a pensão estava cheia – provocou Mark, não resistindo.

Charles ignorou a provocação de Mark e pousou a chave em cima do balcão.

- Amelia disse para não te deixar sair do quarto, então se quiseres levar alguma comida... – propôs Charles, colocando uma ementa de bebida e tostas em cima do balcão.

- Porque é que não posso comer aqui? – perguntou Mark. Só mais o que faltava, Amelia também dissera àquele homem para o manter preso no quarto – Estou retido aqui?

- Só até de manhã – explicou Charles. Ele também não estava muito feliz com a ideia de impedir Mark de sair do quarto, mas fora o que Amelia pedira.

Mark bufou, irritado. Pegou na ementa e tentou escolher alguma coisa para levar.

– Pode ser... uma sandes mista e umas cervejas.

Charles recuou e preparou uma sandes mista para Mark, mas em vez de lhe dar as cervejas, entregou-lhe uma garrafa de limonada.

- Álcool é só aqui em baixo e como não podes sair do quarto... - explicou Charles.

- Está bem, obrigado – disse Mark de forma um pouco apagada, retirando a sande e a garrafa de cima do balcão.

Pegou na mochila e virou as costas ao bartender. Subiu as escadas íngremes e chegou numa larga divisão, um pouco escura, cheia de portas que davam para os vários quartos. Duas delas davam lugar a casas de banho, uma para homens e outra para mulheres. Mark dirigiu-se à sua segunda porta à direita e abriu-a, acendendo a luz.

Entrou numa pequena divisão com uma cama de casal, duas mesas de cabeceira, uma cadeira e duas cómodas de tamanhos díspares. Pousou a sua mochila num canto e a comida na mesa ao lado da cama. Teria uma longa noite pela frente...

* * * * *

Nota da Autora:

Boa noite meus seres! O que acham da história até agora? A vossa opinião é muito importante para mim, seja boa ou má, mas falem comigo!! 



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