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Capítulo 06

     ISABELLA MARTINS

Levou a tarde toda, e mesmo assim eu não encontrei nada no mínimo suspeito pela mansão. O lugar parecia uma casa de mentirinha, de fachada. Era perfeito demais. Limpo demais! Nenhuma casa poderia ser tão perfeita assim, poderia? Era inacreditável! Algo tirado de uma imobiliária, pois nem porta-retratos com fotos de familiares haviam espalhados pela casa. Entretanto, ainda havia o escritório e o quarto de Harrison para se olhar. O quarto estava trancado, nenhuma surpresa aí, mas para a minha sorte, a porta do escritório estava aberta.

Assim que entrei, um frio se apossou do meu estômago por estar desobedecendo basicamente a única regra que havia me sido dita: não entrar em no escritório ou quarto dele. Mas ignorei totalmente o sentimento e segui com o meu instinto de investigar.

A decoração do escritório era como o resto da mansão, moderna, minimalista e chique, paredes claras, móveis sofisticados em tons escuros, estantes com vários livros, um modesto bar, quadros renascentistas de pintores famosos, o que chegava a ser uma surpresa, já que eu não tinha Harrison como um apreciador das artes. As pessoas realmente podem surpreender, eu que o diga.

Fui até a mesa e abri o seu notebook, mas como já esperava, estava protegido por senha. Olhei pelos papéis espalhados na superfície, e praticamente todos eram sobre um tal de Brad Crawford. Com uma simples pesquisa no meu celular, descobri que ele era um ricaço que havia sido acusado de barbaridades contra uma pequena criança e saído impune por falta de evidências. Não entendi muito bem como ele se encaixava no mundo de Harrison. Talvez fosse pesquisa para algum cliente? Brad era o CEO de uma grande rede de hotéis, talvez alguém quisesse saber se isso seria um bom investimento ou sei lá. Se eu fosse cliente, minha resposta seria um completo não. Eu nunca faria negócios com um monstro desses. Ele deveria ganhar a cadeira elétrica, isso sim, ou prisão perpétua!

Abri as primeiras gavetas, mas não havia nada que me parecesse estranho, pastas, papéis, coisas normais de escritório, no entanto, a última gaveta estava trancada. Nenhuma chave à vista, o que somente serviu para atiçar ainda mais a minha curiosidade.

— Não. Não... você está começando a me irritar...

Comecei a ouvir a voz de Harrison vindo do corredor, o que me fez entrar em pânico. Eu estava perdida!

Merda!

Olhei em volta, mas não tinha onde me esconder. A única saída era a porta que dava para a sacada atrás da mesa. Corri. E foi só o tempo de eu me esconder ali fora, que ouvi ele passar pela porta de entrada do escritório.

— Eu não ligo, caralho, não dou a mínima! Consiga um convite para esse baile para mim ou você vai se arrepender cruelmente! — Ele estava irritado. Seu tom de voz chegou a me dar leves calafrios. — Você sabe que eu já matei por menos, Logan. — Meus olhos se arregalaram e meu coração parou por alguns instantes, até ouvir uma leve risada e entender que ele estava brincando. — Você é um péssimo primo. Me ligue apenas quando tiver o convite, idiota!

Me virei e consegui vê-lo por uma pequena brecha na cortina. Ele desligou a chamada e veio na direção da mesa, se acomodando na alta cadeira de couro e jogando sua cabeça para trás para estalar o pescoço. Ele estava tenso. Mais que o "normal" dos últimos dias. Abriu os primeiros botões de sua camisa social preta, e deu um gole no que parecia ser uísque em seu copo. Ele parecia não ter a menor intenção de se mover ou sair do escritório, o que não era bom sinal para mim, já que eu estava sem saída. Cautelosamente, me sentei no chão frio de mármore da sacada para esperar por uma oportunidade que parecia não chegar.

