12. sᴜʀᴘʀɪsᴇ
"...Estou fazendo o que posso, tentando ser homem. E toda vez que eu te beijo, baby, eu posso ouvir o som do fim..."
Softcode - The Neighbourhood
JÚLIA PARKER
Um daqueles dias perfeitos para passar na minha cama, curtindo mais uma temporada de The Vampire Diaries. Mas era o dia especial. O dia que mamãe me deu à luz.
E como era uma tradição, eu e meu pai saímos para assistir qualquer filme no cinema da lista de lançamentos, e comíamos em qualquer restaurante.
Só havia um problema. Ninguém sabia desse dia.
A universidade estava como todos os dias, cheia e sem sal. Jovens para todos os lados falando e berrando de um lado para o outro, como se acordar cedo fizesse parte das oitavas maravilhas do mundo.
Eu olhava para eles com desgosto, por estarem tão felizes naquele dia, enquanto eu desejei de todas as maneiras impossíveis estar em casa, curtindo meu dia.
— Não acredito que veio assim? — Lisa aparece depois de semanada sem notícia, como se nada tivesse acontecido. — Que cara é essa?
Ainda me pergunta isso? Ela quer morrer?
— A cara de quem está surpresa. Por onde andou? Você já está toda acumulada. — Revirei os olhos, após seu sorriso sem vergonha. — Não acredito que ainda é capaz de fazer isso, Lalisa.
— Você sabe como as coisas funcionam na universidade, não é? — Não? — Bebidas, festas, beijos e coisas a mais... — Como ela consegue? — Você deveria curtir mais esses momentos, e não ficar tão presa a coisas fúteis, saca? — piscou ela, na tentativa de me convencer.
Revirei os olhos.
— Você sabe que eu não me importo. E inclusive, acho isso uma burrice. Você não repetiu uma vez? — Vi que tomei uma decisão ruim ao falar, quando vi seu rosto mudar de expressão.
— Você é chata, às vezes — disse a morena, arrumando a mecha para trás.
Ri, tornando-me a olhar para o lado, dando de cara com a figura alta de Jeon vindo em nossa direção.
Eu deveria me sentir normal, nenhum sintoma de paixão, nem um tremor nas pernas. Mas não, eu me sentia daquele jeito ainda. Mesmo depois daquilo.
Quando Jungkook me encarou de longe e logo desviou, foi motivo o suficiente para engolir em seco e voltar-me a Lisa.
— O que está rolando? Fiquei sabendo que vocês saíram de novo. — Ela soltou o celular e juntou suas mãos, respirando fundo. — Não que seja da minha conta. Mas você anda muito estranha.
— Estranha? — exclamei. — Isso deve ser impressão sua. — Olhei novamente para onde Jeon estava, junto a um grupo de pessoas. — Está bem, talvez não seja só impressão.
A morena me encarou como se estivesse lendo todos os meus pensamentos, e assim que ia falar, calou-se, fazendo uma cara nada agradável.
— Ferrou.
Era assim que nossa comunicação se baseava. Lisa passava meia hora falando comigo sobre como estava sendo todo o esquema de estudos novos que ela havia planejado, enquanto eu esperava pacientemente Roseanne aparecer e me salvar de tanta informação.
Eu queria sumir toda vez que olhava para Jeon Jungkook sorrindo do outro lado do refeitório. E eu era péssima em tentar disfarçar aquilo dele. Seus olhos, em nenhum momento, se dirigiram aos meus. Jeon sabia o que queria, e eu? De uma coisa eu tinha certeza: ele não me queria.
O resto todo dia foi catastrófico. Nunca me imaginaria novamente lamentando ter tirado 7 numa pesquisa, justo no dia do meu aniversário. NÃO. Não havia aquela coisa de dia da sorte para aniversariantes.
Levantei-me com dificuldade, soltando meu caderno na mesa após um longo texto sobre Freud e o amor. Sério? Não havia nada melhor num momento como esse? E parecia bobagem uma pessoa querer a todo custo que seus amigos não soubessem que era seu aniversário.
É, eu não queria.
Havia muitas coisas que ainda rodeavam minha mente. Meu aniversário não era para ser um dia melancólico, aliás, tudo bem, coisas horríveis podem acontecer nos dias de aniversário.
Para uma criança que estava completando onze anos em Busan, com uma grande festa de aniversário, esse tipo de coisa não poderia acontecer.
