Capítulo 02
Meu celular toca diversas vezes seguidas e a cada chamada não atendida, me vejo ainda mais encrencada.
Porra... Não acredito que desliguei na cara da Bia.
Olho novamente para a tela que pisca de meu iPhone, sentindo a respiração pesar pelo fato de que fiz besteira. Mommy não aceita falta de respeito, ela odeia na verdade, e isso que eu acabara de fazer, para a mesma, deve soar no mínimo grosseiro.
Observo mais uma chamada não ser atendida, e me sinto tensa pela situação em que me coloquei. Não devia ter desligado, eu devia obedecer, porque fui tão burra ao ponto de fazer tal idiotice? Bia vai me bater... Vai bater muito, já sinto que pode ser de chinelo, e o chinelo arde tanto e por tanto tempo!
Sinto meus olhos arderem, e o medo de apanhar vem a tona juntamente as lágrimas. Meu celular volta a tocar, o tom de chamada diferente que antes amava escutar, no momento me faz tremer. Mas sou a errada da história, Mommy só quer o melhor, e quando luto contra isso... Ela me disciplina.
Eu mesma dei esse direito a mesma quando aceitei participar de tudo isso. Claro, que nem sempre é um mar de rosas, mas na maior parte é sim. Bia me ama, cuida de mim, me manda coisas legais por "Sedex", ela é a melhor. Mas as vezes acho que sou tão difícil por não tê-la ao meu lado, sinto falta de seu toque, mesmo sem que ainda eu não a tenha tocado. Sonho em um futuro com ela, morando com ela... Mas não sei se a mesma pensa assim, isso que temos pode ser apenas uma fase... Ela pode, e com certeza vai enjoar de mim.
Atendo a chamada de vídeo, enquanto enxugo os resquícios de lágrimas que persistem em correr por meu rosto.
- Sinto muito M-Mommy.- Me desculpo sem jeito, pois, não estou acostumada a dizer tais palavras, enquanto olho para a tela acesa.
Bia parece me analisar por alguns segundos, sua face demonstra descontentamento, de forma tão forte, que sou obrigada a olhar para baixo, para não ver a decepção em seus olhos.
- Que atitude foi essa mocinha?- Seu tom não é irritadiço, coisa que estranho, pois, quando a mesma está prestes a me bater, sempre é mais dura comigo.
Não me dou o trabalho de pensar muito antes de responder, visto que minhas paranóias já fizeram bem o trabalho por mim.
- Eu me irritei, desculpa.- Meu tom é baixo, tão baixo que tenho medo que a ela me faça a pergunta novamente, mas, assim que subo o olhar, tenho certeza que a mesma entendeu.
- Então quando você ficar irritada vai desligar nossa ligação, sem me deixar terminar de falar? Isso não se faz Vitória.- Repreende em tom médio de voz.- Sei que não gosta de ser controlada anjo, mas a Mommy manda em você, consegue entender o ponto em que quero chegar meu amor?- Concordo com a cabeça, triste pela verdade.- Então também sabe que irá ganhar um belo castigo pelo que fez, e ainda terá que terminar de almoçar, certo?
Torço para ser um sonho ao fechar os olhos, mas assim que os reabro, tenho a certeza de que terei que encarar a disciplina de Beatrice.
- Certo Mommy.- Minha voz é carregada, sei que o choro está próximo novamente e me sinto fraca pelo fato.- Irei obedecer a senhora.
- Ótimo. Vá para o seu quarto.- Manda, agora sim sendo direta no que quer.
Ela vai me disciplinar.
Sem colocar uma palavra para fora, me movo sem muita pressa, para o cômodo da casa em que tenho mais liberdade para dormir de chupeta, sem que, ninguém veja e possa ter a oportunidade de fazer brincadeiras de mal gosto comigo. Ao chegar, olho em volta e vejo que não está bagunçado. Normalmente quando não estou em meu "littlespace" sou extremamente organizada, mas, quando estou em meu "modo baby" sou extremamente bagunceira; deixo meus brinquedos espalhados, a chupeta vive sumindo, e por alguma razão estranha tenho preguiça de fazer tudo, até mesmo de ir ao banheiro.
Entro no quarto grande, de paredes brancas e azul bebê, decorado de forma simples, mas, ao mesmo tempo, sofisticada.
- Pronto Mommy...
