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Nick Carter #12

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Hypnotized

- Está pronta?

- Tudo pronto. - Respondo.

- Tem certeza?

- Mais que certeza.

Respondo para o garçom que segura o pedestal do meu microfone estrategicamente longe de uma das caixas de som para garantir que não haja microfonia. Eu respirei fundo algumas vezes, com os olhos fechados, me imaginando estar em um palco de estrutura gigantesca de frente para uma multidão de milhares de pessoas de diversas partes do mundo, todas ansiosas mas ao mesmo tempo, silenciadas para ouvir minha pequena contribuição para o fenômeno da quarta arte.

"Você Pode me chamar de sonhador mas com certeza não sou o único." Não foi o que disse John Lennon? Dou um risinho que ninguém deve ter percebido.

E assim, abro os olhos para encontrar o pequeno espaço de uma cafeteria local da Florida, com algumas mesas redondas espalhadas e um grupo de pessoas concentrados no canto da sala. Era um choque muito grande comparado ao mundo deleitante que eu havia imaginado poucos segundos antes de abrir os olhos, mas aquele era o meu mundo. E minha realidade. Não podia negá-la. Só tinha que abraçá-la.

Comecei a dedilhar o início da música. Eu cantava em ambientes com minha voz e violão já faziam 2 anos. Podia-se dizer que esta tão recente carreira estava dando certo, graças ao enorme número de contatos que eu possui no ensino médio. Música, naquela época, era meu escape para tudo e foi aí que eu descobri: Música para mim, era tudo. Eu pertencia a ela e ela para mim.

Enquanto eu cantava, para uma plateia de cerca de 8 pessoas, eu não ligava para nada além daquela conexão estabelecida entre mim e o violão. E o fato de eu cantar uma composição tão pessoal para mim, me ajudava a ficar hipnotizada.

Tão hipnotizada que eu quase despercebia as pessoas ao meu redor. Em poucos minutos aquele salão foi se preenchendo de casais, famílias, adolescentes, crianças e até um bebum. Mas meu coração se alegrava quietamente. Eu só queria ser ouvida e tocar as pessoas com minha música. Se isso servisse para pelo menos uma pessoa, ou até para aquele bebum, eu estaria em regozijo pela noite toda.

Foi aí que, acho que na sexta ou sétima música, o estabelecimento lotou. Pessoas comiam e bebiam, mas pelo menos aqueles da frente, não tiravam os olhos de mim. E eu percebi, do lado de fora, atrás das baixas grades que limitavam o pátio da cafeteria, um garoto, aproximadamente da minha idade, acompanhado de outros, parou enquanto seu grupo seguiu. Aquilo mexeu comigo.

Eu podia cantar bem, tocar bem, a música ser boa, mas nunca alguém que estivesse andando na rua tinha parado só para me escutar.

Mas eu não sabia ainda o que estava por vir: o garoto, bem no fundo da paisagem, cruzou seus braços de modo confortável e ali ficou, me ouvindo. Seus olhos eram azuis e me assistiam com doçura. Tinha cabelos lisos e loiros, divididos ao meio e que caíam até o começo de suas orelhas. Ele era lindo. Parecia um anjo. E eu me perguntava se de fato era um.

Um dos amigos que o acompanhavam voltou para chamá-lo, mas ele levantou a palma de uma mão e a sacudiu, sinalizando para que eles seguissem e permaneceu com os pés firmados no chão assim como seus olhos estavam fixos em mim.

Não conseguia descrever aquilo que tinha no seu olhar. Ele brilhava como se visse uma visão celeste. Eu vi sua boca inaudivelmente produzir um "Uau." E isso foi o bastante para fazer meu coração bater tão forte que quase errei uma nota só por isso. Por que este espectador está mexendo tanto comigo assim?

Estava tão longe mas de alguma forma...tão próximo. Me odiava por ter adiado aquela ida ao oculista. Ser míope ainda ia me custar muito caro.

Foi quando o show acabou, depois que maioria da audiência já havia ido embora deixando apenas uma porção de mesas com copos vazios e guardanapos sujos e apenas um casal sentado lá no cantinho, que eu percebi um toque leve no ombro, enquanto eu guardava meus pedais.

- Oi...Você que é a S/n?

Pisquei rapidamente. Era ele. Meu admirador.

- Sim. - Respondi de modo neutro. Poderia ser um possível contratante para algum evento. - E o senhor...?

Ele abriu um sorriso de maneira lenta, mas completa. Quem o olhasse, daria o diagnóstico certeiro de uma felicidade plena. Mesmo que não fosse, ele sabia como imitá-la, naquele sorriso tão perfeito.

- Nick. Mas por favor, não vá achando que ja sou "senhor"...

Eu ri. Mas logo parei. Não entendia como ficava tão tensa ao conhecer algum garoto. Talvez este era especial.

- Tudo bem. Você...ia me falar algo?

- Sim.

- Referente à minha apresentação? - Indaguei, ainda diplomática.

- Sim - Ele sorriu mais ainda.

- Ótimo. O que seria? - Perguntei, limpando discretamente a mão na calça e me preparando para dar um daqueles apertos de mão que causam confiança em qualquer negócio.

Mas tudo que ele me respondeu foi um...

- Continue.

Soltei de vez a maleta de pedais que tinha em mão e virei meu corpo todo para que se alinhasse ao dele.

- Perdão?

- Continue. - Ele disse com mais força. - Estou certo que a partir desta noite jamais ouvirei um som como a sua voz em outro lugar. Estou...profundamente encantado com tão transbordante talento. Portanto, continue o que você faz. Tem meu selo de confiança.

Aquilo me fez corar.

- Nossa, ninguém nunca me disse isso antes. Obrigada pela gentileza.

Ele ficou sério por um momento, parecendo até meio chateado pela mina resposta modesta até que eu resolvi voltar a guardar meu equipamento. O dono do local ainda não havia aparecido para me dar algum suporte ou pelo menos para se manifestar sobre o restante do meu pagamento.

Nick segura meu pulso, assim, sem aviso, mas relutante, como se temesse ter me machucado, lentamente o afasta.

- Onde vai ser seu próximo show? - Seu olhar transmitia uma outra indagação. Mas intima, mais necessária, naquele espetáculo de luz, cor e pupila. Mas estava disfarçado por trás daquelas palavras.

- Ainda...não sei. - Foi tudo que respondi. Começando a me despreocupar se ele visse aquele interesse nos meus olhos também.

- Posso te fazer uma proposta? - E sem resposta, ele continuou, abrindo um sorrisinho tão delicioso de assistir quanto o de criança - Conhece os Backstreet Boys?

•••

Rir era tudo que eu sabia fazer. Quem diria que daquele tempo tão nebuloso e cheio de incertezas esmagadoras eu pudesse me apoiar em dois únicos pilares: Fé e música. Eu tinha um sonho. Agora, eu tinha a realização dele.

Enrolada no cobertor e nos braços daquele que eu jamais acreditaria ser o garoto que me salvaria naquela noite, eu me dava conta de que ele também havia sido um salvo pela música. Hoje, com uma vida a dois, retribuímos esse resgate com nossas vozes e composições. Nick no palco, com sua boyband e eu também, com minha carreira solo. É preciso dar chance aos pequenos começos, porque se você fomentá-los, eles crescem.

E nada disso teria sido possível se eu não tivesse prestado um pouquinho de atenção no rapaz de pé, no lado de fora da cafeteria, a me assistir, com olhinhos encantados e dispensando o amigo só para me ouvir cantar.

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