Brian Littrell #1
Girl's Magazines
(S/A - Seu apelido)
-- Acabei de conseguir uma.
Brian entra no quarto de hotel, risonho. Extremamente risonho. A fama era algo novo para ele e para seus amigos, os Backstreet boys. Eles começavam a causar arroubo nos lugares em que se apresentavam e inclusive, já estavam aparecendo em revistas de garotas adolescentes.
Como esta que ele acaba de me trazer.
-- Vem, vem eu quero ver! Antes que fique muito tarde e eu precise ir dormir. -- Exclamo afastando-me para dá-lo espaço na cama de casal.
Não, eu não namoro o Brian. Estou no seu quarto de hotel tarde da noite pois sou sua amiga de infância, cujo laço permanece forte até os dias de hoje, onde ele vira uma estrela do pop. Me comove tanto perceber que mesmo assim, nada mudou entre nós e ele continua querendo que eu esteja ao lado dele em qualquer parte da vida.
Mas eu também sou aquela amiga que já passa a cultivar mais que amizade por ele e...espera ser reconhecida. Em algum momento.
Ele rapidamente cai na cama sentado, causando um balanço geral no colchão. Tão ansioso quanto eu.
-- Eu sinceramente não sei o que esperar daqui. -- Me disse erguendo a revista com as duas mãos.
-- Bom, eu já posso imaginar -- Digo -- Mas prefiro comprovar logo. Leia!
-- Não consigo. -- Ele abaixa a cabeça e afasta a revista.
-- Tá com medo de ler o que um monte de meninas adolescentes disseram sobre você? -- enceno falso zombamento, apesar de ter achado aquilo a coisa mais fofa do mundo naquele momento.
-- Não, S/N. Que ideia hein! -- Ele me fita entre vários desvios de olhares -- É que eu nunca passei por isso antes, sabe. Nunca me dei bem com as garotas da escola, por exemplo.
Eu sorrio para ele. As garotas provavelmente eram cegas.
-- Então deixa que eu leio para você. -- Digo gentil.
Apanho a revista. Como tradicional, havia um grande título em rosa e sombra roxa com o nome "Girls' Pages". Na capa havia uma modelo teen super-famosa e nos cantos laterais, sessões sobre outros tópicos, que inclusive era onde estava a foto dos meninos. Abaixo dizia "A nova febre: Os Backstreet boys!"
Brian pousava o olhar para mim e para a revista em silêncio, com a unha atracada aos lábios. Nossa distância era curta: Eu estava de frente para ele na ponta da cama.
-- Vamos lá. -- Eu abro e vou direto para a página onde eles estão.
A matéria falava sobre o show que eles fizeram no parque aquático aqui, na Flórida e logo depois havia uma seção de comentários feitos por algumas espectadoras do show.
-- "Mia, 15 anos." -- Eu leio -- "Adorei a apresentação. Eles são todos bastante lindos, talentosos e simpáticos! Consegui um autógrafo do Nick. Me apaixonei por ele!"
Brian riu.
-- Eu sabia que o moleque ia se dar bem! -- disse ele sobre o parceiro caçula.
Continuei:
-- "Elizabeth, 13 anos: Estou rouca de tanto gritar. Adorei as músicas e os garotos são lindos! Mas aquele loirinho é de tirar o fôlego --"
Antes que eu finalize, Brian intervém.
-- Caramba, o Nick tá fazendo sucesso mesmo, hein.
-- Mas não foi do Nick que ela falou...
Mostro o comentário para ele e aponto para bem após a palavra "fôlego", onde a moçoila nomeou o suposto loirinho:
"...Brian Littrell."
E não parava por ali. A última declaração dizia:
"Quero me casar com ele."
-- Wow...-- Brian estava boquiaberto.
-- Viu? Eu te disse que faria sucesso!
Aquilo parecia ridículo, mas eu notei que ver o rosto dele se iluminando era divertido; era agradável. Por um instante voltamos ao colegial de novo, e desta vez Brian conquistava corações. Mesmo que fosse algo claramente platônico e uma relação de artista e fã.
Estava gostando de vê-lo reluzir sua autoestima.
-- Olha, essa aqui disse: "Deus, o sorriso que Brian dá é avassalador. Ele é extremamente fofo e sexy."
Tá aí um contraste de adjetivos que não esperava encontrar em uma garota de 12 anos.
-- Olha, eu já tô começando a ficar vermelho -- Disse, dando um risinho e apontando para seu rosto levemente ruborizado.
-- Awwwn... parece que alguém anda tirando o fôlego das meninas. -- Eu brinco, agarrando sua bochecha.
Prossigo escondendo o quanto ler cada comentário sobre ele, me dava um caminho de dor no peito. Seria os ciúmes já dando as caras?
Ele segura minha mão e a tira de sua bochecha com leveza.
-- Sério, S/A. -- Ele se refere a mim pelo meu apelido. Ele parece não se importar que me chamar assim não faz mais sentido, já não somos mais crianças. Aquilo me deu mais dor ainda. -- Leia sobre os garotos também. Se não vou ficar completamente sem jeito!
-- Mas ler sobre você é muito mais interessante! -- Eu faço cara de travessa.
-- Insuportável. -- Ele revira os olhos.
Eu de fato, acabo lendo mais alguns comentários sobre o Nick, Kevin, AJ e o Howie. Mas surpreendendo até a mim, as opiniões que predominavam eram sobre o Brian. Ele era o sucesso nesta revista.
Enquanto continuava com a leitura em voz alta, certo momento minha expressão foi se configurando em seriedade a cada comentário que eu lia.
-- "Stephany, 18 anos. Brian é um sonho. Se eu fosse namorada dele, daria os melhores beijos todos os dias."
