— Oi. — Sammy fala assim que me vê. — Ele está no quarto.

— Tá.

Entro na – enorme – casa e sigo até o quarto de Nate. Bato três vezes na porta e não escuto nenhuma resposta. Mas desde quanto eu bato antes de entrar? Aqui é má educação mesmo.

Abro a porta do quarto com força e dou de cara com uma cena que eu não iria querer ver por um bom tempo.

Nate pelado.

— PORRA, BROOKLYN! — gritou pegando um pano e colocando na frente do seu membro. — Parece que não sabe bater.

— Você fala como se eu nunca tivesse visto. — fiz careta me jogando na cama.

— É, mas ninguém precisa saber que tivemos um rolo. — bufou e eu revirei os olhos. — Até porque você é a melhor amiga de uma garota que é afim de mim. E você...

— E você vai calar a boca. — completei e ele fez joinha. — Precisamos conversar, Maloley.

— Eu sei. — suspirou já vestido com uma bermuda. — Como ela está?

— Ah, na medida do possível, né Skate. Está se atormentando dizendo que não foi o suficiente pra você e que Nate Maloley é muito experiente pra querer uma virgem idiota como ela.

— Ex virgem. — corrigiu e eu revirei os olhos. — Eu não queria que ela se sentisse assim. Quer dizer, eu não pensei que Lisa Sparks era tão....

— Frágil? — perguntei e ele assentiu. — Somos todas frágeis, Amor.

— Mas você não é. — disse fazendo um bico fofo que estava dando até dó.

— Isso é uma máscara pra ninguém conseguir me magoar, Nate. — explicou e em suspirou pesado. — Você vacilou feio, Amor.

— Eu meio que tirei a máscara dela e a magoei... Né? — perguntou colocando as mãos no rosto. Assenti. — Eu só estou confuso, eu nunca me senti assim em relação à alguma garota.

— Acho que isso se chama amor, Nate. — falei e ele se jogou para trás, derrotado.

— Eu não sei lidar com o amor, Broo. — comentou enchendo seus olhos de lágrimas.

— Ninguém sabe. E se alguém souber... Qual vai ser a graça? Amar é ter experiências novas, amor é algo imprevisível.

— Como você sabe? Nunca amou. — questionou e eu ri baixo.

— Não foi só a Naomi que teve um namorado, Nate. — falei e eu vi uma sombra de um sorriso no rosto de Nate. — Você acha que eu não me relaciono com ninguém por quê? Porque ninguém me quer? — perguntei e ele deu de ombros evitando a resposta. — Quantas vezes eu já quis me aproximar de alguém mas o medo de mergulhar fundo demais e me afogar me corroía? Eu queria ser como a Charlotte que não tem medo de se apaixonar ou a Becca que não tem medo de expressar os seus sentimentos. Eu queria ser outra pessoa completamente diferente, Amor.

— Mas você é perfeita assim. — disse me abraçando de lado. — Você é a garota que eu mais amo, além da minha mãe, óbvio.

— Eu amo você também. Eu me permiti amar você e eu não quero me arrepender disso. — sussurrei. — E eu também não quero que minha melhor amiga sofra.

— É novo pra mim, Brooklyn.

— Então deixa eu te ajudar. — falei pegando na sua mão. — Caramba, Nate, você é praticamente o meu irmão. Eu não quero ver você triste, muito menos a Lisa.

— E o que eu faço?

— Peça desculpas... De joelhos.

— E depois?

— E depois? Bom, deixa rolar.