Por que não gosta dele? e Não machuque ele
Ária
- Por que não gosta de Taehyung? – Paraliso.
Sua pergunta feita de forma inesperada faz com que eu pare de comer no mesmo instante, a comida simplesmente trava e me custa muito para fazer desce-la.
Eu definitivamente não esperava por isso. Não agora.
- Eu nunca disse que não gosto dele. – Respondo sendo obrigada a tomar um pouco da sprite para não morrer engasgada.
- É que não precisou de muito para perceber. – Ele diz parecendo incerto.
- Não tenho nada contra. – Minto.
Eu não queria falar de Taehyung, tocar em seu nome ainda não me era confortável e por mais que o tempo estivesse passando, parece que tudo foi muito recente.
- Aish. – Jungkook resmunga com minha resposta – Por que vocês não me dizem a verdade? – Emburrado ele desvia o olhar e descontente da mais uma colherada na sopa.
Cogito se ele havia perguntado algo a Kim, e provavelmente sim, e admito que fico curiosa para saber o que aquele moleque havia respondido, mas não vou me atrever em perguntar.
- Por que a curiosidade? – Pergunto séria mostrando que aquela conversa não me era apetitosa.
Jungkook parece notar isso, pois seu jeito tímido o denuncia ao que ele desvia repetida vezes o olhar de mim.
- Eu só queria saber... – Responde baixo sem ao menos me encarar.
É nítido que ele ficou envergonhado e apesar de adorar seu jeito, me senti irritada por ele tocar no assunto. A culpa não é dele, óbvio, mas nem sempre é necessário saber de tudo.
- A versão que você tem de Taehyung, talvez não seja a mesma que eu tenho. – Digo permanecendo séria para que fique claro que não gosto de falar disso – E acredito que isso seja a única coisa que você precise saber. – Finalizo.
Os olhos de Jungkook se arregalam um pouco e ele parece processar minhas palavras, mas logo desvio minha atenção de sua imagem para voltar a minha refeição.
O incômodo em meu âmago se instala. Sei muito bem que não foi intenção de Jeon fazer com que eu me sentisse mal, mas é inevitável. Kim ainda é para mim um assunto muito mal resolvido que eu não tinha pretensão de arrumar tão cedo, ignora-lo era o melhor a se fazer.
- Desculpa. – O menino em minha frente diz um pouco baixo.
Quando meus olhos voltam para ele novamente, sua cabeça está baixa e o mesmo encara seus próprios dedos.
Isso me faz sorrir, mesmo que sem querer.
- Você não precisa se desculpar. – Digo sincera – Mas por favor, não me pergunte mais nada em relação ao seu amigo. – Peço tentando soar o mais clara possível.
- Tudo bem. – Ele diz ainda cabisbaixo.
Ele come em silêncio e eu faço mesmo, contudo, não demora até que uma vozinha no fundo de minha mente tome um microfone e grite "você foi dura demais com ele, sua idiota!" e isso faz com que eu me sinta pior.
- Quer ir na praia depois? – Pergunto afim de mudar o clima que estava se instalando ali.
- Não posso voltar tão tarde. – Ele me avisa, me encarando finalmente. – Mas se for rapidinho, podemos ir. – Me sorri fraco.
- Ótimo. – Lhe sorrio afim de mostrar que estava tudo bem entre a gente novamente.
Suspiro e assim nos concentramos em comer o mais rápido possível para que pudéssemos ir logo até a praia.
Não havia necessidade de irmos de carro já que a distância era mínima, então em silêncio, caminhamos até a orla, o que tornou o vento mais gelado ainda.
- É muito bonito aqui. – Jeon comenta assim que nos acomodamos em uma pedra grande que havia ali.
E ele estava certo. A noite estava muito bonita, o céu preto era lindamente enfeitado por estrelas brilhantes que faziam companhia à lua. Haviam pouquíssimas nuvens e essa visão refletia da forma mais genuína possível na água que servia de espelho para aquele retrato natural.
- É, realmente. – Digo um tanto maravilhada, apesar de não prestar atenção com frequência em detalhes assim – Você já tinha vindo aqui? – Pergunto quando abraço minhas pernas.
- Não, nunca tive tempo. – Ele diz sorrindo fraco.
- Nunca, nunca? – Pergunto um pouco indignada – Quem nunca tem tempo para vir à praia, Jeon? – Questiono.
Ele nega com a cabeça um tanto tímido e olha para frente encarando o mar.
- Minha rotina não me da esse luxo e também não gosto tanto de sair. – Explica – Mas não é como se me fizesse falta. – Da de ombros.
Ficamos em silêncio por um tempo.
- Como ele é? – O menino me encara sem entender muito bem.
- Quem?
- O Sr. Jeon. – Respondo o fazendo entender.
Jungkook foca em um ponto distante, parece analisar o que irá dizer e em seguida respira fundo para sorrir em sequência.
- Ele se esforça para ser um bom pai. – Diz simples – Sei que ele tem seus limites e não fico chateado ou o cobro por isso. – Respira fundo mais uma vez – Sou grato por tudo que ele me faz. – Me encara e sorri.
E seu sorriso foi a coisa mais sincera que já vi em meus curtos anos de vida. É um sorriso que me esforçaria para ver todos os dias, com toda certeza.
A simplicidade de Jungkook me cativa e não me nego a sorrir com isso. Claro que Jeon não é assim porque necessariamente quer e sim porque infelizmente nem todos tem as mesmas oportunidades, mas ainda sim, seu caráter é algo admirável
- E os seus? – Devolve a pergunta.
- Eles são ótimos também. – Respondo ao me recordar dos dois.
- Deve ser complicado ter dois pais, quero dizer, a galera aqui na Coréia não tende a ser tão mente aberta. – Comenta um tanto sem jeito.
- É, no começo quando nos mudamos para cá foi complicado. – Me recordo – Na escola me diziam coisas horríveis. Eu era considerada uma espécie de aberração... – Rio desgostosa ao lembrar – ...estrangeira, adotada e com dois pais. – Faço a mini lista – Mas eu não me importava de qualquer maneira. – Dou ombros – Eu apenas sou feliz por ter uma família. – Sorrio.
Jungkook concorda lentamente com a cabeça e parece não saber exatamente o que me dizer, mas não é como se fosse necessário que ele o fizesse. Eram apenas fatos que estavam guardados em um passado recente, mas que não me incomodavam mais, e para ser honesta, foram coisas que me ajudaram a nunca abaixar a cabeça para ninguém.
Nós dois ficamos em silêncio apreciando a vista, o assunto havia morrido com minha melancolia momentânea, mas eu não havia o feito por querer.
- Ária... – Jeon me chama baixinho.
Eu o encaro e ele repete meu ato. Sua garganta se movimenta alegando que ele está engolindo em seco e eu reconheço essa sua ação, pois geralmente ele o faz quando está tímido.
- O que?
- Você não é uma aberração. – Ele diz e desvia o olhar rapidamente – Q-quer dizer, é claro que você sabe disso. É que... eu acho que... – Ele se atrapalha todo em suas palavras mais uma vez.
E juro, eu tento, mas a visão de um Jungkook completamente desconcertado me faz derreter como manteiga no pão quente e uma vontade enorme de toma-lo me cresce.
- Eu te acho legal. – Diz finalmente – Sabe, na verdade eu não deveria achar isso. – Diz sincero – Mas você me deixa confuso às vezes e eu não acho isso tão legal, mas você é. – Ele diz mais embaralhado ainda e acabo rindo.
Seu jeitinho parece me aquecer de alguma forma e minha vontade é mais uma vez de protegê-lo.
- Você também é legal Jungkook. – Sou verdadeira em minhas palavras – E beija muito bem. – Garanto lhe piscando.
Como esperado, o menino fica extremamente vermelho.
- Aigoo, Ária. Por que você sempre faz isso? – Ele desvia o olhar e tenta não me encarar.
- Isso o quê? – Pergunto me fazendo de desentendida.
- Diz essas coisas. – Responde arrumando seu boné apenas para disfarçar.
- Ah, mas vai me dizer que não gosta do meu beijo. – Brinco só para ver até onde isso vai.
- C-claro... c-claro que gostei, Ária. – Ele olha para o lado contrário – Mas você é tão... explícita. – Jungkook acaba rindo com suas próprias palavras – Me deixa envergonhado. – Admite.
- Uhm, então você está me dizendo que te afeto? – Jogo e tudo que o menino faz é bufar.
- Para com isso! – Pede mais vermelho que um tomate e me seguro para não rir.
- E por que eu deveria? – Questiono me aproximando um pouco para encara-lo.
Sim, eu o olho nos olhos e Jeon faz o mesmo, ainda que esteja envergonhado.
Conectada ao seu olhar, sou capaz de sentir algo dentro de mim se remexer, é como as borboletas rosas daquele dia, e eu acredito fielmente que elas sejam rosas pois eu as imagino exatamente na tonalidade dos lábios de Jungkook, esses cujo eu encaro sem pudor algum nesse momento.
- Me diz Jungkook, por que eu deveria parar? – Minha questão sai em um tom diferente dessa vez, é um tom baixo.
Não sei se ele faz de propósito, mas sei que me arrepio quando o mesmo passa a língua entre os lábios e solta o ar como se estivesse abafado. De repente o clima já não é o mesmo e o mundo ao redor ficou silencioso, pareço tão submersa que ao menos escuto o som das ondas se quebrando.
- Porque senão eu vou querer te beijar de novo. – Ele diz para minha total surpresa.
Nem em um milhão de anos eu estaria esperando por essa resposta. Jungkook ao menos gaguejou e parecia satisfeito por me ver estática.
Ora, pois ele estava se soltando finalmente...
- Então não vejo porquê parar. – Rebato quando retomo a postura.
Sorrio fechado quando nos aproximamos e de perto ele me parece ainda mais bonito.
Roço carinhosamente meu nariz sobre o seu e o vejo rir com isso, mas faço questão de tirar esse sorriso de seu rosto quando junto meus lábios ao dele. Minha mão de forma costumeira vai até seus fios negros e ali infiltro meus dedos sentindo a maciez.
Ao mesmo tempo Jeon leva suas mãos em minha cintura e ali damos início a um ósculo gostoso e com timidez reduzida. Minha língua explora gostosamente a boca de Jungkook e o mesmo repete os movimentos que começa a se tornar familiar para ele.
Eu sinto seus dedos me apertarem por cima da blusa grossa e meu afago em seus fios se tornam mais fortes. Seu boné atrapalha um pouco, por isso faço questão de tira-lo e isso serve como aval para que o beijo se torne mais fogoso.
Nossas cabeças se movem em lados contrários e levo minha outra mão até seu pescoço querendo sentir sua pele quente. Jungkook solta um suspiro longo quando mordo devagar seu lábio inferior e volto chupando sua língua.
Eu já posso sentir meu meio se esquentar e meu ventre se incomodar com um desejo que cresce.
Aproximo ainda mais meu corpo ao seu, até que meu peito se encoste no seu e não evito em deslizar minha mão pelo tronco de Jungkook.
Separo nossas bocas, findando nosso beijo. Jeon tem sua respiração descompassada e está um pouco vermelho, mas não presto tanta atenção já que em seguida estou ocupada explorando seu pescoço com beijos molhados que fazem o garoto se arrepiar.
- Ária... – Ele chama pelo meu nome em um sussurro sofrido, atiçando- me ainda mais.
Sua voz permanece doce.
Vagorosamente subo os beijos até seu lóbulo o mordendo fraco. Infiltro minha palma por debaixo de suas blusas e sinto sua pele e escuto Jeon sofregar com o contato.
- Eu quero tanto te sentir, Jeon – Confesso no pé de seu ouvido e o menino solta um gemido baixo.
Exploro seu abdômen o sentindo se contrair com o toque e não me nego em imagina-lo despido.
Tomo sua boca novamente, agora de forma mais faminta e Jungkook demora um pouco a pegar o ritmo, mas quando o faz, sinto começar a ficar molhada.
De forma atrevida eu desço minha mão e notando o volume ali, não nego a sorrir. O apalpo sem pudor algum e Jeon se assusta, separando o beijo.
- O-o qu-e você está f-fazendo? – Pergunta em meio a sua respiração desregulada.
Eu não o respondo, apenas o acaricio por cima da calça e o assisto tombar a cabeça para trás.
A visão de um Jungkook sensível é uma das coisas mais lindas que já vi e em um lapso de insanidade uma idéia passa por minha mente.
- Você quer Jungkook? – Pergunto notando que minha voz está afetada pelo desejo. Ele volta seus olhos aos meus e noto que os mesmo brilham denunciando a vontade que o garoto sente enquanto acaricio o volume ali. – Quer que eu faça isso passar?
Me aproximo mais uma vez de seu rosto e repito o ato de roçar meu nariz no seu, sentindo Jungkook estremecer. Minha vontade é de enfiar minha mão ali e fazer Jeon gemer meu nome de tanto prazer, mas me contenho esperando sua resposta.
- I-sso... é tão errado. – Ele diz fraco descendo a visão para minha mão que lhe acaricia por cima do tecido.
Assisto o mais novo morder seu lábio inferior enquanto seu volume cresce com o estímulo mínimo que lhe faço.
- Á-Ária... eu que... – O som algum celular tocando interrompe a fala de Jungkook, consequentemente, interrompendo meu ato.
Escuto Jeon murmurar algo mas não intendo o que exatamente, já que estou preocupada tentando me recompor de algo que não deveria ser feito em público.
Jungkook saca seu celular do bolso e o atende.
- Alô ...Já estou indo pai. – Ele diz durante a conversa – Sim, eu sei, já estou voltando. – Responde – Ok. – Desliga o telefonema e me encara tão vermelho quanto antes – E-eu, preciso ir. – Diz totalmente sem jeito.
- Tudo bem, podemos terminar outra hora. – Digo lhe piscando ao mesmo tempo que me levanto.
O período fértil é o pior inimigo de uma mulher...
{...}
O dia amanhece e com a chegada do sol também vêm o barulho irritante de meu despertador. Com um custo considerável eu me levanto afim de tomar uma ducha antes de ir para a escola.
E seria muita imbecilidade de minha parte dizer que meu primeiro pensamento ao sentir a água morna me molhar, foi Jeon Jungkook?
É, talvez sim.
Mas a imagem de suas bochechas avermelhadas me apetecem, não posso lutar contra isso.
Saio do banheiro enrolada na toalha e caminho até meu closet onde as roupas perfeitamente passadas já estão organizadas.
Vestindo o uniforme padrão, sinto uma ansiedade peculiar me tomar. Não é como se eu adorasse ir para a escola, mas saber que quando estiver lá verei Jeon, me deixa menos aborrecida.
Assim que arrumo a gravata em meu pescoço checo minha imagem no espelho. A marca fraca ainda está ali, por esse motivo sou obrigada a passar um pouco de base e o pó para selar.
Às vezes agradeço por meus pais serem tão ocupados, caso contrário, seria ainda mais complicado "fugir" deles durante essas semanas que se passaram.
Meu pai, Chunghee, é um psiquiatra bem conhecido aqui na cidade. A sala de recreação da casa exibe diversos prêmios que o mesmo ganhou através de estudos e pesquisas feitas durantes os anos. Não sendo tão diferente de meu pai Kwan, que pode facilmente ser considerado um dos melhores advogados daqui, tanto que foi convidado a participar da semana de palestras em uma Universidade em Seoul, deixando-me assim, livre de possíveis questionamentos em relação ao hematoma.
Eles jamais poderiam saber do que aconteceu, ambos são pessoas muito calmas e pacientes, mas quando se trata dele, acredito que perderiam a cabeça e fariam algo horrível por conta de uma teimosia idiota da minha parte. E eu não quero isso.
Depois do café da manhã sendo acompanhada somente pela Sra. Chiou, eu segui com meu carro até a casa de Lisa e juntas fomos para escola.
- Jimin falou que está pensando em dar uma festa. – Ela diz enquanto passa o gloss em seus lábios – Estou pensando em dizer para ele convidar Jaebum.
- Jaebum? Sério? – Pergunto desacreditada.
- Ah, não começa. Ele é um gato. – Diz guardando seu batom.
- Eu achei que você estava afim da Jennie. – Digo sem entender.
- É, eu estou. Mas enquanto ela me enrola, não vejo mal em dar um beijos no Im.
- Lisa, você não presta. – A censuro falsamente.
- Você também não passa longe. – Devolve.
E é entre alfinetadas que seguimos caminho ao inferno particular.
Logo na entrada avisto Jeon, ele está ao lado de Kim Taehyung e próximo ao garoto Hoseok.
Por mais que a presença do azulado me incomode ao extremo, não evito em sorrir para o de cabelos negros quando nossos olhares se encontram.
Sua primeira reação é corar violentamente e seu sorriso tímido brota em seguida. Ele me sibila um "bom dia" e eu acho isso tão fofo quanto sua coloração. Devolvo o bom dia e logo entro para dentro do ambiente escolar.
Depois de encontrar com Namjoon e Jimin e trocarmos conversas costumeiras, o sinal bate anunciando que era hora de começarmos a ser gente.
Durante a aula eu e Jungkook trocamos olhares por diversas vezes e algumas delas foram pegas por Taehyung, que fez questão de revirar os olhos para mostrar como estava incomodado com a situação.
Mas acontece que eu não dou a mínima.
A aula de literatura começa, mas nos primeiros cinco minutos a inspetora aparece na porta pedindo licença.
- A professora de educação física está pedindo a presença de Kim Taehyung e Moon Ária na quadra. – Anuncia e logo após isso sai da sala
Murmuro descontente. O professor nos deixa sair e sendo seguida por Kim, me questiono onde eu estava com a cabeça em aceitar dar aula de vôlei para a merda do primeiro ano.
Os corredores estão desertos, o único barulho que se ouve é os de meus passos e os de Taehyung. Me sinto incomodada com sua presença e sei que ele partilha do mesmo sentimento pois por diversas vezes o ouço bufar como um touro – até porque ele não está tão longe de ser isso mesmo.
- Da para parar com essa merda? – Pergunto irritada quando ele repete o barulho pela trigésima vez.
- Cala a boca. – É tudo o que ele diz.
- Infantil do caralho. – Xingo continuando a andar.
Mas meus passos são interrompidos quando sua mão grande segura meu pulso de forma rude e sem delicadeza.
- Escuta aqui Ária, eu não sei o que você está tramando e muito menos o que se passa nessa sua mente problemática, mas entenda que o Jungkook não é o tipo de pessoa que serve para ser seu brinquedo. – Cada palavra sai de forma ríspida por seus lábios e a forma com que ele me encara faz com que eu me sinta uma criminosa.
- Me solta agora. – Digo cada palavra vagorosamente.
- Você entendeu, Ária? – Ignora meu comando me apertando ainda mais.
- Você não é ninguém para querer mandar em mim Kim Taehyung. – Digo o encarando profundamente - E por mais que não seja da sua conta, saiba que eu não estou brincando com ninguém. – Digo tão ríspida quanto ele.
- Eu. Não. Confio. Em. Você. – Diz cada palavra pausadamente.
Rio em escárnio.
Quem esse garoto pensa que é para falar assim comigo?
- Entenda Taehyung, eu estou pouco me fodendo para sua confiança, não fique agindo como um bom amigo, pois eu sei que você está bem longe de ser isso. – Levo minha mão até a sua e a tiro dali de forma rude. – Para de se intrometer onde não deve!
- Eu te conheço, anda, me diz qual é a sua? – Ele eleva o tom.
- A minha é que eu quero que você vá para a puta que te pariu e pare de me encher o saco! – Devolvo em mesmo tom.
Ele fica vermelho devido minha resposta e sei que isso é culpa da raiva, pois não estou muito diferente.
- Se você estiver brincando com ele Ária...
- Está me ameaçando, Kim? – Questiono com sarcasmo - Você sabe muito bem que não tenho medo de homem, principalmente de um garoto como você, falso! – Digo cruzando meus braços e lhe encarando mortalmente.
- Eu sou o falso agora? – Ri com descrença – É você que esta fingindo ser quem não é para manipular Jungkook! – Acusa fazendo meu sangue borbulhar em ódio – Quero ver o que vai acontecer quando ele descobrir a grande filha da puta que você é!
A vontade que sinto no momento é de voar nesse desgraçado e deita-lo no soco até que ele não esteja mais respirando. Mas com grande pesar, sei que não posso fazer isso.
- Eu não estou manipulando ninguém e pare com esse teatro! – Quase grito – Eu também te conheço Kim Taehyung, eu sei bem quem você é, então pare de agir como se eu fosse a vilã aqui!
Kim abre a boca como se fosse me rebater, mas nada saí e nada sai porque ele sabe muito bem que eu estou certa, ele sabe muito bem que ele também é um grande desgraçado e não tem direito algum de vir me dar lição de moral.
Ele trava o maxilar e mantém o olhar duro sobre minha pessoa e eu não abaixo a bola, me mantendo no mesmo nível. Eu sinto como se ele também quisesse voar em meu pescoço, mas está se segurando ao máximo.
- Não machuque ele. – É tudo o que ele diz antes de me dar as costas e voltar a caminhar pelos corredores.
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Esse capítulo foi só bomba, os comentários são por conta de vocês KKKKK
Nos vemos no próximo❤
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