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(30) you're my sister.

raven.na boyd
point of view
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  EU NÃO ACHEI QUE FOSSE COLOCAR OS
pés na Escócia por mais alguns anos, mas aqui estou eu. Não pelos motivos certos, mas prefiro não pensar nisso agora. Nunca, de preferência.

Passando pelo portão de desembarque, ignorando completamente a ardência na minha garganta e os olhos levemente inchados, procuro pelo cabelo longo e loiro de Isla. Não demoro para encontrá-la, com todo o seu um metro e setenta e cinco.

─ Obrigada por vir. ─ minha língua materna escorrega como uma navalha pela minha boca, deixando uma sensação estranha para trás.

─ Você é minha irmã. ─ ela diz, baixo como sempre. ─ Eu queria fazer isso de um jeito diferente, mas já que estamos aqui... Eu queria me desculpar por contribuir com toda a hostilidade com que você cresceu acostumada; eu era uma criança, e minha mãe sempre foi uma manipuladora nata... Eu não deveria ter te abandonado quando você precisava, e me arrependo muito disso. E, para me redimir, eu quero que você fique comigo. Se... Se você quiser e estiver disposta a me perdoar, é claro.

Sorrio largo e, ignorando a resposta, puxo minha irmã mais velha para um abraço.

Simples assim, não tenho que me preocupar com moradia por mais um tempo.

Isla me leva, em seu carro, até o condomínio onde ela mora. A conversa durante o trajeto foi leve, como se estivéssemos nos conhecendo agora, e eu me sentia tão aliviada por não estar sozinha mais uma vez que era impossível não sorrir.

Ela mora no terceiro andar, e me surpreendo um pouco quando encontro rosa e mais rosa ao entrar no apartamento. Mas minhas dúvidas são sanadas quando Isla some por um momento e reaparece com uma garotinha no colo, e me lembro de que ela teve uma filha antes de eu ir embora.

─ Anne, amor, dá oi pra sua tia. ─ Isla diz, e a garotinha, loira como ela, me encara com um sorriso de orelha a orelha.

─ Mamãe, ela não é a moça da televisão? ─ Anne pergunta baixinho, mas ainda posso ouvir.

─ É ela sim, meu amor.

─ E ela é minha tia? ─ Isla acena. ─ Legal!

Anne pula dos braços de Isla e corre até mim, abraçando minhas pernas. Me abaixo e a pego no colo.

─ Oi, lindinha. ─ aperto o nariz dela de leve. ─ Você me viu na televisão?

─ Sim! ─ ela se agita. ─ A mamãe não deixou eu ter o cabelo igual o seu, porque eu sou criança. ─ Anne faz um biquinho.

─ E sua mãe está certa. ─ a coloco no chão e me abaixo, ajoelhada. ─ Se sua mãe deixar, quando você crescer, eu vou com você em um salão e aí você pinta o cabelo da cor que quiser, pode ser?

─ Pode! ─ ela dá vários pulinhos, animada.

─ Agora, já pro banho, mocinha! ─ Isla bate palmas duas vezes e Anne sai correndo.

Quando Anne já não está mais na sala, Isla me olha.

─ Elas nasceram seis meses antes de você ir para a América.

Elas... É claro que Isla teria gêmeas – ela mesma é uma, e nossos irmãos também. E isso quer dizer que elas têm três anos, ou vão fazer em algum momento nesse mês.

─ Aileene está na creche. Ela vai de tarde e Annelis de manhã. Não consigo lidar com as duas em casa ao mesmo tempo. ─ ela brinca.

Então me ocorre.

─ Tem certeza que eu não vou atrapalhar aqui?

Isla sorri tristemente.

─ Quando o nosso pai me deu esse apartamento ─ ignoro o embrulho no estômago. ─ ele já sabia que eu estava grávida de gêmeas, e escolheu um com três quartos, para quando elas crescerem e não caberem mais em um quarto só. Eu acredito que elas vão continuar no mesmo quarto por muito tempo ainda, então um quarto ainda está vago.

