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Capítulo 01

Ao chegar em casa, após um longo dia de aula, caminho sem ânimo até o sofá da sala, onde me sento e aguardo sem muita paciência, o som estressante de notificações do WhatsApp se encerrar. Como fico a manhã toda presa na escola, e lá não tenho nenhum acesso a internet... Toda vez que esse acesso não é mais restrito, meu celular me irrita com ruídos escandalosos de todas redes sociais possíveis que uma adolescente de dezesseis anos pode ter. Ao acabar com o carnaval de barulhos, seguro meu iPhone em uma das mãos e desbloqueio a tela com digital, um gesto simples, mas que me permite ter acesso a variações magníficas.

Logo que entro com um "click" em meu WhatsApp, sorrio para única conversa fixada ali, vendo que meu contato importante, que nomeei carinhosamente de "Mommy" , me mandara mais de 56 mensagens desde que a deixei com meu melhor "Bom dia" hoje pela manhã e segui com minha rotina, rumo ao inferno. Sei que Mommy se preocupa comigo, que zela de mim... Até mesmo quando digo que não quero, ela nunca desiste de me fazer bem. Temos um relacionamento a distância confortável, mas não se compara a um relacionamento comum... Não somos namoradas, nem sequer amantes, nada do tipo... Apenas me sinto bem quando a mesma cuida de mim, mesmo estando longe... E todo esse cuidado é recompensado com minha obediência, que não é muita a propósito... Antes de conhecê-la eu era apenas uma adolescente normal, revoltada com a vida, que não dava valor a nada, nem sequer tinha respeito pelos outros e suas coisas, era "mão lisa" mesmo, não podia se deixar uma caneta Bic preta normal que fosse perto de mim, que eu já fazia uso sem permissão. Sei que roubar é errado, mas até ela se fazer presente em minha vida... Eu vivia ao limite, sem regras e sem consequências. Hoje em dia tudo é diferente... Beatrice me ensinou a ver a vida de forma tão diferenciada, tão melhor... Que não sei se conseguiria continuar a viver sem ela. Mas nem tudo é mar de rosas... Já fazem dois anos desde que troquei minha primeira mensagem com ela, lembro-me até que no início a chamava de "Bia", e com o tempo nos tornamos ótimas amigas. Ela sempre me tratara com bastante carinho, mas depois que lhe confidenciei os maus tratos que sofri durante a infância, por parte de minha família e outros parentes mais próximos, isso a fez mudar de uma maneira tão rápida, que mesmo estando longe de sua pessoa, consegui sentir o impacto.

Desde então pude notar a maneira paciente que comecei a ser tratada. Como era orientada pela mesma a fazer os deveres da escola no período da tarde, que fico livre. A deixar de sair durante a noite como gostava de fazer com amigos, pois sempre chegava bêbada ou drogada em casa, e acabava dando trabalho para ela com conversas embaralhadas de difícil entendimento... A deixava puta da vida quando isso acontecia, pois além de eu ser menor de idade, tais atitudes poderiam acarretar complicações de saúde sérias com o passar dos anos.

Por nunca pensar que a mesma queria meu mal, acabava obedecendo sem nem sequer contextar. Na minha cabeça, eu pensava que se ela quisesse meu mal, a mesma não perderia seu tempo me dando concelhos e as vezes até mesmo ordens... Nunca gostei de obedecer, e Beatrice entendia muito bem o porquê disso, pois já havia lhe contado que sempre vivi muito largada... Então era super normal eu não dar bola para pessoas que queriam mandar em mim. Como incentivo, Bia começou a aplicar castigos quando eu decidia não acatar alguma de suas ordens, e esses castigos foram de ficar alguns minutos sentada em uma cadeira, de frente para parede, sem poder sair... A palmadas, que eram dadas por eu mesma, com a quantidade ou tempo que ela decidia. E o pior nem era ser tratada como uma pirralha... O que mais me deixava envergonhada, era o fato que eu tinha que fazer tudo isso em vídeo chamada, muitas vezes, até mesmo com bumbum de fora. No começo admito que surtei, fiquei praticamente um dia todo discutindo com a mesma, pois não queria aceitar. Imagine só, uma menina da minha idade tendo que obedecer alguém que acabara de se tornar adulta. Era humilhante! Bia ficava chateada quando eu agia assim... E por não gostar de "vê-la" de tal maneira, ou até mesmo, por medo de ser deixada pela única pessoa que me dedicara todo tempo e atenção possíveis... Acabei cedendo.

"Oi Mommy, cheguei. Como a senhora está?"

Envio a mensagem, antes mesmo de ler as que ela havia mandado. Mas assim que passo os olhos por cada palavra, sorrio para sua forma doce de ser. Logo vejo a barrinha verde do aplicativo mostrar que a mesma está online, e fico feliz por esse fato ao mesmo tempo que lembro de uma coisa idiota. Mommy não me deixa tirar o visualizar, nem o visto por último, gosta de foto de perfil visível apenas para meus contatos, e toda vez que faço um novo amigo sou obrigada a mandar o número para a mesma. Acho isso desnecessário... Mas sempre obedeço para não ficar encrencada.

"Olá bebê, como foi a aula? Estudou? Obedeceu seus professores?"

"Mommy está bem anjinho. Como minha neném se sente hoje?"

"Já comeu mocinha?"

Arregalo os olhos para sua última pergunta ao perceber que não, eu realmente não havia colocado uma colher de Danone que seja em minha boca. Ela vai me matar... Mommy odeia quando não como, ela castiga... Sinto minha respiração pesar ao pensar assim. E se ela bater? Eu não quero apanhar...

"A aula foi legal... E sim, obedeci meus professores, como a senhora gosta."

"Me sinto bem... E espero continuar assim pelo resto do dia."

Respondo suas perguntas, ignorando sua última, pois sei que caso eu minta... Será pior. Da última vez que menti, falando que ia estudar na casa de uma amiga, quando na verdade fui beber em uma social, ela me deixou apanhar por 30 minutos e ainda teve castigo, fiquei duas semanas sem poder sair de casa, a não ser para ir a escola. Foi uma verdadeira chatice. Tirando o fato que naquela noite fui dormir chorando, com o bumbum doendo e a mesma de companhia em ligação, me dando sermão sobre responsabilidade. Ter uma Mommy não é brincadeira...

"Comeu?"

Minha respiração se torna falha ao ler a pergunta que não havia respondido. Merda!

"Mommy..."

Há um toque manhoso em minha resposta... E tenho total certeza que a mesma o entende ao ler sua mensagem quando o celular vibra em minhas mãos.

"Não comeu, não é?"

Sorrio envergonhada pela forma fácil que a mesma decifra algo sobre mim.

"É sim... Desculpa, baby esqueceu."

Tento me livrar de um castigo com o poder da manha, nem sempre dá certo, mas... Quem sabe não funciona dessa vez...

"Desculpo se a senhorita for comer agora, nesse exato mesmo momento."

Nego com a cabeça para a tela do celular, mas logo me dou conta de que a mesma não me enxerga, e que devo digitar uma resposta.

"A não Mommy... Estou sem fome."

Saio de sua conversa, e enquanto espero por sua resposta, converso com alguns amigos e visualizo algumas mensagens de grupos. Mas assim que seu toquinho diferenciado se faz presente em meus ouvidos, abro novamente sua conversa.

"Nada disso baby, vá para a cozinha agora e coloque seu almoço."

"Vou te ligar para ter certeza que não cairei em um golpe."

Bufo para sua última frase. Foi só uma vez que coloquei comida para o cachorrinho da rua... Ele precisava mais do que eu no fim das contas.

"Que feio dona Beatrice, não confia na sua baby?"

Fico indignada. Ela não pode me ligar toda vez que eu for comer né? Não que eu não goste de sua companhia, mas não dá pra jogar comida fora quando ela está olhando.

