18² - chapter eighteen
Boa leitura💛
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Hope foi levada para dentro do barco. E Dylan a guiou até um dos quartos na parte debaixo do barco, onde foi amarrada novamente, com muito mais destreza daquela vez. Enquanto estava sentada no chão, amarrada ao pé de uma mesa repleta de caixas e coisas pesadas.
— Fuga muito bem arquitetada, mas acreditou mesmo que eu não acharia você? — Dylan disse com o rosto próximo do pescoço de Hope. — Se esqueceu que eu te conheço e tenho seu celular na minha mão.
— Não pode ter conseguido clonar tudo de novo. — Hope disse baixo.
— Eu posso, e eu fiz! — Dylan disse olhando nos olhos de Hope. — Já te disse para não duvidar de mim.
— O que você quer? Porque tudo isso? Eu só quero viver o tempo suficiente para recuperar a Hope que você tirou de mim! — Hope disse exasperada.
— Que eu tirei de você? Ursinha, eu fiz de tudo por você. — Dylan disse e Hope riu.
— Fez mesmo. — Hope concordou. — Você acabou comigo. Me drogou, e abusou de mim depois disso. Matou um dos meus melhores amigos…
— Eu atirei sem querer!
— Teria sido sem querer se você tivesse tentado socorrer ele! Mas ninguém tentou! Eu fiquei pedindo por ajuda sozinha e vocês desligaram a energia da casa para que eu não conseguisse pedir ajuda! — Hope disse gritando. — Você é a pior pessoa que eu já conheci e eu queria muito poder voltar no tempo e nunca ter conversado com você naquele dia no colégio!
— Cala essa boca!
— Eu quero que você morra!
Hope sentiu sua bochecha formigar e ficar quente. Ela sentiu algo quente escorrendo por sua bochecha e olhou para Dylan, ao mesmo tempo em que Renfield descia as escadas correndo, encontrando Hope e Dylan se encarando em silêncio.
— Sobe. Agora! — Renfield mandou e Dylan obedeceu, ainda nervoso. — E você…vê se cala essa boca. — ele disse colando um pedaço de fita isolante na boca da garota.
Assim que a porta do quarto foi trancada, Hope começou a chorar copiosamente. Estava mais assustada do que nunca e naquele momento o medo de não conseguir sair dali pareceu cada vez mais real. A ansiedade começou a consumir toda a mente de Hope e respirar se tornou difícil, seu coração estava acelerado, seu corpo tremia e suava ao mesmo tempo em que ela tinha calafrios. Quanto mais Hope se esforçava para manter a calma, mais ansiosa ficava. Hope sentiu mais medo ainda quando o barco foi ligado e começou a se mover na água. Ela ergueu a cabeça para olhar pela janela e viu o barco que estava ao lado do que estavam sumir. Hope escutou passos na escada e Renfield entrou no quarto em seguida.
— Preciso de informações. — Renfield disse enquanto tirava a fita da boca de Hope.
— Sobre? — Hope perguntou vendo Renfield se sentar em uma cadeira.
— Vou soltar você. — Renfield disse e Hope o olhou com esperança. — Apenas se me disser onde está a chave?
— Que chave? — Hope perguntou.
— Você sabe do que eu estou falando, entrega a chave e você está livre. — Renfield disse e Hope olhou para seus pés.
— O Pope já entregou a chave. — Hope disse cansada. — Aquela é a chave que ele encontrou, ele me mostrou logo depois de achar.
— Aquela é a chave errada. — Renfield insistiu.
— Então estamos todos, literalmente, no mesmo barco. — Hope disse com ironia. — Conhecendo o Pope, eu sei que depois do que você fez com o Heyward, ele entregaria a chave sem pensar duas vezes.
— Já falou com eles? — Renfield perguntou.
— Não.
— E porque não? Você fugiu, não fugiu?
— Meu celular ficou sem bateria e o Dylan clonou ele, então tudo o que eu envio, recebo e faço vai para ele. — Hope disse dando um sorriso e Renfield torceu o nariz. — Eu disse que estava se enfiando na merda ao se envolver com ele.
— Seu namorado está desesperado atrás de você. — Renfield disse cruzando os braços.
— Ele não é meu namorado.
— E ele sabe disso?
— Foi ele quem disse. — Hope disse dando de ombros. — Para onde vão me levar?
— Vamos ficar ancorados em um lugar afastado da costa, não quero ninguém atrapalhando a troca. — Renfield disse e Hope o olhou confusa.
— Que troca?
— Se seus amigos não se apressarem, você vai sumir do mapa com o garoto pirado. — Renfield disse e Hope o olhou com pavor.
Renfield colocou outra fita na boca de Hope antes que ela pudesse dizer qualquer coisa. Depois ele a levou para a parte aberta do barco e a colocou sentada em um canto. Passado cerca de uma hora, Hope percebeu que se aproximavam de outro barco e observou Dylan passar para o mesmo enquanto falava com Renfield.
— Últimas palavras para seus amigos. — Dylan disse tirando a fita da boca de Hope enquanto gravava um vídeo. — Vamos, ursinha, se despeça. Vai ficar um bom tempo sem entrar em contato com eles.
— Eu odeio você.
— Já deu a hora, Renfield. Quero nosso combinado. — Dylan disse ao parar de filmar.
— Pode levar. — Renfield disse e Dylan puxou Hope pelo braço, a fazendo ficar de pé.
— Se deixar ele me levar você fica sem chave. — Hope disse no impulso, se odiando amargamente por isso. — Se eles perceberem que não está mais comigo, não vão te entregar ela.
— Disse que não tinham a chave. — Renfield falou irritado.
— Eu sei, desculpa. Eu não podia colocar tudo a perder. — Hope disse nervosa. — Isso significa muito pro Pope e eu não queria que ele perdesse tudo por minha culpa.
— Ela fica e você vai embora. — Renfield disse enquanto se aproximava de Dylan e Hope.
— Eu acho que não. — Dylan disse sacando uma arma e a apontando para Renfield. — Trato é trato, amigo. E ela é minha.
Dylan empurrou Hope para dentro do outro barco sem tirar os olhos de Renfield. Depois de afastar o barco, Hope viu o HMS Pogue se aproximando e sorriu, mas Dylan começou a sair dali. Quando já estavam afastados o suficiente, Dylan deixou ela na parte baixa do barco, mas antes de voltar para o s controles ele amarrou nela um cinto de lastro. Hope entrou em pânico e por conta do nervosismo não conseguiu se desamarrar.
Ela conseguiu ouvir as vozes de seus amigos quando eles conseguiram chegar no barco e ouviu JJ xingando Dylan. Hope gritava desesperada de onde estava, chamando atenção para a tirarem dali, mas antes que alguém fizesse algo, Hope ouviu um barulho alto e então a água começou a subir. Ela desamarrou as mãos e os pés, mas não conseguia soltar o cinto de lastro de jeito nenhum.
— Haz! — Hope chamou ao ouvir seu irmão.
— Hope! — Harrison gritou de volta, mas ele estava segurando Dylan enquanto Pope o amarrava.
A água subiu muito mais rápido do que Hope esperava e quando percebeu já estava completamente submersa. Ela conseguiu se forçar a sair do barco por uma porta quadrada e deu impulso para cima, mas o cinto era pesado demais e ela já estava cansada de tentar subir para a superfície, a impressão que tinha era que quanto mais tentava, mais difícil ficava.
Hope conseguia ver o fundo HMS Pogue um pouco a frente, mas alcançá-lo pareceu impossível. Seu corpo começou a pesar, mas ela tentava ao máximo deixar seus olhos abertos enquanto mexia as mãos desesperadamente na tentativa de se soltar. Hope não sabe dizer quando apagou, mas a última coisa que viu antes de tudo ficar completamente escuro foi JJ nadando até ela. O garoto abraçou o corpo de Hope por trás e puxou nadou com ela em seus braços para a superfície enquanto tentava soltar a fivela do cinto de lastro que estava preso à loira. JJ precisou se esforçar mais do que o normal para subir com Hope, mas conseguiu, e respirou profundamente ao alcançar a superfície.
— Hope, fica comigo. Acorda, por favor! — JJ pediu com a respiração ofegante. — Hope! — ele chamou enquanto empurrava o cinto de lastro para baixo.
— JJ! — Kiara exclamou ao ver o amigo nadando até eles, ainda distante.
— Pega ela, vai logo. — JJ falou para John B assim que chegou no barco.
JJ subiu apressado no barco e Pope deu partida no mesmo, enquanto Kiara colocava a cabeça de Hope sobre seu colo e tirava os cabelos de seu rosto. Hope estava com os lábios levemente roxos e a pele mais gelada que o comum.
— Massagem cardíaca e respiração boca a boca. — Sarah falou olhando os amigos.
— John B, pega o controle. — Pope falou indo até Hope. — Liga pro pai de vocês. — ele disse para Harrison, que segurava Dylan com força, mesmo que ele estivesse amarrado e apagado.
— Hope, por favor. — JJ sussurrou ajoelhado ao lado de Hope e Sarah o puxou para o lado, dando espaço para Pope.
— Ela não está respirando. — Kiara falou baixinho, apenas para Pope ouvir. — Vai mais rápido, John B!
— Estou tentando!
Kiara e Pope trocaram um olhar significativo antes de ele aproximar o ouvido do nariz de Hope para chegar que ela estava respirando e em seguida segurar o pulso dela para checar os batimentos cardíacos. Pope posicionou as duas mãos entrelaçadas sobre o peito de Hope e começou a fazer a massagem cardíaca na mesma intercalando com a respiração boca a boca.
— Porque ela não tá acordando? — JJ perguntou olhando Hope, que ainda se encontrava inconsciente. — Porque ela não acorda?
— Calma, JJ. — Kiara falou olhando o amigo enquanto passava a mão nos cabelos de Hope. — Vai ficar tudo bem. — Kiara disse as palavras olhando para Harrison, que segurava o choro enquanto falava com o pai.
— Vamos, Hope. — Pope murmurou fazendo a massagem. — Respira. — ele continuou fazendo a massagem, mas foi parando aos poucos, fazendo todos o olharem.
— Porque você parou, Pope? — JJ perguntou olhando o amigo com atenção.
JJ se aproximou de Hope com pressa, empurrando Pope. Ele imitou as ações de Pope de alguns segundos atrás enquanto sussurrava várias vezes: “Desculpa”.
— Por favor, princesinha, acorda. — JJ sussurrou enquanto fazia a massagem cardíaca na loira.
JJ já estava desistindo quando Hope começou a tossir água. Kiara virou a amiga de lado e depois ajudou a mesma a se sentar. O primeiro a abraçar Hope foi Harrison e logo depois todos abraçaram a garota, menos JJ, que apenas ficou olhando para ela.
Quando chegam à praia, Jacob estava na mesma com os paramédicos da polícia.
[...]
Hope precisou ficar em observação por algumas horas e quando saiu do hospital foi direto para casa. Blair deu comida para ela depois que a mesma tomou banho e colocou seu pijama. Depois seguiram até o quarto da garota e Blair ficou acariciando os cabelos de Hope até que a mesma dormisse, como costumava fazer quando ela sentia medo no meio da noite.
Harrison se aproximou pouco depois e se deitou ao lado de Hope, de costas para ela, como sempre fazia. Blair sorriu com a cena e sentiu seu coração ficar leve. Ela podia não ser a mãe biológica de Hope e Harrison, mas não conseguia mais imaginar sua vida sem os dois como seus filhos. Uma das maiores felicidades de sua vida foi o dia em que os gêmeos chegaram, totalmente, tímidos perto dela em seu ateliê e entregaram a ela uma cartinha perguntando se queria ser a mãe deles e participar da festinha da escola. Perder um deles seria como perder parte de si mesma, por isso as lágrimas foram inevitáveis.
[Capítulo revisado]
3/3
E aí, Pogues! Como vcs estão??
O que acharam dessa maratona de capítulos? Como acham que vai ser daqui pra frente? Ansiosos pelos últimos 4 capítulos?
Estou pensando em postar os últimos 4 capítulos juntos, o que acham? Aí vcs já leem tudo, terminam e leem o ato 3 (Cruel Summer) antes do quarto ato sair! Tenho planos de começar a darmos primeiro sinais de vida do ato 4 no dia 20 de outubro, assim organizo tudo antes de postar. Tô morrendo de ansiedade!
Espero que tenham gostado, não se esqueçam de favoritar e comentar bastante ao longo dos capítulos! Eu preciso q vcs comentem, eu amo ler seus comentários!
Bjs, Ana!!
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