Estava extremamente frio ali, esfreguei minhas mãos uma contra a outra tentando obter um pouco de calor e esperei. Minutos se passaram em completo silêncio. Ousei colocar um pouco da minha cabeça para dentro das cortinas para espiar melhor algumas vezes, mas ele continuava na mesma posição. E não dava nem para saber se ele tinha pegado no sono ou não, pois ele estava sentado de costas para mim, o máximo que eu conseguia ver era a definida linha da sua mandíbula. Revirei os olhos ao lembrar da estúpida pergunta da Kaylin sobre ele e me virei de costas, encarando o jardim frontal da mansão.

Mais alguns minutos se passaram, e o meu corpo havia esfriado ainda mais, se igualando ao clima, e eu começava a perder as esperanças de sair dali. Já conseguia até me imaginar acordando com um resfriado amanhã. Na pior das hipóteses eu teria hipotermia! Até que algo que poderia me ajudar finalmente aconteceu, seu celular começou a tocar e ele atendeu.

— Sarah, você ligou em um péssimo momento! — Ele respirou fundo, não muito contente. Quem era Sarah? Ele parecia frustrado. — Ah, você acha? E o que a faz pensar que conseguiria tal proeza? Eu estou realmente muito tenso! — Sua voz começou a adotar um tom mais rouco e relaxado. Talvez Sarah fosse uma amiga ou irmã... — Hum... e o que você está usando debaixo do sobretudo... ah... a lingerie vermelha. Minha preferida. — Senti meu rosto esquentar. Sarah definitivamente não era a sua irmã. — Eu consigo até imaginar minhas mãos percorrendo todo o seu corpo... suas pernas... cintura... seios...

Tapei os ouvidos com as mãos e fechei os olhos em uma tentativa de não ouvir mais o que estava acontecendo ali dentro, não queria que isso despertasse memórias ruins em minha mente. No entanto, foi em vão, eu ainda conseguia ouvi-lo, baixinho, mas conseguia. — Minha boca em seu pescoço... minha língua na sua pele...

No entanto, ao contrário do que eu imaginava, nada de ruim surgiu. Sua voz não estava me dando medo, na verdade, era algo mais no sentido... contrário. Aos poucos, minhas mãos foram abaixando, me permitindo ouvi-lo melhor, e não muito depois, senti uma leve pontada em meu ventre. Pisquei algumas vezes, assustada com o meu próprio corpo, mas não tive muito o que fazer, já que eu não conseguia controlar a sensação.

Aos poucos, o frio foi se tornando completamente irrelevante, já a sua voz, ia ficando cada vez mais rouca, sendo acompanhada pela pressão em meu ventre que ia aumentando cada vez mais e mais, fazendo com que o meu corpo se incendiasse naquela sacada congelante. A voz da razão gritava em algum cantinho perdido da minha mente que aquilo era extremamente errado, sujo, no entanto, meu corpo parecia não dar a mínima! Harrison ia falando cada vez mais sacanagens e eu ia ficando cada vez mais... excitada. Ao ponto de, sem perceber, deixar um alto suspiro escapar pelos meus lábios.

Meu sangue gelou. Tapei a boca com a mão imediatamente e fechei os olhos com medo. Eu seria pega! Caralho! Eu seria pega! Imaginei vários dos piores cenários possíveis em que eu era descoberta nessa sacada, entretanto.... nenhum deles aconteceu. Dez, vinte, trinta segundos se passaram e nada. Abri meus olhos, e lentamente coloquei a cabeça para fora para ver o que estava acontecendo. Harrison continuava sentado, ele tinha uma das mãos em seu ouvido, segurando o celular, e com a outra... ele estava se tocando. Por estar de costas para mim, não dava para ver nada além seu antebraço se movimentando, porém, só o pensamento, ou melhor, o fato de ele estar se masturbando a menos de três metros de distância de mim, foi o suficiente para que o meu corpo voltasse a aquecer. Merda, merda, merda....

— Você está toda molhada por mim, não está?

Engoli em seco. Puta merda!

— Pronta para me receber... — A voz dele se embargou em seu próprio gemido e eu fechei meus olhos, completamente arrepiada pelo som. Nunca um gemido masculino me foi tão excitante quanto agora. Que caralhos estava acontecendo comigo? Será que eu estava ovulando? — Você quer que eu te possua?