"Carmine, 16 anos. Tudo que eu queria era encontrá-lo na praia. Ele deve ser tão lindo sem camisa..."
"Juliet, 17 anos. Brian, se você estiver lendo isso, seja o meu..."
Eu estava lendo sem interrupções. Mas em determinado momento...
-- Chega. -- Me levanto da cama bruscamente.
-- Que houve?
-- Não vou mais ler. É só um monte de comentários sedentos. Você não merece ouvir isso.
-- Calma. Não é para tanto.
Sabe aquela dor que estava me invadindo e eu achei ser ciúmes? Bom, não sei agora se é só ciúmes. Estava magoada de ler tantas bobagens assim e sentia estar corroendo meu puro Brian lendo tudo aquilo em voz alta.
Simplesmente me assustou imaginá-lo mergulhar no mundo da fama sem que tenha alguém que o ame verdadeiramente. Longe desses amores superficiais.
-- Eu acho que é para tanto sim.
Dizendo isso, eu me retiro do quarto. Não com postura de raiva, pois ele não me fez nada. Saio com tristeza. Guardando minha confusão.
-- S/N, volta aqui! -- Eu o ouço pedir.
Mas eu já queria sair de lá. E isso se tornou mais possível quando encontrei nosso maleiro no corredor, pedindo que me direcionasse ao meu próprio quarto.
<▪>
Na manhã seguinte, sem ainda estar devidamente preparada para sair do quarto e tomar café, alguém bate à minha porta.
Eu vou atender, mesmo já sabendo quem é.
-- Posso entrar?
Eu abro a porta por inteiro.
-- Pode, Brian.
Desta vez é ele quem entra no meu quarto, que não era muito diferente dos demais do hotel.
Ele senta na cama, mas eu permaneço de pé, andando de um lado para o outro.
-- S/N, por que ontem você --
Já era hora de deixá-lo sabendo como me senti. Então o interrompo e vou direto ao cerne:
-- Não foi culpa sua, ok? Eu fiquei totalmente desagradada por ver como aquelas meninas falavam de você. Estavam falando coisas sugestivas e...pervertidas. -- Eu franzo o cenho -- E Brian, você sabe que eu me preocupei.
Eu parei de andar e somente o fitei.
-- Sério? -- Ele diz -- Se preocupou com o quê, exatamente?
Eu pondero as palavras. Mas já estava ansiosa por simplesmente dizer:
-- De que você estivesse gostando daquele tratamento. Medo de que a fama lhe mudasse. Medo de ter garotas interesseiras ao seu redor. -- Eu suspiro -- Medo de te perder, Bri.
Mas Brian ri no seu canto, enquanto eu me encho de vergonha.
-- Você não vai me perder, S/N. -- Ele se ergue da cama, com a bendita revista em mãos. Não percebi que ele estava com ela todo esse tempo.
Então, ele a rasga em pedaços na minha frente, deixando cair no chão. Com um sorriso bem tranquilo nos lábios.
-- Eu não me importo com aquelas coisas. Eu já tenho o cuidado e a opinião da garota que eu realmente me importo.
Tão sutilmente ele segura meu rosto com as duas mãos, me olha por curtos segundos, onde eu achei que fosse desmaiar, e me deu um selinho. Meu corpo inteiro paralisou.
-- Você ainda se lembra...-- Eu falei -- do nosso selinho aos 6 anos de idade...
-- Claro que sim. Foi tão embaraçoso... -- Ele volta a se sentar na cama, começando a mostrar sinais de rubor no rosto.
Eu vou até lá e me sento ao lado dele.
-- Mas desta vez, eu gostei.
-- Eu também -- Sorriu.
Com nossos rostos próximos, eu admirava a beleza dele, ao mesmo tempo que explodia em alegria ao perceber que ele também queria fazer aquilo.
O beijei. Um beijo maduro, de duas crianças que cresceram. De dois amigos que já se conhecem o suficiente, pra saber que não querem ser somente amigos.
-- Opa, vejo que já amanheceram bem dispostos.
Nos separamos de susto. Mal percebemos que a porta ainda estava aberta, e AJ nos encarava por cima dos óculos escuros.
-- Hã...bem, é...nós...o-o que você tá fazendo aqui? -- Brian interrogou.
-- Vim chamá-los para o café da manhã. Vamos embora daqui a pouco. -- O Moreno diz, ainda com uma curva sugestiva nos lábios.
-- Já vamos. -- Eu disse, rígida.
-- Não demorem. -- E assim ele saiu de lá.
Brian tornou para mim e soltando risinhos pronunciou:
-- Eu sempre quis que isso acontecesse.
Aquilo também me faz libertar risos bobos.
-- Vamos?
-- Vamos.
Demos as mão e juntos fomos a caminho do restaurante, deixando a, um dia inteira, revista adolescente para trás.
Mais tarde, AJ entrou naquele quarto novamente. Recolheu os pedaços da revista rasgada e vendo que não havia mais como reconstituí-la, deixou sair um palavrão bastante conhecido. Talvez ele quisesse ter dado uma olhada.
..........
E aí genteee
Não vou mentir que achei essa imagine muito iti maliaaaa kkkkkk eu mesma acho o Brian uma fofura só.
Esse enredo veio totalmente do nada na minha cabeça, enquanto eu ainda tava fazendo a do Nick e pensando qual a próxima que eu faria.
Obs: Segundo informações que eu vi em algum vídeo do YouTube, uma das primeiras apresentações deles foi num parque aquático da Flórida. Espero não ter confundido hahshsh. Queria ter feito um fundo real nessa parte
Mais uma coisa: me sigam no meu instagram de escrita! (@krlspoetry) Lá eu posto poemas, crônicas, trechos de outras histórias e pode rolar conteúdos relacionados as imagines tbm.
Obrigada pela leitura.♡
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