Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Prováveis casamentos e destinos desviados

"Melt my heart
That might get
cold again"
— Let me in, Haseul

Já tinham se passado dois dias desde o meu aniversário, mas ainda pairava no ar a sensação esquisita que sempre acontece depois de datas comemorativas, uma melancolia misturada com calmaria, descanso por não precisar mais preparar nada e saudade de ter alguma ocupação durante o dia. Passaram de forma demorada, quase como se não quisessem continuar.

Quando ouvi miados altos vindos do corredor enquanto eu estava no meu quarto organizando os vestidos no guarda-roupa, corri para fora no mesmo instante até achar de onde vinham os sons. O mesmo empregado que ajudou-me na noite em que a gata apareceu estava abaixado no chão do fim do lugar com alguns panos embaixo dela. Não cheguei muito perto, somente o suficiente para que ele me ouvisse.

— Ela está bem?

— Apenas está na hora de ter os filhotes. Fique tranquila, vou cuidar dela.

Eu abri a boca para oferecer alguma ajuda, mas fui interrompida pela cozinheira que apareceu no corredor, limpando as mãos no avental e andando rápido.

— A senhorita tem uma visita. A sua amiga, Kahei, está na sala de estar. — Disse quando chegou perto de mim, deu batidinhas no meu ombro e me acompanhou por todo o caminho até a sala.

Lá estava ela, sentada no sofá conversando animada com minha mãe que parecia estar em outro lugar, sem reagir algo que não fosse um leve balançar de cabeça e um sorriso. Kahei estava usando um vestido rosa claro e luvas brancas curtas, sem chapéu ou coisa assim, apenas uma trança feita de forma apresada. Ela demorou até perceber que eu estava ali, mas quando percebeu, correu até mim e deu-me um grande abraço, como se não me visse a séculos.

Minha mãe pediu que fôssemos para outro lugar por estar com muita dor de cabeça, afirmando que meu pai estava no quarto dormindo e não queria acordá-lo, afinal, era a primeira vez em dias que ele conseguiu dormir por um bom tempo, tranquilo e sem preocupações em relação ao trabalho rondando-lhe a cabeça. Fomos para o meu quarto, mas no caminho, tive a notícia de que apenas um filhote tinha nascido e o parto estava complicado, não consegui evitar a preocupação, tinha me afeiçoado muito a gata nos últimos dias.

Ficamos longos minutos apenas nos encarando, como se o quarto fosse um lugar desconfortável, escondendo um segredo de extrema importância que fosse guardado com sete chaves, esquecido e absolutamente apagado da história. Kahei arrependeu-se daquela noite, foi impulsiva e se deixou levar pelo calor do momento, esse era o único pensamento que rondava minha mente enquanto observava suas feições sérias, quase indecifráveis.

Até que ela sorriu.

— Sabe o que aconteceu durante minha fuga do nosso encontro às escondidas de noites atrás? — Fiz que não, reparando somente um tempo depois que comecei a sorrir também. — Sua cozinheira me pegou no flagra, estava chegando quando eu saí.

— Céus! Eu sabia que era arriscado demais e... — Kahei me interrompeu colocando o dedo indicador nos meus lábios. Pareceu ter feito involuntariamente, pois tirou tão rápido que nem consegui raciocinar direito.

— Ela foi incrível, na verdade. Disse que entendia e caso eu precisasse de ajuda para encontrar-te novamente poderia chamá-la. — Respondeu rindo um pouco e começou a brincar com os pés no tapete. — Não sei o que ela pensou, mas pareceu ser tão compreensiva. No início pensei que estaríamos encrencadas, mas pelo jeito não.

Meu coração batia tão forte dentro do peito, pensei até que ele explodiria se não começasse a bater mais devagar. E se tivesse sido minha mãe, em um dos passeios matinais para aproveitar o nascer do sol? E se Kahei tivesse se atrasado por minutos, encontrando-se assim com meu pai saindo para o trabalho? Tantas possibilidades, coisas que poderiam ter acontecido, pessoas que ela poderia ter encontrado que não fossem tão legais quanto a cozinheira. Foi arriscado, perigoso, me perguntava um motivo plausível para Kahei ter sido tão corajosa, havia um deixando-me muito animada, mesmo sabendo que poderia ser pura ilusão.

— Poderíamos ter nos dado tão mal, Hei! — Disse passando a mão pelo cabelo curto, tentando me acalmar um pouco. — Por quê?

— Por que vim aqui naquela noite? — Fiz que sim e deitei-me, encolhendo as pernas e me cobrindo com o lençol. — Saudades, medo de dar tudo certo nos planos e nunca mais poder passar noites aqui, saudades, amo-te, portanto não queria ficar tanto tempo longe de você, saudades, saudades, já disse saudades? — Respondeu depois de deitar ao meu lado, olhando nos meus olhos enquanto sorria.

— Tenho certeza de que te amo mais. E quais são esses planos que tanto te atormentam? — Disse me aproximando mais dela, ainda mantendo uma distância respeitável entre nós duas.

Kahei ficou quieta por muito tempo enquanto brincava com os dedos e suspirava alto. Parecia nervosa em revelar aquilo, então apenas parei de observá-la com tanta ansiedade e voltei meu olhar para a porta, que estava fechada, mas ainda assim alguns miados altos ainda eram ouvidos. Olhei também para a cadeira, onde o vestido que usei no meu aniversário estava dobrado e lavado, apenas pronto para que, em um ato de boa vontade, eu o colocasse dentro do armário. Não o fiz ainda, obviamente.

Pensei em assuntos que poderiam ser do interesse de Hei somente para encontrar uma maneira de dispersar o clima estranho que ficou depois da minha pergunta, o que fazia com que eu me sentisse um pouco culpada e tão desconfortável quanto ela. Fui pega de surpresa quando ela puxou devagar minha mão e começou a segurá-la, se virando para mim depois disso.

— Casamento, Haseul. Aquela família esteve muito interessada em formar uma união entre mim e o filho mais velho. Tudo está correndo bem demais, mais alguns passos e logo estarei em um altar, dizendo sim para um casamento sem amor e futuro infeliz. — Disse tudo enquanto fazia carinho em minha mão, como se fosse uma boa distração considerando o peso da situação.

— Mas já sabia que isso aconteceria uma hora ou outra, não? — Respondi com os olhos fechados, apenas aproveitando um pouco da situação entre nós duas. Não havia mais nada que me preocupasse, mas a ela sim, então senti-me um pouco egoísta naquele momento.

— Exato, mas não quero casar-me. Pelo menos não com ele. — Aproximou-se mais, me deixando nervosa. Estava de dia, minha mãe ou qualquer outra pessoa poderia entrar e nos ver ali, entre lençóis, cobertores e próximas demais, o suficiente para gerar uma péssima interpretação. — É assustador, assumo. Sempre pensei que lidaria bem com tal situação, mas não. Estou prestes a enlouquecer.

— Não diga isso. Ficará tudo bem, talvez eles desistam e procurem outra, não se desespere sem razão.

— Obviamente tenho razão em estar caindo no desespero. Ora, quem irá largar um dote tão alto? Uma garota de família com tão boa reputação? Por favor, é ilusão pensar positivo agora. — Pareceu que diria mais coisas, no entanto, apenas se levantou rápido quando ouvimos batidas na porta.

Corri até lá assim que consegui pôr os pés no chão, abrindo-a, pude ter a visão do empregado que estava ajudando minha gata, estava sorridente e parecia animado. Perguntei-lhe o que queria dizer, recebendo a notícia de que todos os filhotes haviam nascido e eram cinco, além disso, ele pediu permissão para levá-los para sua própria casa e assim cuidar deles, que concedi. Ele não demorou muito ali e foi embora, assim, fecho a porta novamente e volto para a cama.

— E o seu? — Kahei perguntou de repente depois de um tempo em silêncio brincando com a barra da luva. Percebendo minha confusão diante da pergunta, resolveu explicá-la: — Casamento. Seus pais têm algum plano?

— Aparentemente tinham, mas pelo jeito ninguém gostou de mim o suficiente para continuar. Ou não gostou de mim, ou do meu dote. — Respondi tentando disfarçar um pouco que estava me sentindo inferior naquele momento. Não por não ter alguém que quisesse casar comigo, sim por ter sempre outra pessoa muito melhor do que eu.

— Não é tão ruim assim. É pouco provável que você fique solteira por mais tempo. Espero que alguém te ame tanto que você esqueça isso, é temporário. — Disse e abraçou-me. Quis responder que estava nos braços de quem eu gostaria que me amasse, mas não, apenas fiquei quieta por mais um tempo. — Sabe que eu te amo, não é?

— Claro que sei.

Mas no fim, não era assim que eu desejava ser amada por ela. Se fosse um pecado, ainda assim mergulharia nele e seria punida com prazer, mesmo assustada, com medo e me sentindo culpada. Era amor de qualquer jeito, não é?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro