❦Epilogue - Where hearts break
Uau, nem sei o que dizer, sinceramente! Há mais ou menos um ano atrás eu estava publicando essa fanfic sem saber o que iria acontecer e agora aqui estamos nós.
Depois dessa maratona, a fanfic irá retornar com a parte de "A Marca de Atena" apenas depois do 22 de Maio, pois quero focar em outras fanfics e tentar deixar a do Leo mais ou menos nessa segunda parte também.
Simplesmente amo vocês, meus semideuses!
(Por favor, não me matem ao final desse epílogo HAHAHA)
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Epílogo: ONDE CORAÇÕES SE PARTEM
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Primrose Stuart
Atualmente
APÓS RECEBER UMA MENSAGEM DE ELIZABETH STUART, via uma flecha dourada estranha, soube imediatamente que algo estava muito errado.
Meu plano de fugir no meio da noite parecia simples, coloquei um moletom por cima da camiseta do acampamento e minhas botas favoritas, minha bolsa já sob o meu ombro enquanto saia silenciosamente dos dormitórios da Quinta Coorte.
Acabei tropeçando em Percy na saída, que me encarou preocupado.
— Prim, o que foi?
Mordi o lábio inferior, mentir para Percy não parecia algo legal a se fazer e se fosse para ser sincera, eu não queria estar sozinha.
— Minha avó me mandou uma mensagem — murmurei lentamente — acho que aconteceu alguma coisa com o meu pai. Tenho que ir pra casa, agora... Um motorista está me esperando na entrada do acampamento.
Sua preocupação imediatamente aumentou e ele ficou tenso.
— Eu vou com você, só me deixa pegar um casaco.
Concordei e me encolhi dentro do moletom que usava, Percy não demorou muito e logo estava de volta, usando um casaco.
Não foi difícil sair do Acampamento Júpiter às três da manhã, diversos semideuses ainda estavam comemorando nossa vitória, o local todo estava em festa, as pessoas estavam felizes.
O carro luxuoso realmente estava nos esperando, deslizei para o banco de trás após cumprimentar o motorista da família, Michael, um cara simpático que já trabalhava a quase quarenta anos para nós. Ele havia me visto nascer e sempre me levava para a escola, antes que eu fosse para o Acampamento.
— Belo carro.
Encostei a cabeça na janela, observando a paisagem noturna de San Francisco.
— Meu pai é professor de Química da faculdade, mas também é dono de uma empresa internacional de perfumes — murmuro baixinho — a gente tem bastante dinheiro.
— Você é rica.
Dou de ombros, felizmente o tom dele não soava impressionado, era apenas uma constatação.
— Yep.
O caminho foi silencioso, uma música antiga tocava na parte da frente, um daqueles clássicos que Michael simplesmente adorava.
Porém fico ainda mais tensa ao notar que não estávamos fazendo o caminho para o prédio onde morava em uma cobertura luxuosa, me inclinei para frente, tentando chamar a atenção do motorista.
— Mike, onde estamos indo?
Ele suspirou.
— Sua avó pediu para que eu a levasse ao hospital, senhorita Primrose.
Meu coração errou uma batida.
— O que aconteceu?
— Acho melhor sua avó conversar com a senhorita — murmurou tenso.
Ao ouvir seu tom de voz, eu sabia que ele não me diria nada útil. Percy apertou meu ombro em sinal de apoio e senti meus olhos lacrimejarem.
Não demorou muito para chegarmos ao hospital, por ser madrugada, ele estava vazio, o que eu agradeci internamente por isso. Michael parou o carro na frente da entrada e eu pulei para fora do mesmo, andando rapidamente para dentro do enorme prédio, meu coração batia acelerado dentro do meu peito, o som parecia preencher meus ouvidos.
As luzes da emergência brilhavam e vozes nervosas soavam, mas nada daquilo importou quando eu vi uma senhora com roupas elegantes observando uma das janelas, o cabelo loiro pálido de Elizabeth Stuart era a única coisa que conseguia focar, seus olhos castanhos eram idênticos aos do meu pai.
— Vovó?
Ela suspirou, abrindo os braços e me puxando para um abraço apertado.
— Oi, querida — murmurou cansada.
— O que aconteceu?
Ouvi atentamente tudo a explicação da vovó, sobre como o câncer havia voltado nos últimos meses, mais forte do que antes e de como papai não havia contado para ninguém, até chegar num estágio onde não havia mais o que fazer.
Lentamente o mundo pareceu desabar ao meu redor, meus soluços eram altos e eu tinha a breve noção de Percy ao meu lado e dos braços da vovó ao meu redor, mas nada disso parecia realmente importar, porque eu estava perdendo a pessoa mais importante do mundo para mim e não havia como impedir.
Eu podia ter ajudado a impedir que o Acampamento Júpiter fosse destruído, lutei em guerras e fiz milhares de coisas, mas nenhuma delas era o suficiente para ajudar meu pai.
Era injusto.
Prosérpina estava sentada numa cadeira ao lado da cama, sua mão acariciando lentamente o rosto pálido de Liam Stuart.
— Você conseguiu, querido — sussurrou carinhosamente — Você criou nossa filha muito bem e foi o melhor pai que Prim poderia ter, tenho certeza que ela concorda comigo e...
— M-mãe?
Ela desviou a atenção do homem e focou em mim, me dando um sorriso triste.
— Você conseguiu chegar, vem, se senta aqui.
A mulher deu duas batidinhas na poltrona vazia ao seu lado, me aproximei lentamente, sem conseguir desviar o olhar do corpo frágil do meu pai que se encontrava em cima daquela cama cheio de aparelhos médicos espalhados por ali, senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Seus olhos piscaram lentamente e um sorriso frágil surgiu em seus lábios, como se ele precisasse fazer um enorme esforço para fazer aquele simples movimento.
— Papai.
Proserpina me ajudou a sentar, rapidamente peguei a mão dele, sentindo a mesma gelada.
— Ele está fraco, filha — sussurrou com pesar — a única coisa que ainda o mantém na terra dos mortais é o meu poder e a sua vontade de se despedir de você. Contei para ele como você e seus amigos salvaram o acampamento, Liam está orgulhoso.
Tento conter o soluço, mas simplesmente não consigo.
— Não é justo, eu... Eu não posso perder você, papai. A gente ia comer aquela lasanha, lembra?
Ele respirava com a ajuda de aparelhos, o aparelho que monitora seus batimentos cardíacos soava lento demais.
Mamãe acariciou minhas costas.
— Liam está feliz, filha — ela explicou, triste — e concordamos em lhe contar uma história. Há dezessete anos atrás, um homem viu seu mundo despedaçar ao perder a esposa que amava e o filho que nem havia nascido ainda, esse homem achou que nunca mais seria feliz na vida, tudo havia perdido o sentido para ele. Então, numa bela noite, ele estava no bar e eu vou te contar um segredo: ele era o homem mais lindo daquele bar. Mesmo que Liam tivesse perdido tudo, ainda havia algo nele, algo que parecia brilhar e que chamou minha atenção, foi o primeiro mortal que eu me apaixonei perdidamente em séculos, aquela noite foi mágica, para dizer o mínimo, mas o mais importante, aquela noite nos deu você.
Neguei lentamente, tentando conter os soluços.
— Não é justo!
Ela suspirou.
— A morte não é justa, filha.
— Eu descobri que posso curar as pessoas e...
Proserpina me encarou com pesar.
— Não nesse nível, querida — sussurrou carinhosamente — Eu sinto muito.
Não era justo.
Sem outra opção, me debrucei sobre o corpo de papai, chorando silenciosamente enquanto tinha o cuidado para não o machucar.
— Não era para ser assim — murmuro quebrada — A gente ia viajar o mundo juntos, eu ia te apresentar meus novos amigos, você tinha que me ver casando um dia, me levar até o altar enquanto eu usaria as joias tradicionais da tataravó. Papai, por favor, eu não estou preparada pra perder você.
Mamãe acariciou minhas costas com cuidado.
— Cada momento que Liam teve ao seu lado valeram mais do que mil vidas, filha.
— Papai, voc... Você não pode me deixar, por favor.
Lentamente seu dedo limpou algumas lágrimas da minha bochecha, olhei para o rosto pálido dele.
— Eu amo você.
Havia sido um sussurro quase inaudível.
— Eu te amo, papai.
Ele fechou os olhos devagar e eu nem precisava ouvir os barulhos das máquinas para saber o que havia acontecido.
Meu pai havia morrido.
Uma equipe médica entrou na sala e mamãe me puxou para fora, onde Percy e vovó esperavam sentados no corredor, com expressões tristes.
Percy me puxou para um abraço apertado, mas eu só conseguia gritar e chorar desesperadamente, não era justo, não era justo. O que adianta ser considerada uma heroína por todo o acampamento se não havia forma de salvar meu pai?
Não era justo.
— Shhh, eu estou aqui — Percy sussurrou — Eu estou aqui.
A voz fantasma de Tânatos surgiu na minha mente: A Morte não é justa, Primrose.
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