12² - chapter twelve
Boa leitura💛
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No dia seguinte, o grupo de amigos, incluindo Harrison, que cedeu em John B e os meninos muito insistirem, se encontrou no Castelo para irem junto de Pope até a casa de repouso onde a bisavó do mesmo estava.
— Acho que a Limbrey contou aquilo porque deixou escapar. Ela disse: “A chave leva à Cruz de Santo Domingo.” — Pope diz depois de um tempo em silêncio.
— Posso ver? — JJ pediu.
— A gente devia saber o que é? — Sarah perguntou.
— Acho que é algum artefato histórico de grande relevância. — Harrison comentou.
— De acordo com a Internet, foi um presente da Nova Espanha para o rei espanhol. — Kiara disse lendo as informações do site.
— Nova Espanha? Existe uma velha? — JJ perguntou confuso.
— Meu Deus, que coisa enorme. — Hope disse olhando a foto. — Tem uma pessoa como referência.
— É uma baita cruz. — JJ disse também olhando a foto.
— Na época, a cruz foi considerada como o tributo mais extravagante das províncias. — Kiara leu.
— Mas ela foi perdida na costa das Bermudas em 1829. — Hope diz completando as informações.
— Você disse Bermudas? — JJ perguntou para Hope.
— Não o triângulo.
— Tudo tem relação com o triângulo. Tudo de estranho acontece lá. — JJ diz e todos ignoram.
— Tá, mas o que uma chave achada no apartamento da sua bisavó tem com tudo isso? — Harrison perguntou olhando para Pope, agora que ele já estava inteirado, tentava ajudar o grupo a juntar as peças do caso.
— Pois é. — Sarah murmurou.
— Onde entramos nessa história? — Hope perguntou.
— Essa é uma boa pergunta.
Após a conversa se encerrar, John B estaciona a kombi na calçada oposta ao asilo onde a bisavó de Pope estava. JJ desceu e abriu a porta de trás para os outros, Pope foi o primeiro a descer, Kiara fez menção de descer e ele se virou para os amigos.
— Acho melhor ir sozinho. — Pope disse.
— Tem certeza? — Kiara perguntou.
— Sim, eu cuido disso. Não preciso de vocês, então… — Pope falou.
— Nossa. Hoje estamos no mais puro amor, não é? — JJ falou antes de Pope atravessar a rua.
— Logo voltamos te buscar. — John B falou antes de sair dali com a kombi.
John B levou os amigos até o centro, onde as meninas aproveitaram para comprar alguma bebida e os meninos permaneceram na kombi conversando.
— É claro que agradeci o Topper. Ele me ajudou e eu fui muito sacana com ele no verão. Mas tem quem ache que esse foi o crime do século. — Sarah comentou enquanto voltavam para a kombi.
— Nem me fale, o Pope mal fala comigo e eu me sinto muito mal por isso. — Kiara disse e Hope suspirou.
— Já sentou para conversar de verdade com ele sobre isso? Sobre você estar com o meu irmão e ele não ter chance você? — Hope perguntou e as três amigas pararam de andar.
— E eu preciso fazer isso? — Kiara perguntou. — Tipo, eu devo uma satisfação para ele?
— Não acho que o que a Hope quer dizer tenha relação com “dar uma satisfação”. — Sarah ponderou.
— Tem haver, na verdade, com responsabilidade afetiva. — Hope disse. — Eu ia me sentir muito mal se estivesse no lugar do Pope. Ele ama você como amiga, mas ele também é apaixonado por você. Não acho que você deva satisfação, longe disso, mas seria bom deixar claro para ele que você gosta e quer estar com o meu irmão.
— Também acho que você precisa falar com ele de um jeito calmo e não agressivo. — Sarah completou.
— Essas coisas poderiam ser mais fáceis. — Kiara resmungou.
— Se fosse fácil não teria graça. — Hope disse rindo de leve.
— Falando nisso…John B está bravo com você? — Kiara perguntou a Sarah.
