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27² - chapter twenty-seven

Boa leitura💛
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O silêncio que se instaurou assim que John B, Pope e Kiara saíram foi instantâneo. O calor no container parecia piorar a cada segundo. Hope se encostou em uma parede de metal, sentada sobre uma pilha de coisas, cruzando os braços e olhando para o chão, enquanto JJ se sentava em uma caixa, tamborilando os dedos nervosamente na lateral, com a cabeça encostada em uma rede de pesca. 

— Então... — JJ começou, olhando para o nada, sem coragem de encarar Hope. — Parece que estamos presos juntos, hein? 

— É. Pois é. — Hope respondeu.

— Olha, Hope... Eu sei que as coisas entre a gente ficaram meio... tortas. — JJ disse sem jeito e Hope levantou os olhos, encarando-o com uma expressão séria. 

— Meio tortas? — Hope perguntou, arqueando uma sobrancelha. 

— Tá bom, muito tortas. Eu sei. — JJ corrigiu, levantando as mãos em um gesto de rendição. — Mas eu não queria que fosse assim.   

— Você não queria? JJ, você me machucou. — Hope disse sincera e JJ finalmente a olhou, a mandíbula apertada. Ele sabia que ela estava certa, mas ouvir isso de novo era como levar um soco. 

— Eu... Eu não quis dizer aquilo daquele jeito. 

— Então por que disse? — Hope insistiu, a voz ainda calma, mas cheia de uma mágoa que ela tentava esconder.   

— Porque eu sou um idiota, tá bom? — JJ finalmente disse, levantando a voz um pouco. — Eu tava tentando me proteger, ou sei lá... fingir que não me importava, porque... porque se eu começasse a me importar de verdade, ia ferrar tudo. — ele disse e Hope franziu a testa, surpresa com a honestidade dele. — E eu nunca tive isso, não tenho ideia de como isso funciona.

— E agora? Você ainda acha que não se importa? — Hope perguntou após alguns segundos. JJ abriu a boca para responder, mas nenhuma palavra saiu. Ele desviou o olhar, batendo o pé no chão como se estivesse tentando expulsar a tensão. 

— Eu... — JJ começou, mas a frase morreu ali. — É complicado, Hope. 

— Não é complicado, JJ. Você só precisa ser honesto. Comigo, com você mesmo... com o que sente. — Hope falou mexendo em suas pulseiras. Os dois ficaram em silêncio novamente, o rosto de JJ era um misto de frustração e hesitação. Hope suspirou outra vez. — Olha, eu não estou aqui pra brigar. Só queria que você soubesse que eu não guardo rancor. Mas eu também não vou ficar esperando você decidir o que sente. 

— Eu sinto sua falta. — JJ disse, tão baixo que quase parecia um sussurro. Hope ficou imóvel, como se não tivesse certeza se tinha ouvido direito. 

Hope o observou por um momento, percebendo a luta interna que JJ enfrentava. Por mais que ela quisesse ouvir algo mais, sabia que forçar não era o caminho. Ela desviou o olhar, ajeitando-se na pilha de coisas onde estava sentada, dobrando os joelhos e apoiando os braços neles.

— Você sabe... — Hope começou, hesitante, sua voz suave preenchendo o espaço. — O que me magoou não foi só o que você disse. Foi o jeito como disse. Como se... sei lá, como se tudo entre a gente não tivesse significado nada pra você.

— Não foi isso, Hope. — JJ respondeu. — Nunca foi isso. Eu só... — ele parou, procurando as palavras certas. — Eu me senti um merda. Me sinto um merda. Porque, sabe, você é... você é incrível. E eu... eu sou só eu. O JJ Maybank que só cria problemas.

— JJ... — Hope disse, sua voz mais gentil agora. — Você precisa parar de se diminuir. Eu nunca esperei que você fosse perfeito. Só esperei e espero que seja verdadeiro comigo.

— Eu sei. Eu sei que estraguei tudo. — JJ admitiu, a voz carregada de arrependimento. — E eu não sei como consertar, Hope. Eu nem sei se consigo.

— Não precisa consertar tudo agora. Só... seja honesto daqui pra frente. É só isso que eu quero. — Hope disse antes de olhar para suas mãos. — E você não estragou tudo sozinho, participei disso também. Estou aprendendo a confiar de novo.

