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Papéis e grosseria

|But when I see you
My heart gets teary
— Let me in, Haseul

Faltavam somente cinco dias para o casamento de Kahei e tudo estava corrido como nunca esteve antes! Eu passava mais tempo lá do que em minha própria casa, quando meu pai reclamava, mamãe sempre fazia questão de me defender dizendo que meu apoio era importante, ela se aproximou muito de uns tempos para cá, sinto-me mais feliz por isso, de certa forma, era como ter uma aliada, alguém que pudesse me defender e evitar que ele me batesse novamente. Embora fosse bom, ainda temia sua reação quando descobrisse sobre o que andava acontecendo entre a vizinha e sua filha.

Quando começaram a fazer a contagem regressiva dos dias que restavam para a união acontecer de forma oficial, no dia seguinte ao baile, começamos a ter medo de muitas coisas. Seríamos separadas e isso já era claro, mas queríamos também permanecer juntas mesmo que isso representasse um grave risco para ambas. Nós nos amamos de verdade, é revoltante o fato de que precisamos nos esconder por isso. Pensamos em maneiras de acabar com o casamento por umas horas, até a desistência ser, claramente, a única opção viável nesse momento.

Hoje foi um dia pouco agitado. Não fizemos nada mais do que conferir se os arranjos de flores escolhidos para a decoração da igreja onde a cerimônia irá ocorrer está do agrado de todos, sendo que todos significa os pais de Kahei, do noivo e seus pais, o que não fazia sentido a minha presença ser contada, então aproveitei o tempo que despenderia sendo apenas algo parecido com uma decoração para ir até uma lojinha pequena onde papéis, penas coloridas, diversas opções de envelopes e selos e coisas do tipo eram vendidos, lá comprei somente papel e tinta com o dinheiro que tinha guardado no minúsculo bolso do vestido cor-de-rosa.

Quando voltei para a igreja, já estavam todos do lado de fora conversando com o padre, com a exceção de Kahei, que ainda estava lá dentro, era possível vê-la pela porta estar aberta. Passei por todo mundo sem ser vista e entrei, vendo ela sorrir e se aproximar de mim, me puxando pelo braço até um dos bancos.

— Rezei pedindo para que pudéssemos ficar juntas. Tolisse minha, não acha? — Fiz que não. Na verdade, achei lindo, era bom saber que ela fez isso. — Não faz sentido, se Ele nos ver como pecadores, não vai atender meu pedido.

— Não sabemos, Hei. — Peguei sua mão e comecei a fazer carinho, tentando tranquilizá-la um pouco. — Veja, podemos dormir juntas hoje. Passamos na minha propriedade no cominho para a sua casa e pedimos à minha mãe. Ela com certeza vai deixar se meu pai não estiver por perto.

— Acho que eles não vão querer esperar. — Disse olhando para trás, onde seus pais estavam.

— Qualquer coisa voltamos andando ou com a minha carruagem. — Pisquei um olho e me levanto, estendendo o meu braço logo depois. — Vamos? — Kahei agarrou meu braço e sussurrou alguma coisa, começando a andar logo em seguida na direção da saída.

Impossível não notar o olhar da família de Kahei e a de seu noivo, até mesmo do padre, para nós quando os cumprimentamos. A raiva estava explícita, como se fosse algo muito errado duas garotas conversarem sentadas no banco de uma igreja sobre algo que nem era do conhecimento deles e muito menos viria a ser. Pergunto-me qual ameaça eles pensam que eu represento para ela, é impossível que pareçam ter tanto ódio de mim sem acharem alguma coisa ruim. Não demorou muito para outras pessoas chegarem e a nossa presença já ser desnecessária, então entramos na carruagem, sendo que o pai de Hei foi na frente junto com o cocheiro.

Realmente paramos na minha casa, mas somente eu entrei. Como já era esperado por mim, a permissão veio acompanhada de um aviso para tomar cuidado na hora de voltar, que deveria ser depois do meu pai sair para trabalhar no dia seguinte, se fosse necessário poderia ficar lá e voltar só durante a noite do dia seguinte. Diferente do que pensei, eles me esperaram para me levar, já estava pronta para andar até a casa de Kahei, não teria problema nenhum por ser bem próxima da minha, mas fiquei feliz por terem decidido ficar, até porque não demorou mais do que cinco minutos.

