❦Prologue - The Secret Garden of New Rome
Primeiro capítulo aqui, para vocês conhecerem um pouquinho da relação da Prim e do Jason, como ela funciona, como os dois se importam um com o outro...
Nossa Prim na gif, AMO.
Próximo capítulo: 12\06
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Prólogo: O JARDIM SECRETO DE NOVA ROMA
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Primrose Stuart
Alguns meses antes...
— TEM UM CORTE NA SUA BOCHECHA.
Encaro os olhos azuis de Jason, que parecia tão acabado quanto eu me sentia naquele momento, o que era muito.
— Sabe como é, eu estava passeando por San Francisco quando um titã atacou os meus melhores amigos e acabei tendo que ajudar a matar o cara — murmuro brincando — mais um passeio normal e extremamente saudável.
A risada dele pareceu preencher o local, me fazendo suspirar e agradecer por estar viva, coisa que eu definitivamente não achei que ficaria no começo do dia, como se fosse para comprovar isso, minhas costelas do lado direito doem e mesmo com todo o néctar que eu havia tomado e com a ajuda dos filhos de Apollo, ainda estava toda dolorida.
"Repouse o máximo que der, ordens médicas", Logan havia dito seriamente enquanto me tratava.
— Apenas Primrose Stuart para conseguir fazer piadas depois de diversas experiências de quase morte — ele sorriu, um de seus sorrisos estupidamente brilhante — como a senhorita se sente sendo uma das heroínas da guerra?
— Decepcionada, acredita que ninguém me ofereceu uma romã de ouro?
Jason revirou os olhos, mas o sorriso continuava em seus lábios e eu desviei o olhar, para não acabar encarando demais e foquei na festa que acontecia ao nosso redor, o acampamento Júpiter estava comemorando nossa vitória.
Beatrice surgiu, havia um sorriso forçado em seu rosto, mas ao mesmo tempo, tinha algum alívio ali, passei o braço pela sua cintura, a puxando para mais perto. Enfim havíamos ganhado a guerra, mas também havíamos tido perdas que não iriam parar de doer tão cedo, vimos pessoas que amávamos morrer diante dos nossos olhos sem conseguir impedir... Tínhamos sujado nossas mãos com sangue.
Não éramos irmãs de sangue, nem ao menos filha da mesma divindade olimpiana, mas nos amávamos como tal, ela simplesmente tudo para mim, minha família, minha irmã de alma, minha melhor amiga.
— Ganhamos — ela resmungou cansada — Caramba, o melhor trio do Acampamento Júpiter ganhou a guerra, alguém surpreso?
— Eu.
Jason riu, passando o braço pelos ombros de Beatrice, encaixando o abraço em trio, ele rapidamente beijou a testa da melhor amiga.
— Eu nunca duvidei da nossa vitória — ele retrucou — Tinha ao meu lado as duas melhores semideuses do mundo, que por acaso, são as minhas melhores amigos. Sou sortudo pra caramba.
Beatrice bufou em meio a uma risada.
— Superman, ganhou a guerra e se eu bem me lembro, tínhamos uma aposta.
Franzi a testa, os encarando confusa.
— Que aposta e porque infernos eu não fui convidada para participar?
Jason corou enquanto Beatrice apenas ria ainda mais.
— Eu não tinha esquecido, Trice — resmungou indignado — Estava apenas me preparando psicologicamente.
— Nunca pensei que iria ver um filho de Júpiter covarde.
Me afastei dos dois, cruzando os braços e os olhando séria, tentando entender aquela conversa ali.
— O que eu perdi?
Um sorrisinho malicioso surgiu no rosto da minha melhor amiga, que se aproximou e deu um beijo estalado na minha bochecha.
— Você vai me agradecer em breve, Prim — sussurrou num tom conspirador — Agora, se não se importam, vou ir me encontrar com o Nico, para ter certeza que ele está bem, papai não estava tão animado em participar da guerra, vocês sabem.
Antes que eu pudesse retrucar, ela desapareceu nas sombras.
— Odeio quando ela faz isso.
Jason sorriu.
— Era de se esperar que depois de tanto tempo, a gente já tivesse se acostumado com isso.
— Eu nunca vou me acostumar.
Ele suspirou.