O silêncio entre eles era denso, mas de uma maneira diferente agora. Hope permaneceu encostada na parede, observando JJ com o canto dos olhos. Ele parecia perdido, e ela sabia que ele estava lutando contra algo que, talvez, nem ele entendesse completamente. 

— Você sempre faz isso, sabia? — Hope disse quase em um sussurro, dando uma leve risada.

— Isso o quê? — JJ perguntou, finalmente olhando para ela. 

— Se esconde. Finge que não sente nada, que tá tudo bem. Mas quando as coisas ficam difíceis você foge. — Hope disse olhando o garoto.

— Talvez seja porque eu não sei como lidar com isso. — JJ admitiu, surpreendendo até a si mesmo. 

— Ninguém sabe. — Hope respondeu, dando de ombros. — Mas fugir não resolve.

— Eu não queria te machucar, Hope. 

— Eu sei. Mas não muda o fato de que machucou. Olha, JJ... — Hope continuou, descruzando os braços e olhando diretamente para ele. — Eu não espero que você tenha todas as respostas. Eu só quero que seja honesto comigo. Não me deixa no escuro. — ela disse e JJ olhou para suas mãos. — Sabe que eu tenho pavor de escuro.

Os dois riram baixo e se olharam rapidamente com sorrisos.

— Isso me assusta. Você me assusta.   

— Eu te assusto? 

— Não você, mas o jeito que eu me sinto quando estou com você. — JJ explicou, tentando colocar em palavras algo que ele mesmo não entendia completamente. — É como se você conseguisse ver partes de mim que nem eu sabia que existiam. É assustador. 

— Talvez seja isso que significa se importar com alguém. — Hope disse, finalmente.

— Eu não sou bom nisso. Em nada disso.

— Eu sei. — Hope disse vendo JJ rir de leve em seguida.

O silêncio que se seguiu não foi desconfortável e estranho, mas sim tranquilo, Hope estava fazendo um coque em seu cabelo e JJ observava ela com um brilho nos olhos.

— Aí. — JJ falou chamando a atenção de Hope após alguns minutos em silêncio. — Eu estava pensando. Quando isso tudo acabar, e a gente estiver rolando na grana, a gente bem que podia comprar pranchas novas e eu encerar elas, e fazer uma viagem de surf. — ele continuou olhando para Hope. — Eu não sei pra onde vamos, mas, pra onde o mundo levar a gente, a gente vai. Me fala aí um lugar.

— Havaí. — Hope falou, arrancando uma risada de JJ. Ele sabia que Hope amava o Havaí.

— E depois do Havaí, o Brasil, ou melhor, a América do Sul toda, já que você sempre quis ir pra lá. — JJ falou olhando Hope com um sorriso. — Depois África do Sul. Um desses lugares aí no Sul.

— Vamos para a América do Sul?

— E depois a Micronésia talvez, e depois...nós vamos na onda. — JJ falou empolgado. — Para onde as ondas nos levarem, sabe?

— Então esse é o plano se nós conseguirmos ganhar muita grana? — Hope perguntou. — Esse é o sonho? Ir surfar?

— Surfar nas ondas o dia inteiro. Uma cabana de bambu, assar um peixe na fogueira. — JJ falou sorrindo enquanto olha para as próprias mãos, Hope sorri.

— Quer me colocar para dormir em uma cabana de bambu? — Hope falou e JJ a olhou. — Tem certeza que sabe com quem está falando?

— Tá pegando o espírito da coisa. — JJ falou rindo,  fazendo a garota rir também. — Esse é o sonho. A cabana vai ser bem feita, relaxa, e outra, não precisamos usar para dormir.

— Eu achei perfeito. — Hope falou sorrindo. — Deitar e olhar as estrelas…parece um sonho.

— Qual seu plano? O que quer fazer? — JJ perguntou em tom de brincadeira olhando para Hope.

— Eu queria muito ir para Aspen. Você sempre comentou sobre querer esquiar…lá é perfeito para isso. — Hope disse olhando as mãos.

— Você tem passaporte? — JJ perguntou.

— Eu tenho, mas você não. — Hope disse e JJ riu.