Balanço a cabeça, sorrindo fraco também.

Anne reaparece, segurando uma toalha e um potinho do que parece ser sabonete ou shampoo, e Isla pede licença antes de sair atrás da filha.

Um pouco sem jeito, me sento no sofá, sentindo imediatamente um incômodo sob mim – o celular, no bolso da calça. Tiro ele de lá, encarando a tela escura. Desliguei o celular no segundo em que sentei no acento do avião, temendo a hora em que Vincent acordaria e perceberia que eu não estava mais em seu apartamento. E nem no país.

Passei no dormitório assim que saí de lá. Riley chorou pra caralho, mas me ajudou a comprar a passagem pela internet enquanto eu fazia as malas. Aaron também chorou, e me prendeu em um abraço que quase me atrasou – e ele disse que me visitaria aqui sempre que puder. Ambos entenderam os meus motivos, mesmo que eu mesma me julgue por eles.

Foi muito covarde da minha parte. E errado. Errado de tantas maneiras que meus olhos se enchem de lágrimas e meu peito de vergonha sempre que penso nisso.

Ele disse que me ama. E eu não disse de volta. Ao invés disso, eu o beijei, e eu espero tanto que aquele beijo tenha mostrado para ele todos os meus sentimentos. Foi o nosso beijo de despedida – sem que ele soubesse. Meu coração doía mais a cada passo fora daquele apartamento.

Mas eu não poderia... Não posso. Não posso ficar lá. Eu não conseguiria. Não seria capaz de sentar e assistir o cara que eu amo casar com outra mulher porque o pai dele mandou, e esperar um ano até ele poder se divorciar e depois retomar de onde paramos. É impossível.

Acho que fiz um favor a nós dois ao voltar para a Escócia. Vou sentir muita falta dele – e Aaron e Riley. Mas eu não seria capaz de seguir minha vida sabendo que ele estava na mesma cidade.

Agora, o que me conforta é saber que temos milhares de quilômetros e oceanos e países nos separando. É reconfortante e doloroso no mesmo nível.

Dói, e vai doer mais a cada dia. Mas é melhor assim.

Mais tarde naquele mesmo dia, conheci minha outra sobrinha, Aileene, que, ao contrário da mãe e irmã, tem os cabelos marrom escuro. Ela é mais vergonhosa que Anne, e também me reconheceu como a "moça da televisão".

Às dez, as gêmeas já estavam dormindo. Isla se juntou a mim no sofá, aparentemente cansada de cuidar das duas menininhas, mas feliz também.

─ Então... ─ ela começa. ─ Eu não pensei que fosse te ver tão cedo, agora que você deslanchou a carreira de modelo.

Sorri largo. Mas então o sorriso se desmancha.

─ O que foi?

─ Eu deveria estar em Los Angeles daqui dois dias para uma sessão de fotos e exibir o meu portfólio para um recruta da Victoria Secret. ─ falo, triste. ─ Mas eu... Precisei voltar.

Isla suspira, parecendo brigar com ela mesma. Por fim, ela diz:

─ Você odiava esse lugar, esse país. Por que você voltou? ─ ela pergunta.

Eu precisava desabafar. Então contei tudo o que aconteceu nas últimas vinte e quatro horas.

─ Não sei se é o sangue Boyd que compartilhamos, mas eu faria o mesmo que você fez. ─ Isla dá de ombros. ─ Não pilha nisso, Raven. Se tiver sido a escolha errada, você vai saber. E se for a certa, você também vai saber. ─ ela aperta minhas mãos. ─ E se ele for o cara certo, então o destino vai dar um jeito de juntar vocês dois de novo.

Eu espero que ela seja certa. Porque, se tiver sido a escolha errada, só vou saber quando for tarde demais.

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30. . .conheçam Isla Boyd:

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