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(21) just do the bella hadid's face.

raven.na boyd
point of view
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  A SESSÃO DE FOTOS FOI HORRÍVEL. EU
não esperava que fosse um mar de flores, afinal, Calvin Klein é uma marca famosíssima e os fotógrafos devem ser severos com cada mínimo detalhe - eu estranharia se não fossem. mas o que eu passei foi horrivelmente ruim.

Uma mulher chegou a dizer: isso não tá funcionando. Só faz a cara da Bella Hadid, você consegue?

Eu me senti, sim, um pouco atacada. Talvez mais que um pouco. Mas não disse absolutamente nada, e segui as instruções de todos os profissionais.

Vincent se saiu muito bem, por outro lado.

O comercial foi mais fácil, muito mais fácil. Fizemos em menos de uma hora, eu acho, enquanto a sessão de fotos demorou cinco horas. Cinco horas! Foi um inferno, mas eu faria tudo de novo se precisasse.

─ Eu tô esgotado. ─ Vincent diz, se jogando na cama enquanto deveria estar se preparando para irmos embora. ─ Parece que eu acabei de trabalhar por uma semana inteira em cinco horas. ─ ele reclama.

Murmuro um uhum de volta, indo para o banheiro. Pego as minhas poucas coisas de lá e coloco de volta na minha nécessaire, e quando me viro para sair, dou de cara com ele parado na porta.

─ Você tá com uma cara de bunda enorme desde que saímos do estúdio. O que aconteceu?

Reviro os olhos.

─ Não aconteceu nada. ─ dou de ombros, o empurrando para sair do banheiro. É óbvio que ele vem atrás. ─ Suas coisas já estão arrumadas? O voo é em menos de meia hora.

─ Nós não vamos sair desse quarto enquanto você não me dizer o que está errado. ─ ergo as duas sobrancelhas. ─ A menos que... seja uma coisa muito séria e você não queria contar. Quer saber? Esquece. Não precisa me contar nada, tá tudo certo.

─ Mas tudo certo, seu idiota. ─ murmuro. ─ É besteira.

─ Rá! Então tem alguma coisa!

Reviro os olhos e me jogo no colchão.

─ Pode abrir seu coração, ruivinha. Sou todo ouvidos. ─ ele diz, se deitando ao meu lado, de modo que ficamos os dois atravessados na cama.

Esfrego as mãos no rosto e faço um barulho bem estranho e constrangedor de frustração.

─ Eu passei cada minuto naquele estúdio ouvindo reclamações, e os fotógrafos me corrigindo e repreendendo por coisa boba. Uma mulher me disse pra fazer a cara da Bella Hadid, pelo amor da Deusa! Eu me senti uma idiota. ─ falo, em tom baixo. ─ Enquanto você, o Sr. Herdeiro, arrasou em cada uma sem precisar de ninguém te dizendo o que fazer. Foi um tapa na minha cara.

Ele demora um pouco pra responder.

─ Então você tá frustrada porque eu fui bem e você demorou um pouco pra pegar o ritmo, é isso?

─ Você repetindo só me faz parecer mais idiota ainda. ─ resmungo. ─ Mas, é, basicamente é isso. Eu disse que era besteira, e logo logo vai passar. ─ me levanto abruptamente, o que, em outra época, teria me levado ao chão por uma queda de pressão drástica, mas não mais.

De repente, ouço Vincent rir.

Olho para ele com toda a indignação que consigo expressar.

─ Me desculpa, eu não queria rir. ─ ele diz, se controlando.

─ Idiota.

─ Foi mal, é sério. Eu entendo sua frustração, de verdade. Mas o jeito que você falou... Não consegui me aguentar. ─ ele se explica, se aproximando. ─ Mas, se minha palavra vale de consolo, eu achei que você foi ótima. Adorei as fotos e acho que assisti a sua parte do comercial umas dez vezes.

Mordo os cantos da boca, não querendo sorrir.

─ Jura?

─ Juro, ruivinha. ─ ele balança o meu cabelo e eu reviro os olhos. ─ Pronta para ir?

─ Protíssima. ─ sorrio largo agora. ─ Vamos lá.

Pegamos um táxi para o aeroporto, e o check-in foi bem rápido, e em poucos minutos entramos no avião.

Meu banco é ao lado da janela, e Vincent à minha direita. Coloquei o cinto imediatamente e fechei os olhos.

─ Você não pareceu assustada quando fomos para Miami. ─ ouço ele dizer. ─ E nem vindo para Nova York.

Rio baixo.

─ Quando fomos para Miami, eu estava nervosa por você. E eu dormi na viagem de volta. Quando viemos para cá, eu estava nervosa e ansiosa por hoje, e agora não há nada que me impeça de imaginar que esse avião vai cair.

Ele balança a cabeça, rindo.

─ Você ama rir da minha cara, né?

─ É mais forte do que eu. ─ reviro os olhos. ─ Seu sotaque é diferente, e você é engraçada.

─ Pensei que eu fosse rude.

─ E definitivamente você é, eu nunca disse o contrário. ─ ele diz.

Fico em silêncio por um tempo.

─ Vinnie?

─ Hã?

─ O que vai acontecer se isso não der certo? O lance de modelo, quero dizer.

Ele me olha.

─ Vai dar certo, ruivinha. ─ ele sorri. ─ Tem que dar. E se não der, a gente vai dar um jeito. ─ ele dá de ombros. ─ Ser legalmente ligada à um americano te dá passe livre, sabia?

─ Você tá me pedindo em casamento? ─ ergo as sobrancelhas, sorrindo ironicamente.

─ Por enquanto não. Vamos esperar que não chegue a esse ponto, mas se chegar, eu não seria totalmente contra.

─ Ah, não?

─ Não. Você é minha amiga, eu gosto de você e o sexo é maravilhosamente bom. Eu poderia ficar casado com você por um tempo. ─ reviro os olhos.

─ Até você se entediar e ir atrás de uma boceta nova, certo? Talvez uma americana, para variar.

Ele ri.

─ Pela minha experiência, as estrangeiras são as melhores. Conheci uma escocesa, sabe? Arrogante e com uma boca muito suja. Adoro ela, apesar de ser muito atacado em um curto período de tempo.

─ Não precisa fingir, eu sei que você gosta. ─ pisco um olho para ele.

─ Até demais, eu acho. Vergonhosamente.

─ Ei! Não é vergonhoso gostar de mim!

─ Não foi isso que eu quis dizer, ruivinha. ─ ele justifica, sem realmente justificar. Fico um pouco confusa, mas decido não perguntar, já que ele não quis explicar por vontade própria. ─ Como você conheceu o Aaron?

Vincent, como eu acabei de perceber, mudou de assunto não só para o próprio bem, mas para o meu também. Ele desvia de onde não quer focar, e me distrai ao mesmo tempo, para eu não entrar em pânico.

─ Em uma aula de economia. ─ respondo.

─ Economia? Em moda?

Dou risada.

─ Meu primeiro bimestre da universidade foi com matérias completamente aleatórias. Eu não sabia muito bem como tudo funcionava, então tinha aulas de economia à religião. Consegui regular as matérias a partir do segundo bimestre, quando eu já tinha conhecido Aaron. ─ explico.

Ele acena com a cabeça.

─ Eu me lembro que nós dois reconhecemos a presença um do outro instantaneamente. O professor chamou pelo nome dele, para a apresentação, e imediatamente eu soube que ele não era nativo daqui - tanto pelo sobrenome quanto pelo leve sotaque. Acho que ele teve o mesmo pensamento que eu. ─ sorrio. ─ No fim da aula, ele se aproximou e a primeira coisa que ele disse foi: oi, eu sou holandês, e você? E eu respondi: escocesa. Quer passar as aulas falando mal dos americanos comigo? E boom, amizade.

Dou de ombros, sorrindo.

─ Como você o conheceu?

─ Fizemos o ensino médio no mesmo colégio. ─ ele responde. ─ Eu, ele, Maddy e mais uma galera nojenta e podre de rica.

Faço uma careta.

─ Foram bons tempos, apesar disso. E Aaron me apoiou quando eu me rebelei por um dia e matamos aula, e fiz cinco tatuagens de uma vez. ─ ele sorri. ─ Ele fez cinco também, incluindo a do pescoço. O pai dele ficou sabendo, de alguma maneira, e ele mesmo foi buscar Aaron no colégio. Foi a única vez que eu vi os dois brigaram.

O clima ficou mais pesado agora.

─ Nem o dinheiro impede as pessoas de serem pais horríveis. ─ falo. ─ Na verdade, até incentivam. É uma merda.

─ Uma merda, sim.

─ Você já pensou em ter filhos? ─ pergunto, e observo seus olhos se arregalarem. ─ Foi uma pergunta despretensiosa. Eu definitivamente não estou grávida de um bebê seu. Bebê de ninguém, na verdade.

Ele respira aliviado, e eu quase dou risada.

─ Já pensei, sim. Talvez daqui uns dez anos, se eu estiver casado e com o controle da minha própria vida. ─ ele sussurra a última frase, mas consigo ouvir.

─ Ele é ruim assim? ─ questiono, mas sei a resposta.

─ Pior, na verdade. ─ ele bufa.

Sorrio tristemente.

─ Acho que isso nos faz dois adultos fodidos com daddy issues.

─ Sim, faz.

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21. . .go ahead and cry little girl/boy :((
acho lindo como segunda feira eu tava escrevendo o capítulo 26, e hj (quarta) eu tô escrevendo o capítulo 33 😻

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