— Sim, só porque eu não disse ao Topper que estamos “casados”. — Sarah conta dando um suspiro. — Mas eu acho que devia ter falado, é que…eu já machuquei o Topper uma vez e eu tenho a impressão que ele não superou muito bem. Não queria que ficasse meio…sei lá.
— Mas no fim ficou “meio sei lá”.
— Vocês vão se resolver, relaxa.
As meninas entram na kombi e John B dirigi de volta para o asilo.
— Aí está ele. — JJ disse assim que Pope se aproximou deles.
— E aí, como foi? — John B perguntou ao amigo depois de alguns minutos de silêncio do mesmo.
— Essa merda acabou de ficar mais pessoal.
Pope olhou para os amigos após falar e todos o olharam de forma confusa. Pope começa a contar sobre a conversa para os amigos enquanto John B dirigia até o pier mais próximo do centro comercial.
— Ainda não acredito que é descendente do Denmark Tanny. — John B disse assim que Pope terminou a história.
— Estamos diante da realeza? — Harrison perguntou em tom de brincadeira.
— Um rei? Vamos coroá-lo. — JJ disse imitando sotaque britânico de Harrison e Hope, os fazendo rir enquanto ele fingia coroar Pope.
— Vida longa ao longe de Tannyhill. — Hope disse fazendo uma saudação.
— Oh não, não somos dignos. — os meninos dizem enquanto todos fazem uma reverência.
— Parem com isso! — Pope disse rindo.
— Nós vamos para o Cu do Gato? — Sarah perguntou.
— Estou dentro. — JJ disse.
— O que acham?
— Partiu Cu do Gato.
— Em quanto tempo podemos nos mudar? Porque eu não tenho mais minha casa. — Kiara disse.
— Eu até brindaria, mas já tenho até uma escova de dentes na casa dos gêmeos Weasley loiros. — JJ disse piscando para Hope.
— Eu fico pensando na carta que a Limbrey mandou. Tinha o símbolo do trigo. — Pope disse. — Deve ter relação com o Royal Merchant.
— Sim, é mesmo suspeito. — JJ disse.
— Mas se acharmos a cruz, podemos dividir o tesouro. — Pope sugere.
— Tô dentro.
— E então vivem felizes para sempre? — a voz de Limbrey fez os sorrisos sumirem.
— Você bateu no meu pai. — Pope disse com raiva.
— Eu não agredi ninguém. — Limbrey disse.
— Tem razão, foi o meu dragão. — Hope disse olhando a mulher.
— Por que meu empregado atacaria seu pai? Isso é um absurdo. — Limbrey disse com indignação. — Olhe, podemos continuar negociando, mas o fato é que quero a chave. Não vou desistir, não tenho escolha. Logo, você também não tem.
— É a Limbrey? Certo? — John B perguntou segurando a chave e sua mão.
— Sim, sou eu.
— É essa chave aqui que está procurando? — John B perguntou girando a chave em seu dedo.
— Sim.
— Com a maré, eu diria que tem uns seis metros de profundidade. Então, se eu jogar ela no canal, as chances de você achá-la são mínimas. — John B falou de forma despreocupada. — Quer tentar?
— Não faça isso! Por favor, não faça. — Limbrey implorou.
— Manda ele se afastar. — John B pediu apontando para Renfield com o queixo.
— Claro. — Limbrey apenas olhou para o homem e deu um leve aceno de cabeça. — Como eu disse desde o início. Estou disposta a negociar.
— Beleza. — Pope disse após trocar um rápido olhar com John B e Carla Limbrey o olhou confusa. — Eu te dou a chave, mas quero a fita.
— Sim, é claro. — Limbrey disse.
— Não, Pope. Calma aí. — John B diz olhando o amigo. — Não precisa fazer isso.
— Está tudo bem, cara.
— Mas é da sua família.
— Tudo bem, relaxa. É pelo seu pai, é mais importante. — Pope disse estendendo a mão para pegar a chave com John B.
— Você é um bom amigo. — Limbrey disse olhando a chave.
— A fita.
— Ah sim, entregue a ele. — Limbrey pede a Renfield, que coloca a fita na mão de Pope ao mesmo tempo em que o garoto passa a chave para Limbrey.