— É claro que eu não tenho passaporte. Isso é coisa de Kook. Eu não preciso... — JJ falou sendo interrompido por sussurros vindos da janela.

— Ei, ei. Abre aqui. — Pope sussurrou e os dois saíram de seus lugares para ajudar os amigos.

— Aqui. — JJ falou passando a portinha para Hope.

— Quer ajuda? — Hope perguntou para Kiara, quando ela entrou logo depois de Pope.

— Estou bem.

— Achamos que o Rafe tinha achado vocês. — Hope falou olhando o amigo passar pela janela.

— Não, tranquilo. — Pope falou já dentro do container, com John B entrando no lugar logo atrás dele.

— Legal, coloca isso de volta. — Hope falou erguendo a grade.

— Não, espera.

— O que? Não.

— Ai meu Deus! Eu te mato, John B! — uma garota falou entrando no container.

— Quem é ela? — Hope perguntou olhando o garoto.

— Me escutem. Só relaxem, beleza? — John B falou e Hope o olhou antes olhar novamente para a garota que havia acabado de entrar no container. — Olha só eu disse que tinha uma surpresa. — John B falou, daquela vez para a outra garota.

— Não enrola, fala logo. — Hope disse sem paciência.

— Calma, calma. Lembra da garota das Bahamas que salvou a Sarah e eu? — John B falou com calma.

— Cleo, não é? — Hope questionou.

— Ela vai ajudar, certo? — John B disse olhando Cleo.

— Da próxima vez, me pergunta. — Cleo falou antes de descer de onde estava.

Todos se juntaram em um local mais ao fundo do container, Pope, Kiara e John B contaram o que viram lá fora.

— É sério que você não pegou nada? Nem uma única arminha? — JJ perguntou após um suspiro de indignação.

— Eu...eu tentei, beleza? Mas fui atacado.

— Eu devia ter ido. — JJ falou atropelando as palavras de John B e as meninas fizeram sinal de silêncio para eles.

— Calma aí, deixa eu entender. Vocês cinco, sem armas, resolveram que iam sequestrar esse navio a vapor sozinhos? — Cleo perguntou de forma sarcástica. — Vocês tem noção de quem são esses caras? O Eberhimi, se ele pegar vocês, ele vai matar todo mundo. Geral, morto. Vai decepar seus dedos.

— Tá. Que tal a gente esperar até chegar no porto? — Kiara falou olhando os amigos. — Aí se alguma coisa der errado a gente tem como correr.

— Não, a gente não pode fazer isso. — Pope falou imediatamente.

— Porque? — Kiara perguntou olhando o amigo.

— Porque eu já fiz o cenário um milhão de vezes na minha cabeça, a nossa melhor chance é no navio. A equipe tem quinze e nós somos seis. — Pope falou e Hope concordou com a cabeça. — São em média de três para cada um. É o melhor possível. Se esperarmos, vão nos pegar assim que descermos.

– Não temos a menor chance. — Kiara falou concordando com Pope.

— Tem mais uma coisa. — John B falou olhando os amigos. — O Ward tá vivo.

— O Ward? Meu padrinho? O pai da Sarah? Aquele que explodiu? — Hope perguntou confusa.

— Uhum. Ele está vivo e está aqui. — John B falou fazendo a loira xingar baixinho.

— Só pode estar de sacanagem. — JJ falou negando com a cabeça.

— Isso é sério?

— Foi tudo armação, a explosão do barco, a confissão pro Jake. Pensa nisso. — John B falou olhando os amigos que se encontravam indignados. — Tudo isso pra limpar o nome do Rafe. E ele fez o quê? Foi até o Druthers. E ele usava o Druthers pra quê?

— Mergulho. — Kiara e Hope falaram rindo ironicamente.

— Bingo.

— Então o Ward tá vivo, é? — JJ perguntou retoricamente. — E ele tá com o ouro e a cruz e a Sarah. — ele disse descendo de onde estava.

— Valeu por lembrar disso. — Kiara reclamou.

— Então ele vai se safar de tudo de novo? Não vai rolar. Eu não quero ver esse filme de novo, certo, Pope? A gente precisa dessa vitória. E com ela, a gente vai até a ponte e vai vencer agora. Tá comigo? — JJ falou olhando John B.

