Cierra narrando

-toma, usa esse - tais me mostra um de seus vestidos

- Com esse vestido vão ver até minha testa da minha xereca  - falo enquanto vejo como o vestido ficou no meu corpo

Sou bem magrinha, mas tenho o glúteo bem mercadinho, e o peitinho pequeno, mas é durinho no lugar graças adeus

-Então garota! - diz dando um tapa forte na minha bunda

-ai puta - passo a mão no lugar que ela bateu fazendo uma massagem

- E tu quer chamar atenção como? Enfia a porra desse vestido e vai pro baile logo- diz deitando na cama - E se tu não tá aguentando um tapinha que eu tô te dando, imagina um tapa do Terror! Você tem certeza do que está fazendo né? - ela diz

-Amiga, eu já estou certa do que vou fazer! - digo
- É hoje o enterro de Douglas né?

- É sim - ela fica cabisbaixa - ele faz tanta falta sabe? Não sei nem o que pensar sobre isso tudo ainda. Mas vou encontrar forças pra recomeçar minha vida. E Arthur como tá? - pergunta

-Te falar que as vezes eu desconfio que ele tá doente mesmo. Tá aprontando todas lá no hospital. Mas porra, o tratamento lá é muito melhor, e agora estão me cobrando ne. - sento ao lado dela e deito também- eu só tenho o Arthur no mundo inteiro, eu não posso perder ele também - ficamos ali mesmo abraçadas e chorando, cada uma por seus motivos

**
Já estou pronta e só estou dando um toque final na maquiagem. Não quero parecer uma mendiga também. Eu sei que essas mulheres de bandido vão pro baile parecendo que vão pro "Met Galla"
Tais disse que já passou a visão pro Terror e disse que ele me chamaria. Só em saber disso, até o cabelo do cu arrepia.

Finalmente estou chegando próximo à quadra onde acontece o baile.
Nunca frequentei esse lugar, apesar de conseguir ouvir o som da minha casa
Nunca me envolvi com as coisas daqui, até porque meus pais também não gostavam e nunca encheu meus olhos nada disso, até hoje.

- Cierra? - Olhei pro lado e vi Livia uma colega minha daqui do morro nós já estudamos juntas

-finalmente um rosto familiar - Dei um sorriso
- Você por aqui? - ela pergunta meio espantada
-pois é, vim dar uma voltinha - digo meio sem graça
- mas já que ta aqui, vem! vamos dançar - Diz e sai me puxando pela multidão

Em um baile de favela, vemos de tudo que você pode imaginar.
Crianças usando drogas, meninas de 13/14 se prostituindo por um combo de vodka, é degradante.
As patricinhas subindo o morro querendo se aventurar
Playboy atrás de drogas
Mas a realidade é essa.
Não  julgar, pois não sou muito diferente delas

"Poze Poze é o malvadão
Eu sem nem entender como foi que eu
Me perdi pensando em nós dois, pois
Não posso deixar pra depois"

-se eu te pedir pra ficar promete que não vai emboraaa sem tempo pra perder bebê, já passou da hora de- canto me movimentando
- Você se entregar pra mim, desce só mais um pouquin- canto e danço junto com Lívia- Louca toda se vem de lalá mas bem melhor sem roupa

Quando eu estava começando a me soltar, vem um macho falar comigo.
- Tu que é a Cierra? - Diz um homem branco e um tanto rústico
- Sou eu mesma - digo um pouco nervosa
- Terror ta no seu aguardo. Me segue que eu te levo- diz e eu me despeço de Livia e o sigo

Subo em sua moto e esse homem desce o morro na velocidade da luz
- Quando tudo acabar, eu vou estar aqui fora pra te levar pra casa, valeu? Só faz o que ele mandar, não faça ele pedir duas vezes que ele fica nervoso- diz

- muito obrigada - digo e caminho até a porta
Encosto na maçaneta e abro bem devagar
e por um segundo, antes de entrar, eu pensei em sair correndo dali

Finalmente abro a porta e vejo ele sentado no sofá me encarando com aquele olhar frio e distante.

Meu corpo ta gelado, cheio de adrenalina e medo, muito medo.

-tira a roupa - foram as únicas palavras que ouço ele dizer

Eu até sinto um receio em tirar a roupa, por vergonha mesmo.
Nunca fiquei nua na frente de homem nenhum, eu estou apavorada

- TA COM O OUVIDO NO CU?- ele grita me assustando

Tiro toda minha roupa o mais rápido que consigo e logo estou só de langerie em sua frente
Terror levanta lentamente e vem em minha direção com sua pistola em mãos me encarando. Olhando no fundo do meus olhos

Me sinto incomodada e com medo.

