Capítulo 29
ISABELLA MARTINS
Harrison saiu para ir resolver tudo com Josh e eu decidi sair também. Me troquei, colocando uma blusa e uma saia rodada preta, e nos pés, botas na altura do tornozelo da mesma cor. Saí do quarto, mas meu rumo era a vending machine que ficava na recepção do hotel, eu estava morta de fome. Enfiei algumas notas na máquina e apertei os botões do refrigerante de laranja, da barra de chocolate Snickers, e de um pacote de batatinhas. Assim que tudo caiu, me abaixei para pegar, e assim que me virei para subir, notei que o tal de Elijah estava passando pela porta de entrada do hotel.
Apavorada, me virei de volta imediatamente, olhando para o vidro transparente da máquina para tentar usá-lo de espelho e ver o reflexo de Elijah. Ele foi até a recepção, falou algo rapidamente com o recepcionista, e veio na direção dos elevadores que ficavam logo ao meu lado. Eu me abaixei assim que ele passou por mim para fingir estar pegando algo na máquina, e continuei ali até que as portas do elevador se fechassem, só depois levantei.
Com o caminho livre, deixei a batata e o refrigerante na recepção e saí do hotel apenas com o chocolate. Peguei o meu celular, ligando para Harrison imediatamente, e fui abrindo a barrinha de chocolate e comendo enquanto chamava. Uma, duas, três vezes, até que a ligação foi encerrada. Liguei novamente, mas dessa vez fui direto para a caixa de correio. Merda, ele deveria estar ocupado! Guardei o celular, olhando em volta, e ao ver que havia um mercadinho no final da rua, decidi ir até lá passar o tempo, comprar algo, e esperar até que Elijah fosse embora.
Comprei algumas coisas, e saí. Fiquei sentada em um dos bancos em frente ao mercadinho apenas esperando, dali eu tinha uma visão boa da entrada do hotel. Alguns minutos se passaram até eu ver Elijah sair pela porta carregando as maletas que Harrison havia trazido consigo. Ele chamou um táxi e então partiu.
Estranhei toda a sua movimentação. Se ele era mesmo um agente federal, o que estava fazendo? Nada do que ele roubasse serviria de provas, aposto que ele não tinha nem mesmo um mandado para entrar no nosso quarto, quem dirá confiscar algo. A única resposta era a de que ele estava agindo por conta própria, Harrison contou que ele queria vingança, e talvez fosse isso mesmo.
Permaneci mais alguns minutos ali, mas assim que vi Harrison correr para dentro do hotel, eu decidi ir encontrá-lo. Quando parei em frente a porta do quarto em que estávamos, tudo estava de ponta cabeça, mas não dei a mínima importância, focando apenas no homem à minha frente e no quão aliviada eu estava em vê-lo. Soltei tudo no chão e corri para os braços dele. Harrison me pegou com firmeza, me abraçando junto ao seu corpo, e eu fechei os olhos para apreciar o momento.
— Eu te liguei.
— Eu sei. Me desculpe... Você está bem?
Ele se afastou apenas o suficiente para me olhar nos olhos e nossas respirações se misturaram.
— Estou, não se preocupe, Elijah não me viu. — Garanti.
Ele trouxe a sua mão até o meu rosto, me acariciando cuidadosamente, e antes que eu pudesse perguntar qualquer outra coisa, os seus lábios estavam nos meus, calando qualquer pergunta ou protesto. Se é que haveria algum protesto. Ele me beijou de forma tão desesperada, e com tanto desejo, que eu perdi completamente o fôlego quando sua língua invadiu minha boca.
Harrison enfiou sua mão em meu cabelo, intensificando o beijo, e me puxou ainda mais para perto, como se já não estivéssemos completamente colados um ao outro. Ele sabia exatamente o que fazer, e como fazer. Explorava minha boca de forma íntima e prazerosa, como se a conhecesse melhor do que qualquer outra pessoa jamais conheceu. E sem reclamar, eu fui perdendo cada vez mais o ar em meus pulmões, até ele decidir se afastar e encostar sua testa na minha para que ambos pudéssemos recuperar o fôlego.
— Você me prometeu que nunca mais faria isso. — Sussurrei, respirando com dificuldade.
— Eu menti... — Ele murmurou baixinho, tão ofegante quanto eu. — ...Eu sou bom nisso.