— Vamos fazer isso. — John B falou olhando os amigos rapidamente.

— Estou com você, e eu vou tomar a ponte. — Pope falou fazendo Cleo rir baixo.

— É disso que eu tô falando.

— Ele vai tomar a ponte? — Cleo perguntou apontando para Pope.

— Vai. — JJ murmurou.

— Ele não ganhou de mim. — Cleo falou e todos olharam para Pope.

— Olha, primeiramente, eu fui bonzinho com você. — Pope disse se defendendo e Hope tocou o ombro do amigo negando com a cabeça.

— Eu é quem fui boazinha. — Cleo falou levemente irritada.

— Calem a boca.

— Se ela nem...

— Relaxem, todos vocês. — John B falou baixo.

— Se você está mesmo com a gente, se a gente usar sua faca, dá pra ir até a ponte colocar ela no pescoço do capitão e fazer ele mandar o resto da tripulação se encontrar no convés inferior dianteiro. — JJ falou e todos prestaram atenção em cada palavra do loiro. — E quando todo mundo estiver no mesmo lugar, BAM! A gente tranca eles e recupera o que é nosso.

— Pela primeira vez eu concordo com a violência do seu plano. — Hope disse e JJ a olhou sorrindo, fazendo todos olharem para os dois.

— Certo, gostei. Pode funcionar. — Pope disse concordando.

— Está com a gente? — JJ perguntou encarando Cleo.

— Não. — Cleo falou antes de ficar de frente para John B. — Isso é burrice.

— Tá, vamos abrir essas coisas! — todos se calaram ao ouvir uma voz vinda do lado de fora do container.

— Fudeu, eles vão revistar os containers. — Hope falou descendo de onde estava sentada com a ajuda de JJ.

— Está fazendo o que?

— Cleo, não. — Pope falou e a menina apenas o mandou ficar quieto enquanto ela retirava a portinha por onde havia entrado com os meninos.

Cleo saiu do container e correu até o capitão do navio, na tentativa de o distrair para que o grupo não fosse descoberto.

— Ela vai dedurar a gente. — Pope falou antes de voltarem a ouvir a voz de Cleo.

— Esse está limpo, senhor.

— Certeza? - o homem pergunta.

— Revirei de cabo a rabo. Só tem tubo de plástico aí. — Cleo falou se apoiando em um barril.

— E se o clandestino estivesse aí?

— Bem, ele não está, então...cara, a gente tem serviço. — Cleo falou se afastando. — Sai da frente, mané!

— É isso aí, ela tá com a gente. — Pope falou sorrindo e o grupo se entreolhou.

— Pope, sua vez. A gente espera o seu sinal. — JJ falou para o amigo segundos antes de Cleo assobiar baixinho e Pope retirar a pequena portinha e sair do container. — Agora só nos resta esperar.

— Falou sério sobre o plano de viagem? — Hope perguntou baixinho para o garoto, aproveitando que John B e Kiara estavam meio distantes deles.

— Bem, você aceita? — JJ respondeu nervoso e Hope se esticou um pouco para dar um beijo na bochecha dele, acertando o canto da boca do mesmo.

— Considere isso um sim. — Hope disse e JJ riu baixo.

— Atenção passageiros e tripulação. Dirijam-se ao convés inferior dianteiro. — o capitão falou e o grupo se entreolhou. — Atenção, todos os passageiros e tripulação, dirijam-se ao convés inferior dianteiro. É uma ordem. Repito. Todos devem ir ao convés inferior dianteiro, isso é uma ordem.

— Eles conseguiram.

— Esse é o meu amigo. — JJ falou antes de ele e John B retirarem a grade que os mantinha ali dentro. — Tá legal, a gente se divide, assim que eles chegarem no convés eu e a Hope trancamos eles lá.

— Eu e a Kie achamos a Sarah e vamos pegar o bote. — John B falou.

— A gente encontra vocês, pega a cruz e se manda daqui. — Kiara completou antes de todos fazerem um toque.

— Vamos nessa. — Hope falou dando um sorriso nada empolgado.

[Capítulo revisado]

2/3

E aí? O que acharam desse momento Hope e       JJ? Eles precisavam desse momento mais tranquilo e de uma conversa mais calma, né?

Comentem bastante e favoritem os capítulos!

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