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037 | SHAWN

— Mas aquela parte que o Vin pulou do avião foi a melhor! — Brooke disse toda animada tomando um pouco de refri em seguida.

— Realmente. — concordei, pegando uma batata. — Da próxima vez a gente assiste Fast & Furious 8.

— Vai ter uma próxima vez? — perguntou surpresa e eu assenti óbvio.

— Por que? Não gostou desse? — perguntei preocupado e ela negou rapidamente.

— Não foi isso que eu quis dizer. — disse um tanto nervosa. — E-eu...

— Tô brincando, Troublemaker. – falei e ela sorriu aliviada. — Mas e ai, ta curtindo o nosso jantar?

— Esse cachorro quente está ótimo. — disse toda lambuzada de molho me fazendo rir.

— Foi meio que sua culpa a gente não estar jantando num restaurante chique agora. — falei e ele revirou os olhos sorrindo.

— Ah, desculpa se minha parada para fazer xixi era mais importante que o nosso horário marcado. — deu de ombros. — Mas temos que concordar: nenhum restaurante chique ganha dessa comida e muito menos da essa liberdade de sentar como quer.

— E na primeira risada nós já teríamos sido expulsos.

— Sim! — concordou animada. — Por isso que eu prefiro coisas mais caseiras, mais simples. Deixa tudo tão mais... Divertido.

— A não ser pelos caras que estão nos olhando. — falei. — Acho que eles tão querendo roubar a gente.

— Quer correr? — perguntou largando o refrigerante.

— Não, acho que se a gente caminhar calmamente não vai ter a impressão de estarmos com medo. — comentei e e ela concordou. — Você já terminou de comer?

— Só estou esperando você. — respondeu. EU estava esperando por ela.

— Então vamos embora.

Levantamos calmamente e começamos a caminhar em direção ao lixo para jogar os copos descartáveis. Olhei para trás e eles caminhavam lentamente em nossa direção.

— Eles estão seguindo a gente. — sussurrei no ouvido de Brooklyn fazendo a menina estremecer. Só não sei o motivo desse ato.

— Por que você tem que estacionar o seu carro tão longe? — murmurou e eu fiz careta. — Ali tem um policial.

Chegamos perto do homem e os caras foram se afastando. Sorri vitorioso e fomos até o meu carro. Não tinha mais ninguém seguindo a gente.

— Amanhã vai ter karaokê, quer ir? —   perguntou ela Fazendo com que eu desviasse o meu olhar da estrada por alguns segundos.

— Os meninos realmente estavam pensando em ir mesmo. — assenti. — A Faith vai cantar, né?

— Aham. Com os filhos do dono. — comentou.

— Entendi.

A conversa começou a rolar. Não foi igual a primeira vez que a viagem foi um silêncio. Eu não gosto de silêncio e duvido que Brooklyn goste também.

— Está entregue, senhorita. — brinquei e ela se permitiu a rir.

No momento em que ela abriu a porta para sair do carro, desistiu e voltou a se sentar normalmente.

— Aconteceu algo? — perguntei desconfiado.

— Desculpa.

— Pelo que?

— Pelo que eu fiz na festa aquele dia. Eu estava bem bêbada e acho que te fiz passar vergonha. — disse com receio.

— Não fez. — neguei e ela me olhou. — Foi até legal.

— Sério? — perguntou arqueando a sobrancelha. Assenti. — Eu não lembro muito. E nem do beijo.

— Quer lembrar agora? — perguntei chegando perto.

Brooklyn sorriu e colocou a mão atrás do meu pescoço, colocando os seus lábios contra o os meus. Esse beijo era tão bom. Tão bom quando o primeiro.
Puxei Brooklyn para o meu colo, e sim, o volante incomodava demais.

— Brooklyn? — chamei e ela me olhou sorrindo.

— Fala.

— Por que você me chama de Pity?

— Shawn não tem muitos apelidos e eu não ia te chamar de Shawnie porque geral já te chama assim. Peter poderia dar um bom apelido mas só saiu Pity então foi esse mesmo. — explicou me fazendo gargalhar. —

— Podemos continuar?

— Óbvio.

Apertei a bunda de Brooklyn e a garota Gemeu em meio ao beijo.
Brooke pegou a barra da minha blusa e começou a puxar para cima até eu ficar sem ela.

No momento em que eu iria tirar a dela, meu telefone começou a tocar.

— Atende isso logo. — Brooklyn pediu impaciente voltando ao seu lugar

— Desculpa. — falei e ela deu de ombros.

Era apenas uma mensagem da minha mãe. Ela me obrigou a configurar o som da mensagem dela como som de chamada para que eu respondesse assim que ouvisse.

— É a minha mãe. — falei e ela riu. — Tenho que ir. Desculpa.

— Sua mãe é uma empata foda. — disse brincalhona me fazendo rir. — Até amanhã, Pity.

— Até amanhã, Troublemaker.

Assim que eu falei, ela se virou para o carro e encostou os seus braços na janela.

— Shawn? — chamou e eu a olhei.

— Hum?

— Por que você me chama assim?

— Assim como? — perguntei confuso.

— De Troublemaker.

— Ah, claro. — assenti.

— Mas por quê?

— Porque você é a minha garota encrenca.

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