33 - chapter thirtenn-three
Boa leitura💛
_________________
Na manhã seguinte acordei com um barulho alto de panelas caindo, levantei e desci as escadas tão rápido que escorreguei e desci os últimos dois degraus sentada, me levantei e fui até a cozinha encontrando JJ sujo de ovos e massa de panquecas.
- Eu ia fazer panquecas pra gente, mas não deu muito certo. - ele fala me olhando e eu começo a rir.
- Me ajuda a limpar e depois vai pro banho enquanto eu faço as panquecas. - falo me aproximando dele ainda rindo.
- Ei, não ri. - ele fala também rindo. - Estava dando certo.
- Tenho certeza que sim. - falo sorrindo antes de dar um beijo rápido nele. - Vamos logo com isso.
Limpamos tudo rindo e cantando as músicas da minha playlist, quando terminamos de limpar a bagunça que JJ fez, ele vai tomar banho e eu faço as panquecas.
Quando ele desce, nós tomamos café conversando sobre uma viagem, uma "plano de fuga" como JJ resolveu chamar, listamos alguns lugares com praia para irmos.
- Podíamos ir pras Bahamas, o que acha? - ele fala e eu concordo sorrindo sem mostrar os dentes.
- Eu acho... - nossos celulares apitam com uma notificação de John B. - Vamos pro Castelo.
- E a louça?
- Deixa aí, deve ser algo importante.
Saímos da minha casa e vamos andando até o Castelo, quando chegamos Kie já estava aqui no píer junto do John B que está deitado na madeira.
- Tem certeza que ele pegou tudo? - Kiara pergunta.
- Todas as barras. Tudinho. - John B fala batendo a mão na madeira em seguida. - Não é como se eu esperasse um final feliz ou algo assim. Quem é? - ele pergunta quando meu celular toca.
- Eu já volto.
Me afasto um pouco deles e atendo o celular rápido.
- Hope?
- Oi S, tudo bem?
- Tudo, só quero avisar que meu pai tá pedindo pra você vir aqui. - ela fala e eu franzo o cenho.
- Pra quê?
- Vamos fazer uma viagem com ele, e ele disse que é pra você vir logo e trazer uma mochila com roupas pra um mês.
- Tá, então eu chego a aí em dez minutos, pode ser?
- Tá bom, vou avisar ele. - Ela fala antes de soltar um suspiro pesado.
- Está mesmo tudo bem, S? - pergunto desconfiada.
- Falamos sobre quando você chegar, pode ser?
- Tá bom.
- Até.
- Até.
Volto pra perto do pessoal e solto um suspiro pesado.
- Que foi?
- Tenho que ir, viagem de última hora.
- Hoje? - Kiara pergunta confusa.
- Sim, não sei pra onde. Mas nos vemos quando eu voltar. - falo dando um selinho em JJ e um aceno para John B e Kiara.
[...]
Cheguei na casa da Sarah a mais ou menos uma hora, ela está nervosa com o que aconteceu ontem e está dividida sobre em que deve acreditar, eu entendo ela, não na mesma intensidade, mas mesmo assim entendo.
Não é uma coisa fácil mudar suas opiniões e o modo como vê as pessoas sabendo as coisas da forma como soubemos.
- Ele apareceu aqui com a arma do JJ e me arrastou pro quintal, disse que meu pai matou o pai dele...meu pai nunca faria isso. - Sarah fala com a voz embargada. - O que ele disse pra você?
- O mesmo que pra a você, posição difícil a nossa. Seu pai, meu padrinho, foi acusado e ele acusa seu namorado, meu melhor amigo de tentar matá-lo. - falo olhando para Sarah e ela ri de leve. - Só gastamos do problema.
- Acho que somos mais parecidas do que me lembrava. - ela fala sorrindo de leve e segurando minha mão.
- Meninas, o carro já está pronto.
Saímos do quarto e descemos as escadas.com Rose na nossa cola, chegando no carro nós entramos no mesmo e colocamos o cinto antes de Ward começar a dirigir. Ficamos em silêncio boa parte do caminho.
- Pai, não entendo por que Hope e eu precisamos ir às Bahamas. - Sarah fala assim que passamos em frente a igreja abandonada. - Acho que preciso falar com John B, nós precisamos falar com ele.
- Não, querida, já falei que ele está fora de si. - meu padrinho fala e eu franxo o cenho confusa. - Não é para sempre. Só até que o encontrem e consigam ajudá-lo.
