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Capítulo 41

     HARRISON FLINT


— O que foi, Logan? É bom isso ser urgente, eu estava ocupado. — Atendi a ligação impaciente. Preferia mil vezes estar beijando a Isabella na cozinha do que falando ao telefone com o meu primo.

— Lembra daquilo que você pediu que eu investigasse? — Okay, talvez o assunto de fato fosse urgente.

— Sim... Conseguiu algo?

— Sim. Infelizmente ou felizmente, depende do ponto de vista. Mas você estava certo. Dá uma olhada no seu e-mail, eu enviei tudo por lá.

— Vou olhar agora. Obrigado, Logan.

Já iria desligar a chamada quando ele continuou.

— Harrison?

— Sim?

— Você vai contar a ela sobre isso? — A pergunta de um milhão de dólares. Eu realmente não sabia o que iria fazer.

Suspirei.

— Honestamente... eu não sei.

— Pensa bem no que vai fazer. E fica bem.

— Até mais, Logan.

Desliguei a ligação e peguei o meu notebook, indo me sentar na cama. Abri o e-mail que ele havia enviado e li com desgosto todas as informações ali contidas. Eu não tinha ideia de como Isabella reagiria a tudo isso. E uma grande parte minha queria apenas enterrar todas essas informações. Afinal, ela ficaria melhor sem elas... nós ficaríamos melhor sem elas. Se é que havia um nós. Era egoísta demais pensar assim?

Isabella não me odiou até hoje, mas se ela descobrisse sobre o envolvimento da minha família nisso, aí sim eu sentiria o seu ódio. E eu não queria isso. Escutei o som da porta abrindo e fechei o notebook imediatamente.

— Está tudo bem? Quem ligou? — Ela me olhou preocupada.

— Está, não foi nada. Era o Logan, mas eu já estou resolvendo. Não precisa se preocupar.

Esperei que ela perguntasse algo, e se fizesse, eu teria que mentir. Mas ela não fez. Estava estampado na sua cara a sua curiosidade, ainda assim, ela não o fez. Não sabia se deveria me sentir mal ou feliz com isso. Mas a balança estava caindo para o mal.

— Ok... o jantar já está pronto para quando seus amigos chegarem.

— Ótimo. — Me levantei da cama. — Sei que vai ser uma delícia... Você quer tomar banho primeiro?

— Sim, se não for um problema.

— Não é. Vou te deixar à vontade.

Saí do quarto e fui para a sala. Assim que ouvi o som do chuveiro, eu liguei para Gwen. Tocou várias vezes e ninguém atendeu. Liguei uma segunda vez, e então novamente, mas nada. Talvez ela estivesse ocupada em algum trabalho... Olhei para a tela do celular completamente em dúvida, mas decidi deixar o meu orgulho de lado mais uma vez e ligar para Deverell.

— Alô?

— Sou eu. Aconteceu algo com a Gwen? Estou ligando e ela não atende.

— Ela saiu para fazer um trabalho na Virgínia. Não deve estar te atendendo, pois está puta com o irmão dela. Ele deixou uma boceta entrar na mente dele e agora não faz nada direito.

— Vá se foder, Deverell.

— Para que me dar ao trabalho? Você já está fazendo isso com a família inteira. — Respirei fundo, tentando controlar a raiva eminente. — Mas vamos lá, deixe-me saber, o que você quer agora? Só liga para pedir favores ultimamente.

Eu quase desliguei a ligação ali mesmo. Puto demais para falar qualquer coisa. No entanto, eu não podia. Não por mim, e sim, por Isabella. Eu tinha que pensar nela.

— Eu preciso saber tudo o que você lembra sobre um trabalho que fez há uns anos atrás... aquele que você pediu a minha ajuda.

— Você vai ter que ser muito mais específico que isso.

— Jordan Wester.

— Hum... claro. O que quer saber sobre isso?

— Quem... — Minha voz falhou e eu precisei limpar a garganta para continuar. — Quem foram as vítimas?

— A lista foi longa. Espera mesmo que eu me lembre disso? — O meu silêncio foi a minha resposta, e após um profundo suspiro, ele continuou falando. — Okay, vamos lá, pois esse foi o maior trabalho que eu já peguei, as pessoas estavam espalhadas por vários estados e demorei uns dois anos para terminar... se não me engano, foram umas quinze ou vinte pessoas, por isso não me lembrarei de todos agora. Faz muito tempo.