Fechei minhas pernas com força e mordi o meu lábio inferior, enquanto tentava controlar todo aquele calor. Então, eu o ouvi. Harrison rosnando alto embebido de prazer quando alcançou o clímax. Meu corpo todo estremeceu ao som, aquele maldito e extremamente excitante som! E naquele momento foi impossível não desejar para mim o que ele havia acabado de conseguir para si agora. Sim, eu sabia o quão fodido e errado era isso. Ainda assim, ali estava eu, de olhos fechados, ouvindo a respiração ofegante dele enquanto o mesmo se controlava o bastante para se despedir da tal Sarah.

— Nos falamos depois.

Ouvi o som do seu celular sendo jogado em cima da mesa, e então, o silêncio, seguido de sua respiração ainda um pouco acelerada. Eu não conseguia nem acreditar que eu tinha mesmo presenciado isso, presenciado Harrison Flint se masturbando. E como se isso não fosse preocupante o bastante, eu ainda tinha gostado! O que havia de errado comigo? Quem era ele? Eu mal o conhecia! Entretanto, meu corpo parecia não se importar com esse importante detalhe!

Harrison permaneceu no mesmo lugar por vários minutos, em certo momento, cheguei até a pensar que teria que dormir naquela sacada. Meu corpo começava a esfriar novamente, e o frio da noite, misturado à brisa do mar, faziam eu desejar cada vez mais o clima aconchegante que a mansão tinha, graças ao ar central. Aquele simples vestido que eu usava não servia para nada ali fora. Contudo, talvez eu não precisasse esperar por muito mais tempo, pois o celular dele voltou a tocar.

— Espero que esteja ligando com boas notícias. — Falou ao atender. — Conseguiu? Ótimo. Passo aí para pegar amanhã. — Lembrei da ligação em que ele estava com o primo dele antes, um tal de... Logan! Eles falaram sobre convites para algum baile. Talvez fosse isso. — Hoje não dá, tudo o que eu quero agora é tomar um banho e cair na cama. — Houve uma pequena pausa e então ele riu, o que foi uma surpresa para mim, pois eu nunca o tinha ouvido rir antes. Não tão verdadeiramente como agora. — Você é tão idiota. Passo aí amanhã!

Escutei o som do celular batendo na mesa novamente, e então, o som das rodinhas da sua cadeira no chão. Ele tinha se levantado! Finalmente! Pela brecha na cortina vi ele fechar o zíper e abotoar sua calça, mas só respirei aliviada quando ele deixou o cômodo. Me levantei rapidamente do chão e sai da sacada.

Estava passando pela sua mesa quando notei que a última gaveta, a que antes estava trancada, agora tinha a chave colocada na fechadura. Harrison havia dito que iria para o seu quarto tomar banho e dormir, o que significava que eu tinha tempo. Voltei alguns passos e virei a chave, abrindo a gaveta. Dentro havia mais papéis, e para a minha surpresa, vários rolos de dinheiro. Peguei um rolo, olhando de perto, era composto de notas de cem e cinquenta dólares, e pelo tamanho, cada rolo deveria ter no mínimo uns dez mil dólares, haviam dez rolos naquela gaveta.

A ideia passou imediatamente pela minha cabeça, eu pegava esse dinheiro, fugia para bem longe daqui e começava uma nova vida. Essa era a minha chance! A única que eu provavelmente teria! Com esse dinheiro, eu poderia recomeçar onde quisesse, conseguir uma identidade falsa, moradia, tudo. Parecia uma ótima ideia. Melhor do que ficar aqui e esperar pelo pior. Abusar sexualmente de mim poderia não ser o seu plano como cheguei a pensar no primeiro dia, mas algum outro plano ruim ele tinha. Peguei todos os rolos de dinheiro, e fechei a gaveta, deixando a chave do mesmo jeito que encontrei.

Fui para o meu quarto, e escondi o dinheiro na mochila que eu havia trazido comigo. Tomei um banho e depois, ainda de roupão, me deitei na cama. Eu precisava desativar todas as minhas redes sociais. Isabella Martins precisava desaparecer completamente.

