10 - chapter ten
Boa leitura🦋
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Hope e Kiara acordaram por volta das 08h da manhã, tomaram café junto de Anna e Mike e depois voltaram para o quarto. Kiara vestiu outra roupa e Hope apenas escovou os dentes e prendeu duas mechas de seu cabelo com uma pirainha azul que ela achou em sua mochila. Hope se despediu de Kiara e foi para casa, queria chegar antes de seu pai para saber o teor da bronca que seu irmão levaria, então ela decidiu ir correndo, o que não foi uma boa ideia, por conta da concussão e da sua escassez de vitaminas, ela estava fraca e recebeu a ordem de não fazer esforço, mas desobedeceu a única ordem e acabou ganhando de presente uma bela dor de cabeça.
— Vai lá burrona, desobedece o médico. — Hope disse para si mesma enquanto diminuía o ritmo da corrida.
Hope se apoiou no muro de sua casa e respirou fundo enquanto apoiava uma das mãos nas costelas, sentindo algumas incômodas pontadas no lugar. Hope é uma pessoa que gosta de estar sempre se movimentando, tanto pela sua hiperatividade quanto pela vontade de sempre aprender coisas novas, porém nos últimos meses ela não fez nenhuma atividade física, tirando as caminhadas que fazia pelo jardim da clínica psiquiátrica que ficou internada por um tempo, então isso afetou muito seu condicionamento físico. A Hope líder de torcida, ginasta, lutadora de kung-fu e bailarina jamais se cansaria com a pequena corrida que a sua versão sedentária havia acabado de fazer.
Ela então entrou na casa, que estava com tudo destrancada e começou a andar pelo lugar torcendo o nariz com a quantidade de copos e bebidas caídos pelo chão. Hope passou pela cozinha e fez cara de nojo quando viu o balcão todo sujo, seu lado Mônica Geller estava surtando naquele momento. Enquanto andava pela casa, a loira checava se não tinha bebida no sofá ou se nada estava quebrado, pelo menos isso estava intacto. Hope caminhou até os fundos da casa e encontrou um menino deitado em uma das espreguiçadeiras, ele tinha um copo em sua mão e um boné todo torto em seu rosto, ela apenas o deixou ali e foi ver o resto da casa, olhou o quartinho da bagunça e suspirou aliviada ao ver que estava trancado, depois subiu as escadas rezando para não encontrar ninguém em seu quarto e sorriu quando viu que estava também trancado, ela andou mais um pouco e checou os outros cômodos, como os quartos de hóspede, o quarto de seus pais e o escritório. Quando foi ver o quarto de seu irmão ela voltou para o corredor e fechou a porta no mesmo segundo do em que colocou a cabeça para dentro, depois foi até o último quarto de hóspedes e abriu a porta vendo Rafe e Valerie deitados juntos, Hope fez cara de nojo e saiu dali, Hope voltou para os fundos da casa e foi até o garoto que estava deitado na espreguiçadeira.
— Moço? Moço, você está vivo? — Hope pergunta cutucando o garoto com a ponta do tênis. — ACORDA! — ela gritou, fazendo o garoto acordar assustado.
— Quem é você? Eu morri? Você é um anjo? — ele perguntou e Hope revirou os olhos.
— Sou a Hope, irmã do Harrison. — Hope disse, cruzando os braços. — Qual o seu nome?
— Blake. — ele fala se sentando com dificuldade.
— Consegue voltar para sua casa? — Hope perguntou.
— Eu moro a duas casas daqui, consigo sim. — ele disse e Hope assentiu, vendo ele se levantar e sair dali trançando as pernas.
Assim que Hope pensou em entrar na casa novamente, ela ouviu o barulho do carro de seu pai e nem mesmo pensou muito antes de ir para a lateral da casa e se esconder atrás de um arbusto para esperar seu pai entrar em casa e só então ela "chegar" em casa.
— Pai, como foi o traba…nossa, que furacão passou por aqui? — Hope falou parando ao lado do pai.
— Como assim? Você não sabe o que aconteceu? — Jacob perguntou.
— Saber eu sei, sei sim. — Hope disse, segurando as alças da mochila.
— Então fala! — Jacob disse, após ele e a filha ficarem se olhando em silêncio.
— Ah tá, o Harrison deu uma festinha. — Hope disse. — Eu achei que fosse melhor ficar longe do barulho para melhorar mais rápido, sabe? Então decidi ir ficar na Kie essa noite.
— Vou matar seu irmão. — Jacob falou passando a mão no rosto de forma irritada.
— Faz isso depois.
— Por quê?
— Ele está dormindo, tadinho.
— Dormindo? Melhor ainda. — Jacob falou se virando para a filha. — Pega meu megafone.
Hope sorriu animada e correu até o carro. Ela pegou o megafone e ligou o mesmo antes de entregar ao pai.
— Harrison Stuart! Saia desse quarto agora mesmo! — Jacob disse, subindo as escadas e falando no megafone. — Não vai querer a música da vergonha, vai?
— Qual é, pai? — Harrison pergunta irritado.
— Vou sair do quarto e ir lá para baixo, assim você dois se vestem. — Jacob disse, se referindo a Harrison e a garota que estava com ele. — Andem logo! — ele disse no megafone antes de o entregar para Hope.
Enquanto seu pai ia para a sala esperar por Harrison, Hope foi até o quarto onde Rafe estava com Valerie, entrou de fininho no cômodo e parou bem em frente a cama antes de ligar a sirene do megafone, fazendo os dois acordarem completamente assustados.
— Mas que porra? — Valerie disse, olhando Hope, que agora estava de braços cruzados e o megafone desligado.
— Vamos, mocreia, levantando! — Hope disse, usando o megafone. — Tire a bunda da cama e dê o fora daqui.
— Será que dá pra calar a boca? — Valerie disse se vestindo e Hope a olhou tombando a cabeça para o lado e ficando em silêncio por alguns segundos enquanto observava a morena à sua frente.
— Não! — Hope disse, usando o megafone novamente depois de voltar a realidade.
— Você tem algum tipo de problema? — Valerie perguntou irritada.
— Com você todos, minha filha. Agora mete o pé da minha casa antes que eu te tire daqui pelos cabelos! — Hope disse, enquanto empurrava Valerie para fora do quarto. — Vai ficar me encarando ou vai se levantar e dar fora também? — ela disse, vendo Rafe se levantar logo em seguida, usando apenas uma bermuda.
— Achei que estivesse começando a gostar de mim. — Rafe disse, se aproximando de Hope.
— Mudei de ideia quando te vi deitado com a biscate da Valerie Mason. — Hope disse, torcendo o nariz e Rafe riu baixo se aproximando mais de Hope, que se manteve parada em uma tentativa de desafio. — Acha que me bota medo só porque você é grandão?
— Não. — Rafe disse, achando engraçada a escolha de palavras da garota enquanto ficava a poucos centímetros de distância dela.
Os dois ficaram alguns segundos se encarando e quando Rafe se aproximou mais um pouco, em uma tentativa de beijar Hope, a garota deu dois tapinhas em seu peito e sorriu sem mostrar os dentes.
— Gostei do cabelo sem gel. Devia usar ele assim mais vezes. — Hope disse, desviando de Rafe e ele apenas suspirou irritado. — Tá me achando fácil, é?
— Não pareceu tão difícil na festa da Scarlet. — Rafe disse, vestindo a camiseta.
— Convenhamos que nem você e nem eu estávamos em plena consciência naquela noite, Rafe. — Hope disse cruzando os braços. — E outra que você beijou a Valerie e longe de mim querer pegar veneno de lambisgoia.
— Se odeia tanto ela, por quê foi pro mundo da lua enquanto ela se vestia? — Rafe perguntou malicioso.
— Eu odeio ela, mas isso não a torna feia. — Hope disse. — Agora, vaza. Tira seu time de campo, anda, anda.
Rafe saiu do quarto e Hope foi atrás. Quando a loira chegou na sala, viu seu irmão catando os copos e latinhas em passo de tartaruga, ela apenas parou apoiada na parede e o olhou por alguns segundos antes de decidir o ajudar um pouco.
[...]
— Oi gatinha e gatinhos! — Hope disse, enquanto entrava na kombi do John B.
— E aí, gatinha? — JJ disse, assim que Hope se sentou ao seu lado e Pope negou com a cabeça. — O que aconteceu na sua casa? Por que seu irmão está amarrando sacos de lixo?
— O Harrison aconteceu. Ele deu uma festa, eu falei isso ontem. — Hope disse, olhando o loiro.
— Não lembro, estava te ignorando. — JJ falou e Hope revirou os olhos.
— Você não ajudou ele? — Kiara perguntou.
— Só um pouco, eu queria tomar banho e trocar de roupa antes de vocês chegarem. — Hope disse. — E outra que o castigo é dele, então eu estou tranquila.
— Então está livre para fazer o que quiser hoje? — JJ perguntou enquanto arrumava um baseado.
— Também não é assim. — Hope disse, olhando JJ. — São 09h da manhã e você já vai fumar?
— Quer? — JJ perguntou tentando atender seu isqueiro.
— Te entrego isso depois. — Hope disse, pegando o baseado da boca do garoto.
— Arrumamos outra chata, eu te odeio. — JJ disse, olhando Hope.
— Tão fofo, obrigada. — Hope disse, tocando a ponta de nariz de JJ e Pope riu da expressão confusa do loiro.
John B dirigiu até o farol enquanto conversava com seus amigos. Quando chegaram no local, John B estacionou a kombi e todos pegaram suas mochilas e começaram a caminhar depois que Pope identificou onde eles estavam no mapa que abriu em seu celular. John B, Kiara e Pope estavam na frente, deixando Hope e JJ para trás tendo pequenas briguinhas e provocações.
— Eu tenho uma pergunta. — Hope anunciou.
— Você faz muitas perguntas. — JJ disse e Hope revirou os olhos enquanto aceitava a ajuda que o loiro ofereceu para que ela passasse por uma pedra.
— Obrigada pela ajuda e sim, eu faço muitas perguntas. — Hope disse, olhando JJ.
— Faz a pergunta. — Kiara pediu.
— Vocês pretendem esconder um corpo aleatório, ou vocês pretendem esconder o meu corpo? — Hope perguntou e todos a olharam.
— Que imagem você tem da gente? — Pope perguntou.
— Sei lá, você quer mexer com gente morta e o JJ é meio estranho às vezes. — Hope falou. — Acho que deu pra entender.
— Eu não sou estranho. — JJ se defende e Hope o olhou.
— Para onde estamos indo? — Hope perguntou, ignorando JJ. — Eu não trouxe meu repelente.
— Fresca. — JJ falou e Hope o olhou por alguns segundos antes de mostrar o dedo médio para o garoto.
— Fresca é a minha mão na tua cara, loirinho. — Hope disse, dando um sorriso forçado.
— Seu ódio todo por mim é vontade de me beijar? — JJ perguntou em tom de brincadeira e todos olharam para os dois.
— Então você quer que eu te beije? Saiba que eu sou uma garota de namoros, Maybank. — Hope disse, mentindo parcialmente.
— Óbvio que não. — JJ disse. — A última coisa que eu quero é ficar com a sua vozinha chata presa na minha cabeça por toda a eternidade. — ele disse e Hope cruzou os braços o olhando.
Kiara, John B e Pope se entreolharam e então voltaram a olhar a cena no instante em que Hope começou a falar.
— Não acredito. — Hope disse, antes de começar a rir. — Você gosta de mim. — ela disse ainda rindo.
— O quê? — JJ perguntou enquanto Hope ainda ria.
— Você…gosta de mim. — Hope disse, em meio a risadas. — Está na cara!
— Não! Não, eu não gosto. — JJ disse, levemente desesperado.
— Então tá.
— Eu…o oposto de gosto. Você…é eu te odeio. — JJ disse e Hope o olhou. — Porque você é muito baixa, você é muito esperta, é muito bonitinha e me deixa louco. — ele disse, enquanto Hope apenas concordava.
— Tudo bem, tá legal. Eu me enganei. — Hope disse e JJ assentiu satisfeito. — Você se amarra muito em mim!
Hope riu junto dos outros e JJ ficou reclamando e a mandando calar a boca. Eles entraram na trilha enquanto JJ e Hope ainda "discutiam", mas depois de algum tempo começaram a notar que Hope estava ficando genuinamente irritada com as histórias de JJ, principalmente as que envolviam um maníaco começar a perseguir eles, mas o loiro não percebeu e continuou falando.
— Pensem pelo lado positivo, galera. Se um doido aparecer aqui querendo matar a gente…eu tenho uma arma. — JJ disse, fazendo Hope parar de andar e se virar para trás para olhá-lo.
— Se não calar a boca, eu juro que te empurro desse barranco. — Hope disse, com tom irritado.
— Ficou com medinho? — JJ perguntou, sorrindo maliciosamente.
— Não, eu só quero que você pare de falar. — Hope disse, voltando a andar. — Se não daqui a pouco eu vou matar você.
— Eu volto pra te assombrar, maluca. — JJ retrucou.
— Ele não tem um botão de desligar? — Hope perguntou para os amigos.
— Quem dera. — Kiara, John B e Pope disseram rindo.
— Lembrem sempre que eu estou aqui, viu? Ouvindo tudo. — JJ falou e todos riram.
Eles andaram mais um pouco em silêncio, até JJ começar a falar novamente, em uma tentativa clara de chamar a atenção de Hope.
— Se lembra que ainda me deve um encontro, né? — JJ falou e Hope o olhou antes de soltar um suspiro.
— Claro que me lembro, como poderia esquecer? — Hope disse com um pouco de ironia na voz, ela estava ficando irritada. — Mas eu só vou sair com você se parar com essa historinha de maníaco.
— Não é historinha. É verdade verdadeira. — JJ falou, estendendo a mão para ajudar Hope.
[...]
— Onde acaba a trilha? — Hope perguntou, deixando o seu cansaço evidente.
— Um hotel abandonado que a gente encontrou olhando o Google maps. — Kiara respondeu.
— Ótimo cenário para uma história de terror. — JJ falou. — Já visitou algum prédio abandonado, princesinha?
— Sim, era um hospital. — Hope disse. — Mas ele não ficava no meio do mato, só ficava afastado da cidade.
— Chegamos — John B perguntou.
O grupo de amigos para de andar e olha para o enorme prédio abandonado, eles pulam o portão de entrada e andam em silêncio pela parte da frente do mesmo, Hope torceu o nariz olhando o lugar, ela tinha absoluta certeza que se tocassem em qualquer ferro daquele lugar, eles pegariam tétano. Depois de olhar todo o pátio, incluindo a área de lazer externa, o grupo decidiu entrar no prédio, eles tentaram abrir a porta da frente mas estava completamente trancada, Hope e Kiara deram a volta no lugar enquanto os meninos tentavam arrombar a porta da frente.
Ela acharam a porta da cozinha e a abriram com um grampo de cabelo, as duas entraram no lugar deixando a porta aberta e então ligaram as lanternas que tinham em suas mãos. Hope e Kiara nem mesmo pararam para vasculhar o local, o rato que viram correr por ali já era suficiente para irem até a porta da frente. Assim que chegaram ao hall do hotel, as duas caminharam até a porta e abriram o cadeado que segurava as correntes que trancaram a porta.
— No três a gente empurra. — JJ falou, fazendo Hope e Kiara se entreolharem. — 1…2…3!
Hope e Kiara puxaram as portas no mesmo instante em que JJ, John B e Pope correram até a mesma para tentar arrombá-la. Os três garotos caíram no chão e as duas garotas riram da desastrosa cena.
— Como? — JJ perguntou.
— A entrada da cozinha. — Hope disse, estendendo a mão para ajudá-lo.
— Inteligente. — Pope disse, limpando as mãos na roupa.
— E então, bundões? Vamos? — Kiara perguntou.
— Vamos. — John B disse, começando a andar.
— Não se preocupe, princesa. Eu te protejo. — JJ falou, olhando Hope, mas a garota apenas riu e seguiu os outros.
Eles começaram a andar juntos por todo o prédio, entraram em alguns quartos, mexeram no caderno de hóspedes na recepção e viram fotos. O prédio tinha 15 andares, mas o décimo terceiro era excluído, como era de se esperar, todas as construções dos Estados Unidos, ou a maioria delas, costuma evitar o número treze. Mas mesmo assim o grupo subiu até o último andar e ficou explorando o mesmo, mas sem se separarem em momento algum. Quando estavam descendo para o saguão novamente, John B e Kiara insistiram para que fossem no décimo terceiro andar, e mesmo depois de Hope negar por diversas vezes o grupo entrou na porta do andar.
O ambiente era mais escuro que o resto do hotel e parecia que ninguém nunca tinha pisado ali. Hope estava extremamente assustada e seu primeiro impulso foi segurar a mão de JJ, que não reclamou e apenas puxou a garota para mais perto. Ao primeiro sinal de barulho, Hope saiu correndo, levando JJ consigo, os outros seguiram os dois e somente pararam de correr quando já estavam afastados do hotel.
— Fiquem calmos, eu tenho uma arma. — JJ falou, ainda ofegante por conta da corrida.
— Eu prefiro correr. — Hope disse, apoiando as mãos nos joelhos.
— Vamos voltar, pode ser perigoso ficarmos aqui. — Pope disse, pegando o mapa.
— Escutaram isso? — John B perguntou olhando para trás e todos olharam na mesma direção.
— Vamos logo. — Kiara disse, começando a andar.
— Gente, eu preciso fazer xixi. — Hope falou, aceitando a ajuda de JJ para subir um pequeno barranco.
— Estamos perto da estrada, não vai demorar muito. Aguenta aí. — Pope disse e Hope assentiu.
[...]
— Estamos chegando? — Hope perguntou, de novo.
— Quase. — Pope respondeu antes que Kiara pensasse em atirar Hope barranco abaixo.
— Você tem a bexiga de um esquilo. — John B disse, rindo de leve.
— Não fui ao banheiro antes de sair de casa. — Hope resmungou.
