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parte três| apagar

[✈️]

O caminho do aeroporto até o tal parque de diversões fora curto, quase trinta minutos e assim que chegaram ao local, se depararam com uma multidão de pessoas, em sua maioria, crianças e adolescentes que corriam por todos os lados e riam alto. Kayla olhou para o horizonte notando como o céu estrelado ficava meio apagado com tantas luzes piscando ali embaixo, em um impulso, se virou para o rapaz de olhos interessantes, percebendo que os olhos dele, ao contrário do céu, estavam ainda mais bonitos e hipnotizantes, como se todo o encanto do céu noturno, roubado dele pelo parque e suas luzes coloridas tivesse sido transferida para as íris daquele rapaz alto e de cabelos cacheados.

— Por onde começamos? – ela pergunta, tentando arranjar uma desculpa para estar o encarando tanto após ser flagrada por ele.

— Pelo seu nome. Ainda não sei e é estranho ter que pensar em você apenas como "a loira". – ele sorriu levemente, deixando Kayla perceber as covinhas que ele possuía em seu rosto. — Me chamo Heitor. – ele não estendeu a mão para se apresentar, como de costume, apenas continuou sorrindo de uma maneira tão estranha que fez Kayla sorrir de volta.

— Kayla. – ela assistiu o olhar dele se perder em seu rosto, se permitindo fazer o mesmo, ela voltou a falar. — E agora? Por onde começamos?

— Pelo cachorro quente. Estou morrendo de fome.

Ela se assustou com o repente dele, não esperava que, de uma hora para outra, ele tomasse sua mão com tanta naturalidade para caminharem apressados até a fila da barraca de lanches. Mas não é como se ela não tivesse gostado, ela gostou. Nunca antes uma mão havia encaixado tão perfeitamente com a sua.

Nem mesmo a de Jônatas, para falar a verdade, ela e ele estavam longe fazia tanto tempo que ela nem mesmo se lembrava como era a sensação de sua mão na dele, mas tinha certeza que não era nada parecido como o que sentiu com a mão de Heitor.

— Sei que tecnicamente não deveríamos nos conhecer, já que é melhor para você se não me conhecesse caso surte, mas eu não tenho nenhum assunto melhor para dizer então que tal me falar sobre você?

Ela achou graça do modo como ele falou hesitante e curioso como se dois lados opostos de sua personalidade estivessem lutando para descobrir quem iria liderar aquele momento.

— Sou filha única. – ela disse, uma informação completamente aleatória, porém, que pareceu o deixar satisfeito. — E você?

— Caçula de quatro irmãs.

— Todas mulheres? - Ele assentiu, sorrindo. — Por que parece tão surpresa? Não tenho cara de caçula de quatro irmãs?

— Não. – ela respondeu, rindo. — Tem cara de caçula, claro. Mas é de caçula de um irmão. Que fazia bullying com você por você ser nerd, mas te protegia sempre que alguém fazia o mesmo.

Ele a encarou. — Como sabe que eu era nerd? Eu poderia ter sido um jogador de futebol.

Kayla deu de ombros.

— Intuição.

— É vidente?

— Acha que se eu fosse vidente, deixaria que me machucassem?

Ele parou um instante para pensar em sua resposta.

— Não. Com certeza, não.

Não haviam notado a fila andando, até ouvirem o chamado do atendente, aguardando impaciente os próximos clientes. Pararam de conversar para fazer seus pedidos e só voltaram a falar quando encontraram um lugar, entre a pista de bate-bate e o carrossel, para sentarem-se e comerem.

— Para onde vai? – Kayla pergunta, antes de dar a primeira mordida no cachorro quente. Ao ver o olhar confuso de Heitor, completou: — Daqui a três horas. Para onde vai viajar?

— Rio Grande do Sul. – ele responde. — Consegui um trabalho por lá.

— E você é daqui mesmo?

— De São Paulo? Não. – ele riu. — Sou de Salvador.

— Salvador?! – Kayla exclamou. — Amo aquele lugar, meu sonho é ir até lá.

— É um lugar legal mesmo. Mas e você? É daqui?

— Sim. – ela assentiu. — Só sou daqui. Nada demais.

— Nada demais? Muita gente diria o contrário.

Kayla deu de ombros, ela não era os outros. Para ela, ser de São Paulo continuava sendo nada de mais.

— Por que resolveu falar comigo naquele bar? – ela mudou de assunto pegando Heitor desprevenido.

— Não sei. Por que resolveu continuar falando comigo naquele bar.

— Mesma resposta.

Os dois ficaram em silêncio. Os olhos de Kayla perdidos na grama verde. Terminaram comendo sem falar mais nada, permanecendo calados de uma maneira amistosa e confortável, como se aquela não fosse apenas a primeira vez que os dois estavam juntos.

[✈️]

— Se pudesse ressuscitar alguém, quem seria? – Heitor perguntou, na fila da montanha russa, logo após ambos terem comido seus lanches e andado no carrossel.

Kayla riu, surpresa com a pergunta do rapaz ao seu lado.

— Martin Luther King. – ela fala, após pensar por um minuto. — Acho que ele poderia ajudar ainda mais na luta pela igualdade de direitos, além do mais, ele não merecia morrer daquela forma. – ela explica. — E você?

Os dois caminham juntos até o carrinho que ficariam, e, após colocarem os cintos e o funcionário verificar se estava tudo bem, Heitor respondeu:

— Não sei, nunca pensei sobre isso. Essa pergunta veio em minha cabeça agora.

Balançando a cabeça em descrença, Kayla disse:

— Você é tão aleatório.

Apenas deu tempo do cacheado dar de ombros, antes do carrinho começar a andar.

Acontece que ele não era aleatório antes de a encontrar, ele só queria continuar escutando a voz dela.

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