E então ele me beijou novamente. Dessa vez, ao invés de apenas ficar parada sendo beijada, eu o beijei de volta, me entregando totalmente àquela sensação. Era um desejo crescente que já me acompanhava há um bom tempo, só que por medo, entre várias outras coisas, eu acabei reprimindo. Mas não mais. Ele havia me beijado, e não, o contrário. Ele havia começado, então, que arcasse com as consequências, afinal, era mais do que óbvio que ele também queria isso tanto quanto eu.
Nossas línguas se envolveram de forma lenta e erótica, e eu gemi contra os seus lábios, tomada por uma fome que nunca conheci até então. Apenas com um beijo ele tinha conseguido me excitar completamente... Era impossível não imaginar o que mais ele poderia fazer.
Era ainda mais impossível não desejar que ele o fizesse!
Harrison tirou suas mãos de mim, e sem parar o beijo começou a tirar o seu sobretudo, o jogando no chão, para então me agarrar novamente. Levei as mãos até a barra de sua camisa para retirar a peça, e ele me ajudou, terminando de remover a camisa quando ela alcançou o seu peitoral. Passei minhas mãos pelos seus ombros fortes e suas costas, sentindo a sua pele quase queimar em contato com a minha, e o arranhei levemente. Ele sorriu em meio ao beijo, gostando do ato, e eu o repeti, conseguindo tirar um leve gemido dele. Aquele som foi a coisa mais estimulante que eu já havia ouvido em toda a minha vida. Eu já havia ouvido algo parecido quando ele estava no escritório falando no celular com a tal Sarah, mas agora era bem melhor, afinal, era para mim. E eu queria mais.
Sem parar de me beijar, ele me guiou até a porta que ainda estava escancarada revelando o que estávamos fazendo para qualquer um que passasse no corredor. Ele fechou a passagem, e segurando as minhas pernas com firmeza, Harrison me levantou do chão e me empurrou de encontro à madeira da porta, de forma que as minhas pernas se fecharam em volta de sua cintura enquanto ele imprensava seu corpo contra o meu. E Deus... como ele estava excitado!
Meu corpo todo ardia em chamas ao sentir sua ereção roçar em mim, e tudo o que eu mais queria era que ele me possuísse ali mesmo contra aquela porta. Da forma mais ardente e selvagem possível. Seus beijos desceram para o meu pescoço, e suas mãos ágeis subiram por debaixo da minha saia, acariciando minhas coxas e apertando minha bunda. Até que ele me segurou firme e me afastou da porta.
— Tira a blusa. — Ordenou, com a voz rouca e regada a desejo.
Fiz o que ele pediu e tirei a minha blusa, jogando o tecido longe e ficando apenas com o sutiã, mas ele não estava satisfeito ainda. Harrison subiu uma das suas mãos para as minhas costas, enquanto a outra continuou me sustentando, e com apenas aquela mão, ele abriu o fecho do meu sutiã. Me livrei da peça, ficando nua da cintura para cima, e um sorriso nada inocente nasceu em seus lábios.
Ele voltou a me beijar, mas não me encostou de volta na porta, ao invés disso, me carregou até a cama, onde me colocou. Ele continuou de pé, pegando os meus pés para tirar as botas e as meias, e só depois de jogá-las longe, foi que ele se deitou por cima de mim, me beijando. Lentamente, Harrison foi descendo os beijos em direção ao meu pescoço, mas não parou por aí e continuou descendo. Com uma das mãos, ele apertou a minha cintura, com a outra, segurou um dos meus seios, o acariciando com cuidado, enquanto sua boca fazia o trabalho mais pesado, lambendo e chupando o meu outro seio, me levando a loucura.
Eu nunca havia sentido nada assim. Minha primeira vez com o Luke foi algo mais unilateral, não foi ruim, mas ele estava mais focado em si do que em mim, eu era algo que ele queria conquistar, e quando acabou, foi isso. Com Dean a coisa foi mil vezes pior, nem mesmo com Luke, que só namorou comigo para tirar a minha virgindade, eu me senti tão usada. Já com Harrison... tudo era bem diferente. O jeito como ele me tocava, me acariciava, me causava prazer... todo o meu corpo pulsava em resposta a ele, e eu só conseguia desejar que isso nunca parasse.
