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22² - chapter twenty-two

Boa leitura💛
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— Acho que nós achamos o quarto da ilha. — Sarah falou olhando Pope fazendo com que ele, Kiara, Harrison, John B e JJ se coloquem de pé.

— Calma o quê? — Kiara falou no impulso.

— Como?

— Foi do nada, eu fui ver a Sarah e achamos o quarto. — Hope disse dando de ombros.

— Na sua casa? — Pope perguntou olhando para Sarah.

— Uhum. E então, vai querer ir até lá? — Sarah perguntou olhando para Pope.

— Eu dirijo. — John B disse pegando as chaves da Kombi.

Todos entram na Kombi e John B dá a partida na mesma, ele começa a dirigir até a casa de Sarah enquanto Pope fala sobre algumas coisas que eles não falaram muito sobre.

— Pessoal, prestem atenção. — Pope falou chamando a atenção dos amigos. — O diário diz que a cruz possui a mais sagrada relíquia de todas, o Manto do Salvador.

— Ele está dizendo que tem vestes sagradas dentro da cruz? — Kiara perguntou cética.

— Sim. Diz aqui que o manto é capaz de curar qualquer doença. — Pope disse olhando o papel em sua mão.

— Sim: "Se eu tão somente tocar em teu manto, ficarei curada." — JJ citou fazendo todos o olharem. — O quê? Fui à escola dominical.

— Claro.

— Por isso que a Limbrey quer tanto a cruz. Ela acha que pode curá-la. — Pope diz e Hope ri pelo nariz fazendo com que ele a olhe. — O que? O que foi?

— Temos pequenos furos nessa obsessão pelo tal manto. — Hope e Harrison disseram juntos.

— Primeiro, é impossível que ainda exista manto algum na cruz, a essa altura do campeonato ele já virou lanche de traça a muito tempo. — Harrison disse.

— Segundo, é humanamente impossível que esse manto, que não é nada mais, nada menos que um simples pedaço de pano, possa curar alguém. — ela fala de forma cética antes de continuar. — "A tua fé te curou." Nunca foi o manto, mas sim a fé.

— Deixa eu adivinhar…escola dominical? — Kiara perguntou olhando os gêmeos.

— Colégio católico, na verdade. — Hope respondeu dando um sorrisinho.

— Tínhamos aula de religião. — Harrison completou.

— Mas se é a fé que cura…qualquer pedaço de pano seria sagrado se ela acreditasse que é sagrado. — Sarah concluiu.

— Então, porque ela quer tanto o manto? Porque ela continua procurando? — Pope perguntou confuso, fazendo os outros darem de ombros.

— Burrice? — todos falam rindo de leve em seguida.

— O que mais diz aí?

— "Dizem que foi pecado roubar algo sagrado, e que Deus nos castigará." — Pope lê o que estava no diário.

— Pior que Deus os castigou mesmo. — Kiara falou olhando o garoto.

— Um furacão afundou o navio e só o Denmark sobreviveu. — Pope falou olhando os outros.

Todos se mantém em silêncio durante o resto do caminho, Kiara ficou mexendo nervosamente em suas pulseiras, Pope ficou lendo os papéis em sua mão, John B não parava de olhar Sarah de relance, Sarah mexia nervosamente em seus colares, JJ permaneceu brincando com seu isqueiro, Hope beliscando sua coxa e Harrison mexendo de leve nos cachos de Kiara. Ao chegarem na casa de Sarah, John B estacionou a kombi e todos desceram da mesma apressados. Eles entraram na casa com Sarah na frente, seguida de Pope e dos outros.

— Nossa! — JJ pronunciou quando começam a andar pelos corredores que levam ao quarto da ilha.

— Esse lugar ainda me dá arrepios. — John B disse atrás de Hope.

— A mim também. — JJ disse concordando.

Sarah chegou até a porta onde ela e Hope haviam entrado mais cedo e a abriu revelando o quarto com os papéis de parede no chão, bem como pedaços de madeira.

— Pope, olha. — Sarah falou assim que entrou no quarto.

— Nossa! Só pode estar de brincadeira! — Pope exclamou olhando ao redor.

— Pois é! Este é o quarto da ilha. — Sarah disse olhando o amigo. — Estava aqui o tempo todo.