— Ok... então deixe-me ser mais específico... houve algum trabalho na Flórida? — Perguntei, apreensivo.

— Sim... se lembro bem, um promotor brasileiro..., mas não me recordo do nome agora.

Fechei os olhos, já esperando pelo pior.

— Fernando Martins?

Houve uma pequena pausa antes da sua resposta.

— É... acho que sim. Esse era o cara. Mas como você sabe disso? E por que está fazendo todas essas perguntas agora? Elijah está enchendo o saco de novo? Você deveria pôr um ponto final nisso, ou melhor, nele. Não sei como você aguenta alguém te perseguindo e...

— O trabalho foi limpo? — O interrompi.

Essa era a única coisa que realmente importava agora.

— Ninguém pode me ligar a nada, Harrison, mas novamente, por que você está desenterrando tudo isso agora?

Eu não tinha cabeça para lhe responder isso agora. Ele surtaria. Já não gostou quando eu poupei a vida de Isabella, e soubesse disso, essa tempestade entornaria. Eu não tinha cabeça para lidar com o Charles e Deverell ao mesmo tempo. Isso sem mencionar a CIA.

— Eu tenho que desligar, pai.

— ... Espera, pai?

Fechei os olhos. O choque e a decepção eram tão grandes no momento que eu simplesmente o chamei de pai do nada. Talvez eu estivesse mesmo enlouquecendo.

— Eu quis dizer Deverell. Tchau.

Desliguei a ligação e me sentei no sofá, sem ter a mínima ideia do que fazer ou como agir perto da Isabella agora que sabia disso. Minha família não apenas havia destruído a vida de Elijah, como a vida de Isabella também... E se isso não fosse ruim o suficiente, a vida ainda nos reuniu para que isso acontecesse uma outra vez.

E apesar de ter todos os motivos para enterrar esse assunto de vez e nunca mais falar sobre isso, eu sabia que teria que ser honesto com ela... eventualmente. Pois não agora, e definitivamente, não hoje à noite.


     ISABELLA MARTINS

Tentei equilibrar quatro taças de vinho na pequena bandeja, enquanto voltava da cozinha. Harrison, Mike e Paul estavam em uma conversa, e eu os servi o mais rápido possível, e em silêncio, para não me atrapalhar ou os interromper. Assim que acabei, peguei a minha própria taça e me sentei ao lado de Harrison no sofá, enquanto seus amigos estavam no outro.

— A vida está indo, não é? Meu time finalmente está em uma boa fase, e temos a chance de ganhar o campeonato esse ano. — Mike estava falando.

— Harrison me falou que você joga hóquei, de que time é? — Tentei interagir.

— Esse aí é um cachorrão! — Paul brincou.

Dei um sorriso para tentar disfarçar, pois eu deveria estar com a maior cara de paisagem do mundo. Eu não entendia nada de hóquei, ou esportes no geral. Talvez percebendo isso, Harrison decidiu intervir antes que eu ficasse ainda mais constrangida.

— Ele joga no Haringey Huskies.

— Ah, claro! — Dei uma pequena risada, entendendo que o apelido deveria estar ligado a raça de cachorro presente no nome. — É um bom time. — Eu menti, já que sequer conhecia time de hóquei na América, imagina conhecer um da Inglaterra? Era pedir demais de mim.

— E você, Isabella? — Mike perguntou. — Você nos recebeu tão bem, tem uma personalidade tão agradável, com o que trabalha?

Olhei para Harrison, mas ele não me deu qualquer indicativo de se iria ou não falar no meu lugar, então, decidi dizer a verdade.

— Eu sou assistente dele.

Os dois olharam para Harrison com sorrisos debochados.

— Assistente? O solteirão de Londres se apaixonou pela própria assistente!? — Mike provocou.

— Uau, que clichê! — Paul acrescentou.

— Vocês são uns idiotas. — Harrison revirou os olhos, rindo.

— Mas certamente é melhor do que ser um lobo solitário. Então, muito obrigado, Isabella. Eu sei o quanto deve ter sido difícil aguentar esse cara, ele é insuportável. — Ele juntou suas mãos, fazendo um sinal de "amém" ao falar. — Mas você salvou o nosso amigo de morrer sozinho. Por isso, terá minha eterna gratidão.

Todos riram do seu exagerado agradecimento, enquanto Harrison bebericava da sua taça de vinho, claramente se segurando para não responder algo irônico de volta. Ele realmente estava querendo passar a imagem de casal perfeito, por isso, decidi entrar na onda e o provocar também.

— Realmente, foi muito difícil..., mas só me agradeça mesmo quando eu estiver com um anel em meu dedo, Paul. Até lá, muita coisa pode acontecer. — Mike e Paul abriram a boca, surpresos, enquanto Harrison quase engasgava com o seu vinho, tossindo como um louco para se recuperar. — Você está bem, meu amor?

Ele olhou para mim em choque, e eu apenas sorri, vendo o quanto aquele pequeno comentário o havia afetado.

— Estou... amor. — Garantiu. E eu apenas suspirei, notando como a palavra "amor" saía tão lindamente na sua boca graças ao seu sotaque.

— Você quase matou o meu amigo de desespero agora.... adorei! — Paul continuou brincando.

— Muito engraçado, Paul... nem mesmo parece o cara que me arrasta para boates de strip sempre que eu estou por aqui. — Harrison revelou, claramente tentando provocá-lo de volta.

— Ah, é? Bom saber! — Cerrei os olhos, bancando a namorada ciumenta. — E eu aqui pensando que Paul era um anjinho!

— Lúcifer também era. — Mike acrescentou, fazendo até mesmo Paul rir.

Batidas na porta interromperam a conversa, e eu já iria levantar para atender, quando Harrison colocou a mão na minha coxa.

— Deixa que eu vou. — Falou.

Assenti e deixei que ele fosse. Como esperado, era Mary. Ela abraçou Harrison, Paul e Mike, e quando chegou a minha vez, sorriu falsamente e apenas disse um "boa noite, Isabella". Era mais do que claro que ela me odiava, e o sentimento estava se tornando cada vez mais mútuo.

— Sobre o que estavam falando?

— Sobre o possível noivado de Harrison e Isabella até o final do ano que vem! — Paul continuou brincando.

— Ah, que legal. — Ela sorriu falsamente.

Okay... serei honesta. Talvez ela até tenha sorrido pra valer, mas tudo sobre ela me soava falso. Eu não conseguia ver verdade em nada.

— Pensei que só chegaria ano que vem, Mary, mas já que finalmente chegou, podemos ir comer? — Mike falou.

— Por mim, sim. E desculpem o atraso. Eu fiquei presa no trabalho.

— Como está a minha mãe? — Harrison quis saber, enquanto íamos para a sala de jantar do apartamento.

— Está bem. Eu mencionei que você está aqui e ela ficou feliz. Então, tomei a liberdade de falar que você iria visitá-la amanhã. Você pode levar os biscoitos favoritos dela, e eu preparo um chá, o que acha?

— Mary e a sua mania de se convidar para as coisas. — Mike debochou. — Você não percebeu que Harrison saiu dos Estados Unidos e veio para cá justamente para apresentar a namorada à mãe?

Engoli em seco. Uma coisa era brincar com eles, e com Harrison aqui, onde eu sabia que ele iria entender as provocações, outra era brincar com a mãe dele. A pessoa que eu julgo ser a mais importante para ele em todo o mundo. Eu definitivamente não queria me envolver nisso e acabar o irritando. Por isso, decidi não falar nada. Se Harrison quisesse, ele que negasse ou confirmasse tudo. Um silêncio constrangedor tomou conta da sala e eu usei minha taça de vinho para me distrair.

— Mike tem razão. — Harrison finalmente concordou, me surpreendendo. Apesar de parte de mim estar ciente de que ele provavelmente estava mentindo. — E eu queria apresentar Isabella a ela... sozinho.

— É claro. — Mary assentiu, sem graça. — Desculpe.

Eu não era a sua maior fã, mas até mesmo eu fiquei sem graça por ela. Quem em sã consciência se intrometia em um assunto assim? Harrison comentou que ela era próxima da sua mãe, mas mesmo assim, eu era a nova namorada ali. Ter noção era o mínimo.