Sua língua desceu, distribuindo beijos pela minha barriga, e suas mãos agarraram a barra da minha saia, puxando o tecido para baixo junto com a minha calcinha. Ergui os quadris para que ele conseguisse se livrar das peças, e assim que o fez, Harry sorriu, me olhando maravilhado. Seus olhos verdes cintilavam de desejo enquanto me observava, e eu mordi o lábio, tentando controlar toda aquela excitação.
Ele abriu minhas pernas, me deixando completamente exposta a ele, e subiu em cima de mim para me beijar novamente. Em meio ao beijo, sua mão foi descendo pelo meu corpo, e ao alcançar o meu ponto mais sensível, ele começou a acariciar, em seguida enfiando dois dedos em mim. Não consegui continuar o beijo e parei, gemendo em sua boca enquanto ele movimentava os seus dedos lentamente dentro de mim, como uma cruel e prazerosa tortura. Até que parou, trazendo seus dedos para o nosso campo de visão e sorrindo da forma mais depravada possível ao ver o quão brilhante e lambuzados eles estavam.
— Você está tão molhada... — Ele levou os dedos até a própria boca e os lambeu. Expirei alto, sentindo o meu ventre contrair de tão excitada que fiquei com a cena. — Acho que os meus dedos não vão ser o suficiente.
Ele me deu um rápido beijo e desceu, abrindo e segurando as minhas pernas abertas, para então, lamber toda a extensão da minha intimidade, focando sua atenção em meu clitóris. Gemi alto, me agarrando aos lençóis da cama, e em um movimento de reflexo tentei fechar as pernas, mas Harrison as segurou firme, me mantendo no lugar. Olhei para baixo, vendo que ele tinha seus sedentos olhos sobre mim enquanto me lambia e chupava, apreciando cada gemido meu, cada espasmo de prazer, cada desejo de loucura... e quando eu já não aguentava mais, eu explodi, tendo um orgasmo em sua boca.
Ele se afastou, observando com satisfação nos olhos eu me contorcer de prazer na cama, e se levantou, parando logo em frente a cama para tirar os seus sapatos e calça. A onda de prazer que se espalhou pelo meu corpo foi aos poucos passando, e eu me sentei na cama para olhar para ele. Perdi totalmente o fôlego que havia acabado de recuperar ao vê-lo completamente nu à minha frente. A visão era estonteante, como estar olhando para a estátua de um Deus grego... não, Harrison Flint era muito mais gostoso.
— Vem aqui. — Chamou. Escorreguei para fora da cama e me ajoelhei no chão à sua frente, no entanto, como nossa altura não batia, ele precisou se sentar na ponta da cama para facilitar. — Já fez isso antes?
— Uma vez. — Respondi, olhando quase que hipnotizada para a sua ereção. Eu não tinha visto muitos pênis em minha vida, mas dos que vi, o seu era de longe o maior e mais bonito.
— Quer fazer de novo?
Eu assenti lentamente, sentindo minha boca salivar.
— Sim...
Ele enfiou sua mão em meu cabelo e levou o meu rosto para mais perto do seu membro. Ergui minha mão para o segurar, impressionada com a firmeza, e então lambi todo o seu comprimento. Harrison fechou os olhos, suspirando pesadamente, e aquilo só me incentivou a continuar. Passei a língua pela cabeça, fazendo alguns movimentos circulares com ela ali, e então a coloquei na boca, chupando levemente. Ele soltou um gemido rouco e eu sorri, já sentindo meu ventre contrair e o meu corpo pegar fogo novamente.
Dar prazer a ele estava me deixando completamente excitada novamente, e eu não via a hora de senti-lo dentro de mim, me completando, me possuindo. Tal pensamento só me estimulou ainda mais, e ao invés de apenas a cabeça, tentei colocar tudo na minha boca. Não consegui, era grande demais, mas ouvir Harrison gemer alto enquanto eu engasgava no seu pau, já valeu completamente a tentativa.
HARISSON FLINT
A inexperiência de Isabella era clara, mas porra... como era bom o boquete que ela estava fazendo. Pensei que nada conseguiria me excitar mais do que eu já estava, até ver e sentir Isabella com o meu pau em sua boca. Mantive minhas mãos em seu cabelo, a incentivando, e por vezes, até ditando o ritmo, mas não tentei tomar o controle da situação e apenas deixei que ela fizesse o que tivesse vontade, me permitindo gemer enquanto ela me chupava com vigor.