Depois de uma pequena e torturante caminhada, o grupo chegou a estrada, mas antes que pudessem entrar na kombi foram parados pela polícia. Eles foram levados para a delegacia e ficaram detidos por cerca de duas horas por invasão de propriedade. Durante todo o caminho Pope falou sobre sua bolsa e Hope tentou o tranquilizar, mas o garoto estava tão nervoso que nada conseguia acalmar ele.
— E eu achando que nunca veria minha filha atrás das grades. — Jacob falou abrindo a cela.
— Boa tarde, papai. — Hope disse, sorrindo docemente.
— Seu pai é policial? — JJ perguntou indignado para Hope.
— Não, ele é padeiro. — Hope disse, antes de dar um tapa na nuca de JJ.
— Pope e Kiara, seus pais estão lá fora. — Jacob disse e os dois saíram dali dando um tchau baixinho.
— Eu… — John B começou a falar, mas Jacob ergueu a mão o calando.
— Vou levar você e o JJ para casa. — Jacob falou, antes de olhar a filha. — Pro carro, Hope.
— Pai, eu…
— Hope…
Jacob não precisou terminar de falar e Hope entendeu que estava ferrada. O olhar de seu pai não tinha raiva, mas sim decepção e isso era definitivamente pior do que raiva, Hope detestava o olhar de decepção, só não o detestava mais que o olhar de pena.
Depois de deixarem os dois garotos no Castelo, Jacob dirigiu para o Figure 8 silêncio. Silêncio que estava deixando Hope extremamente ansiosa. Quando o carro foi estacionado, Hope não ousou sequer respirar, foi quando ouviu um suspiro pesado de seu pai e a vontade repentina de começar a falar sem parar tomou conta de seu corpo.
— Pai, o senhor…
— Eu não vou reclamar do John B, Kiara e Pope. Conheço eles desde pequenos e sei que tem bons exemplos, no caso do John B ele tinha. — Jacob disse, passando a mão no rosto. — Mas o Maybank não. O pai dele é um miserável e eu tenho medo que você sofra de novo tudo o que sofreu em Londres.
— O JJ não é igual ao pai dele. — Hope disse, com calma.
— Você não tem como saber, Hope. Quanto tempo conviveu com ele? Uma semana? — Jacob disse e Hope abriu a boca para contrariar o pai, mas decidiu ficar quieta, pelo fato de que o pai tinha um ponto muito bom em seu argumento.
— A Kiara conhece ele, o John B e o Pope também. — Hope disse.
— Sim, eles conhecem. — Jacob disse. — Mas temos que levar em consideração que os pais da Kiara detestam o garoto.
— A tia Anna e o tio Mike detestam todo mundo. — Hope resmungou. — Elas não gostam do Pope e do John B.
— John B e Pope nunca foram presos, o JJ já. — Jacob disse. — JJ vive no meio de confusões e é extremamente impulsivo.
— Eu tenho medo de tudo acontecer de novo, mas eu não posso deixar isso me privar de conhecer pessoas novas, papai. — Hope disse, sentindo os olhos lacrimejarem.
— JJ Maybank tem uma má reputação, filha. — Jacob disse, pegando a mão da filha. — Só me prometa que não vai dar a abertura da confiança e de qualquer tipo de relacionamento com ele.
— Mas…
— Hope, eu entendo que você queira recomeçar. Mas, por favor, tome cuidado. — Jacob pediu. — Eu não confio no JJ e não quero que você se envolva com o JJ.
— Amizade tudo bem? — Hope perguntou. — Igual a Kiara.
— Amizade apenas, mas quase nada de amizade, apenas conhecido, e nada de você ficar por aí sozinha com ele. — Jacob falou sério e Hope assentiu.
— Amanhã eu posso…
— Não, você está de castigo. — Jacob falou, saindo do carro e deixando Hope o olhando descrente.
— Mas porquê?
— Bom, você invadiu uma propriedade privada junto dos seus amigos e foi detida. — Jacob falou. — Eu preciso de mais alguma explicação?
— Não, eu entendi seu ponto.
Os dois entraram em casa e Hope foi direto para seu quarto. Ela trancou a porta e pegou um travesseiro, colocando ele em sua frente antes de o socar diversas vezes, ela se sentou na cama emburrada e cruzou os braços brava. Quando já estava mais calma, Hope se levantou e foi para o banheiro, ela tomou um banho, vestiu seu pijama e se deitou na cama abraçando Lucky, para somente então pegar no sono.
[Capítulo revisado]
Oi Pogues como vcs estão?
Espero q tenham gostado do capítulo, não se esqueçam de favoritar e comentar bastante.
Bjs, Ana!!
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