29. ᴄᴏᴍᴍᴀ
Júlia Parker
As horas que passamos no ônibus não foram tão relevantes quanto o filme que escolhemos assistir durante as três horas de viagem. Há quem diga que romance é o pior gênero de filme para ser assistido com o cara que gosta. Ainda mais se for a primeira vez que os dois assistem juntos.
Não tive tempo para pôr esse conselho em prática, estávamos a quilômetros de casa e, de todos os filmes que eu poderia imaginar, o único que lembrei foi o fatídico Orgulho e Preconceito.
Péssima ideia, julgando que o filme tinha duas longas horas.
Eu amava o livro. Amava como Darcy e Jane se conheceram e como evoluíram juntos, amava cada página e cada palavra difícil, no entanto, o que eu menos esperava era que Park Jimin fosse reagir bem com a ideia de ver aquele clichê comigo.
Em suas sinceras palavras sobre o filme, ele relatou que odiava as adaptações do cinema, exceto por Orgulho e Preconceito. Jimin também gostava de ler, e eu só me lembrei disso depois.
Jimin também gostava de gostava de livros.
— Só falta você dizer que Titanic foi o pior filme que viu?
— Titanic nem é adaptação! — ri.
— Mas é incrível! — rebateu ele, sorrindo com uma indignação em seus olhos.
Acho que naquele dia, exatamente naquele ônibus de volta para casa, eu percebi que ele era um cara bem interessante. Um cara fragmentado, cheio de talentos e coisas ainda inexploradas.
Tá. Eu sempre o achei interessante. Desde as calças pretas coladas e as regatas de banda rasgadas até aquele penteado bagunçado para trás, e céus! Aquelas tatuagens...
Nunca curti pessoas superficiais.
Sempre fui muito imensa, e só a ideia de me imaginar caber — ou de me esforçar para caber — em um mundo raso, já me fazia desistir de tentar.
Eu era imensidão, e temia me afogar no raso coração de alguém.
Por isso as coisas eram diferentes com Jimin. Eu via a imensidão infinita em seu olhar e queria desvendá-la.
Jimin foi um dos caras mais atraentes que eu já conheci, e se não fosse pela personalidade falsa que ele criou para combater os estranhos, eu teria gostado mais ainda dele no começo.
Será que ele me desejou assim que me viu? Será que ele realmente me odiou?
Duvidei de suas palavras depois da primeira vez que me beijou porque tudo parecia estranhamente falso e imaginário para mim. Eu tinha uma certeza.
Nunca o odiei de verdade.
Uma rede de eletricidade passou pelo meu corpo e meu estômago pareceu flutuar como se estivesse em um carro em alta velocidade. Ao meu lado, Jimin ainda falava sobre alguma coisa que, por incrível que pareça, eu não estava escutando. O mundo ao meu redor estava mudo e quando ele riu de algo, eu fiz o mesmo, mesmo sem saber do motivo.
A voz dele rompeu o meu silêncio interior.
— Por que está me olhando assim? — perguntou ele, desviando o olhar para frente.
— N-Não. Não era nada, era só um... — gaguejei. — Só que meus olhos pararam do nada, sabe... quando dá aquele pane...
Pane era a palavra certa para descrever a sensação que ele causava em mim. Queria que tudo fosse como um filme ou uma história literária com um final feliz, porque não fazia sentido para mim aquilo ser real.
O sentimento, as borboletas no estômago, os olhares. Nada com Jimin parecia cem por cento real.
Três da manhã quando eu insisti que ele ficasse na minha casa. Já era bem tarde para ele pegar outro carro, então ele aceitou a minha sugestão, um pouco relutante.
— É aqui — falei, soltando minha mala na porta.
— Eu sei — riu e eu corei. — Não é como se fosse a primeira vez...
Abri a porta, sentindo minha cara esquentar.
— É a primeira vez que deixo um cara dormir na minha casa por livre e espontânea vontade, então sim. — Fechei a porta atrás de mim e parei ao seu lado. — É a primeira vez.
A casa estava tão silenciosa que dava para escutar o barulho das nossas respirações. Encolhi o corpo, sem saber o que fazer.