— Incrível. - John B murmura ao entrar no quarto seguido por Kiara, Hope e JJ. - Não acredito!

— Deve ter um significado. — JJ falou assim que entrou no local.

— Nossa!

— Meu Deus!

— Caramba!

— Isso é incrível! — Pope falou olhando o local da parede onde tinha um buraco.

— Isso é um mapa da ilha inteira. — John B falou enquanto eles se dividem pelo quarto.

— Acho que tem razão, John B, porque aqui está o Rixon's. — JJ falou indo até o amigo. — E ali está o farol.

— Pessoal, olhem. A Parcela 9 e o poço. — Kiara falou passando a mão pela pintura.

— Então se aquela é a Parcela 9 e aquele é o Rixon's, então ali é a praia de surfe. — John B falou andando pelo quarto.

— Sim, e olhem. — Harrison falou pegando um papel da mão de John B. — Pope, vem cá. Essa é a letra do Denmark.

— E os desenhos são os mesmos. — Pope falou olhando o papel e a parede.

— Puta merda!

— Denmark, você é um gênio! — Pope disse eufórico. — Ele fez todos os desenhos deste quarto.

— A pergunta é: por quê? O que ele está tentando nos dizer? — Kiara perguntou confusa.

— Deve ter algo a ver com a chave, né? — JJ perguntou.

— Sim, mas o quê? — Hope perguntou olhando o loiro.

— Como vocês descobriram estes desenhos? — John B perguntou para Sarah e Hope.

— Não foi a gente. Já estava assim. — Sarah respondeu por ela e Hope.

— O quê?

— Então quem fez isso? — Kiara perguntou.

— Não sei.

— Os doidos. — Wheezie falou entrando no quarto assustando o grupo.

— Nossa, garota! — JJ exclamou depois de dar um pulinho de susto.

— Wheez! — Sarah falou indo até a irmã.

— De que doidos você está falando, Wheez? — Harrison perguntou com a voz calma.

— A mulher doente e o cão de guarda. — Wheezie fala olhando para JJ. — Vieram aqui ontem à noite, queriam falar com o Rafe.

— Uma mulher loira?

— De muleta?

— A filha da pu... — Hope e Harrison falaram no impulso e então se calaram. — A Limbrey.

— Tá, mas o que houve? — John B perguntou.

— Reviraram a casa atrás de alguma coisa. Então o Rafe me mandou subir, mas eu fiquei curiosa e escutei pela ventilação. — Wheezie falou e todos se calaram a escutando. — Estavam falando sobre fazer alguma coisa no domingo.

— Deve ser algum código. — JJ falou se apoiando na cadeira.

— A Cruz...A Cruz de Santo Domingo? — Pope perguntou para Wheezie.

— Isso. E ficaram falando de anjos. — Wheezie respondeu enquanto Pope e John B se entreolharam. — Falaram muito sobre anjos.

— Anjos?

— As últimas palavras do Denmark! — Hope exclamou ao lado do amigo e ele arregalou os olhos se lembrando.

— "O verdadeiro tesouro está ao pé do Anjo." Eles estão atrás de algum anjo. Vamos procurar! — Pope falou fazendo todos se espalharem pelas paredes enquanto Wheezie apenas os olhava confusa.

— Tem uma igreja aqui! — Sarah falou indo até o desenho. — Deem uma olhada.

— Será que é isto?

— Gente, o que está rolando? Me contem! — Wheezie perguntou tentando se sobrepor a conversa confusa que sua irmã e os amigos dela tinham.

— Perto do farol?

— Foi o que eu disse.

— Com certeza. Tem um cemitério...

— Ainda está lá. Galera, acho que descobri! — JJ falou com a voz alta para que o ouvissem no meio do falatório. — Venham aqui. — ele chamou os outros. — Essa árvore enorme fica na ilha dos Bodes. Sabem como se chama?

— Angel Oak. — Hope respondeu e JJ a olhou, mas os dois desviaram o olhar em seguida.

— Tem um buraco de fechadura. — JJ falou mostrando o desenho.

— Espera. — Pope falou sorrindo levemente. — Então a cruz está enterrada ao pé do anjo. — ele falou olhando JJ e o desenho. — Nossa! Deve ser onde ele a enterrou! Eles devem estar lá agora! Vamos!