— Quer sair daqui? — perguntou num sussurro ansioso — eu não aguento mais gente vir me dar parabéns como se fosse meu aniversário.
Acabo notando Reyna num canto junto de seus cães metálicos bebendo algo que eu não conseguia identificar numa taça de ouro enquanto gargalhava de Dakota que contava suas piadas horríveis, procuro Hazel e a encontro rindo com mais algumas garotas da sua idade, Logan estava tocando violão com alguns outros filhos de Apollo e eu sorri, acenando para o loiro que rapidamente retribuiu junto de uma piscadinha.
Ok, estava tudo sob controle.
— Qualquer lugar onde não tenha mais de cem pessoas felizes demais — murmuro.
Jason concordou prontamente e sua mão quentinha envolve carinhosamente a minha, me puxando discretamente para longe daquela festa.
Andamos juntos pelas ruas iluminadas e vazias de Nova Roma, todos estavam por aí comemorando, não solto a mão dele, pois depois daqueles dias infernais que a gente teve, isso era como segurar um sopro de vida.
Nós três realmente havíamos sobrevivido da luta contra titãs, dá para acreditar?
— E se a gente fosse tirar umas férias no Caribe? — murmuro pensativa — ou no México, eu sempre quis ir no México. Ficar longe de problemas dos deuses por algum tempo, eu, Trice e você...
Jason me deu uma rápida olhada, enquanto me puxava por uma rua que eu definitivamente não lembrava da existência.
— Você ao menos sabe falar espanhol?
— Bom, não, mas...
Ele gargalhou.
— Se você aprender espanhol, eu vou com você para o México no próximo verão — respondeu divertido — mas tem que ser espanhol fluente e não aquela enrolação que você sempre faz... E você que vai ter que convencer Trice, porque eu não consigo imaginar ela numa praia.
Lanço um olhar falsamente irritado para o loiro.
— Você está duvidando da minha capacidade, Pretor?
Jason sorriu orgulhoso, passando a mão de forma exibida na túnica de pretor que havia ganhado há algumas horas.
— Acho que a senhorita deve ter respeito comigo.
— Porque você é uma figura de autoridade agora — provoco.
Sua mão apertava a minha, seu polegar fazia pequenos círculos na minha pele e naquele momento eu desejei ser mais corajosa para confessar em voz alta a paixão que tinha por Jason desde os treze anos.
Infelizmente o medo de ser rejeitada era maior, mesmo que Beatrice me chamasse de idiota quando eu dizia isso.
Paramos em frente a um portão antigo que eu simplesmente não me lembrava de existir e Jason soltou minha mão para poder abrir, a luz da lua refletia na pele dele e seus olhos azuis pareciam brilhar mais do que o normal enquanto focava em abrir o enorme cadeado.
— Você não me deixou morrer na guerra para poder me matar num jardim abandonado?
Jason me lançou um olhar irônico, enquanto todo o acampamento olhava para ele e via o filho de Júpiter perfeito, o herói, o exemplo a ser seguido, a pessoa que simplesmente nunca cometia um erro sequer e sempre seguia todas as regras... Eu conseguia ver o verdadeiro Jason Grace.
Havia uma chama rebelde que ele escondia em seu interior que normalmente ele mostrava apenas para mim e Beatrice, talvez seja pela gente ter chegado quase ao mesmo tempo no acampamento, as duas crianças novatas que foram parar na vergonhosa Quinta Coorte, os dois que pareciam não se encaixar por serem filhos de deuses que supostamente não era tão comum nos últimos tempos terem filhos...
Depois veio Beatrice, a garota que não era da nossa época, a filha de Plutão que havia perdido tudo por causa do maldito acordo dos Três Grandes, tão rancorosa... Mas leal. Jason e ela não se deram bem de primeira (os dois eram competitivos e poderosos demais pra isso), mas depois de nós três sermos obrigados a ir numa missão juntos, a lealdade entre nós nasceu junto com uma amizade verdadeira, depois disso, fazíamos tudo juntos, de café da manhã até fugidas após o horário de recolher.
— Qual a graça de ser assassinada por titãs? — Jason retrucou.
O cadeado caiu no chão com um baque e o portão de ferro antigo se abriu, revelando uma trilha para dentro do jardim que parecia abandonado.
— Não me lembro desse lugar.
— Ainda bem — Jason resmungou e me puxou para dentro, fechando o portão em seguida — se dermos sorte, vamos poder ficar em paz aqui até o amanhecer enquanto o resto do acampamento continua comemorando.
Vejo alguns vagalumes voando em volta da gente, o que me faz rir. O filho de Júpiter apertou um botão em um dos postes fazendo com que a trilha fosse iluminada por pequenas luminárias de jardim, uma cobra verde passou pela nossa frente e eu resisto a vontade de a pegar para conversar.
Cobras eram tão fofas!
— Como descobriu esse lugar?
Jason deu de ombros.
— Eu estava saindo da biblioteca e estava realmente distraído, acabei errando o caminho e vim parar aqui — respondeu lentamente — na hora eu pensei: a Prim vai amar isso.
Assenti, ficar em contato com a natureza fazia eu me sentir bem.
Antes que eu pudesse elaborar uma resposta inteligente, paramos em frente a um lindo e enorme labirinto de rosas, arregalei os olhos e soltei a mão de Jason, correndo para a entrada.
— É lindo! — digo sem conseguir conter a animação — é quase como o jardim da mamãe.
— Mas sem todos aqueles fantasmas e o lance do mundo inferior — Jason deu de ombros — gostou mesmo?
O abraço, jogando meus braços ao redor do seu pescoço e apoiando meu rosto em seu peito coberto pela túnica, os braços de Jason me envolvem e me puxam para si, num abraço carinhoso que parecia gritar "eu não sei o que faria se você não tivesse sobrevivido hoje".
Ele suspirou, apoiando a cabeça nos meus cabelos.
— Quando eu vi aquele titã avançando na sua direção e você no chão sangrando... — Jason sussurrou, triste — ... Senti como se todo o meu mundo tivesse parado e eu percebi que não significava nada ganhar aquela guerra se eu perdesse você no processo.
Levanto meu rosto para encarar seus olhos.
— Mas você me salvou do mesmo jeito que eu salvei você nas nossas missões.
Jason deu um sorriso pequeno.
— O que eu estou tentando dizer... É você é a minha melhor amiga desde os oito anos e eu sou completamente apaixonado por você desde antes de saber o que era amor. Apostei com Trice que se sobrevivêssemos a guerra, iria parar de ser covarde e me declarar para você... Mas confesso que isso está sendo mais assustador do que lutar contra um titã.
Parecia que o universo todo havia congelado e que a minha mente havia dado pane total ao tentar processar o que ele havia dito, porra.
Saber que seu melhor amigo também gostava de você era... Uau.
Uau.
Jason se remexe no abraço, visivelmente ansioso e notei seu rosto adquirindo um tom rosado.
— Essa é a hora que você diz algo.
Fico na ponta dos pés e selo nossos lábios, Jason soltou um suspiro surpreso e aprofundou o beijo, fazendo nossas línguas enfim se tocarem num beijo lento e carinhoso.
Se isso for um sonho, por favor, não me acorde.
O aperto das mãos dele na minha cintura se tornou mais forte, me puxando mais para si enquanto eu puxava sua nuca.
Demorou para que a gente se afastasse ou talvez não tenha demorado tanto, na verdade eu não fazia a mínima ideia, só sei que quando abri os olhos e encarei aquela imensidão azul dos olhos de Jason, percebi que não importava quantas guerras eu tivesse de lutar, desde que ele tivesse do meu lado.
— Superman, sempre foi você — sussurro vendo seu sorriso aumentar ainda mais — sempre vai ser você.
Ele se afastou minimamente e se ajoelhou em minha frente, tirando uma caixinha delicada do bolso e abrindo a mesma, revelando um lindo anel.
— Primrose Stuart, aceita ser minha namorada? — perguntou com um sorriso bobo — Se você aceitar, eu prometo que nunca irá existir qualquer outra garota na minha vida e no meu coração, sempre será você e unicamente você... Porque eu te amo com todo o meu coração.
Senti algumas lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto.
— Óbvio que eu aceito, Jason Grace — respondo e ele delicadamente coloca o anel em meu dedo, se levantando — Nós dois vamos ser para sempre?
— Para sempre e quando eu morrer, minha alma ainda vai procurar a sua no mundo inferior por continuar lhe amando.
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