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Vestido e noiva

|But my heart is now
being colored
with you
— Let me in, Haseul

O baile se aproximava, com ele, a melancolia era a minha mais fiel companheira, estando comigo em quase todos os momentos do dia, sendo acompanhada por raiva muitas das vezes. Kahei não queria casar e, mesmo que não fosse comigo, eu gostaria que ela estivesse feliz e apaixonada. Isso me fazia pensar o quanto o amor, por mais lindo que fosse ao ser retratado em livros ou nos raros casamentos que ambos se apaixonaram, encontrando o amor e a felicidade em si mesmos e no parceiro, tal coisa não aconteceria comigo pelo simples fato de que quero uma mulher.

No meu quarto, alguns minutos antes de ir para a propriedade dos pais de minha amiga, enquanto Elise amarrava os laços do meu espartilho, decidi que não teria outro jeito de ser vista como uma boa pessoa na frente da sociedade além de me obrigar a esquecer esses sentimentos, não importa o quanto meu coração parecia se alegrar quando sentia cada um deles. Precisava pensar na reputação que minha família que, por ser estrangeira, já não era boa, pioraria ao descobrirem isso. Era melhor seguir o roteiro que decidiram para mim muitos anos antes de eu nascer: casar com um homem, ter filhos e me dedicar somente a minha família.

Quando me dei conta do que estava prestes a fazer, já estava com o vestido cor-de-rosa sobre meu corpo e saindo pela porta do quarto. Não prestei atenção nas palavras do meu pai, que foram ditas com o dedo apontado para meu rosto, nem na bela paisagem entre minha casa e a dela. Nada parecia ser real, eu estava triste o suficiente com minha decisão para não estar ligada com o resto do mundo. Era o que precisava ser feito, não o que é do meu desejo.

Desci da carruagem com a ajuda de um empregado da família de Kahei do qual não me recordo o nome, sendo acompanhada por ele até a grande casa. Entrei pela porta da frente, logo vendo que ela e sua mãe estavam com várias amostras dos mais variados tecido perfeitamente esticadas sobre uma mesa que, pelo que lembro, ficava na sala de música, vários tipos e de diversas cores. Sentei-me ao lado de Kahei, sorrindo quando ela começa a explicar a situação, mesmo que eu já soubesse pela carta que foi enviada me solicitando.

— Uma costureira deixou estes tecidos aqui. Mamãe acha que o vermelho é mais bonito, mas eu quero o cor-de-rosa. — Ela disse cruzando os braços e encarando a mãe. — Acredita que mamãe acha que meu noivo gostará mais da cor que ela quer? Ora, o vestido não é meu?

— Claro, minha filha, mas precisa agradá-lo também.

— A única coisa que o agrada é meu dote. — Sussurrou.

No fim, a cor escolhida foi, depois de muitas reclamações vindas de Kahei, vermelho. Um empregado levou as amostras de volta para a costureira junto com o modelo do vestido que escolhemos juntas, alguns dias antes.

Enquanto estávamos somente em três, mesmo que eu tivesse, às vezes, a impressão de que sua mãe não gostasse de mim, tudo foi melhor. Consegui arrancar risadas das duas e nos divertimos um pouco, mas depois que o barulho das rodas de uma carruagem foi ouvida e a porta foi aberta, agora estávamos em seis: o noivo, sua mãe e seu pai. Eles conversavam coisas que faziam as minhas bochechas e as de Kahei ficarem coradas, principalmente o mais novo dali.

Apertei a mão da minha amiga e depois me levantei, afirmando que prometi voltar para casa antes de anoitecer. Estava planejando sair da casa sozinha, mas minha amiga afirmou que me acompanharia até o portão da propriedade e não me deixou negar em momento algum. Entrelacei os nossos braços e fomos para fora, embora eu ainda sentisse os olhares me atingindo e, se fosse possível, quase me queimando pelo ódio e intensidade.

Kahei não disse nada enquanto abria o portão e nem falou quando passou os braços pelo meu corpo em um abraço, até sussurrar algo que não consegui entender e me beijar na bochecha. Ela voltou correndo para casa como se precisasse estar lá imediatamente, mas antes de entrar, acenou para mim. Observei a parte da frente da propriedade, lembrando-me das inúmeras vezes que estive ali a correr e me divertir, apesar de tudo.

Eu não conseguiria esquecer, de jeito nenhum. Entendi isso exatamente algumas semanas depois, um dia antes do maldito baile para comemorar o noivado.

O tempo estava abafado, assim como tinha sido durante todo o resto semana embora estivéssemos em novembro, mas estava nublado e provavelmente choveria. Mamãe perguntou se eu não gostaria de ficar em casa, já que a minha presença foi requisitada somente por Kahei, não por sua mãe. Neguei, claro. Além do vestido que usaria no baile, também provaria o da cerimônia de casamento, era uma ocasião importante para ela, então eu precisava estar lá pela minha amiga.

Fui para a casa dela e de lá fomos para o ateliê de costura de uma senhora muito fofa que eu conhecia desde criança por ela ser considerada a melhor do ramo na cidade, o que não era um exagero. Kahei não parava de rir, mas não parecia feliz, estava mais para um riso nervoso ou ansioso, de tudo que pudesse ser, menos felicidade, mas quando chegamos lá, não sorriu sequer uma vez, como se estivesse a andar na direção da ponta de um penhasco, onde precisaria se jogar mesmo que fosse contra sua vontade.

Apesar disso, eu não tinha certeza de nada. Não entendia o motivo da tristeza dela, talvez estivesse perto de entender, mas quem garantia? Tudo bem que Kahei sempre quis casar-se por amor, mas de uns tempos para cá já demonstrava que se contentou que, uma hora ou outra, não teria paixão alguma na sua união e não nutria esperanças sobre. Por quê? Precisava me controlar para não perguntar, ou corria o risco de fazê-la pensar que não valorizo a dor dela.

Despertei dos devaneios quando o cheiro de roupa lavada e tinta invadiu meu olfato. Já estávamos dentro do ateliê, um lugar pequeno e acolhedor onde a mulher nos aguardava segurando os dois vestidos dobrados nos braços, somente indicou onde Kahei deveria ir para a trocar e quase jogou os dois vestidos nas suas mãos, a minha amiga quase se arrastou até para o lugar. Não prestei atenção nas fofocas das mais velhas e me perdi em pensamentos até que ela voltasse, coberta por um vestido vermelho intenso.

— Está encantadora com esse vestido, Hei!

— Acha mesmo? — Olhou para baixo, para sua roupa. — Estou me sentindo uma flor gigante. Sem ofensas. — Disse a última parte virada para a costureira, que estava sentada em uma cadeira.

— Pelo jeito, não vai precisar de ajuste nenhum. Vá, minha filha, vista o outro. — Ela respondeu abanando a mão esquerda.

Eu queria ter dito que ela estava mais do que encantadora. Estava perfeita, deslumbrante. Queria dizer qualquer coisa que demonstrasse, mesmo que de forma mínima, tudo o que passava pela minha mente, talvez assim Kahei pudesse entender um pouco do meu amor por ela, apesar das minhas tentativas falhas de esquecê-lo. Embora as borboletas coloridas insistissem, clamando por uma liberdade que seria considerada nojenta, precisavam se esconder, os predadores estavam perto demais.

Kahei voltou com o vestido branco. Era mais simples do que sua mãe queria, sendo pouco volumoso e rosa claro, como ela queria desde o início. Nesse ela se sentiu confortável, porque girou como na época em que tinha aulas de balé. Estava radiante e extremamente sorridente. Por um momento, desejei que esse sorriso fosse por mim, percebi o quão próxima da estupidez eu estava chegando, mas como conseguiria escapar dela?

Não percebi que ela já tinha saído para se trocar novamente por ter me distraído enquanto brincava com a ponta de uma fita de cetim que estava enrolada em um pedaço pequeno de madeira. Quando me dei conta, Kahei já estava do meu lado, com o chapéu azul marinho bem encaixado e segurando os vestidos com as duas mãos, se inclinando um pouco para poder me ver. Sorriu e passou o braço pela minha cintura, fazendo com que eu olhasse por cima do ombro e percebesse que as duas adultas estavam na entrada do ateliê. Dei um beijo em sua bochecha e deixei ela me conduzir até a saída.

Demorei a conseguir dormir na noite anterior ao baile. Meu coração gritava tanto que passou a ser impossível ignorá-lo, finalmente percebi que estava perdida. Mantive até ali uma tola esperança de ser correspondida por Kahei, na esperança de que seu coração também batesse na esperança de um dia estar sincronizado ao meu, mas agora não teria chance. O baile demonstrava que era algo concreto, portanto, todos os meus anseios deveriam morrer ou seriam mortos; por mim ou por outra pessoa.

E antes de finalmente pegar no sono, consegui entender qur a desistência se tornou algo inevitável.

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