— Sabe, eu preferia que tivesse decidido me entregar isso antes. Teria evitado muitos transtornos. — Limbrey disse se virando para ir embora.
— Foi um prazer. — John B disse com um tom de voz irônico.
— A gente se vê, Pope. — Renfield diz abrindo um guarda-chuva para ir embora junto de Limbrey.
Os adolescentes permaneceram em silêncio até que os dois já tivessem se afastado e então JJ riu baixo negando com a cabeça.
— Quanto tempo acha que temos até ela notar que está com uma chave antiga do seu pai? — JJ perguntou para John B com a voz baixa.
— Uns dez minutos.
— De quem foi a ideia da chave falsa? — Pope perguntou.
— Um milagre não ter sido minha. — Hope disse sorrindo.
— Devemos contar a ele? — Harrison perguntou a JJ e John B enquanto John B abraçava JJ pelo ombro o fazendo franzir o nariz.
— Estou, genuinamente, impressionada. — Hope disse sorrindo. — Mandaram bem.
— Talvez você sirva para alguma coisa. — Kiara disse e Hope mexeu no cabelo, incomodada com a frase da amiga.
— O inferno congelou?
— Até um porco cego consegue achar comida. — JJ disse no meio dos amigos.
— E o que isso significa? — Harrison perguntou.
— Sei lá, eu vi no Reddit. — JJ responde sorrindo.
— Vamos. Temos que levar essa fita para o capitão Jake. — John B disse e Hope riu.
— Senhor Ward Cameron, estamos indo atrás de você. — JJ disse saindo dali junto dos meninos.
O grupo decidiu que iria entregar a fita no dia seguinte e aproveitaram o resto do dia para curtirem a vitória do plano bem executado contra Limbrey. Por isso, pegaram bebidas e foram até o Castelo para uma festa no Cu do Gato, festa que minutos depois se tornou uma competição de quem conseguia beber mais rápido o conteúdo de suas latinhas.
John B e Hope foram os primeiros e os amigos gritavam incentivos e torciam por um deles. Quando Hope terminou primeiro, Sarah e Kiara gritaram animadas erguendo os braços e sorrindo.
— Fiquei tonta. — Hope disse se apoiando na mesa.
Uma hora depois, quando todos já estavam alterados demais. Hope e JJ se deitaram no píer onde o HMS Pogue ficava ancorado e começaram a observar as estrelas, criando formas e procurando por constelações, ao menos estavam tentando. Eles haviam estendido um cobertor no chão e fumavam um baseado juntos.
— Não, JJ, o peixe espada é o que tem aquele negócio que parece uma lança. — Hope disse enquanto JJ soltava a fumaça e passava o baseado para a garota.
— Achei que esse era o que explodia. — JJ disse imitando uma explosão silenciosa com as mãos.
— Esse é o baiacu, gatinho, e ele não explode, ele só fica gordinho. — Hope disse rindo de leve.
— Chega de baseado. — JJ disse apagando o mesmo. — Quero desenhar você.
— E você sabe desenhar?
— Não, mas quero que seja minha musa. — JJ disse e Hope riu. — Já volto.
Hope se sentou na beirada do píer, com as pernas balançando para frente e para trás de forma alternada. A luz amarelada fraca dava um ar sombrio a cena, mas JJ achou que daria uma foto linda, por isso pegou seu celular e bateu a foto antes de voltar para perto da garota.
— Agora podemos desenhar. — JJ disse e Hope sorriu se virando para ele. — Vou fazer uma obra de arte.
— Quero só ver. — Hope disse abrindo o caderno em suas mãos.
JJ se esforçou ao máximo para fazer um bom desenho. Ele prestou bastante atenção nas formas do cabelo da garota, no tom do cabelo dela, nas sardas, nos olhos azuis profundos que diziam tudo o que ela sentia, no sorriso quando olhava para ele e em como ela mordia o lábio enquanto traçava as linhas de seu desenho. Ele nunca havia pensado no quanto a achava linda, para JJ, Hope era, sem dúvidas, a garota mais linda que ele já conheceu, uma garota impossível de não se apaixonar. Mas JJ jogava esse sentimento para o canto e se convencia de que o que sentia por Hope era apenas um sentimento de conexão profunda e amizade.