- Estava com ele antes de ir até a casa de vocês e ele estava normal. - falo e ele me olha rápido.
- Confiem em mim, está bem? - assentimos e eu mando uma ficamos em silêncio.
Durante o resto do caminho vamos em silêncio, quando chegamos arregalo os olhos vendo os caixotes de metal sendo colocados no avião.
Merda!
Meu padrinho desce do carro e eu e Sarah continuamos no mesmo, ficamos em silêncio prestando atenção na conversa.
- Vai precisar de mais lista com tanto peso. - Um homem fala enquanto outro coloca nossas malas no avião.
- Não cortaram as palmeiras?
- Sim, senhor. Mas vai precisar decolar antes. Todo esse peso vai encurtar tudo.
- Certo. Vou ficar bem. Obrigado. Pegue o carro. - Ward entrega a chave na mão do homem.
Sarah e eu descemos do carro observando os homens carregando os caixotes no avião e nos olhamos antes de fechar as portas.
- Vamos, pessoal. Vamos carregar isso.
- O que tem nas caixas? - Sarah pergunta enquanto nos aproximamos.
- Só algumas peças decorativas de mármore que Rose achou em algumas propriedades. Antiguidades, eu acho. - Ward fala e eu arqueio a sobrancelha.
- Com licença. Oi. O que tem nas caixas? - pergunto me aproximando de um dos homens que estavam trabalhando ali.
- Ei. Vamos. - Ward fala puxando Sarah e eu pelo braço.
- Entrem no avião.
- O quê? Não! - Sarah e eu falamos.
- Só entrem no avião. Por favor, entrem. Temos que ir.
- Não, eu vou pra casa. - falo indo até o carro.
- Eu também. - Sarah fala me acompanhado.
- Meninas. - Ward fala tentando segurar meu braço, mas eu desvio.
- Não. Com licença. Não!
- Não faça escândalo, Sarah. Pegue ela por favor. - Ward fala e logo um moço alto me pega firmemente pelo braço.
- Me solta! Eu não vou!
- Coloque ela no avião. - Ward fala para o moço que me segurava enquanto ele pegava Sarah.
- Você não pode me obrigar a ir, você não é meu pai! - falo olhando Ward enquanto sou empurrada para dentro do avião, após isso o homem que estava me obrigando a entrar prendeu o meu cinto e saiu do avião.
- Seu pai me deu permissão para levar você. Então, sim, você vai. Como seu padrinho, eu estou protegendo você do John B. - ele fala depois de prender o cinto da Sarah e o outro homem trancar a porta do avião.
Ward ligou o avião e começou a andar com o mesmo, vejo Sarah olhar pela janela e me lançar um olhar esperançoso depois.
- John B. - ela murmurra e eu sorrio aliviada.
- Saia da pista! - Ward grita. - Saia! - Ward fala antes de acelerar o avião e Sarah começar a brigar com ele.
- Não!
- Para o avião! Você vai matar ele! - grito com desespero ao mesmo tempo que Sarah e Ward para o avião, fazendo nossos corpos irem para frente com o tranco.
- Caralho, puta que pariu. - falo com o coração acelerado.
Solto o sinto correndo e me levanto ouvindo John B gritar do lago de fora, Ward desce antes de Sarah e eu , mas saímos logo atrás dele, a tempo de ver ele e JB brigando.
- Fiquem longe dele. - Ward fala mas John B abraça Sarah com um braço e me puxa pela mão com a mão livre.
- Não toca nelas!
- Acha que isso muda alguma coisa? - Ward fala assim que ouvimos começamos a ouvir uma sirene. - Não muda.
- John B você precisa sair daqui. - Sarah olhando para ele.
- Graças a Deus você chegou. - ouço Ward falar e olho para a viatura, sorrio aliviada ao ver minha madrinha chegando. - Susan, eu te disse que ele enlouqueceu.
- Mãos na cabeça. - ela fala e Ward se vira para John B.
- Eu faria o que ela disse, garoto.
- Ela falou com você, Ward. - JB fala e Ward deixa o sorriso morrer.
- Está preso pelo assassinato de Big John Routledge. - minha madrinha fala com a arma apontada para Ward e eu suspiro pesadamente pensando na ironia de estar vendo minha madrinha prender meu padrinho.
- Está brincando?
- Mãos na cabeça.
- Está brincando, Sue?
- Mãos na cabeça! - ela fala com autoridade e Ward a obedece. - Vire-se. - ele a obedece mais uma vez. - De joelhos! Não gosto de ser usada.