Peguei o meu celular antigo para economizar tempo e não precisar fazer login no novo que havia ganhado. Eu precisava de um novo nome. Jenny, Maisie, Audrey... parei de repente, notando que o meu Instagram havia sido excluído. Tentei minhas outras redes sociais e deu a mesma coisa, até mesmo o meu Twitter que era secreto e eu usava apenas para desabafos havia sumido. Mas que merda? Estava distraída pensando no que diabos tinha acontecido, quando alguém bateu na porta.

— Pode entrar.

Teresa abriu a porta e eu me sentei na cama.

— Boa noite, Isabella. O jantar está pronto. Vai se juntar a nós?

Nós? Eu não tinha a menor ideia de como reagiria ao ficar frente a frente com o Harrison após os acontecimentos que presenciei.

— Harrison desceu para o jantar?

— Não, será apenas eu e o Zach. Se você não se importar, é claro. O Sr. Flint não jantará conosco hoje.

Ela falou o nome dele em tom de repreensão, como se quisesse que eu também adotasse o termo "senhor". Eu apenas a ignorei.

— Só você e o Zachary está ótimo. — Sorri. — Vou vestir algo e desço em uns instantes.

Ela assentiu e deixou o quarto, fechando a porta. Olhei para o meu celular uma última vez e decidi deixar de lado, seja lá o que tivesse acontecido com as minhas redes sociais, tinha poupado o meu tempo de excluí-las. Levantei da cama e segui para o closet, vestindo um conjunto de pijama constituído de um short curto e blusa verdes, e coloquei um casaco de moletom por cima para ficar mais apresentável, já que o fino tecido do pijama não faria isso, e Zachary estaria presente.

— Boa noite. — Cumprimentei os dois, me sentando na mesa de jantar. — Pensei que iriamos comer na mesa da cozinha mesmo. — Comentei.

— E íamos, mas o Sr. Flint decidiu se juntar a nós e ele gosta de jantar aqui. — Teresa explicou, terminando de colocar os quatro pratos na mesa.

Harrison iria se juntar a nós. Respirei fundo, tentando não entrar em pânico... Porra! Eu precisava inventar alguma desculpa para... droga, tarde demais. Harrison havia entrado na sala de jantar. Ele usava uma calça de moletom azul escura, e uma camiseta de algodão branca. O cabelo ainda estava molhado do banho. A memória dele gemendo enquanto gozava cruzou minha mente e eu perdi totalmente o fôlego, sentindo um calor invadir o meu corpo só pela sua presença. O que definitivamente já beirava a insanidade! Qual era o meu problema? Levei discretamente a minha mão até o meu pescoço, sentindo a minha temperatura, mas logo descartei a opção de estar com febre.

— Boa noite. — Ele falou, se sentando na ponta da mesa, basicamente ao meu lado. Teresa estava sentada na minha frente, perto dele, e Zachary ao lado dela.

Eles responderam um "Boa noite, Sr. Flint" em uníssono, enquanto eu me limitei a apenas sorrir, tomando cuidado para não olhar nos olhos dele. Eu tinha noção do quão bonitos e intensos eles eram, e não queria ter que lidar com isso agora. O trataria como a Medusa por essa noite.

— Hoje eu preparei bife e peixe, o que irá querer?

— Bife. Mas não precisa me servir hoje, Teresa. Aliás, pode se servir primeiro.

Minhas sobrancelhas se levantaram. Eu não o conhecia bem, mas pela expressão no rosto da Teresa, isso não era algo comum ali.

— Está de bom humor? — A pergunta saltou da minha boca.

— Na verdade, estou. Apesar do dia desgastante. Obrigado por perguntar. — Ele sorriu na minha direção, mas continuei encarando a comida na mesa.

— Pois é, um bom orgasmo deixa qualquer um nas nuvens! — Foi o que passou pela minha cabeça em dizer. Porém, eu ainda não havia perdido totalmente o meu juízo, e o que eu realmente falei foi apenas um: — Que bom.

— Falem sobre o dia de vocês. O que fizeram hoje? — Ele perguntou, se servindo de um suculento pedaço de bife, um pouco de arroz e bastante legumes.

— Eu não fiz nada interessante, apenas as compras da semana. — Teresa iniciou.

— Depois que levei a senhorita Isabella no colégio... — E o "senhorita" estava de volta. Era difícil entender qual era a do Zachary. — ... fui visitar a minha irmã no hospital. Ela está se sentindo bem melhor.

— Isso é ótimo, Zach. — Harrison comentou, parecia sinceramente interessado.

— Da próxima vez que for, me avise, eu adoraria visitá-la. — Teresa falou, e Zachary assentiu.

Eu não queria interromper o momento, ou parecer rude ao perguntar o que a irmã dele tinha, então, apenas fiquei em silêncio. Talvez percebendo a confusão em meu rosto, Harrison aproveitou um momento de conversa entre Zachary e Teresa para sussurrar na minha direção.

— Ela está lutando contra o câncer. A irmã dele.

— Oh... — Assenti na sua direção e encarei Zachary, esperando um momento de silêncio para falar. — Espero que ela saia vitoriosa dessa luta.

— Obrigado. — Ele sorriu.

— E você, Isabella? — Harrison perguntou.

Eu, ainda um pouco distraída com o assunto "câncer", acabei virando para ele e o olhando nos olhos. Um frio passou pela minha barriga, e por alguns segundos eu perdi completamente qualquer linha de raciocínio. Apenas observei cada pedaço do seu rosto com atenção, até perceber o que estava fazendo e desviar o olhar para o pedaço de peixe intocado no meu prato. Pisquei algumas vezes, tentando voltar a mim, e respirei fundo. Mas que merda, Isabella?

Me esforcei para me lembrar da frieza que vi em seus olhos quando o conheci. Eu sabia que ele não era uma boa pessoa, eu sabia disso! E eu deveria manter isso sempre em mente. Nada de impulsos que beirava a insanidade, e mais controle e razão! O que aconteceu naquela sacada foi um terrível erro! Havia um jogo ardiloso acontecendo aqui. Uma batalha subentendida que nem ele, nem eu, admitiremos estar acontecendo, mas estava, e eu precisava ganhá-la. Eu iria ganhá-la, assim que sumisse daqui e o deixasse para trás!

— Foi normal... até legal, acho. — Me esforcei para colocar as palavras para fora.

— Que bom. — Respondeu apenas, encerrando aquele assunto.

Depois do jantar, subimos para os nossos quartos. Harrison foi na frente, a passos maiores que os meus, mas quando cheguei ao corredor, ele ainda estava ali, acabando de abrir a porta do seu quarto com a chave.

— Harry!

Chamei, antes que ele entrasse. Parei em frente à minha porta, e ele se virou. Era um pouco estranho que o quarto dele ficasse bem em frente ao meu, mas eu não tinha de fato nenhuma reclamação sobre isso.

— O que foi? — Perguntou impaciente. Talvez pelo meu prolongado silêncio, ou talvez, pelo meu uso do apelido que ele aparentemente odiava.

— Hum... minhas redes sociais? — Lembrei. — Você tem algo a ver com elas terem desaparecido?

— Sim. — Falou como se fosse óbvio. — Isabella Martins não existe mais, ela precisava sumir. Mas você pode criar novas redes sociais com o seu novo nome, eu não ligo.

— Você percebe o quão estranho é isso? — A pergunta escapou pelos meus lábios. Ele não reagiu ou respondeu nada, apenas se virou para entrar, sendo interrompido por mim novamente. — Por que você me mandou dizer que era sua prima e toda aquela história, quando nada daquilo é verdade?

Ele suspirou impaciente, voltando a me encarar.

— Por que eu menti, Isabella. — Foi direto ao ponto. — Tenho vinte e sete anos e estou solteiro, não quero e nunca quis ter filhos.

— Então por que...

Ele não esperou que eu concluísse a pergunta e apenas entrou em seu quarto, batendo a porta atrás de si e me deixando sozinha no corredor para fazer o mesmo.

Frustrada, me sentei em minha cama e tentei adivinhar que tipo de planos esse filho da mãe possuía guardados para mim. Provavelmente, nada bom. Mas com sorte, eu já estaria bem longe daqui quando ele decidisse colocá-los em ação.

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