— Vamos comer? — Sugeri, tentando quebrar o clima.

— Boa ideia! — Mike foi o primeiro a se servir.

***

— Foi você quem preparou o jantar? — Paul perguntou enquanto comia.

— Sim. Harrison me ajudou um pouquinho também. Espero que estejam gostando.

Eu não conseguia nem comer de tão nervosa que estava. Não tinha experimentado a comida e precisava saber se estava bom ou não.

— Está uma delícia! — Ele elogiou. — Quando Mary nos contou que seria um jantar aqui, pensei que Harrison iria pedir pizza. Isso é uma surpresa e tanto.

— Bonita, engraçada, e ainda sabe cozinhar. Você tirou a sorte grande, cara. — Mike elogiou, e eu sorri, lisonjeada.

— Harrison Flint ajudando na cozinha... quem diria, não? — Mary comentou aparentemente surpresa.

— Eu só cortei alguns tomates, não foi muita coisa. O mérito é todo da Isabella.

Ele pegou a minha mão em cima da mesa e deu um beijo nas costas dela como um perfeito cavalheiro. Senti os pelos dos meus braços arrepiarem, e precisei me lembrar de que tudo não passava de uma encenação. Harrison nunca faria isso de verdade. Ele não era nada romântico. Isso é apenas uma mentira, Isabella. Ele continuou olhando para mim com aqueles olhos verdes encantadores, e eu percebi que mesmo sendo mentira, naquele exato momento, eu havia me apaixonado um pouquinho mais por ele.

— Você é um doce, amor.

Pela sua mão ainda segurando a minha, eu consegui sentir que o corpo dele estremeceu ao ouvir a palavra "amor". E meu coração explodiu de felicidade ao perceber que isso também o afetava. Eu não estava me iludindo sozinha nessa bagunça.

— Meu Deus, eu não aguento, vocês são muito melosos! — Paul interrompeu o nosso momento como um completo brincalhão.

— Deixa o casal em paz, Paul! — Mike o repreendeu de forma bem humorada.

— Então, Isabella, o que você faz? — Mary perguntou de repente, mudando o tom da conversa.

— Eu sou assistente do Harrison.

— Apenas? Você não sonha em fazer algo a mais?

— Sonho, é claro que sim. — Respondi rapidamente, me sentindo quase que em um interrogatório novamente.

— Você cursou o que na universidade?

— Nada. Eu ainda não sei o que realmente quero fazer.

Ela cerrou os olhos.

— Quantos anos você tem mesmo?

— Dezoito.

Ouvi o som dos talheres caindo nos pratos, e então, todos os olhares estavam sobre mim, ou melhor, sobre Harrison. Era claro o choque no rosto deles. E eu me senti extremamente mal por isso. Se tivesse sido um pouquinho mais esperta e cautelosa, teria dito uma idade maior. O silêncio se prolongou por alguns segundos, até Harrison finalmente falar.

— Isabela, pode nos dar licença, por favor?

— Tem certeza? — Olhei para ele.

— Sim. Me espera no quarto.

Levantei da mesa e saí da sala de jantar. Fui até a porta do quarto e a abri e fechei para dar a impressão de que havia entrado, no entanto, a passos cautelosos, retornei ao corredor para escutar a conversa.

— Dezoito, cara? — Paul perguntou. — Quero dizer, não é um crime, mas ela sequer terminou a escola?

— Realmente, é um pouco estranho, Harrison... — Mike falou. — Sobre o que vocês sequer conversam?

Assassinatos, morte, crime, falávamos sobre tudo o que não deveríamos. Mas ele não poderia responder isso a eles. E mesmo se pudesse, duvido que entenderiam.

— Agora vocês entendem o que eu estou sentindo. Harrison, isso é muito estranho! — Mary falou, com um tom quase indignado.

— Espera... você sabia? — Harry perguntou.

— Sim... eu achei o Instagram dela.

Mas que vaca!

— Então todo esse pequeno interrogatório foi apenas para revelar isso e nos colocar nessa situação constrangedora? Uau, Mary.

— Eu estou fazendo isso para o seu bem, Harrison.

— Eu odeio ter que concordar com ela, cara, a Isabella parece ser uma garota legal, mas Mary está certa nisso, Harrison. — Paul falou.

— Você não vai dizer nada, cara? — Mike perguntou após longos segundos de silêncio.

— O que vocês querem que eu diga? Claramente já formaram suas opiniões.

Eu não conseguia ver o rosto dele para saber se ele estava ou não atuando, mas a sua voz soava realmente honesta e magoada.

— Apenas nos diga... porque? — Mike insistiu.

— Por que eu estou apaixonado por ela. É simples. — Fechei os olhos, tentando controlar todas as reações que aquela simples frase causou em meu corpo, principalmente o meu coração acelerado, algo que era quase impossível de controlar. Ele disse mesmo que estava apaixonado por mim? Droga, mantenha a calma, Isabella! Pode ser mentira... muito provavelmente era uma mentira. Mas eu não conseguia evitar de me sentir nas nuvens com isso. Ele estava me defendendo, nos defendendo!

— Cara... — Paul tentou falar, mas Harrison o cortou.

— Acho melhor vocês irem embora agora. Não acho que isso se resolverá essa noite.

— Precisamos falar sobre isso, Harrison. — Mary tentou insistir.

— Não, não precisamos. Mas vocês precisam sair. Agora.

Como eu não iria esperar ali para ser pega no flagra escutando conversa, fui até a porta do quarto e calmamente a abri e entrei, fazendo o mínimo de barulho possível. Poucos segundos depois, ouvi a movimentação do que deveria ser todos indo embora, e me sentei na cama para esperar que Harrison retornasse.

Levantei, me sentei, levantei de novo e quase enlouqueci enquanto esperava. O que eu diria? O que ele me diria? Será que eu falava para ele que tinha escutado tudo? Eu não sabia o que fazer. Estava surtando naquele quarto quando o som de uma notificação no meu celular pareceu vir do além para me distrair. Peguei o aparelho e olhei o que era. Uma notificação no Instagram, alguém havia me mandado uma mensagem.

Entrei no aplicativo pensando que veria uma mensagem de Kaylin, Noah, ou até mesmo da Mary, e me surpreendi ao ver que era de Elijah. Parece que assim como a Mary, ele também estava me stalkeando. Ótimo. Iria bloquear ele, mas antes, decidi ver o conteúdo da sua mensagem.

"Eu não sou um mentiroso, Isabella. Harrison é."

Abri a foto que ele havia enviado, e assim que vi o conteúdo, meu corpo todo congelou, entrando no que só poderia ser um estado de choque. Meu celular escorregou da minha mão, caindo no chão, e no mesmo segundo, Harrison entrou no quarto.

— Eles já... — Ele parou de falar e andar ao ver o meu estado. — O que foi, Isabella?

— Você sabia? — Perguntei, sentindo lágrimas se formarem em meus olhos.

Harrison se abaixou para pegar o celular no chão e assim que olhou para tela, uma expressão de entendimento tomou conta do seu rosto.

— Isabella, vamos... — O interrompi.

— Você já sabia que o meu pai estava vivo, não é, Harrison?

— Não é o que parece...

Deixei que as lágrimas caíssem, não aguentando mais me segurar.

— Por que você não me contou? Você viu o quanto eu fiquei destruída com isso antes. Por que você mentiu e falou que era mentira do Elijah?

— Eu não menti para você.

Ele tentou se aproximar de mim, esticando sua mão para tocar o meu braço, mas eu me afastei antes que ele me alcançasse.

— Não encosta em mim! — Alertei.

— Me escuta. — Ele assentiu e respirou fundo, como se estivesse se preparando para me contar algo. — A história é muito mais complicada do que parece.

Fiz como ele e respirei fundo algumas vezes, tentando me acalmar. Eu queria escutar o lado dele, queria que ele me explicasse o que diabos estava acontecendo para que eu pudesse voltar a confiar nele novamente, pois toda essa mágoa que eu sentia no momento não era nada legal. Doía. Doía muito. E eu não queria me sentir desse jeito. Especialmente não em relação a ele. Talvez houvesse mesmo uma explicação, e pensando nisso, consegui me acalmar um pouco e enxugar as lágrimas, olhando para ele de forma séria.

— Eu estou ouvindo.

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