❦Prologue - Proserpine, Queen of Hell
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Prológo: PROSÉRPINA, A RAINHA DO INFERNO
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Atualmente
PERCY JACKSON JÁ HAVIA PRESENCIADO DIVERSAS COISAS assustadoras em sua vida, mas nada se comparou ao silêncio de Primrose enquanto voltavam para o Acampamento, antes do sol nascer.
A garota, normalmente falante e alegre, parecia que havia sido substituída por uma versão silenciosa e fria, os olhos dela haviam mudado de cor, agora estavam tão escuros quanto seu cabelo preto, como se fosse feito de sombras saídas diretamente do submundo de Hades.
Ele havia tentado puxar assunto diversas vezes, mas nenhuma palavra sequer havia saído da boca da garota.
Era preocupante, para dizer o mínimo.
Primrose havia tomado um banho e trocado de roupa antes do enterro que havia sido naquela madrugada mesmo, o vestido negro lhe deixava ainda mais parecida com a deusa Perséfone, a semelhança entre elas era assustadora naquele ponto, até a maneira como ambas andavam, a postura delas ao ficar ao lado do caixão.
A garota não chorou mais.
Percy suspirou, ele já havia perdido sua cota de amigos, mas a mera ideia de perder sua mãe fazia seu coração apertar, então ele não podia dizer que entendia a dor que sua melhor amiga sentia no momento, pois não sabia e não tinha a mínima ideia.
Dizer que ia ficar tudo bem era idiotice, eles partiriam numa missão suicida naquele mesmo dia, como tudo poderia ficar bem?
Havia outro grande problema que não deixava sua mente, Jason Grace, o filho de Júpiter e por acaso, namorado desaparecido de Prim. Percy sabia que o garoto iria estar naquele navio, mas assim como tinha a esperança de que o garoto fosse o suficiente para fazer Primrose reagir, o filho do deus do mar tinha medo que ver o garoto também trouxesse uma reação negativa e Jason apenas piorasse tudo.
No momento, Primrose era imprevisível.
Ele sabia que em algum momento ela iria estourar, e quando isso enfim acontecesse, o garoto sabia que seria tudo, menos bonito. Porém ele estaria lá para ela, assim como Frank e Hazel. Afinal, era para aquilo que os amigos serviam.
Percy desceu do carro e ajudou Primrose a descer do carro, ela ainda usava o vestido do enterro por baixo do sobretudo escuro.
O dia enfim estava amanhecendo depois de uma escura noite que parecia ter durado uma eternidade na opinião do garoto. A garota enfiou as mãos dentro dos bolsos do sobretudo, observando seus saltos enquanto andava.
— Prim?
Ela não o encarou.
— Então precisamos deter Gaia.
A voz dela havia saído rouca e desprovida de sentimentos, não ouvir o tom brincalhão e zombateiro o deprimiu.
— Ninguém vai lhe julgar se você não quiser ir.
Primrose deu de ombros.
— A desgraça do mundo não para só porque eu perdi alguém — retrucou — Vamos lá.
— Você sempre pode contar comigo, sabe disso, certo?
Ela enfim lhe encarou e lentamente acenou com a cabeça, que acabou sendo o melhor que Percy conseguiu em horas.
— Obrigado.
Hazel e Frank estavam lhe esperando para o café da manhã, por mais que eles quisessem perguntar onde eles estavam ou o que haviam acontecido, felizmente não o fizeram e secretamente Percy agradecia por isso, não era um bom momento para explicar.
Os dois perceberam o humor de Primrose e não a forçaram a falar. Hazel delicadamente apoiou a cabeça no ombro da outra garota, numa silenciosa demonstração que estava ali.
Frank fez uma carinha feliz em suas panquecas que quase a fez sorrir.
— Tem reunião do conselho agora.
Prim concordou lentamente.
— Podem ir indo, depois encontro vocês.
Nenhum dos três discutiram e apenas deixaram a garota sair andando, devagar, sozinha.
Quando ela já estava longe o suficiente, Hazel e Frank se viraram para o amigo.
— O que aconteceu?
Percy levou um momento para decidir se contaria ou não, afinal, era algo pessoal para a garota, mas então percebeu que era melhor que os dois soubessem para caso de, eventualmente, a garota estourar.
— O pai dela morreu de madrugada.
Ele observou como a informação foi digerida por cada um dos dois amigos, Frank ofegou surpreso enquanto Hazel tinha uma expressão triste.
— Prim...
— Não está bem e provavelmente não vai ficar por muito tempo — Percy murmurou, com um suspiro triste — Apenas... Vamos ficar de olho nela, ok? Ela precisa da gente agora.
Frank foi o primeiro a concordar.
— Qualquer coisa pela Prim.
— Qualquer coisa pela Prim — Hazel concordou rapidamente.
Percy suspirou.
— Temos uma reunião para ir, vamos.
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