Hope desenhava com calma, olhando para JJ apenas para pegar alguns detalhes a mais. Hope o pegou a olhando algumas vezes e decidiu usar aquele olhar no desenho, um olhar que fez seu corpo se arrepiar. JJ tinha um pequeno sorriso em seus lábios, que deixavam suas covinhas à mostra. Hope sempre amou as covinhas do garoto. Ela sabia que estava apaixonada e se odiou por isso. Hope sabia que JJ era do tipo que partia o coração das garotas, por isso ignorou esse sentimento que vinha a deixando com frio na barriga.
— Fica parecendo um psicopata me olhando assim. — Hope disse sem tirar os olhos do papel.
— Como sabe que estou te olhando?
— Dá pra sentir.
— Sentir? Como você sente o olhar?
— É uma sensação de que está sendo observado. — Hope explicou olhando o garoto. — Terminei.
— Eu também.
— Vamos mostrar ao mesmo tempo.
Depois de contarem até três, os dois viraram os cadernos um para o outro e Hope gargalhou com o desenho de JJ. O garoto, por outro, olhava o desenho de Hope com o queixo caído.
— Nossa, eu sou bonito assim? — JJ disse pegando o caderno de Hope.
— E eu sou esquisita assim? — Hope perguntou rindo.
— Não ficou tão ruim. — JJ disse rindo junto de Hope.
— Ficou péssimo. — Hope disse secando as lágrimas causadas pela risada.
— Pegou pesado. — JJ disse rindo.
— Eu quero guardar esse desenho pra sempre. — Hope disse arrancando a página do caderno.
— Sério?
— Sim, assim eu posso olhar pra ele e morrer de rir quando estiver triste. — Hope disse voltando a rir devido a expressão incrédula de JJ.
— Beleza então.
JJ pegou o desenho da mão dela, deixou junto do dela e os colocou um pouco mais distantes da beira do píer, tirou sua camiseta e sua bermuda, e pulou na água espirrando água na garota, que se calou no mesmo instante.
— Idiota! — Hope exclamou e JJ riu.
— Vai continuar rindo da minha obra prima? — JJ perguntou se aproximando e Hope segurou a risada. — Entra aqui.
— Tá frio.
— Eu te esquento. — JJ falou começando a boiar.
Hope tirou seu shorts e sua camiseta em silêncio, os dobrou e deixou em um canto. Ela entrou na água devagar, se arrepiando com o frio, nem percebendo que JJ não estava mais em seu campo de visão. Segundos depois, a garota foi puxada para baixo da água e quando voltou a superfície, bem a sua frente estava JJ rindo do cabelo cobrindo o rosto dela.
— Samara loira. — JJ disse e Hope o bateu.
— Seu ridículo, eu podia ter morrido. — Hope disse reprimindo um sorriso.
— Como ama um drama, meu Deus. — JJ falou com as mãos segurando Hope pela cintura.
— I swear I don't love drama. It loves me. — Hope cantarolou enquanto ajeitava seu cabelo na água depois de passar as pernas em volta da cintura de JJ.
JJ riu baixo e Hope suspirou antes de passar os braços por cima dos ombros dele, deixando seus rostos bem próximos.
— Não vai me beijar?
— Você é uma garota de atitude, tome as rédeas. Faço o quê você quiser.
— Então gosta de ser pau mandado? — Hope perguntou beijando o pescoço do garoto.
— Só às vezes…por você. — JJ disse e Hope sorriu antes de beijá-lo.
[Capítulo revisado]
E aí, Pogues, como vcs estão?
Amanhã vou postar dois capítulos pra vcs!! consegui pegar o ritmo da revisão e agr vai fliur e os capítulos virão mais rápido, espero terminar até o final de setembro e vou conseguir!
Espero que tenham gostado, não se esqueçam de favoritar e comentar bastante!
Bjs, Ana!!
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