Sarah e eu encaramos Ward com uma expressão de choque, por mais que John B tivesse nos contado ontem, nós não levamos a informação a sério, não até agora.
Observamos ela colocar as algemas em uma das mãos dele, mas Ward decidi lutar com Peterkin e se solta dela, ela pega a arma e aponta para ele, depois disso tudo aconteceu rápido demais.
Um tiro.
Mas o alvo não foi Ward Cameron.
A cena da tia Sue caindo de joelhos no chão passou em câmera lenta pelos meus olhos que ficaram embaçados rapidamente.
- Não! - grito já chorando, tento ir até ela, mas John B me segura pela mão.
- Rafe, o que você fez? - Ward fala olhando o filho.
- Eu te salvei, pai. - Rafe fala e eu olho pra ele. - Eu te salvei. - ele fala apontando a arma para Sarah e John B.
Me solto da mão de John B e corro até minha tia e segurando a mão dela enquanto John B pressionava o ferimento.
- Madrinha, aguenta firme...por favor. - falo enquanto John B coloca a bandana no ferimento.
- Chame! - ela murmurra para John B. - Chame ajuda. - John B pega o rádio enquanto eu choro compulsivamente pedindo baixinho que ela aguentasse firme.
- Nem tente, babaca. - Rafe fala apontando a arma para John B.
- John B me dá o rádio. - Ward fala se abaixando.
- Não.
- Vamos, John B, me entregue o rádio. - pego meu celular discretamente e envio para Shoupe um dos códigos de emergência que aprendi a alguns anos.
- Larga o celular, Hope! - Rafe fala arrancando o celular da minha mão e o jogando longe.
- Corra. - minha madrinha fala com a voz fraca e eu nego junto de JB.
- Não vou abandonar você.
- Corram! - ela fala novamente e eu ponho as costas da mão na boca reprimindo um soluço. - Eu quero que vocês fujam... - ela fala levando a mão até meu rosto.
- Eu não posso deixar você...
- Você pode e vai...eu te amo coelhinha. - rio por conta do apelido.
- Eu te amo madrinha.
- Sinto muito. - John B fala antes de pegar minha mão e se levantar.
Saímos correndo juntos, Sarah entra na frente de Rafe para nos dar tempo, mas logo escuto chamarem nossos nomes e o barulho de tiro vem logo em seguida, abaixo a cabeça e continuo correndo de mãos dadas com John B.
Soltamos nossas mãos só quando entramos na mata, corremos pulando raízes altas e por fim chegamos a estrada, John B que estava na minha frente acaba sendo atropelado, corro até ele e o ajudo a levantar enquanto o menino que estava no carro desce perguntando se estamos bem, mas nós apenas continuamos correndo.
Após algum tempo correndo nós paramos, olhamos em volta e ouvimos as vozes de Kie, JJ e Pope, andamos até as vozes e encontramos os três juntos.
- Cara, vocês estão bem? - Kie fala correndo até a gente junto de Pope e JJ.
- Meu Deus! Hope. - JJ fala se aproximando de mim.
- O sangue é de quem? - Kiara pergunta pegando minha mão.
- Peterkin... - falo com a voz embargada.
Ouvimos sirenes e nos escondemos, fico aliviada de saber que minha mensagem foi enviada.
JJ me puxa para um abraço e fica passando a mão no meu cabelo.
- Hope, seu braço. - Pope fala e eu o olho confuso.
- O que?
- Você foi baleada. - ele fala se aproximando e olhando meu braço. - Ela precisa ir pro hospital, não sabemos se é de raspão ou fundo.
- Eu fico com ela, vocês vão com o John B. - JJ fala assim que nos levantamos.
JJ e eu vamos para o hospital e eu ando rápido até a recepção, vejo Ward parado lá conversando com Shoupe e sinto raiva.
- SEU IMBECIL! - falo indo até Ward e batendo nele repetidas vezes. - EU TE ODEIO!
- Hope, eu estou ajudando...
- É tudo culpa sua! Minha madrinha tomou um tiro porque seu filho é um babaca, igual a você! - falo sentindo JJ me segurar pela cintura. - Foi ele Shoupe...ele matou o Big John, a tia Sue tinha ido lá prender ele, mas aí o Rafe chegou e atirou nela. - falo olhando para Shoupe. - Acredita em mim, por favor...
- Levem ela para a enfermaria, está sangrando. - Shoupe falou e alguns médicos viveram até mim. - Conversamos lá dentro, Hope. - dois enfermeiros vem me pegar.
- Não! Me solta... Shoupe, por favor! - falo gritando e tentando me soltar.
[...]
- John B, o que estamos fazendo na delegacia? - JJ pergunta.
- Alguém precisa contar o que aconteceu. - John B fala e Pope começa a tossir.
- Calma aí, chefia. - JJ fala e eu dou uma leve risada - Certo. Vou ser sincero com você. - JJ fala olhando JB. - Até pode acabar na cova dos leões, mas não se entra lá de propósito. É fundamental. Como meu pai sempre me disse, nunca se deve confiar na polícia, não importa a circunstância.
- Seu pai é um mentiroso abusivo. - Kiara fala e eu assinto em concordância.
- Concordo com JJ. Foda-se a polícia. - Pope fala e eu o olho com a sobrancelha arqueada.
- Vai pro lado sombrio agora?
- Quando foi que a polícia nos ajudou?
- Peterkin cuidou de mim, tá? O pai da Hope também fez de tudo pra descobrir o paradeiro do meu pai. - John B fala e eu respiro fundo. - Tentaram, pelo menos. Eles precisam saber.
John B fala antes de descer do carro, tiro o cinto e desço atrás dele, ele pega minha mão quando me aproximo e entramos juntos na delegacia.
- Seis Adam no hospital. Peterkin ainda está na emergência.
- Avise se precisar de transporte aéreo.
- Entendido.
- Com licença, senhora. - John B fala baixo.
- Não é uma boa hora, garoto. - a senhora fala e eu troco um olhar com JB. - Adam, avise se precisar de transporte aéreo.
- Com licença, mas viemos falar da minha madrinha, a xerife. Então deixa o Adam pra lá e escuta ele! - falo sem pensar e a mulher levanta o olhar esperando que digamos algo.
- Sei quem atirou na xerife. - John B fala.
- Fiquem bem aí. Vou chamar um policial. - ela sai correndo e eu fico olhando um quadro que tem ali.
- Central, três Vicky. Temos um suspeito no 31. - olho para a mesa. - John Routledge.
- Entendido. Todas as viaturas, fiquem de olho no John B. Rutledge, ele está acompanhado de Hope Standish, que está sendo mantida de refém.
- Homem branco de 16 anos, 1,82m de altura. Visto pela última vez usando bermuda, uma camiseta escrito "bad brains" e moletom vermelho desbotado.
- John B, vamos agora. - sussurro quando dois policiais aparecem na nossa frente.
- Apenas se acalme, está bem? - a policial fala e então me olha. - Hope, se afaste dele devagar e me dê sua mão.
- Deixe-me ver suas mãos.
- John B faça o que ele disse. - a policial fala e John B me olha, eu nego lentamente com a cabeça e sinalizou a porta.
- Eu não fiz isso, está bem? - John B fala levantando as mãos depois de me olhar e assentir.
- Não se mexa.
Em um ato rápido John B me pega pela mão e saí correndo me puxando pra fora da delegacia com os policiais atrás.
- Kie! Liga o carro! - John B grita enquanto vamos para o carro.
- Liga o carro! Anda! - falo entrando no banco da frente e colocando o cinto.
- O quê? John B? O que foi que vocês fizeram? - Kiara fala gritando e eu bufo.
- Pelo amor as tartarugas, Kiara! Liga essa porra desse carro! - falo gritando.
- Merda!
- Vai! - John B grita quando os dois policiais tentarem abrir o carro.
- Acelera, Kie!
- Estou indo! Foi mal!
- Vai Kiara!
- Pare agora!
- O que vocês fizeram? - Kiara pergunta nervosa.
- Encostem o carro!
- Abre a porta. - Pope fala John B faz o que ele pede e a policial cai no chão.
- Agora falem o porquê disso? - JJ pergunta nervoso e eu passo a mão no cabelo senti do uma pontada no meu braço machucado.
- Ward deve ter falado que John B matou minha madrinha, além de falar que o JB tá me mantendo de refém. - falo fechando os olhos.
- Mas que merda.
- Você já falou com seu pai? - Kiara pergunta.
- Não, Rafe quebrou meu celular. Mas acho que a essa hora ele já sabe a versão que a cidade toda sabe.
- A gente tá fudido.
🦋|🦋|🦋
Mais um capítulo pra vocês, eu espero que tenham gostado. Desculpa se ficou meio bleh, prometo q o próximo vai ser melhor.
Não se esqueçam de favoritar e comentar bastante.
Até o próximo capítulo!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro