Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 45

     ISABELLA MARTINS


— Bem-vinda de volta. — Dean falou assim que colocamos os pés para fora do aeroporto de Miami.

— Eu pensei que fossemos para Nova York.

Olhei em volta. Apesar do sol brilhando forte no céu da Flórida, o clima estava bem frio graças ao inverno. Só não tanto quanto na Inglaterra.

— O meu pai não mora em Nova York, mora? — Ele ironizou.

— Eu não sei, sei? — Ironizei de volta.

Ele estava pensando mesmo que eu sabia de tudo sobre o Jordan Wester e a sua família criminosa? Sendo que eu tinha descoberto apenas o básico há quarenta e oito horas atrás?

— O que exatamente você sabe então? — Uma outra voz masculina perguntou.

Me virei para ver quem era e encontrei um homem branco, alto, forte, e vestindo um terno preto aberto, com uma camisa social branca com vários botões abertos por baixo, revelando parte do peitoral musculoso e bronzeado. Ele estava encostado de forma despreocupada em um grande carro preto e eu pisquei algumas vezes, desconcertada.

— ... Jordan?

Tive que perguntar. Ele não parecia muito mais velho que o Dean.

O homem deu uma risada.

— Ethan Wester. — Se apresentou, com um sorriso de lado.

— Meu irmão. — Dean explicou.

— Ahh... não sabia que tinha um irmão.

— Meio irmão. — Ele se desencostou do carro e retirou os óculos de sol, revelando os olhos azuis como o céu de Miami. — Bem-vinda, Isabella.

— Obrigada? — Respondi, ainda sem entender bem o que estava acontecendo.

Ele colocou os óculos de volta e sorriu. Ethan e Dean não tinham nada a ver na aparência, Dean era ruivo e um pouco pálido, além dos olhos escuros. Ethan tinha cabelo preto, também era branco, mas extremamente bronzeado, e os olhos.... eu já falei que pareciam o céu? Acho que sim. Dean exalava prepotência. Ethan exalava confiança. E olhe que eu mal tinha trocado uma palavra com esse cara.

— Vamos? Meu pai está esperando. — Ele foi até o seu carro e abriu a porta do passageiro. Dean iria entrar, mas Ethan o parou pelo ombro. — Damas na frente, bastardos atrás.

Arregalei os olhos, surpresa com essa "dinâmica" familiar. Era assim que Ethan tratava o Dean? Minha nossa...

— Qual é, Ethan?

Alguns segundos se passaram, e ao ver que o irmão não iria ceder, Dean bufou e entrou no banco de trás do carro. Entrei no banco de passageiro, e Ethan fechou a porta para mim, dando a volta para entrar no lado do motorista.

— Você não respondeu a minha pergunta. O que sabe? — Ele voltou a perguntar.

— Não sei de muita coisa. Apenas que Jordan é um grande mafioso.

— Isso já é saber mais do que a grande maioria das pessoas. — Ele sorriu.

Ethan dirigiu o resto do caminho em silêncio até uma marina. Pelo nível dos iates ali, era uma marina bastante exclusiva. Fomos até um enorme iate que estava parado em uma das docas e os dois seguranças que estavam guardando a entrada abaixaram a cabeça em respeito assim que viram Ethan se aproximar na frente. Se isso já não chamasse atenção o suficiente, os homens ainda estavam armados até os dentes, com revólveres e até mesmo uma metralhadora pendurada nas costas de um deles. Eles realmente não estavam tentando esconder nada.

Passamos por eles e entramos. Estava acontecendo uma festinha do lado de dentro do iate. Logo ao entrar, havia algumas pessoas se pegando loucamente em um sofá, e uma mesinha no meio delas cheia de cocaína espalhada.

— Estamos no lugar certo? Eu pensei que vocês iriam me levar até o Jordan. — Falei, um pouco incomodada com o ambiente.

— Estamos, é que o meu pai fica entediado facilmente. — Ethan disse, acompanhado de uma revirada de olhos.