"Sabe que confio."

"E não me chame pelo nome, eu sou sua Mommy, tenha respeito."

O bico que cresce em meus lábios é conhecido, então apenas resolvo acabar com essa discussão colocando um ponto final.

"Não quero comer Mommy. Agora vou ver desenho, falo contigo mais tarde, tchau💙"

Me levanto, a procura do controle da tv, e antes mesmo que eu possa achá-lo, escuto o som de mensagem da Mommy e me jogo contra o sofá para respondê-la. Mas assim que vejo do que se trata, sinto meus olhos arderem.

"Passa para a cozinha Vitória!"

Abaixo o olhar, enquanto me encolho ali no sofá. Mommy está brava... Ela só me chama pelo nome quando estou prestes a ser punida.

"Vai me bater Mommy?😭"

Lágrimas quentes começam a correr livremente por meu rosto ao passo que a mesma visualiza e não responde. Ela está pensando no assunto, está pensando em me bater...

"Atenda."

De início estranho sua mensagem, mas assim que meu iPhone começa a vibrar insistentemente em uma de minhas mãos, entendo. Ela quer uma vídeo chamada. Obedeço sua ordem ao atender a ligação, e enxugo as lágrimas que coloriram meus olhos e nariz de vermelho claro.

- Porque minha princesa linda está chorando?- Seu tom é doce e gentil, o que ao meu ver é uma grande qualidade. Mommy está com seus cabelos escuros presos em um coque, não usa maquiagem e pela visão de fundo, presumo que esteja em seu quarto.

- Mommy d-danou...- respondo, novamente entre lágrimas.

- Sim bebê, mas não precisa chorar por isso.- Sinto carinho em suas palavras.- Já passou, Mommy só quer que você coma.- Ela expõe seu ponto e faço bico ao me ver concordando.

- Tá bom...- limpo meu rosto com a ponta de meu uniforme, e sigo para o cômodo onde se lava louças.

- O que sua mãe deixou para você hoje?- Pergunta ao perceber que adentro a cozinha.

- Arroz, frango e batatinhas fritas.- Digo agora mais animada pelo cardápio.

Pelo menos é algo que eu gosto.

- Ela não deixou salada e nem feijão baby?- Bia interroga, e reviro os olhos internamente, pois sei que apanho caso faça e ela veja.

- Sim, ela sempre deixa Mommy, mas a senhora sabe que não gosto e que não vou comer.- Digo me irritando um pouco. Já não basta me obrigar a comer?

- Olha como responde Vi...- Repreende em tom de ameaça.- Se eu mandar você comer algo, você deve comer, pois eu sei o que faço, e sei o que faz bem a você mocinha.- Faço bico novamente ao pegar o prato e uma colher no armário com um pouco de dificuldade por estar segurando o celular em uma das mãos.- Minha bebê, deixa o Cel em cima da mesa.- Pede com gentileza, e eu apenas obedeço, deixando a tela virada para a bancada, onde minha mãe deixara as panelas do almoço. Me sirvo sem jeito, deixando grãos de arroz cair por toda parte e quando chega a parte do feijão e da salada eu pulo, ignorando completamente o negar de cabeça que Mommy oferece. Me aproximo da mesa, e começo a comer lentamente minha refeição, com Mommy me observando a todo tempo.

- Posso tomar Coca-Cola?- Pergunto ao acabar de mastigar a comida em minha boca.

- Depois que terminar de comer, e só meio copo para não te fazer mal.- Determina com carinho.

- Mas Mom...

- Psiu.- Diz ao me cortar a fala.- Obedeça, sem reclamar.

Reviro os olhos com indignação e fecho a cara ao parar de me alimentar. Se não posso ter o que quero depois de comer, também não darei o que Mommy quer... Nem que para isso eu tenha que ser uma baby malcriada. Então, decidida a seguir por esse caminho... Desligo a chamada ao passo que Mommy começara a falar, e mordo os lábios, nervosa pelo que acabo de fazer.

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