Não era como se eu já não tivesse previsto isso. Claro que eu arquitetei um plano caso um cara fosse dormir na minha casa.
No plano, o cara iria dormir na minha cama. Comigo.
— Você nunca trouxe nenhum cara...
— Não — rebati antes que ele fosse capaz de terminar a frase.
Jimin olhou para mim, um pouco sério.
— Eu posso ir para casa. — Toquei seu braço.
— Não. Fique.
Jimin olhou para minha mão em sua tatuagem e voltou a olhar para mim, dando um passo e puxando-me pela cintura.
— Espere. Vou tomar um banho. — Jimin exibiu um sorriso malicioso no canto dos lábios. — Sozinha, por favor.
Desvencilhei-me dele, tentando não sorrir. Não ficaria de amassos com ele naquele estado deplorável.
Corri para o banho, me preocupando em apenas parecer cheirosa o suficiente para esquecer que estávamos em um ônibus lotado, com cheiro de cigarro.
A parte mais difícil foi decidir que pijama usar, eu só tinha coisa ultrapassada. Minha melhor escolha foi uma camisa gigantesca de banda.
Assim que saí do banho, Jimin foi o próximo.
Estava procurando algo para comermos quando ele apareceu atrás de mim. Virando-me tive a excelente visão de uma calça moletom e um abdômen tatuado.
— Tive que lavar o cabelo. Estava fedendo a cigarro.
Ri, fechando a porta do armário superior na ponta dos pés. Uma corrente fria passou por baixo da minha bunda, lembrando-me que eu estava apenas de calcinha. Abaixei-me bruscamente.
Pigarreei:
— Você não secou o cabelo? — Andei até ele. — Não tem medo de pegar um resfriado?
Os olhos dele estavam tão fixos nos meus que meus joelhos fraquejaram.
— Estou com muito calor.
— Para de ser idiota! — Puxei a tolha cinza de sua mão e sentei-me na ilha, chamando-o.
Jimin apoiou cada uma das mãos em cada coxa minha, posicionando-se entre elas. Com a toalha em mãos, comecei a secar.
O calor de suas mãos beijava minha pele sensível e fazia-me sentir uma pervertida por pensar naquilo de um jeito malicioso.
— As garotas te ligaram?
— Sim. Elas mandaram mensagem antes de ontem. Falei que estaria em casa em breve, mas nenhuma fofoca sobre o que aconteceu por aqui.
Ele riu e eu penteei seus fios macios para trás. Evitando seu rosto a todo custo.
— Fiquei sabendo pelo Tae que Jennie brigou com o JK.
— Normal. — falei e nós dois rimos. Nossos olhos se encontraram e tive que engolir em seco.
O apartamento parecia estar se comprimindo em uma velocidade sobrenatural, forçando-me a ele.
A mão tatuada de Jimin subiu até a minha cintura, numa pegada intensa e quente. A bancada da ilha me permitia ficar mais próxima da sua altura, o que facilitava a sua aproximação.
— Posso te beijar? — perguntou e eu assenti, sentindo seu hálito refrescante no meu rosto.
Jimin sorriu antes de passar uma das mãos para minha nuca, beijando-me delicadamente, aumentando a intensidade do beijo gradativamente enquanto o som dos nossos lábios ecoava pela cozinha como uma música lenta e satisfatória.
Minha mão acariciava a nuca, sentindo algo volumoso entre nós. Quanto mais nos beijávamos mais aquele volume tomava forma, e mais eu latejava por ele.
Não fazia a mínima ideia de como encararia ele depois que aquilo acabasse...
Jimin passou a mão pela minha nuca e puxou levemente meus cabelos para baixo, fazendo-me exibir o pescoço para ele. O guitarrista mordiscou, lambeu, mordeu e beijou aquela pele exposta enquanto eu tentava sentir mais aquele pau grosso sobre a calça.
Nunca entraria em mim, mas eu adoraria ao menos senti-lo em minha boca.
Jimin voltou a me beijar e, quando faltou ar, ele se afastou por poucos centímetros, descendo as mãos para a base da minha calcinha. Sem ele perguntar, concordei com a cabeça, permitindo seu toque.
Já permiti que outros homens me tocassem, não era uma coisa tão desconhecida para mim. Conhecia-me o suficiente para instruir um cara.
A casa estava iluminada apenas pela luz do corredor, o que trazia um ar confortável e relaxado para mim. O loiro aproximou-se do meu ouvido e perguntou:
— Como você gosta?
Senti seus dedos acariciarem sob a minha calcinha e foi impossível respirar normalmente com o toque. Ele brincou como polegar descendo e subindo pelo meu centro, molhado. Com minha mão direita livre, mostrei os movimentos para ele.
Uma risada escapou de seus lábios quando arquejei novamente ao sentir o ponto sensível em mim.
— Entendi. — Jimin olhou para baixo e sorriu maliciosamente.
Os lábios dele encontraram os meus em um beijo quente e cheio de desejo. Jimin estava me desejando, e aquilo estava além do que eu poderia imaginar.
Acariciando aquela parte sensível em mim, o guitarrista empurrou minha calcinha para o lado, mergulhando de vez em meu interior.
— Porra! — soltou ele, escorregando o polegar em mim. Eu quase desmanchei ao ouvir sua voz xingar daquela maneira, tocando-me.
Estava pulsando de desejo.
A mão esquerda dele parou no meu pescoço enquanto ele me beijava e tocava da maneira que eu ensinara.
Jimin não era agressivo, muito menos impaciente; era gentil e torturante. Mexi meu quadril quando o seu toque já não me parecia o suficiente e ele falou, com a voz gutural:
— Você quer que eu faça isso? — Seus lábios estavam próximos aos meus. — Eu não tenho pressa. Podemos fazer isso lentamente.
Eu o beijei, em uma concordância subliminar. Os dedos do guitarrista estavam circulando meu prazer em um nível que eu nunca provara sozinha e, quando ele penetrou dois dedos em mim, um gemido escapou dos meus lábios.
— Nossa... — sussurrou ele, entrando e saindo lentamente. — Vai ser uma honra te foder todinha.
Eu queria ter dito algo, queria mesmo, mas não consegui emitir nenhum outro som além de gemidos esganiçados de prazer.
Minha camisa foi retirada, exibindo apenas minha calcinha velha de renda. Eu deveria ter pensado em guardar um conjuntinho para usar em uma ocasião como aquela.
Jimin encarou-me de cima a baixo — só com aquela renda evitando que fizéssemos ali mesmo —, e seus olhos estavam totalmente preenchidos de tesão. Apoiei as duas mãos para trás, abrindo mais as pernas enquanto ele observava. Ele passou a língua nos lábios quando seu olhar parou no meio das minhas pernas.
Meus olhos viram perfeitamente o tamanho total da sua extensão, e quis desistir ali mesmo.
Nunca acreditei naqueles mitos de caras altos terem geneticamente um pau grande, até ver o dele.
— Chega pra trás — mandou e eu fiz. Agora, eu estava no centro da ilha, nua. Jimin encaixou-se entre as minhas pernas, e rasgou a renda como se fosse nada. — Te dou uma nova depois.
Tive vontade de rir até ele agarrar minhas coxas firmemente. Ele me olhou pedindo silenciosamente, e eu concordei.
Jimin deu uma primeira sugada forte, e eu ergui a coluna. A boca quente dele, a língua com movimentos leves... céus!
Ele parou por um instante:
— Se eu vicio em você, a culpa é sua — sorri, e apertei meu próprio seio quando ele voltou a me chupar.
Atordoada, a língua do guitarrista mexia freneticamente, chupando e lambendo cada parte de mim. Eu estava chegando ao desconhecido clímax, sabia que era ele porque nunca havia sentido algo como aquilo. Ninguém, e nem mesmo eu havia chegado lá.
Eu nem sabia dizer se aquilo era um orgasmo.
— Jimin! — gemi, e ele sugou mais forte, mergulhando e acelerando os dedos. — Ah!
Ali eu me desfiz por completo, trêmula, com a língua dele se acalmando lentamente.
Como eu tinha ido parar ali? Não sei, mas eu queria mais.
Jimin levantou e eu fechei as pernas, ainda sentindo o pulsar da região. Ele apenas observou, com o pau ainda duro nas calças...
Tentei não parecer envergonhada com aquele olhar, mas eu gostava quando ele olhava daquele jeito.
— Você quer que eu diga uma coisa?
— Não sei — respondi ofegante, deitada de vez no mármore, com os olhos fixados no teto. — Tenho medo do que vai dizer.
Equilibrei a minha respiração, lentamente.
Ele andou até o outro lado da ilha, parando bem a minha vista. Seu olhar passeou por todo meu corpo, parando e fixando em meus olhos.
— Nunca chupei uma mulher numa ilha de mármore.
— Que reconfortante — gargalhei. — Eu nunca tive isso.
Tive que virar o rosto para o teto novamente, para evitar a vergonha.
— Você nunca teve o que exatamente? — perguntou e, automaticamente, tentei cobrir meus seios. — Olhe para mim... — Virei-me, atendendo a ordem estranhamente atraente. — O que você nunca teve?
Sua voz estava suave, apesar de ver de relance seus lábios avermelhados de tanto trabalhar.
Comprimi meus lábios e levantei para achar minha camisa, cobrindo-me.
Jimin agachou e puxou a camisa do chão, prendeu-a na base da calça e disse:
— Eu te dou a camisa, se me responder.
Ele só podia estar maluco. Não. Eu só podia estar maluca.
— Sabe que posso denunciar isso como assédio?
— Claro que sei! Mas então, eu deveria considerar sua mão me prendendo na sua boceta como assédio também, não é?
Jimin exibiu um sorriso ladino e jogou a camisa.
— Não sei como isso parece normal pra você. Você deve fazer todas se sentirem assim... — murmurei meus pensamentos enquanto me vestia.
— É... — Encarei ele rapidamente, e ele riu. — Que eu sou bom com a boca, disso eu sei.
Aqueles egocentrismos dele nunca passariam, fechei a cara ao me lembrar de tudo que passei com ele até ali, e senti uma pontada de raiva, cruzando os braços.
— Vou para o meu quarto.
— Mas a gente não...
— Acabou, obrigado, se é o que gostaria de ouvir. E boa noite.
Ele riu e apoiou o cotovelo na ilha, observando.
— Eu faria isso a noite inteira, se você pedisse.
— Não quero nada — rebati séria.
— Mentira — falou convencido, com aquele sorriso desgraçado. — Você me quer, e está tudo bem.
— O. Quê?
— Eu estou mentindo?
Não.
— Você não sabe de nada, seu idiota!
Jimin olhou para o chão e pegou um pedaço de pano, estendendo-o.
— Leve sua calcinha antes de ir. Ou quer que eu guarde de lembrança.
Semicerrei os olhos, rindo de raiva, e puxei o pedaço de pano estraçalhado.
Queria que ele fosse se foder. Ele e aquela maldita boca gostosa.
— Quando acordar, vá embora. Deixe a chave debaixo da porta.
— Como quiser, princesa.
Bufei, batendo o pé até o meu quarto. Como ele podia ser tão convencido ainda? Como eu tinha esquecido aquele traço?
— Que merda! — gritei sem emiti nenhum som, socando o vento. — Que idiota gostoso!
Joguei-me na cama, lembrando-me da sensação daquela língua me lambendo. Apertei os olhos, batendo uma almofada na minha cara.
Eu só poderia estar sonhando. Aquilo era um sonho com certeza. Um dos piores.
Eu demoraria séculos para pegar no sono sem que abrisse a porta e terminasse de fazer o que eu estava prestes a fazer com ele. Mas não, eu não faria nada. Não ainda.
Tudo aquilo era apenas um delírio e, no outro dia — imaginara eu —, esqueceria de tudo. Ou em casos mais extremos, eu fingiria perda de memória repentina.
Puxei o meu Kindle da bolsa no chão e abri na última leitura. Tornei a ler de onde tinha parado, e tomei um grande susto quando o parágrafo seguinte dizia:
"Ele me chupou todinha naquele mármore. Ele me fizera chegar ao orgasmo apenas com aquela boquinha travessa, e eu adorei".
Seria uma coincidência tudo aquilo?
Larguei o leitor, bufando alto. E ali ficou claro.
Eu não esqueceria daquele dia tão cedo.
❉
— Você espera que eu acredite nisso? — Jennie pôs as mãos na cintura. — Pode dizer logo. Vocês transaram, não foi?
— Não. Pelo amor de deus, Jennie!
Na manhã seguinte ao acontecido, Jimin tinha ido embora e feito exatamente o que eu instruíra para ele. Não havia sequer um bilhete.
Parecia que ele nunca esteve por lá, como se nada tivesse acontecido.
As minhas duas amigas apareceram depois, quase quebrando a minha porta no soco, e esse foi o motivo de eu ter acordado no susto.
— Se ela está dizendo que não rolou, eu acredito — disse Rosé, sentando-se na ilha da cozinha.
Mas a resposta não foi suficiente para fazer Jennie aceitar estar errada, ela me encarou com os olhos semicerrados e eu não contive um sorriso.
— O que aconteceu entre vocês? — perguntou a morena.
— Por que isso interessa?
— Porque interessa? Queremos saber dos detalhes, não é, Rosé?
— Eu mesma não quero saber. — Jennie lançou um olhar feio para a loira. — Por que eu vou querer saber?
— Tá. Tá! Rolou alguns beijos.
— ALGUNS? — A loira pulou do mármore, vindo até o sofá onde eu estava estirada. — Como assim?! Meu pai! Vocês realmente... — soltou um gritinho.
— Eu sabia! — Apontou Jennie, sorrindo. — Não é possível duas pessoas prováveis a se gostar não trocaram, no mínimo, uns amassos.
Isso foi estranho...
— Você adora generalizar — falei. — E eu não gosto dele.
A loira só faltou rir, algo na cara de Rosé revelava um suspense. Jennie encarou Roseanne por um tempo, até semicerrar os olhos.
— Alguém pode me dizer o que está acontecendo?
A morena grunhiu.
— Ela tá bravinha por causa do Jungkook.
— O que ele fez? — perguntei.
— Rosé, não ouse...
Rosé cobriu a boca, rindo.
— O que ela fez.
Jennie cruzou os braços e soltou o ar, revirando os olhos.
— Eu tentei beijar ele, okay! Mas eu estava bêbada.
Meus olhos quase caíram da cara. Meu olhar alternou entre as duas, antes de rir.
Como era possível na face da terra, Jennie Kim roubar um beijo de Jeon Jungkook? Eles se odiavam.
— Jennie, ele te traiu! — falei com a mão na boca.
— Tecnicamente, eles não namoravam — soltou Rosé e Jennie bufou. — Foi um mal-entendido na verdade.
— Isso é verdade?
Jennie desviou o olhar.
— Não liguem pra isso. Já passou!
Lancei um olhar para Roseanne na esperança de uma explicação do que quer que fosse o "Não liguem para isso".
— Eles brigaram logo depois do ocorrido. — A loira riu. — Nenhum dos dois sabia quem tinha beijado quem primeiro. Foi um caos.
Ri.
Passamos a tarde toda conversando sobre os meus dias em Busan e sobre como a vidas delas estavam chatas sem mim — ou nem tanto. Rosé tinha passado os três dias fazendo passeios com Taehyung, enquanto Jennie curtia diferentes casas de show com o restante dos meninos.
Fiquei curiosa para saber mais sobre as saídas, mas Jennie era bem vaga ao dizer que o que rolou com Jungkook tinha sido apenas uma vez — "para nunca mais".
Mas uma notificação no meu celular mudou tudo aquela tarde.
Jimin:
| Se não estiver fazendo nada, e as meninas estiverem aí
| Aparece por aqui
| Vamos fazer noite de jogos.
Ou daria muito certo, ou daria muito errado.
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