Quando chegamos, logo os empregados solicitaram a presença dos mais velhos para resolverem algo com relação aos vinhos e champanhes que chegaram durante a nossa saída para a cidade, sobrando na sala de estar somente eu, Kahei e Peter. Imaginei que ficaríamos em silêncio, afinal, pelo o que sabia, não tínhamos em comum qualquer assunto bom para se manter uma conversa amigável entre três jovens que foram deixados sozinhos de forma forçada, ou que o noivo fosse para seu quarto, mas ele me surpreendeu ao falar:

— Então, senhorita Seulha, o que tanto faz aqui?

— Na verdade, meu nome não é Seulha, é Haseul.

— Não vejo diferença, mas seu nome não afeta a pergunta que fiz.

— Ora, sou amiga de Kahei, não acha que ela merece uma companhia agradável? — Respondo olhando para ele, sem me intimidar pela sua altura e pela raiva no seu olhar.

— Acredito que ela poderia encontrar ao menos pessoas mais educadas do que você. — Não deixei de notar que ele deixou de lado as formalidades ao se referir a mim por você, não por senhorita como feito anteriormente. Provavelmente ao notar minha confusão, respondeu: — Não vejo motivo para chamar uma mulher tão baixa de senhorita, mil perdões.

Kahei, que se manteve quieta até aquele momento, levantou do sofá com suas saias fazem um barulho suave no ar. Parecendo irritada, cruzou os braços na altura dos seios e suspirou, dizendo logo em seguida:

— Não brigue, por favor, quero que continue aqui hoje, está bem? — Disse se dirigindo a mim, de forma suave. — Sr. Peter sabe o quão sozinha fui durante toda a minha infância? Diferentemente do senhor, nunca tive a permissão de ter amigos, me envolver com outras pessoas simplesmente para manter a classe. Haseul é a única que agrada meus pais e mesmo se tivesse cem pessoas para minha escolha, eu ainda a escolheria. Ela é importante para mim, não pense em desmerece-la, seja na minha frente ou a sós. Agora, vá para o quarto ou onde quiser, nos deixe aqui.

— Quem pensa que é para mandar em mim? — Peter disse levantando também, tentando intimidá-la e algum modo.

— A herdeira dessa propriedade. Por favor, estou pedindo gentilmente para ir. — Respondeu sem tremer a fala, mantendo a postura tão ereta quanto podia.

— Não vou a lugar algum.

— Então nós vamos. — Pegou minha mão e me ajudou a levantar, me conduzindo pelos corredores até o quarto.

Kahei se jogou, literalmente, na cama assim que fechou a porta do jeito mais silencioso possível para não chamar a atenção de ninguém. Eu apenas coloquei o que comprei na cômoda perto da janela e me sentei ao lado dela, observando por um tempo o jeito que seu peito subia e descia devagar conforme respirava, até ela chegar mais perto e abraçar minha cintura.

— Por que se irritou tanto? — Pergunto tentando soltar o penteado elaborado que tinham feito em seu cabelo. — Sabe que não é a primeira vez que dizem isso, não precisava me defender.

Ela suspirou e levantou, ficando sentada ao meu lado com o cabelo com uma metade solta e a outra presa, mas mesmo assim sorriu e agarrou meu rosto com as duas mãos, chegando bem perto e sorrindo. Deu um beijo rápido na minha boca, passando a acariciar uma das minhas bochechas.

— Acho que a pergunta certa seria: por que deixou ele falar com você daquele modo? E que história é essa de que já falaram assim antes? — Mordi o lábio interior, não sabia a resposta certa para isso.

Nunca, de fato, tentei responder quem me tratava mal; seja em bailes ou visitas de cortesia, quase sempre alguém destratava a mim ou até mesmo a minha mãe, as palavras gentis eram voltadss totalmente para meu pai sobre como o negócio estava crescendo e as chances de ficarmos ricos também, apesar dos rumores de agressão contra a filha tenham sido ouvidos em todos os cantos, ninguém parecia se importar. Afinal, o que eu receberia em troca ao responder? Um tapa ou um soco, decerto. Nem ao menos ousaria denunciar por mais sofrido que fosse, eles teriam dinheiro para convencer a polícia, já eu, não.

— Não precisa se preocupar, meu amor. — Respondi fazendo carinho em sua mão. — Já me acostumei, nem ao menos fico magoada mais.

— Eu vi sua expressão quando ele disse aquelas coisas, sei que está mentindo, mas quero que saiba...

Batidas na porta foram ouvidas e Kahei parou de falar imediatamente, se levantando assim como eu e soltando o resto do penteado, que era somente desfazer uma trança. Fiquei curiosa para saber o que ela queria dizer, mas pela forma que a empregada solicitou nossa presença na sala de estar, demonstrando certa urgência, percebi que demoraria a descobrir e a ter um momento sozinha com ela novamente.

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