-ta com medo? - diz passando sua pistola pela minha bochecha e sem que eu quisesse, escorre uma lágrima em meu rosto - estranhamente, isso me deu muito tesao - diz passando sua pistola em minha lágrima

Ele me puxa pelo cabelo, me arrastando até a cama e me joga com toda sua força, me fazendo voar longe e acabo batendo a cabeça na cabeceira, ainda estou consciente porém um pouco tonta
Só um braço desse homem sou eu inteira, ele vai me matar.

Socorro meu Deus!

Terror deu um tapa na minha cara deu uns chupões no meu pescoço e seios; e com certeza isso ficaria roxo depois. Nesse momento eu me tornei seu fantoche.

- fica de quatro - diz e assim eu faço -empina essa  bunda pra mim, piranha! - dito isso, ele da um soco na minha costela fazendo com que eu caia de cara na cama empinando mais a bunda

Terror me penetra tao fundo e tao forte que posso sentir seu pau, se eu passar a mão em minha barriga.
Na tentativa de amenizar a dor
Não faço ideia de quanto tempo eu to aqui, mas parece uma eternidade

- Aaah - lascou um tapa na minha bunda, ele tirou seu pau de dentro de mim - Tu è apertadinha na frente, imagina atrás - ele não falou mais nada e enfiou seu membro no meu anus
-AAAAH - solto um grito de dor - PARA POR FAVOR, TIRA TIRA!!
- é um erro me pedir pra parar- diz baixinho em meu ouvido - eu fico mais excitado
- Chega por favor - choramingo o implorando- Eu não. .. aguento mais
- eu decido quando é hora de parar - Lascou um forte tapa em minha cara.

E eu me arrependi amargamente por ter pedido pra ele parar..

por várias vezes eu desmaiava e acordava com ele ainda dentro de mim.
Ele fedia a cigarro e uísque, eu não suportava mais esse cheiro.
Meu estômago ta embrulhado e meu corpo fraco
Olhei pela janela e percebo que já é dia

Ele finalmente goza em minha barriga e me manda levantar

- pronto, agora some da minha frente- diz indo pro banheiro, me largando ali feito um saco de lixo

Tô me sentindo imunda, ele me bateu e me humilhou de todas as formas possíveis.
Me olho em um espelho que tinha ali e chorei ao ver que tinha vários hematomas em mim.

- Tu ainda tá aqui porque. ?- e outro tapa foi me dado por nada- Toma - jogou um saquinho em cima de mim, suponho que seja dinheiro

Termino de me vestir e saio voando desse lugar que eu n pretendo nunca mais entrar!
Ao lado de fora, aquele homem que me trouxe já estava ao meu aguardo e me sinto até aliviado ao vê-lo. Pelo menos não passarei a humilhação de descer o morro sozinha e cheia de hematomas

- Oi - ele diz

- Eu só.....preciso...è- digo gaguejando e lutando contra o choro que ta preso
- Vem, vou te levar em casa. sobe - ele me da a mão e eu subo

Inclino minha cabeça em sua costas e tento ao máximo esconder meu rosto.

Que vergonha! Que humilhação!

Assim que ele para a moto na porta da minha casa, eu desço da moto

- obrigada por me trazer, não era sua obrigação - digo ajeitando meu vestido

-na verdade era sim, mas ta suave.
Melhoras pra você aí- diz ligando a moto

-você não me disse seu nome - digo
- Meu some é Rafael mas todos me chamam de 'Magrin' - Diz

- Sou Cierra - sorrio

Ele arrasta morro acima e eu entro em casa, correndo pro banheiro. Tiro a roupa e me jogo em baixo do chuveiro me desfazendo de toda a sujeira e cheiro daquele monstro do meu corpo.
Mas to aliviada que eu vou conseguir pagar a cirurgia do Arthur e o tratamento a seguir
To me sentindo péssima por ter tido que tomar tamanha atitude.
Só agradecer que tudo acabou, vida que segue.

As vezes me pego pensando na minha mãezinha, o que ela deve achar de tudo que ta acontecendo na minha vida nesses anos.
Espero que ela esteja vendo meu esforço pra fazer tudo dar certo.

Saio do banheiro enrolada na toalha e mancando um pouco
Minha intimidade arde tanto.
Pego um pouco de pomada vaginal e passo no local, coloco um short largo sem calcinha mesmo e uma blusa de dormir. Amanhã o dia vai ser cheio e espero que seja melhor que hoje!!
acabo dormindo em meio ao meus pensamentos