— Sou o próprio Sherlock Holmes. De nada. — JJ falou olhando os amigos enquanto Sarah o puxava pela mão para saírem dali.

— Sim. Anda logo, Sherlock. — John B falou apressando o amigo.

Eles correm para fora da casa deixando uma Wheezie confusa para trás. John B começa a dirigir em meio a excitação dos amigos, que não pararam de falar um segundo sequer durante o caminho.

— Olha, é a igreja que Denmark construiu para os escravos que libertou. — Pope falou assim que passam em frente a igreja.

— Ali está a Angel Oak. — Kiara falou assim que avistam a árvore.

— Droga, a maré está subindo. — Harrison falou ao entrarem no mangue. — Ei, olhem as marcas de roda. Eles já passaram por aqui.

— Devem ser as marcas do pneu do carro da Limbrey. Gente, precisamos ir. — Pope disse apressado.

— Hmm, o que você acha, chefe? — JJ perguntou incerto para John B.

— Acho que vai ser um pouco arriscado. — John B respondeu olhando para frente.

— Sim, vou ter que concordar. — JJ falou olhando o amigo.

— Ok, claramente, eles conseguiram. Não? — Kiara perguntou.

— Sem tração nas quatro rodas? Duvido muito. — JJ falou olhando para Kiara.

— Porque todo o teatrinho se vocês vão meter essa porcaria na lama? — Hope perguntou vendo JJ a olhar com um sorriso irônico e John B a olhar com divertimento.

— Sabemos que vocês não são nem um pouco cautelosos. Nunca. — Sarah falou completando a fala da amiga.

— Elas têm razão. — John B falou se virando para frente.

— Você precisa acelerar. — JJ falou enquanto os outros se seguram onde podem. — Então coloque em segunda e pise fundo.

— Passa pela parte do meio. — Pope falou olhando por entre os dois amigos.

— Beleza. Prontos? Vamos nessa. — John B pisou no acelerador de uma vez.

— Acelera cara. Tem que pisar fundo, a velocidade é sua amiga. Você tá muito devagar. — JJ falou para John B.

— Estou em segunda.

— Vai derrapar! — Hope e Kiara falaram juntas.

— Não acredito que eu vou morrer dentro dessa coisa atolada na lama. — Hope murmurou e as meninas e seu irmão riem baixinho.

— Tá atolando! — JJ exclamou.

— Eu sei, eu sei.

— Sem querer te pressionar, mas, se atolar, nunca mais sairemos daqui. — Pope falou apoiado entre John B e JJ.

— Calminha aí, tá bom? — John B falou empurrando de leve Pope para trás.

— Isso, deu certo! — as meninas falaram aliviadas assim que a kombi andou.

— Eu disse que daria.

— Essa é minha garota!

— Para, para, para. Bem aqui. — JJ falou para John B. — A Angel Oak está bem aqui. — ele falou abrindo a porta de trás para o resto do pessoal sair. — Tá bom, pessoal. Só um aviso. Tem ninhos de jacaré por aqui, então fiquem de olho, beleza? Vocês não vão querer pisar em uma mamãe jacaré.

— Como? — Hope perguntou olhando o garoto assim que saiu da kombi.

— Trouxe repelente, gatinha? — JJ perguntou com ironia tocando a ponta do nariz de Hope, que apenas revirou os olhos.

— Jacarés fazem ninhos? — Kiara perguntou confusa.

— Ótimo lugar pra parar. — Sarah falou seguindo o grupo.

— Lembram da Pat Womack? — JJ perguntou pegando um galho. — Um jacaré arrancou a panturrilha dela.

— Não foi bem assim. — Kiara desmentiu o loiro. — A Pat se machucou em um acidente de carro. Mas entendi.

— Tá bom, viva na ignorância. Mas tipo, a batata da perna dela virou comida de jacaré. Disso eu tenho certeza. Eles gostam dessa água salobra. — JJ disse andando à frente do grupo. — Calma, calma, calma.

— O que você tá fazendo? — Hope perguntou de forma ríspida.

— Vi alguma coisa. — JJ falou antes de bater o galho na água.

— Boa, acorda eles. Bacana. — Sarah falou ao lado Hope.

— Depois perde batata da perna e não sabe por quê. — Hope fala e JJ a olha dando um sorrisinho falso. — Para de ser idiota.

— Eu só tava verificando se não era um jacaré. Só isso, beleza. — JJ se explicou e as meninas reviraram os olhos. — E eu não sou idiota.

— Eu tenho um extenso repertório sobre coisas que você é, JJ. — Hope disse baixinho e o garoto a olhou.

— Também tenho um extenso repertório sobre você, princesa, quer que eu fale por ordem alfabética? — JJ perguntou e todos suspiraram, sabendo o que viria a seguir.

Eles continuam caminhando pela terra, desviando de algumas raízes enquanto Hope e JJ levavam seus amigos a uma sessão nostálgica de suas brigas e discussões.

— Ei, shhh. — Pope fez sinal de silêncio para os amigos e logo todos estão escondidos atrás de um arbusto de folhagem alta.

— Não tô vendo nada! — a voz de Rafe se fez presente no local.

— Tem certeza de que é aqui? — Renfield perguntou.

— Tenho. — Carla falou. — As vestes estão na cruz e a cruz está no pé da árvore.

— Beleza, quando a gente encontrar eu quero a minha parte. — Rafe falou com uma pá na mão.

— O Manto Sagrado. Você entende o significado disso? — Carla falou para Renfield.

— Entendo, Carla. Totalmente.

— Bastará tocá-lo e serei curada. Será o fim deste longo pesadelo. — Carla falou e Renfield arma uma cadeira para ela se sentar.

— Deus te ouça.

— Sei que não acredita, mas diversas histórias ao longo do milênio provam que milagres acontecem. — Carla falou olhando as máquinas trabalharem. — Ei! Esperem! Parem, por favor! Escutaram isso? Larguem isso. Terminem à mão. — Carla falou se levantando e indo ver o que acharam. — Deve ser a cruz. É menor do que pensei. Parece ser...

— Caixão. — Rafe falou fungando o nariz.

— Ele colocou em um caixão. Denmark colocou em um caixão. — Carla falou aliviada. — Tirem daí.

— Vamos.

O grupo de adolescentes observava tudo ainda escondidos atrás do arbusto, Pope mal respirava de tão ansioso que estava.

— Eles pegaram a cruz? O que vamos fazer? — JJ perguntou confuso. — O que vamos fazer?

— O que podemos fazer? — John B retrucou para o loiro.

— Pope, no desenho a cruz era maior que um homem. — Hope falou se lembrando do desenho no diário. — Eles acharam outra coisa, essa não é a cruz. 

Pope escutou com atenção o que a amiga disse e então a olhou sabendo que estava certa, mas ele queria ter a certeza. Rafe estava ajudando Renfield a abrir o caixão enquanto Carla dava ordens sobre o que deviam e o que não deviam fazer.

— Devemos estar no lugar errado. Vamos voltar ao quarto da ilha. Hora de voltar! — Carla exclamou para os homens. — Vamos voltar. Ainda não acabou.

Assim que todos os carros que estavam com a Limbrey se distanciaram, o grupo de adolescentes saiu do arbusto e se aproximou da árvore seguindo Pope, mas mantendo uma distância pequena do amigo que se aproximou lentamente do caixão.

— É a Cecília Tanny, esposa do Denmark. — Pope falou antes de se levantar e ir para perto do tronco da árvore. — Ele não estava falando da cruz. Ele a enterrou aos pés do Anjo.

— O verdadeiro tesouro. — Kiara falou com um pequeno sorriso.

— A esposa dele. — John B murmurou olhando o caixão aberto.

Pope se abaixou ao lado do caixão e logo os outros foram se abaixando em volta do mesmo como meio de apoio ao amigo.

— Denmark foi enforcado por enterrar a esposa. — Pope falou fazendo JJ olhar para Hope de relance. — E agora profanamos o túmulo dela. — Pope falou enquanto Kiara e JJ tinham uma das mãos em suas costas.

— Ela deve ter ganhado do Denmark. — Sarah falou sorrindo sobre a aliança que segurava. — É a aliança dela. — ela falou antes de olhar para John B.

— Não podemos deixá-la assim. — Pope falou olhando os amigos.

— Não vamos. — Hope falou olhando o amigo.

JJ e John B se olharam e juntos começaram a fechar o caixão, enquanto os outros se afastavam e ficavam de pé. Pope pegou algumas flores e as colocou em cima da madeira do caixão, Hope e as meninas fizeram o mesmo. Os meninos desceram o caixão no buraco onde ele estava, após isso todos pegaram pequenas quantias de terra e jogaram sobre o caixão antes de JJ se encarregar de enterrar completamente o caixão, com o auxílio de uma pá.

— Eu simplesmente não entendo. Quero dizer, vocês viram o mapa. — Pope falou enquanto JJ largava a pá e pegava sua jaqueta com Kiara. — Ele esconde seu ouro para que ninguém o encontre por 170 anos. E então ele envia uma mensagem a seu filho Robert para que vá ao túmulo de sua mãe, mas a mensagem nunca chega até ele. Denmark queria que ele encontrasse a cruz. Eu sei que estamos no lugar certo. Eu sinto como se...

— Estivéssemos perdendo alguma coisa? — Hope completou a fala de Pope antes de ver JJ olhando para cima. — Que foi?

— Olha ali. — JJ falou baixinho enquanto apontava para a árvore. — Gente, vem cá. 

— Lá vai ele. — John B falou observando o amigo.

— Caramba. — Pope disse ao ver o que JJ queria mostrar.

— Parece com...

— A pintura no quarto da ilha. — Hope completou.

— Vale a pena tentar, né? — JJ perguntou retoricamente.

— Sim, vai nessa. — Kiara falou.

— Vai lá. — Hope falou olhando JJ de braços cruzados, tentando não mostrar preocupação.

— Sem chance. — JJ negou olhando a garota.

— Eu entrei no bueiro, é a sua vez de fazer alguma coisa. — Hope fala convencida. — Ou existe algum verme na árvore que entre na sua corrente sanguínea pelo pinto?

— Ela entrou no bueiro, cara. — Pope falou abraçando Hope pelos ombros e JJ olhou para o buraco no tronco.

— Sim. Não, eu vou fazer isso. É apenas...

— Ele tá assustado. — Hope sussurrou para os outros, mas o fez alto o suficiente para JJ ouvir.

— Não estou assustado, beleza? — JJ falou olhando para a garota.

— Você parece assustado. Se quiser eu coloco a mão aí, não sou medrosa. — Hope falou com tom de sarcasmo e JJ a olhou sério.

— Deixa comigo, princesa, não precisa se preocupar. — JJ disse na defensiva.

— O máximo que pode acontecer é uma aranha picar sua mão. — Hope disse e JJ a olhou irritado. — Ou um escorpião…até mesmo uma cobra.

— Quietinha, irmã. — Harrison disse tapando a boca da irmã, que reprimiu um sorriso.

— Tem alguma coisa aqui. — JJ falou mexendo o braço. — Calma. — ele disse antes de começar a gritar e colar seu corpo na árvore, como se estivesse sendo puxado, todos se desesperam mas logo ele começou a rir.

— Seu idiota. — todos falaram juntos enquanto o garoto para de rir.

— Ah, cara! Peguei todos vocês com essa. — JJ falou enquanto Hope revirava os olhos. — Ficou preocupada, princesa?

— Você é um imbecil.

— Isso já fazia parte do seu repertório? — JJ perguntou em tom provocativo.

— Adicionei agora, junto de “infantil”. — Hope disse dando um pequeno sorriso.

— Super original. — Pope falou mal humorado.

— Calma, mas sério, tem uma coisa aqui dentro. — JJ falou sem brincadeiras dessa vez.

— Me deixa ver isso. — Pope falou assim que JJ tirou uma luneta de dentro da árvore.

— Aqui está, capitão. É uma luneta. — JJ disse animado.

— Tem uma coisa embaixo dela. — Hope disse apontando. — Parece uma inscrição.

— Olha essa merda. — John B disse sorrindo animado.

— O que diz aí? — Harrison perguntou.

— Consegue ler? Não estou entendendo direito. — Pope disse para Hope, que estava ao seu lado.

— “Você veio até aqui. Não vacile. A cruz está no altar do Freedman.” — Hope leu confusa. — Onde?

— É uma igreja antiga aqui da ilha. — JJ respondeu.

— Vamos nessa?

[Capítulo revisado]

2/3

Oi de novo!

No próximo capítulo teremos uma longa interação do nosso casal JJ e Hope!!!

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