Continuamos adentrando o iate, que era de três andares, e no caminho até em cima, passamos por várias mulheres de biquínis tomando shots e dançando loucamente, até que chegamos em um quarto fechado. Ethan bateu na porta algumas vezes e logo, ela foi aberta.

O homem se assemelha a bastante a Ethan, pele branca bronzeada, cabelo escuro curto, e alto e forte, só que mais velho. Eu chutaria uns quarenta e oito anos, e se fosse mais velho estava incrivelmente bem para a idade. Ethan, que deveria ter no mínimo uns vinte e cinco, abaixou a cabeça em respeito, assim como os guardas na entrada fizeram com ele, e deu um passo para o lado, para que Jordan olhasse para mim.

— Isabella... — Ele anunciou com um sorriso. Falando meu nome com um sotaque italiano.

No entanto, eu não conseguia ser igualmente educada. Apenas em pensar que tinha sido esse homem o responsável pela "morte" do meu pai, resultando na vida miserável que eu levei, eu sentia raiva. Muita raiva. Raiva o suficiente para sequer conseguir forçar um sorriso.

— Precisa de algo mais, pai? — Dean perguntou atrás de mim.

— Não. Nos deixem a sós.

Dean foi o primeiro a sair, sem nem se importar com o que estava ou iria acontecer comigo. Ethan, entretanto, continuou parado.

— O que o senhor pretende?

O sorriso de Jordan sumiu e ele adotou uma expressão séria. Ele não respondeu à pergunta, apenas se repetiu.

— Nos deixe a sós, Ethan.

Dessa vez, Ethan acatou a ordem. Ele se virou para passar por mim e ir embora, mas eu segurei a manga da sua camisa, receosa sobre o que aconteceria se ele me deixasse ali.

— Ethan...

Ele segurou a minha mão com força e a retirou do seu terno sem nem olhar para mim, então, foi embora sem olhar para trás.

— Vocês também. — Jordan falou alto, olhando para trás.

Alguns segundos depois, duas mulheres se levantam da cama e saem do quarto, uma ainda de biquíni, enquanto a outra estava totalmente pelada e se cobrindo com as pequenas peças de roupa nas mãos.

— O que você quer comigo?

— Primeiro entre, aqui dentro há mais privacidade.

Não havia sotaque nenhum em sua voz agora. O que me fazia pensar que ele não era italiano coisa nenhuma. O sobrenome "Wester" era bem americano, afinal.

E eu não senti que havia espaço para sequer discutir o que ele havia dito, tinha sido uma ordem, e clara. Mesmo receosa, eu adentrei mais no quarto. Não havia nada ali dentro além de uma enorme cama, uma mesa com comida e drogas, e um mini bar.

— O que você quer? — Perguntei novamente, observando-o se aproximar de mim.

— Tão linda...

Ele pegou uma mecha do meu cabelo, mas eu rapidamente dei um passo para trás, me afastando do seu toque.

— Acho que você deveria saber que a última pessoa que ousou fazer algo contra mim não está mais aqui pra contar a história. — Ameacei, mesmo sentindo que poderia começar a chorar a qualquer momento de tanto medo.

Jordan voltou a sorrir.

— Brad, certo? Ele era um idiota mesmo. — Estranhei. Ele não sabia sobre o Jack? — Mas pode ficar tranquila, eu não tenho qualquer interesse em tocar em você. Posso ter qualquer mulher que eu queira na minha cama. Por que iria querer alguém como você? — Ele sorriu de forma convencida. — Estava apenas observando o quanto você se parece com o seu pai.

Fechei minhas mãos em punhos, tentando controlar a minha raiva. Como ele ousava falar do meu pai?

— O que você quer? — Repeti pela última vez.

— Você sabe que ele ainda está vivo, não sabe? — Ele voltou a se aproximar, me olhando nos olhos, procurando qualquer sinal de fraqueza ou verdade. Assim como Ethan, ele também tinha olhos azuis. — Não vejo surpresa em seus olhos, então, é certo que sabe.

— Eu não sei de...

Ele interrompeu a minha fala com um forte tapa. Levei a mão até o rosto em choque, enquanto sentia todo o lado direito do meu rosto arder.

— Mentir é feio, Isabella.

Fui tentar devolver o tapa, mas em um movimento rápido, ele segurou o meu pulso com uma mão, enquanto que a outra ele envolveu no meu pescoço, me empurrando com força até a parede atrás de nós.

— Seu assassino desgraçado!

Ele apertou a sua mão no meu pescoço, me sufocando um pouco, e sorriu de forma sádica enquanto eu lutava para respirar.

— Assassino por assassino, você também é uma! Agora me diga... onde está o seu querido papai?

— Vá... se foder!

Cuspi no seu rosto, e isso apenas o irritou ainda mais. Jordan aumentou a força em meu pescoço, cortando totalmente o meu oxigênio, e soltou a minha mão para limpar o rosto. Coloquei as minhas duas mãos no seu braço, tentando fazer com que ele soltasse o meu pescoço, mas ele era mil vezes mais forte que eu.

— Sabe? Acho que mudei de ideia... Já que não vai me dar a informação que eu quero livremente, terei que tirá-la a força de você.

Ele começou a tentar abrir as minhas roupas, e foi aí que eu me desesperei. Usei minhas mãos para tentar pará-lo com tapas e arranhões, mas era como tentar lutar contra uma parede, ele não se abalava por nada. Então, quando vi que não chegaria a lugar nenhum, usei minha mente e me lembrei da aula que Harrison havia me dado de como me defender.

Jordan se aproximou para lamber o meu rosto da forma mais nojenta possível, e eu aproveitei a sua proximidade e levantei a perna, usando tudo o que restava da minha força para lhe dar uma joelhada no meio das pernas.

Ele finalmente me soltou, se inclinando para baixo em agonia, e eu aproveitei que estava livre das suas mãos para lhe dar mais um chute no mesmo lugar. Olhei em volta, vendo a bandeja de drogas a alguns passos ao meu lado, e assim que a alcancei, bati com a bandeja na cabeça de Jordan, fazendo cocaína voar para todos os lados e Jordan cair para trás. Isso me deu a chance perfeita para sair correndo, e prendendo a respiração para não aspirar aquela merda, eu fiz exatamente isso.

Saí do quarto, tropeçando nos meus próprios pés enquanto lutava para respirar e correr, e fui passando correndo pelos corredores e cômodos do iate. Acabei caindo enquanto descia a última escada, mas não deixei que isso me parasse e levantei rapidamente. Estava quase alcançando a saída, quando senti uma pancada atrás da cabeça e caí no chão, com a visão turva enquanto tudo girava. Vi a silhueta de alguém se aproximar, mas não tive mais forças e apaguei completamente.

Quando recobrei a consciência, eu estava com uma dor terrível na cabeça e no pescoço. Levantei rapidamente, percebendo que eu estava em cima de uma cama e instintivamente olhei para baixo, suspirando aliviada ao ver que eu ainda estava completamente vestida.

Olhei em volta pelo quarto, confusa. Não era o mesmo quarto de antes, haviam móveis ali, nada lembrando o quarto de Jordan que mais parecia um quarto de motel, mas definitivamente ainda estávamos no iate, eu conseguia sentir o leve balançar da água.

Ouvi o som da fechadura, e me deitei rapidamente, fechando os olhos. Alguém entrou. Ouvi uma movimentação à minha volta, mas não ousei abrir os olhos para ver quem era e o que estava acontecendo. Por sorte, não precisei. Um celular começou a tocar.

— O que foi Dean? — Era a voz de Ethan. — Você deveria se preocupar em achar a sua noiva em fuga, deixe que eu cuido da minha. — Ele desligou a ligação. Pensei que iria sair, mas ao invés disso, senti ele cutucando o meu pé. — Eu sei que você está acordada, Isabella, levanta.

Abri um olho, vendo-o parado em pé diante da cama. E ao ver que era apenas ele, e ele não parecia irritado, me sentei na cama, abrindo os olhos normalmente.

— Me desculpe pelo meu pai. As coisas saíram um pouco do controle.

— Um pouco? — Soltei, me sentando na cama. — Se me estuprar é sair um pouco do controle, imagino que o ele não faria comigo se surtasse.

— Você me entendeu. — Ele fechou a cara.

— Sim, entendi perfeitamente, acredite! — Resmunguei, começando a sentir a realidade finalmente bater em minha porta, e Ethan nada disse. — Dean foi realmente embora? Ele me disse que Jordan queria apenas conversar comigo e que eu ficaria segura, e...

Não consegui mais continuar, a vontade de chorar foi ficando cada vez mais forte e eu preferi me calar a ter que chorar na frente dele. De qualquer pessoa, na verdade. Onde eu fui me meter?

— Kaylin fugiu com outro cara, Dean foi atrás deles. Você deve saber sobre isso, já que é amiga dela.

— O quanto vocês sabem sobre mim? — Abaixei a minha cabeça em minhas mãos para esconder o meu rosto e as lágrimas insistentes. Eu não iria chorar!

— Sabemos de quem você é filha e sabemos que matou o Bradley Crawford.

— Como sabem que fui eu?

— Dean estava no baile.

Balancei a cabeça. Eu tive uma leve desconfiança dele quando ele começou a falar sobre morte do nada lá na festa da piscina da Kaylin, mas pensei que estava apenas exagerando. Sendo paranoica. Mas mais uma vez, eu deveria ter confiado no meu instinto.

— O que eu estou fazendo aqui, Ethan? Vocês vão me matar, é isso?

— Você não nos serve para nada se estiver morta, Isabella. Por isso o meu pai pediu para que Dean te trouxesse até aqui. Em Miami você estará segura do pessoal do Charles, ele não tem controle nenhum na Flórida.

Eu ainda não estava convencida. Na verdade, o "ainda" era pura modéstia. Eu não estava nenhum pouco convencida.

— Mas vocês iriam me proteger a troco de que? Bondade?

Ele riu. Era óbvio que não.

— O plano A do meu pai era conseguir informação sobre o Fernando, mas como você não a tem, ou a tem mas não quer falar, o plano B é fazer de você uma garantia.

— O que isso quer dizer? — Perguntei, mais confusa do que antes.

— Seu pai está vivo. — Eu já iria contestar isso, mas ele foi mais rápido. — Não precisa mentir, você sabe, nós sabemos, e está tudo certo. O problema é, ele estar vivo nos coloca em perigo. Ele foi a única pessoa que escapou das mãos do meu pai há anos atrás e é a única pessoa que tem informações úteis para os federais.

— A investigação ainda está acontecendo? Mesmo depois de quase uma década?

— Não finja que não sabe.

— Eu realmente não sei, caramba! Tudo o que eu descobri foi que ele está vivo escondido em algum lugar, mas não sei onde!

Fui o mais honesta possível, sem revelar nada que eles aparentemente já não soubessem.

— Sim, a investigação continua. Pelo o que os informantes do meu pai descobriram, o seu pai é a testemunha principal do caso e está em um programa de proteção a testemunhas.

— Então por isso eu estou aqui. Jordan queria que eu dissesse aonde ele está para se livrar dele de verdade dessa vez. Mas como isso não aconteceu... o que é o plano B?

— Garantia. — Ele deu de ombros. — Enquanto você estiver aqui conosco, seu pai não vai ousar falar uma palavra sequer contra nós por medo de que isso respingue em você.

— Isso é ridículo. Me manter aqui como refém só vai ser mais combustível para o meu pai queira se livrar de vocês!

Pelo menos, isso era o que eu achava que ele faria... Pois parte de mim temia que ele já tenha se esquecido de mim.

— Nós não vamos manter você como refém, meu amor. — Jordan apareceu na porta, se encostando no batente. — Me desculpe por antes, eu estava fora de mim. — Não dei a mínima atenção àquele decadente pedido de desculpa. — Você vai entrar para a família. — Anunciou com um sorriso irônico.

— O que quer dizer com isso?

Estreitei os olhos.

— Você ainda não contou a ela? — Jordan olhou rapidamente para Ethan, e depois voltou a olhar para mim. — Você vai ser a minha nova nora!

O que Ethan falou ao celular com Dean finalmente chegou aos meus ouvidos e eu me dei conta da merda que estava acontecendo ali.

— Não... Não! Eu prefiro morrer.

— Infelizmente, para mim, você só é útil viva. — Jordan riu. — Cuide bem da minha norinha, filho, eu tenho negócios a tratar.

Jordan deu alguns tapas no ombro de Ethan, e então, saiu do quarto.

— Que porra é essa, Ethan? Vocês não podem...

— Podemos tudo! — Ele me cortou, sério. — Meu pai pode tudo. Ele praticamente controla a Flórida.

Apesar de aparentar ser irredutível quanto aquela ideia, Ethan não parecia nada confortável comigo ou com a situação ao todo. Ele estava tenso, nada parecido com o homem que foi me buscar hoje mais cedo no aeroporto. Pelo menos eu esperava que tivesse sido hoje, pois eu não tinha a menor ideia de que horas eram e de quanto tempo havia passado desde que apaguei.

— Você também não sabia disso, não é? Desse "plano B"!

— Não importa o que eu sabia ou não, Isabella. É isso o que vai acontecer.

— Ele é o seu pai, você pode...

— PARA! — Ele se irritou. E eu me encolhi na cama, me assustando com a súbita mudança de humor. — Eu tenho tanto controle sobre a minha vida quanto você nesse momento, essa merda não é uma escolha!

— ... Você poderia me ajudar a fugir. — Sugeri em um fio de voz, enquanto me ajoelhava na cama e ia até a borda para ficar mais perto dele. — Ethan, por favor... eu sei que você não quer isso, eu sei que você é...

— Diferente? — Ele riu secamente. — Só por que eu não concordo com a porcaria de um estupro, não significa que eu seja tão diferente assim, Isabella. Eu não sou seu amigo. — Falou duramente. — Vou deixar você a sós para descansar um pouco, mas eu volto para te pegar em algumas horas. Vamos para casa em breve.

Sem dizer mais nada, ele me deu as costas e saiu do quarto, trancando a porta pelo lado de fora. Levantei da cama, sentindo como se aquele quarto estivesse encolhendo sobre mim e me sufocando, e sem aguentar mais, eu gritei. Gritei alto, gritei forte, gritei com toda a raiva que havia em meu corpo e com todas as minhas forças. Coloquei todo aquele ódio para fora.

Quando eu finalmente parei, me sentei na cama para recuperar o fôlego, e logo senti as lágrimas escorrendo. Droga... Caralho! Enxuguei as lágrimas rapidamente, tentando não voltar a chorar.

Olhei em volta e havia uma porta no canto do quarto, rezei para que fosse um banheiro e fui até lá. Acendi a luz, parando em frente ao espelho, e foi quando eu finalmente percebi que ainda estava usando o sobretudo de Harrison.

Merda...

Tirei a peça de roupa, jogando-a no chão, e quando olhei para o espelho novamente, eu estava mais uma vez chorando. Que ódio!

— Pare com isso, Isabella. Se recomponha! — Ordenei, tentando parar de chorar.

Eu não aguentava mais isso. Não aguentava mais me sentir tão fraca e impotente. Tão triste e patética. Eu odiava!

Enxuguei as lágrimas e apoiei minhas mãos na pia, me olhando nos olhos pelo espelho e respirando fundo várias vezes na tentativa de tomar o controle das minhas emoções.

Demorou mais do que eu pensei que demoraria. Eu parei e voltei a chorar algumas vezes, me xingando de todos os nomes possíveis no processo. Até que as lágrimas finalmente secaram e eu pude respirar em paz. Sem aquele nó na garganta.

Apenas então, abri a torneira e peguei um pouco de água nas mãos, jogando-a no meu rosto e deixando que ela levasse embora qualquer resquício de tristeza e maquiagem. Eu precisava ser forte. Eu precisava pensar!

Completamente centrada, eu voltei para o quarto e me sentei na cama, tentando pensar em alguma ideia para dar o fora dali o quanto antes. Seja essa ideia a curto, a longo prazo, ou... algo pior que isso.

Pois eu definitivamente não tinha medo de sujar minhas mãos de novo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro