Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

(10) you gotta be kidding me.

raven.na boyd
point of view
───────────────────

   ONTEM FEZ UM MÊS QUE INGRESSEI
na NH Enterprise, e recebi o meu primeiro salário. Paguei o aluguel do dormitório, a parte da mensalidade da faculdade que é minha responsabilidade, paguei também a parcela do mês dos livros desse semestre e, com o que sobrou, finalmente, comprei um celular novo.

Não é o melhor de todos, mas funciona, então pra mim tá ótimo. Eu não sabia que caralhos era celular até os treze anos, então passar um mês sem essa tecnologia em específico foi até que fácil, na verdade. Assustadoramente fácil.

Eu acordei cansada demais para uma terça-feira, mas ainda não estava trabalhando por tempo suficiente para pedir um dia de folga fora do meu horário, então me forcei a tomar banho, me arrumar e encarar os quinze minutos de ônibus dos alojamentos até o centro.

Cumprimentei Crystal e Victoria com um bom dia e fui direto para o elevador. Crys, como ela gosta de ser chamada, fica mais simpática a cada dia, enquanto com Victoria é o total contrário.

Falando em "como gosta de ser chamada", Vincent finalmente aceitou que, não importa o que meu documento de identificação diga, meu nome é Raven, e passou a me chamar assim. Seria estranho se ele não tivesse, você sabe, depois de como eu falei com ele naquele dia. Acho que ele não ficou chateado pelo meu tom de voz ou minhas palavras – caso contrário eu estaria no olho da rua.

Quando chego a minha sala – que eu ainda não sei exatamente se chamo de sala, escritório ou hall de entrada, mas acho que sala serve –, arrumo as coisas na mesa. Hoje está extremamente calor, um calor que, mesmo depois de dois anos na Califórnia, eu ainda não consegui me acostumar. E foi por esse motivo que eu vesti o meu vestido mais refrescante e formal ao mesmo tempo; ele é branco, acaba três dedos acima dos joelhos, com três fendas abertas nas costas, nada muito chamativo ou que diga "eu sou uma biscate, não uma secretária". Foi a minha melhor opção, na verdade.

─ Você só pode estar de sacanagem comigo. ─ me assusto com o murmúrio, mas não preciso olhar para saber quem é. Mais ninguém entra aqui além de nós dois, às vezes Crys, mas raramente.

─ Bom dia, Sr. Hacker. ─ falo, automaticamente.

─ Dia. ─ ele exclui o "bom", como fez outras vezes, coincidentemente, todas as vezes quando eu decidia usar um vestido. 

Não precisa ser um gênio para saber que ele vai se trancar na sala pelo resto do dia e só sair quando eu já tiver ido embora. Mas, pelo menos, dessa vez eu tenho o meu celular comigo como forma de entretenimento.

Já passava das duas da tarde quando ele se dignou a sair da sala, com aquela pilha de papéis nas mãos, como sempre. Às vezes, ele faz o trabalho certo, fazendo uma remessa de cada vez e me entregando elas sempre que acabava alguma; nesses dias, eu adorava o meu trabalho, tudo fluía maravilhosamente bem. Por outro lado, tinham dias que ele se trancava – literalmente – no escritório, e só saía perto das quatro da tarde, com uma pilha de papéis maior do que o meu braço. 

Ele deixa os papéis na mesa e se vira para sair, mas não consigo manter minha língua parada dentro da boca.

─ Sabe... Há um botão no seu telefone por uma razão. ─ falo, despretensiosamente. 

─ E eu escolho não usá-lo por uma razão. ─ ele retruca.

─ Posso saber qual é? ─ ele se vira apenas para me encarar sobre o ombro, como se dissesse "que porra você tá falando?", e sorrio falsamente.

─ Você quer que eu seja cem por cento honesto?

─ Por favor, chefe. 

Ele suspira.

─ Eu não acho que consiga te ver em pé, nesse vestido, sem pensar ou fazer algo estúpido. ─ demoro um pouco para digerir suas palavras, e quando percebo, ele voltou a isolar no escritório mais uma vez.

Não percebo o que estou fazendo até que estou dentro do escritório que só vi, sem exagero, umas quinze vezes, chutando alto. Consigo a atenção dele de imediato, e exatamente como ele disse segundos atrás, seus olhos caem no meu corpo tão rapidamente que me surpreendo.

─ Não podemos continuar assim. ─ murmuro, me perguntando para onde toda a minha determinação usual foi.

Assim como ele me avalia, faço o mesmo com ele. Normalmente, tudo o que posso ver são roupas caras, abotoaduras caras, sapatos mais caros ainda e o cabelo aparado por alguém que cobra cem dólares em um corte. Mas, agora, o observando minuciosamente, não posso admitir outra coisa além de que Vincent Hacker é facilmente um dos homens mais gostosos que eu já tive chance de interagir – e foder.

─ Assim como? ─ sua resposta tardia chama meus olhos para os dele de volta, e só então que ele tem um pequeno sorriso em seus lábios.

─ Assim. ─ balanço o dedo indicador entre nós dois. ─ Eu não consigo continuar nessa situação, Vincent. Você ainda me trata como eu seu fosse um enfeite da sala... Não estou te cobrando nada além de educação básica.

─ Isso não é sobre educação básica, Raven. ─ ele murmura, avançando um passo médio. ─ Você não tá aqui porque eu te deixo passar batido.

Molho os lábios e suspiro profundamente.

─ Beleza, a gente transou uma vez, e daí? É a ordem natural da vida. Não podemos deixar isso afetar nossa... convivência. 

Ele ri, baixo e rouco.

─ E o que você sugere, Raven Boyd? ─ ele cruza os braços, mordendo os cantos internos da boca.

─ Você... Eu... ─ gaguejo um pouco, mas então respiro fundo e o encaro com convicção. ─ Acredito que nenhum de nós tenha realmente... superado aquela noite, e é exatamente ela que está nos atrapalhando.

─ Vá direto ao ponto, por favor.

─ Eu acho que... ─ travo. Minha Deusa, que merda eu tô fazendo nesse escritório? ─ Nada. Nada, esquece. 

Me viro para sair, sentindo minhas bochechas arderem ao máximo.

Eu estava a um passo de distância do lado de fora quando uma mão envolveu meu antebraço e me virou de volta para o escritório, fechando a porta atrás de mim. Vincent está perto demais agora, e não sei o que fazer.

─ Você ia sugerir que transássemos mais uma vez pra acabar com isso, não ía? ─ eu ia.

─ Não. ─ murmuro, mas a voz trêmula me denuncia. ─ Não, eu não ía.

─ Você ía, sim. Eu sei que ía.

Não tive forças para negar – grande parte do motivo é porque é meio que verdade. Não sei o que passou na minha cabeça naquele momento mas... Não pareceu uma má ideia.

Mas agora parece. E eu preciso sair daqui o mais rápido possível.

─ Vincent... ─ o nome dele escapa da minha garganta, fraco, baixo e incerto. ─ Eu preciso... voltar ao trabalho.

─ Eu sei. ─ ele murmura, sem deixar de encarar meus lábios. Ele respira fundo uma vez e mergulha o rosto no meu, encostando nossas testas. ─ Eu sei. Só estou... Reunindo forças, eu acho.

─ Reunindo forças?

─ Sim. Pra te deixar ir. ─ a voz dele sai mais baixa, mas o impacto é o mesmo. Sem perceber, prendo a respiração, até que ele me solte e se afaste como se eu estivesse pegando fogo. Ele volta a se sentar na cadeira atrás da mesa, ainda fazendo contato visual comigo, mas... Acaba. ─ Feche a porta quando sair, por favor?

───────────────────

10. . .falta isso aqui 🤏🏽 pra eu desistir de bad day

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro