Aj Mclean #3
VihLuiza9 pediu um com o AJ. ♡
Baby, let me sleep with you.
Eu chego em casa. As costas parecem carregar um peso sobre humano, de tão doloridas. Mas não há nada como chegar em casa, no fim da tarde, tomar um banho de corpo e de alma e se aconchegar no sofá para assistir a minha série favorita da Netflix. Aí que delici…
Só que ao abrir a porta um alerta é acionado dentro de mim. Um par de sapatos muito mal dispostos, escondem areia em baixo e ao redor de si, bem no canto da sala, manchando a imagem linda daquele cômodo arrumado que eu idealizei.
E aí eu tenho a impressão de que não vou poder cumprir minha tarefa de relaxamento descrita acima tão cedo…
– Oi, amor, você chegou… – Vem em minha direção a figura de um AJ bocejando, balbuciando as próprias palavras.
Ele se aproxima de mim para dar provavelmente um de seus beijos molhados, mas eu me esquivo.
– Por que não guardou os sapatos? E não os bateu ao entrar em casa?
– Nossa, boa tarde também hein, princesa. – Ele diz, ressentido.
Eu suspiro.
– Olha, desculpa. Hoje foi um dia meio complicado no escritório minhas costas estão… – Eu caminho em direção a cozinha para tomar minha vitamina diária. No entanto, eu preferi nem ter passado perto de lá.
Uma zona. A cozinha estava uma zona. Patas de cachorro no chão, uma louça nada modesta e formigas se agrupando em cima da mesa. E nem me ponho a mencionar o fogão completamente sujo de arroz e macarrão.
– …Me matando.
Sinto os passos do meu marido virem atrás de mim.
– S/N, eu já ia arrumar. É que eu estava ocupado…
– Tirando um cochilo? – Bradei, encarando-o
Ele me olhou primeiro com susto, depois com uma raiva igual a minha. Aj e eu éramos, sem dúvida, almas gêmeas. Combinávamos em tudo, até no modo de ficar bravos.
– Aj, será que ainda não entendeu? – Iniciei meu discurso com fúria – Eu chego em casa cansada todos os dias! Com dor nas costas de tanto ficar sentada no inferno daquele escritório, fritando cada neurônio que ainda me resta na frente daquele computador e anotar cada dado, letra por letra, porque se algum daqueles formulários sair errado, vai sair do meu bolso! Ou melhor, do nosso! E quando chego, não tenho nem direito a paz?
Ele me escutou, antes de também cuspir fogo:
– Lá vem ela de novo com seu discurso de "chefe da casa". Todos sabem que quem mais sustenta essa casa sou eu com meu árduo trabalho de músico, lutando pra cada cópia ser vendida. você pensa que é fácil ensaiar, cantar e dançar, até quando você tá sem a mínima vontade? É desgastante também, S/N. Hoje é a única folga que eu vou ter em toda a semana! Daí você vem e briga comigo.
Eu saio da frente dele, subindo as escadas, esgotada. Ainda com gás para salientar:
– E não tem tempo nem de arrumar uma cozinha? Me poupe, Aj, você é um preguiçoso de primeira.
– Preguiçoso? – Ele se aproxima da escada para me olhar – Claro, eu sou preguiçoso. Sou sim. Faço shows, ensaio, gravo e sou muito preguiçoso! — E saiu dando risadas irônicas.
Eu olhei pra ele com desgosto.
– Então aproveita e pensa bem numa música heat pros Backstreet Boys…que irá sustentar nossa casa pelos próximos anos…no sofá, que é onde você vai dormir essa noite!
Entrei, batendo a porta do quarto. Não ouvi mais nada vindo lá de baixo. Era isso. Brigamos.
《 ▪︎ ▪︎ ▪︎ 》
Fui dormir, que é o que faço quando estou deprimida ou não sei como resolver um problema. Nesse caso, eram os dois. Acordei umas dez e meia da noite. O vazio do lado da cama me incomodou como uma farpa no dedo.
A pior parte de ficarmos bravos na mesma intensidade, era que nosso orgulho também era igual. Ou seja, demorava muito para que um ou o outro viesse se desculpar. Daí, apenas conviviamos na mesma casa, como dois desconhecidos. Sem dirigir uma palavra, nem na hora de dormir, nem mesmo quando um preparava um lanche para o outro. Cada segundo da briga ainda parecia ser agora.
Da última vez, foi o pior recorde: Passamos 1 semana inteira sem dialogar com o outro, o que foi muito doloroso. Naquele dia eu me dispus a não deixar o orgulho se meter entre nós dois.
Saí do quarto a passos lentos e me aproximando do corrimão da escada o suficiente para ter a visão da sala de estar eu vejo a forma do meu marido obediente repousando no sofá. Os braços cruzados e uma expressão séria com os olhos fechados.
Eu o conheço o suficiente para saber que ele não dorme bem.
Vou até lá, ainda com mansidão no andar.
Chego nas costas do sofá e espero. Hesito. Penso em como ele vai reagir. Será que perdoará rápido?
– Aj.
– Hm. — Ele responde sem abrir os olhos. Sabia que não estava dormindo.
– Sobe. Vem dormir na cama comigo. – Pronuncio com a maior gentileza, entre uma voz baixa e paciente.
Ele nada responde. Eu sei que ele ouvia. Mas é mesmo um orgulhoso de primeira.
– Me perdoa.
Estava tão desesperada por fazer aquela aflição acabar que nem meditava sobre o que dizia. Apenas dizia o que o impulso mandava. Eu devia mesmo pedir desculpas? O errado não era ele?
Bem…isso não tira o fato de que por minha causa ele provavelmente estava com uma excruciante dor nas costas, enquanto amanhã um dia cheio de movimentos de dança o espera.
– Eu fui grossa. Você não merece dormir aqui.
– Tô bem aqui, não se preocupe. – Respondeu, resignado.
– Você me perdoa?
– Te perdoar pelo quê? Você estava certa. Vá dormir que amanhã tem um dia cheio.
– Não é questão de estar certa ou errada. Eu fui cruel com você. Me perdoa por isso?
Ele abriu os olhos. Me olhou, com sono.
Depois sorriu.
– Sim. Vá dormir, minha linda.
Subi para o quarto, não muito certa de ter sido perdoada. Ele ainda parecia trancado. Ou só sonolento.
Eu ainda não sentia o peso do coração aliviar. E eu odiava ter que dormir sem o AJ. Era como dormir sem um travesseiro. Impede o conforto do sono. Impede o conforto da mente. Aceite, leitor, vida de casados é assim.
Então fiz algo que pra mim, seria demonstrado como uma das mais singelas e sinceras formas de amor pelo meu rebelde favorito. Mesmo que fosse fisicamente doloroso…
Voltei aquela sala de estar, com um lençol a mais. Me aproximei do sofá e declarei:
– Quero dormir com você.
Sem me preocupar com sua reação, subi, passei por cima dele e ocupei um pequeno espaço vago no começo do sofa, o deixando na ponta. Tinhamos um sofá espaçoso sim, mas obviamente, não feito para dois corpos adultos dormirem. Logo o aperto foi sentido.
– Você não desiste mesmo, né? – Ele brincou, com sua expressão de lanterna apagada.
– E agora? Quer subir?
– Que nada. A gente nunca ficou tão grudadinho assim antes. É tão bom…
De fato, estávamos super próximos. Tive que dormir com as pernas sobre as dele e ele com a cabeça sobre o meu colo. Não foi nada desagradável. Eu finalmente dormia na companhia do meu ser humano favorito. Trocando calor humano pra espantar o frio noturno. Acariciando sua pele para ajudar o sono a chegar mais rápido.
Foi a melhor forma de fazermos as pazes.
Mesmo que no raiar da manhã, aquela dor nas costas nos esperasse…
.......................................
Eita q livrinho desatualizado hein...
Mas jamais esquecido!
Essa imagine era uma ideia bem antiga na minha mente. Apesar de curta, sempre tive o desejo de escrevê-la. É simples, no estilo de Baking Cake, aquela segunda imagine do Nick. É só pra ilustrar um momento dos dois.
É isto, espero q tenha dado para matar a saudade! (Ou ter ficado com mais saudades ainda...)
Estou preparando uma surpresa muito especial para os próximos capítulos. Fiquem ligadas ♡♡
~ Bjs da K.
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