- Está descalça?- Sua pergunta me faz quase sorrir em vitória, pois, mommy castiga quando fico com os pés no chão; o que não é o caso agora, ainda estou com os Alls Stars que fui para o colégio.
- Não Mommy, estou de tênis ainda.
Vejo o sorriso da mesma aparecer, mesmo que seja minimamente, e me sinto orgulhosa por ter evitado outro castigo.
- Ah sim, ainda está com o uniforme certo?- Concordo.- Tire a roupa meu amor, fique apenas de calcinha.- Pede em tom mais calmo e meus batimentos se tornam fortes.
Conheço bem os métodos de Bia, eu evito ser punida exatamente por esse motivo, tenho que deixa-la entrar em um espaço muito pessoal, muito particular... Mas a palavra "particular" não existe no vocabulário da Mommy.
- Mommy eu...
Sinto o ar faltar, por vergonha de me expôr, sei que fiz isso diversas vezes, mas, ainda sim é difícil.
- Calma meu amor, respire fundo. É só a Mommy... Só a Mommy e a baby dela.- O tom de Bia é calmante, pois, ela tem o dom de me relaxar, independentemente da situação... Bia é meu porto seguro, minha cuidadora, e me conhece bem o suficiente para saber que deve ter calma no momento.- Não precisa ter vergonha, Mommy já viu, lembra?- Sinto-me uma criança ao ver a maneira que a mesma me trata e logo me lembro que, aos olhos de Mommy, eu não passo de uma simples pirralha.
- Deixa baby só tirar a calça?- Pergunto com esperança, quem sabe hoje Bia está boazinha? Não gosto de me mostrar... Graças a nossa sociedade machista cheia de regras e limitações, eu realmente criei grande vergonha em mostrar os seios, por mais que não sejam grande coisa.
Bia me oferece um sorriso educado, mas só pela expressão, já sei qual será sua resposta.
- Não meu anjo, confia na Mommy, sim?- Concordo com a cabeça, mesmo que estando chateada por ter que ficar seminua na frente de outra pessoa.- Depois que baby comer tudinho, baby irá tomar um banho relaxante e ficar só de fraldinha para a soneca da tarde ok?- Sinto minhas bochechas esquentarem com sua proposta, mas concordo, pois as vezes tenho esse desejo.- Agora, tire sua roupinha.
- Tudo bem...
Deixo o iPhone em cima da cama, e coloco meu travesseiro atrás do mesmo, para monte-lo em pé.
Baby começa tirando os sapatos e as meias, depois a camisa de uniforme e calça jeans, ficando apenas de roupas intimas, mas, como sei que Mommy deseja ver meus seios, separo as partes juntas nas costas e deixo as alças caírem por meus braços. Olho para o celular que deixei sobre a cama, e Mommy me observa com um sorriso terno.
- Agora pegue seu chinelo baby.- Concordo envergonhada, ainda sem me me cobrir e me abaixo, saindo do alcance da câmera para pegar o calçado emborrachado com vários gatinhos espalhados como enfeite, e mostro o mesmo para Mommy ao me ter de pé.- Vire de costas baby.- Obedeço, e agradeço internamente por estar de calcinha.- Você irá bater por cinco minutos, depois terá uma pausa de um minuto, e logo após você baterá novamente por mais cinco minutos. Entendeu meu amor?- Pergunta com leveza.
- S-Sim Mommy...
Antes mesmo que eu comece a bater, sinto meus olhos marejados e lágrima por lágrima começa a escorrer.
- Pode começar, Mommy irá cronometrar. Lembre-se de bater com agilidade e força, ou Mommy aumenta o tempo.- Fico calada, enquanto choro em silêncio, com o chinelo já posicionado em minha região traseira, enquanto espero por sua ordem.- Comece baby.
Sinto os batimentos de meu coração se tornarem fortes, e minha respiração continua a ser pesada. Então sem mais delongas, começo a bater com força e rapidez em minha nádega direita, sentindo o impacto forte da borracha em minha pele, a cada segundo que se passa, deixo minha mão cair e meu traseiro ardem, em sequência rápidas e extremamente dolorosas. Meu peito está pesado, e o choro é inevitável. Quero parar de bater, mas sei que terá consequências piores, então apenas aguento firme, enquanto a surra de cinco minutos, se torna cinco mil anos em meu calendário mental.
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