Apenas quando me senti satisfeito, foi que segurei os seus braços e a levantei do chão, jogando-a na cama. Isabella escorregou mais para trás, se deitando, e sorriu maliciosamente, satisfeita com o que havia acabado de fazer comigo. Era como olhar para o paraíso. Desde os olhos castanhos astutos, aos cabelos sedosos, e aquele corpo perfeitamente desenhado que agora estava ali à minha frente, totalmente entregue e à minha disposição. Era errado, no fundo eu sabia que era, no entanto, eu já não conseguia me importar mais. Eu precisava fazer dela minha.
Fui até a mesinha de cabeceira ao lado, eu não tinha trazido nenhuma camisinha comigo, mas em um hotel como esse, deveria ter algo. Achei um pacote de camisinhas ainda fechado e o abri, tirando uma. Voltei para a cama, me ajoelhando no colchão, e rasguei o plástico, pegando a proteção e a colocando, sob os olhos de Isabella que observava cada movimento meu em expectativa para o que estava prestes a acontecer.
Quando finalmente terminei, me posicionei entre suas pernas, e a segurei pelos quadris, levantando aquela parte do seu corpo da cama e a puxando de encontro a mim. Coloquei um travesseiro embaixo dela para que a posição não se tornasse desconfortável, e sem conseguir esperar mais, eu a penetrei lentamente, saboreando toda a sua expressão de prazer enquanto eu a invadia. Suspiramos juntos quando eu a preenchi completamente, e a sensação de estar completamente dentro dela era simplesmente incrível. Tão apertada. Tão incrivelmente prazeroso! Comecei a investir nela devagar para provocá-la e saborear toda a expressão de agonia e prazer em seu rosto, e aos poucos, fui aumentando a intensidade, ouvindo com deleite os seus gemidos ficando cada vez mais altos a cada movimento.
Isabella até manteve seus olhos nos meus no início, mordendo os lábios com força enquanto eu a possuía, mas depois, quando o prazer tomou conta e ela mal conseguia raciocinar, ela jogou a cabeça para trás e agarrou os lençóis, gemendo mais alto, sem se importar se alguém a ouviria ou não.
Me inclinei sobre ela, sentindo sua pele quente e os seus seios roçando em mim, e tomei seus lábios nos meus, a beijando avidamente. Isabella envolveu novamente suas pernas em minha cintura, e aquele simples movimento, fez com que eu fosse ainda mais fundo dentro dela, arrancando um gemido nosso.
Escondi meu rosto na curva do seu pescoço, lambendo a sua pele, e voltei a me movimentar. Isabella me abraçou com força e enterrou suas unhas em meus ombros. Senti uma pontada de dor por causa dos pontos do tiro que havia levado, mas não me importei nenhum pouco, perdido demais no crescente onda de prazer que se aproximava. Até que a escutei gemer alto em meu ouvido, e senti todo o seu corpo tremer sob mim, indicando seu segundo orgasmo.
Afastei a cabeça para presenciar a obra de arte que se desenrolava, os espasmos, o sorriso, a respiração ofegante, coisas assim me faziam acreditar em Deus, pois apenas algo de outro mundo explicaria o sentimento tomando conta do meu corpo agora. Isabella abriu os olhos e sorriu ao me pegar lhe observando.
— Cansou? — Dei um beijo em seu queixo e fui distribuindo beijos por toda a sua mandíbula, enquanto ela vagava suas mãos pelos meus braços, sentindo e adorando cada pedaço dos meus músculos.
— Não... — Respondeu em um suspiro.
— Maravilha, pois agora eu necessito te ver por cima.
Agarrei a sua cintura, e sem sair de dentro dela, inverti as posições, me deitando na cama e deixando ela sentada em cima de mim. Isabella soltou um pequeno grito com a rapidez do movimento, afinal, ainda deveria estar sensível pelo orgasmo, mas logo sorriu ao perceber o que eu tinha feito. Ela ajeitou suas pernas nas laterais do meu corpo, se ajeitando sobre mim, e passou as mãos pelo meu abdômen, o sorriso em seu rosto indicando que ela estava adorando estar por cima, do poder.
Então, sem qualquer aviso, ela rebolou. Fechei os olhos, gemendo de prazer em resposta, mas logo os abri de volta ao perceber que ela havia parado. Estava prestes a perguntar se algo havia acontecido, quando ela se movimentou novamente. Fechei os olhos mais uma vez, me perdendo no prazer que era estar dentro dela, e dessa vez eu sorri, percebendo o que ela estava fazendo.
— Você está me torturando, Isabella?
Agarrei suas coxas, sentindo-a se movimentar mais uma vez, agora, mais lentamente do que antes, me deixando ainda mais louco.
— O que você acha, Harry?
Ela mordeu o lábio e eu balancei a cabeça, adorando o seu joguinho de tortura.
— Eu acho que você está brincando com fogo.
Eu não me lembrava de já ter desejado tanto uma mulher quanto eu a desejava agora, e sem aguentar mais, ergui o corpo para lhe agarrar. Isabella, no entanto, me empurrou de volta para a cama e acelerou os movimentos por conta própria, rebolando com vontade e maestria em cima de mim. A visão era simplesmente esplêndida, a necessidade em seus olhos, o balançar dos seus seios. A sensação? Melhor ainda! E aos poucos, tanto ela quanto eu fomos nos perdendo nos gemidos um do outro.
Ergui o corpo novamente, me sentando na cama, e dessa vez ela não me empurrou. Agarrei sua cintura, acelerando os movimentos, e Isabella passou seus braços pelos meus ombros, me abraçando. Senti que ela se contorcia cada vez mais sob o meu corpo, chegando perto do clímax, e por isso, fui mais fundo.
— Harrison... — Ela gemeu em meu ouvido com a voz falha.
Respondi puxando-a para um beijo intenso e cheio de desejo, e logo, estávamos completamente fora de controle, à beira da loucura. Isabella se agarrou a mim com força e gemeu alto em meu ouvido quando gozou. E com mais algumas estocadas, eu o alcancei também, explodindo de prazer.
A temperatura do quarto foi caindo e tudo foi se acalmando nos segundos seguintes, o lugar que antes era preenchido pelos nossos gemidos, agora se contentava apenas com as nossas respirações descompassadas. Isabella continuou abraçada a mim, escondendo o seu rosto em meu pescoço, e mesmo sem nenhuma indicação, eu soube que ela estava hesitante de me olhar.
Talvez fosse vergonha, mas era mais provável que fosse o medo do que viria a seguir. Por isso, a puxei para um beijo. Queria mostrar a ela que estava tudo bem, mas também, de alguma forma, eu ainda não estava satisfeito e queria senti-la um pouco mais. Isabella correspondeu ao beijo de bom grado, mas o cansaço não nos deixou continuar por muito tempo.
Abri os olhos, encontrando os seus, e ela tocou levemente o meu rosto, provavelmente sentindo a minha barba nascer. Eu não a fazia há uns dias já, algo que ela parecia não se importar. Seus olhos brilhavam ao me olhar. Levei minha mão até o seu cabelo, devolvendo o carinho, e então, me deitei. Isabella ergueu o seu corpo, saindo de cima de mim, e se deitou ao meu lado.
Assim ficamos por alguns minutos, apenas ali parados, nos recuperando enquanto encarávamos o teto. Eu não tinha ideia do que ela estava pensando, mas eu não conseguia parar de pensar no fato de que essa havia sido um dos melhores... talvez até o melhor, sexo da minha vida, e no quão assustador isso era.
Quando o silêncio tomou conta do quarto, e nem mesmo as nossas respirações, agora de volta ao normal, eram mais audíveis, eu me levantei da cama e fui para o banheiro. Tirei a camisinha, fiz um nó e a joguei no lixo, então, encarei o meu reflexo no espelho. Eu estava suado e completamente descabelado, tinha feito a única e bendita coisa que prometi nunca fazer, transei com uma acompanhante. Pior do que isso, com a Isabella, a pessoa a quem também prometi nunca mais tocar.
Eu não tinha ideia do que essa garota tinha de tão diferente e especial para conseguir me fazer perder o controle desse jeito. Eu me orgulhava tanto de ser um cara extremamente profissional, mas agora, tudo isso parecia ter ido pelos ares! Meu desejo por ela era muito forte, quase surreal. E o que quer que fosse esse seu magnetismo, era perigoso demais para mim, portanto, eu sabia que precisava me afastar dela o quanto antes... ou eu não conseguiria me afastar nunca mais.
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