Eu estava completando onze anos naquele dia 20 de abril, e minha mãe desmaiou no meio do salão, após os parabéns. Houve tumulto. Havia muitas pessoas assustadas, mas eu não entendia. Na verdade, eu não entendia há meses o que fazia minha mãe usar chapéu todo o tempo. Não entendia porque não via ela há dias, pois fazia sempre viagens curtas com papai, ou o que explicava a quantidade de remédios.
Com onze anos, ir para um hospital após sua festa de aniversário, e descobrir o câncer de sua mãe, é doloroso.
Uma criança descobrindo tarde, que estava perdendo sua mãe.
As memórias boas sempre ficam, e as memórias dolorosas nunca passaram em branco.
E no ano seguinte, ela não estava mais com a gente.
— Surpresa! — Senhor Kim berrou, assim que eu abri a porta. Carregava consigo uma pequena mala. E entrando em casa, ele se jogou no sofazinho rosa. — E aí filhota?
Eu havia acabado de sair do banho, uma toalha na cabeça, encarando o mais velho de cima a baixo, com combinação de camisa polo azul, calça social preta e tênis branco.
— Pai, que combinação é essa? — comentei rindo.
— Eu sou jovem, filha. Jovens usam Nike — falou orgulhoso. — Nike e Polo são peças únicas.
Sério que ele está olhando o Pinterest?
— Camisa polo e Nike? — gargalhei, vendo seu olhar me repreendendo.
— Vá se arrumar! São seus vinte anos!
❉
Eu havia vestido a melhor roupa do meu guarda-roupa, o que foi mais que o suficiente para me fazer chorar em frente ao espelho. Minha saia jeans clara e o top preto que havia separado para um futuro date. E ainda foi recusado, pois meu pai jurou que o restaurante era caro demais para jeans e cropped, me obrigando a usar um Nike colorido e um vestido preto tubinho, três números menores que o meu. E o cabelo não poderia ser preso, "restaurante caro demais para isso". Foram duas horas de produção e o velho nada de reclamar, e se reclamar se também ouviria muitas reclamações.
Como ele poderia me fazer sair de casa à meia-noite e gastar toda a minha maquiagem?
Meu pai era de fato rico. Rico em saúde. Rico de esperança.
— Fale sobre os seus amigos — meu pai perguntou, enquanto o garçom educadamente me comia com os olhos, servindo o vinho.
Tomara que água não seja tão cara aqui.
— O mesmo que sempre. Rosé, Lisa e os garotos da banda. Ah! Não cheguei a falar, mas eu entrei numa banda. — O velho logo abriu os olhos numa empolgação só, mas seus olhos caíram sobre a taça de vinho que virei goela a baixo. — Nenhum namorado, ou namorada. Nada. Se era isso que o senhor queria saber.
Claro que ele veio de Busan para saber da minha vida pacata na cidade grande.
Cuidadosamente, pus a taça na mesa, vendo o sorriso brotar em seu rosto.
— Está na hora de você pensar em outras coisas a não ser estudo. — Esse velho está bem? — Eu não quero saber nada da sua vida afetiva e nem sexual, você sabe bem o que fazer.
— Pai, acho que nenhum de nós dois estamos preparados para essa conversa.
Ele me olhou feio.
— Você tem vinte anos. Estuda na KIU há dois meses, e não tem nenhum amigo para curtir festa, bebidas e sexo. — Fiz uma careta, sentindo meu estômago embrulhar de vergonha.
Mas parte de mim se sentia mal por não ter dito aos meus únicos amigos sobre esse dia. Nunca nem tínhamos discutido sobre isso, a não ser da vez que estávamos falando sobre signo, e Lisa me massacrou por simplesmente ser ariana.
— Vamos, se anime! O que quer comer? Peça qualquer coisa. — Eu só queria ir para casa. Aquelas luzes todas estavam me cegando, porém meu pai estava tão feliz que eu não seria capaz de acabar com aquilo, mesmo sendo meu aniversário.
— Qualquer coisa?
— Qualquer coisa.
Respirei fundo, olhei ao redor, todas aquelas pessoas chiques, bem arrumadas, conversando e rindo de coisas que talvez eu nunca fosse achar graça. Crianças fazendo birra, garotos mimados brincando de chefes de uma família. Uma pequena família no fundo do restaurante, curtindo aquele grande momento a três.
Encarei o senhor Kim.
— Pai, eu quero sorvete.
❉
No caminho para casa, estava eu, no banco direito comendo um pote de sorvete de flocos, enquanto o silêncio corroía os ouvidos. Só ouvia-se o barulho do carro na estrada que parecia nunca ter fim.
Senti-me desesperada por não ter completado as expectativas de meu pai. Tão bem arrumada, bem vestida, comendo sorvete uma da manhã. Eu titularia esse dia como o pior aniversário, se não tivesse a melhor pessoa desse mundo — meu pai.
O carro virou a esquina, numa curva brusca, parando perto de um local onde uma música alta fazia tremer o chão. Como podiam estar reunidos naquela hora para beber? Não fazia sentido para mim porque foram poucas as vezes que bebi, ou que fui a festas. Era uma idiotice.
Meu pai saiu do carro, dando uma volta, abrindo a porta.
Eu, uma colher de plástico e um pote de sorvete. No estado em que me encontrava, não esperava ver Rosé, Hoseok e Seokjin parados ali.
A colher travou na minha boca, até que eu conseguisse pensar direito.
— Vamos? — Meu pai estendeu a mão e com dificuldade, larguei o pote de sorvete.
— Alguém pode me explicar isso? — perguntei.
Encarei novamente a casa, e as pessoas estavam ocupadas beijando.
— Alguém da AT viu a ficha quando estava resolvendo os seus documentos para o projeto, e acabou vendo a data do seu aniversário. Olha só! — Rosé riu, cruzando os braços.
Senti-me envergonhada — claro, fiz esforço para esconder algo que foi descoberto de forma tão... boba.
— Então... — Jin começou —, decidimos fazer uma festinha. Sem bolo. Sem docinhos. Só bebida e tira gosto.
Olhei para a casa novamente, só para ter certeza que não era um delírio.
— Festinha? — indaguei, apontando. Mas como eu poderia ser tão ingênua? Como eu não imaginei que não teria uma festa surpresa? Estava na cara. — Pai, o senhor sabia disso desde quando?
— Instagram serve pra isso, minha filha! — Eles riram. — Que bom que fez amigos incríveis! Agora, vá se divertir. Volte para casa só amanhã. Vou te esperar!
O velho foi até o carro. E antes que eu pudesse inventar uma mentira convincente, ele já havia partido.
— Vamos! Eu não fiz uma festa surpresa à toa — Jin berrou, e eu acabei gargalhando.
❉
Encarei os três dançarem do meu lado junto com os outros cinco que desciam até o chão ao som da batida. Eu sinceramente já não sabia o que fazia ali. Depois de várias pessoas me parabenizando, eu só queria silêncio com um pouco de cama. Na verdade, a ficha não havia caído de que estava mesmo lá, numa festa — surpresa que meus amigos tinham preparado para mim.
Todo tipo de gente misturada naquela grande república. Até Namjoon, que eu achava que não curtia muito aquele tipo de festa, estava curtindo. Taehyung não deixava o carisma e suas formas sensuais de olhar para as garotas, de vez em quando, o via lançar seus olhares a Rosé, que reagia tímida às investidas.
Eu estava curtindo minha festa, comendo os petiscos todos, enquanto sorria só para fingir costume com a quantidade de pessoas na sala. E claro que eles não poderiam estar longe: Jeon Jungkook, Park Jimin e Jennie Kim.
Bebi um pouco da bebida vermelha que Hobi havia posto para mim, analisando a próxima jogada deles na mesa de beer pong.
Jennie se aproximou da mesa, com um vestido vermelho vibrante e justo. Senti meu corpo todo arrepiar. Jennie jogou a bolinha, e logo quando acertou, ela me lançou um olhar.
Dei uma leve engasgada, vendo a morena rir do outro lado.
— Curtindo? — perguntei rapidamente, ao ver Lisa e Rosé se aproximarem. As duas estavam sorrindo, o que dava a entender que estavam curtindo, mais que eu. — Acho que sim... — dei mais um gole.
Elas riram.
— Não melhor que você, Ju — Roseanne falou, indicando com o olhar Jungkook do outro lado da sala. Merda! — Ouvi de umas pessoas que ele veio sozinho hoje. Pode ser a sua chance! — A loira piscou.
Que chance, garota? De eu levar um fora de novo? Ele nem seria maluco de aparecer na minha festa surpresa com outra, depois da vergonha que passei. Pensando bem, acho que ele seria maluco sim.
Lisa deu mais gole da sua bebida, olhando para o lado com uma expressão nada agradável.
— Rosé, qual a parte da história que você não entendeu? — Rosé virou-se para Lisa sem entender. — Jungkook rejeitou ela! Que amiga péssima você. Dando esperanças a algo ilusório.
E naquela altura, nem eu estava entendendo, só sentindo pena mesmo — pena de mim.
— Também não é assim, Lalisa. — Ela ergueu a sobrancelha. — Não vamos entrar nesse assunto aqui. E também, não tem como saber, talvez tenha realmente outra chance. — Sorri.
No mesmo instante, a bebida de Lisa virou e caiu sobre mim.
Merda!
— MEU DEUS, ROSÉ! NÃO ESTÁ ME VENDO! — Lisa berrou, atraindo mais atenção para mim.
— Eu juro, não fiz nada!
Gelado. Muito gelado.
Deixei as duas, indo procurar Seokjin em meio àquela multidão.
— Puta merda! — Jin soltou, se aproximando. — Não. Não. Não. Aniversariante assim? De jeito nenhum!
— Ah! Não foi nada demais. — Só um pouquinho de vodka rosa. — E eu acho que está na hora de ir... — Para minha casa.
Jin fez uma careta.
— Tá na hora de você trocar essa roupa. O último quarto à direita é meu. Arruma uma camisa grande e relaxa. Meu quarto é proibido para não autorizados. E eu só autorizei você. — Ele sorriu
Revirei os olhos, passando pelas pessoas novamente.
Adentrei o quarto, vendo o closet aberto e fui ver rapidamente. Camisa grande. Camisa grande. Nossa, que vestido lindo! Espera. Um vestido?
Foram alguns minutos gastos numa mera procura, mas acabei me perdendo à quantidade de perfumes e cremes hidratantes no banheiro. Bom gosto ele tinha. Pensei se não seria demais passar todos aqueles aromas em mim. Jin me mataria se me visse mexendo em suas coisas. Afastei-me dos produtos, até ouvir a porta do closet bater.
Não deve ser ninguém, Júlia. Não se preocupe.
Peguei o rodo atrás da porta do banheiro, e caminhei lentamente até o closet. Com os olhos quase fechados, lancei o rodo na figura embaçada uma sequência de vezes.
— Seu tarado! — berrei.
— Júlia!
Parei imediatamente, abrindo os olhos ao reconhecer a voz.
— Jungkook — falei quase como um sussurro. O moreno, vestido de regata e calça preta, sorriu.
— Eu não sabia que estava aqui, desculpa. — Ele voltou a procurar algo pelas roupas de Jin. — Vim pegar o meu vape que Jin falou que estava por aqui.
Respirei algumas vezes ao me dar conta de que estava encarando as costas musculosas de Jeon. Ele me olhou de repente.
— Não vai me ajudar?
— Ah, sim! — ri tímida.
Ele estava do meu lado. Bem próximo e fazia uns dez minutos que eu procurava o vape — que nem sabia o que era.
Assim que paramos de procurar, notei novamente a forma que Jeon estava.
Aquela história já estava chata, levei o toco e blá blá blá blá. Eu estava fodida porque ainda me sentia mal, naturalmente as pessoas não gostam de ser rejeitadas muito menos por um cara alto, que toca bateria e é tatuado.
Ele cruzou os braços respirando fundo.
— É! Parece que vamos ficar sem vape — ele riu, coçando a nuca.
— Agora eu quero ver! — uma voz feminina disse, batendo a porta do quarto.
Eu e Jeon arregalamos os olhos na hora.
— Da última vez, você estava menos sedento. Pensando bem... — ela gemeu, me fazendo cobrir a boca. — Eu deixo você me chupar todinha.
Meu. Pai. Do. Céu.
Jeon estava rindo, e eu acho que era da minha cara.
— Acho que estamos trancados — ele sussurrou.
— Ahm! — mais um gemido.
Eu ri. Meu Deus, não tinha uma situação melhor para eu estar?
— Acho que vai demorar — ele acrescentou, sentando-se no chão e eu fiz o mesmo.
Demorou um pouco para eu voltar a encará-lo sem vontade de rir da situação.
— Olha, faz um tempo que... — o alto suspirou, inclinando a cabeça para mim. — Faz um tempo que estamos assim. Meio estranhos.
Fiquei quieta, querendo ou não, ele não tinha o privilégio de saber o que eu pensava.
Outro gemido.
— Não fique mais assim, okay? Já conversamos sobre isso e sabemos que tem outras razões para não ter acontecido. — O closet parecia estar se comprimindo pouco a pouco, e o calor começava a aumentar. A mulher continuava as suas sessões de gemidos baixos, provocando desconforto em nós dois, naquele closet.
— Então, deveríamos pensar em algo mais eficiente — sugeri com a voz baixa.
— Como o quê? Eu não quero perder você. A sua amizade é importante pra mim.
Isso tá me torturando. Oh casal, acaba logo aí!
Revirei os olhos, respirando fundo para não acabar com a transa alheia.
— Tem como parar de falar isso? — soltei, mais alto do que eu queria, o que assustou Jungkook. — Você me tratou daquela forma como se me quisesse, e na hora me deixou como se o tempo todo tivesse sido coisa da minha cabeça. Eu acabei saindo como maluca.
Jeon abaixou a cabeça, respondendo:
— Eu não falei porque achei que você já soubesse das minhas intenções. Eu nunca poderia ser o cara que você pensa, sabe? Namorado, companheiro, isso não iria acontecer, Júlia.
Ele olhou no fundo dos meus olhos, e eu soube que estava mentindo.
— Acho que vou gozar! Ah! Ah! Ah! Sim! — a mulher berrou.
Como eles não conseguem escutar isso lá fora?
— Mas e se eu não quisesse essas coisas? — questionei, o vendo arqueiar a sobrancelha, formando um sorriso de canto em seu rosto.
— Não entendi aonde quer chegar com isso. — Ele desviou o olhar do meu.
— Você poderia ter me fodido toda aquele dia. — Jeon me olhou imediatamente espantado com minhas palavras, até eu nunca imaginaria ter dito aquilo. — Mesmo assim, me rejeitou se baseando em um pensamento que não sabia se era verdadeiro.
É, eu não queria me render a ele novamente. Eu não faria mais nenhum esforço para saber o que ele queria.
Levantei-me, e ele fez o mesmo.
— Júlia, você precisa saber de uma coisa...
Passos pesados se aproximaram do closet..
— Ainda não acabamos! — uma voz masculina do outro lado falou, e era estranhamente familiar.
Quando a porta se abriu, quase tombei para trás com a figura de Park Jimin sem camisa e com o rosto ruborizado. Foi só uma risada dele para me fazer voltar do transe.
— Era você? — soltei, chocada.
Jimin olhou rapidamente para trás, sorriu e limpou o canto da boca. Seus lábios estavam vermelhos e inchados dos amassos, e eu não conseguia parar de encará-los.
Que merda!
— Não sabia que tinha fetiche em escutar transa alheia. — Desviei o olhar envergonhada, pela situação. Como eu iria saber que era ele? — Vejo que está acompanhada...
— Não rolou nada, tá legal? — soltei, voltando a olhar seu sorriso ladino. Maldito.
Jimin cruzou os braços, encarando até o fundo da minha alma.
— Valeu pela ajuda, Júlia. — Jeon sorriu para Jimin e sumiu me deixando lá.
Mas que merda eu fui me meter!
— Aposto que queria que tivesse rolado... — sussurrou ele, aproximando seu rosto do meu.
— Você ainda pode se juntar a nós, Júlia.
Jimin estava claramente fora de si, o que me dava vantagem sobre a situação.
— Nem fodendo. — Atravessei a porta esbarrando no ombro do guitarrista. — Seu idiota!
NOTA DA AUTORA:
Então, minhes estrelas maravilhoses! Como foi a semana de vocês? Eu espero que tenha sido uma boa semana para vocês.
Esse capítulo foi o inicio de um bloqueio criativo que eu tive. Eu empaquei nele a um tempinho, mas consegui finalizar com sucesso. Escrevi mais com o intuído de ser um pouco mais fluído...
O que me faz lembrar que... o baile está proxímo, então, o lacre vem!
Esqueci de mostrar a minha inspiração para as tatuagens do Jimin:
As tatuagens do peitoral do Jimin (Menos o coração com uma adaga, a cobra, e o braço), detalhe, o Jimin da fic também tem a tatuagem "Nevermind", na costela.
E para quem não está sabendo, eu criei um grupo no wattsapp para interagir com vocês sobre BI e outras coisas, vou até disponibilizar o Pdf da versão antiga, mas, mesmo depois de anunciar no meu Insta, poucas pessoas entraram (Três para ser mais exata ksksksk). Eu ia amar fofocar com vocês, surtar com vocês e tudo mais...
O link da benção vai está na minha bio, meus sunshines
Não esqueçam de votar e recomendar para outras Armys que amam um romancezinho...
Definitivamente, com todo amor do mundo...
PAM
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