❦Chapter Twenty Eight - Where do I go for one more mission
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Capítulo Vinte e Oito: ONDE EU VOU PARA MAIS UMA MISSÃO
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Primrose Stuart
Atualmente
PARECIA QUE EU A RECÉM HAVIA DEITADO quando Percy me acordou.
Demorei alguns minutos para me orientar e perceber onde estava, o projeto Aquaman me ajudou a levantar da cama, quando fiquei de pé, percebi que estava no navio, na minha cabine.
Os acontecimentos das últimas horas passaram como flashes na minha cabeça;
— Anotou a placa?
Percy franziu a testa, me encarando confuso.
— Placa do que?
— Do caminhão que me atropelou — murmurei o seguindo para fora da cabine — deuses, preciso de férias.
Seguimos até onde eu imaginei que era o refeitório e desabei na cadeira ao lado de Frank, que me deu um sorriso simpático enquanto passava as mãos nas minhas costas e em seguida, me oferecia uma maçã.
Murmurei um agradecimento.
Percy se sentou junto de Annabeth e logo Hazel surgiu junto com o garoto que eu ainda queria enfiar uma adaga. A garota se sentou ao meu lado, protetoramente.
— Bem, nós pousamos — Percy disse — E agora?
Frank regulou a corda do seu arco.
— Resolver a profecia? Quer dizer... Aquilo que Ella disse era uma profecia, certo? Dos Livros Sibilinos?
— O quê? — Leo perguntou.
O Kung Fu Panda explicou como a nossa amiga harpia era assustadoramente boa em memorizar livros. Em algum momento no passado ela inalou uma seleção de profecias antigas que teriam supostamente sido destruídos na queda de Roma.
— Por isso você não contou aos Romanos — Leo adivinhou — Você não quer que eles tomem posse dela.
Percy continuava olhando para a imagem do que eu achava que era o Acampamento Meio-Sangue.
— Ella é sensível. Ela estava aprisionada quando a encontramos. Eu só não quero que... — Ele cerrou o punho. — Agora isso não importa. Enviei uma mensagem de Íris para Tyson, disse a ele para levar Ella para o Acampamento Meio-Sangue. Eles estarão seguros lá.
Annabeth entrelaçou os dedos.
— Deixem que eu pense sobre a profecia, mas nesse momento nós temos problemas mais imediatos. Nós temos que consertar esse navio. Leo, do que precisamos?
— A coisa mais fácil é o alcatrão — Leo respondeu rapidamente — Podemos conseguir isso na cidade, numa loja de materiais para telhados ou algum lugar parecido. Além disso, bronze Celestial e cal. De acordo com Festus, nós podemos encontrar ambos numa ilha no lago, a oeste daqui.
— Temos que nos apressar — Hazel advertiu — Se eu bem conheço Octavian, ele está nos procurando com seus augúrios. Os Romanos irão mandar uma força de ataque atrás de nós. É uma questão de honra.
Passei as mãos pelo rosto, sentindo a raiva voltar a borbulhar.
— Ou seja, estamos ferrados — resmunguei — Como se já não bastasse Gaia tentando nos matar, agora temos todo o Acampamento.
Frank apertou meu ombro.
— Galera... Eu não sei o que aconteceu. Honestamente, eu....
Annabeth levantou a mão e eu agradeci, podendo ignorar o estúpido pedido de desculpas do garoto.
— Nós já conversamos. Concordamos que não poderia ter sido você, Leo. Essa sensação de frio que você mencionou... Eu senti isso também. Deve ser algum tipo de magia de Octavian ou Gaia ou de um de seus subordinados. Mas até que entendamos o que aconteceu...
Frank resmungou.
— Como podemos ter certeza de que não vai acontecer de novo?
Era uma pergunta válida, encarei Annabeth, esperando uma resposta para aquilo.
— Poderíamos o acorrentar no convés — murmurei — assim ficaria fácil de lidar com ele, caso se tornasse uma ameaça...
— Eu estou bem agora — Leo insistiu — Talvez devêssemos usar o sistema de companheiros. Ninguém vai a lugar nenhum sozinho. Nós podemos deixar Piper e o Treinador Hedge a bordo com Jason. Uma equipe será enviada para a cidade para obter o alcatrão. E a outra pode ir atrás do bronze e da cal.
Apertei a madeira da beirada da mesa, claro que a filha da deusa do amor ficaria cuidando de Jason.
— Se dividir? — Percy perguntou — Isso parece uma péssima ideia.
— Vai ser bem rápido. — Hazel adicionou — Além disso, há uma razão para que uma missão seja normalmente limitada a três semideuses, certo?
Annabeth levantou as sobrancelhas como se estivesse reavaliando os méritos de Hazel.
— Você está certa. Pela mesma razão precisamos do Argo II... Fora do acampamento sete semideuses em um só lugar iriam chamar muito a atenção dos monstros. O navio é projetado para nos ocultar e nos proteger. Devemos ficar seguros o suficiente a bordo, mas se formos a expedições não devemos viajar em grupos maiores que três. Não faz sentido alertar mais subordinados de Gaia do que já alertamos.
Percy ainda não parecia feliz com isso, mas ele pegou a mão de Annabeth.
— Desde que você seja a minha companheira por mim tudo bem.
Hazel sorriu.
— Ah, isso é fácil. Frank, você foi incrível transformando-se em dragão! Você pode se transformar de novo para voar com Annabeth e Percy para a cidade encontrar o alcatrão?
Frank abriu a boca como se quisesse protestar.
— Eu... Eu acho que sim. Mas e quanto a você?
— Eu vou no Arion com Sam... Com Leo, aqui. E Prim! — Ela mexeu no punho de sua espada — Nós iremos pegar o bronze e a cal. Nós todos podemos nos encontrar aqui ao anoitecer.
O Kung Fu Panda me encarou e eu apoiei a cabeça em seu ombro.
— Vou cuidar de Hazel, prometo.
Isso pareceu fazer ele relaxar um pouco, aparentemente ele também não se sentia confortável com Leo.
— Leo — Annabeth disse — se obtermos os suprimentos, quanto tempo para consertar o navio?
— Com sorte, apenas algumas horas.
— Ótimo — ela decidiu — Nós o encontraremos aqui o mais rapidamente possível, mas tome cuidado. Podemos usar um pouco da sorte. Isso não significa que nós a temos.
Concordei prontamente e levantei da cadeira, me esticando um pouco.
— Só vamos conseguir um pouco de bronze e cal, o que poderia ter de mortal nisso?
Percy me encarou.
— Essa não é uma pergunta que deveria fazer — retrucou — Você não precisa ir se não quiser, pode voltar a descansar...
— Relaxa, eu consigo.
Ele não parecia certo daquilo, mas levantou e bagunçou meus cabelos.
— Cuidem uma da outra, ok? E não se metam em problemas desnecessários — murmurou — Por favor.
— Confia.
Me preparei para sair com eles, colocando uma roupa mais confortável. Passei rapidamente pelo quarto de Jason, vendo Piper junto com ele, a cabeça dele deitada no colo dela enquanto a garota acariciava seus cabelos loiros.
Ela me encarou, mas logo eu segui meu caminho.
Quando cheguei no convés junto com Salazar, Hazel estava junto com Frank se preparando para sair e Percy estava num canto mais isolado conversando com Leo, de onde eu estava, parecia que ele estava ameaçando o pirralho, o que era meio surpreendente.
Annabeth parou ao meu lado.
— Oi, Prim.
— Sabe, você definitivamente é do jeitinho que o Percy falou — murmurei — Ele fala muito de você, tipo, muito. Eu sinto como se nós já nos conhecemos há anos por causa disso.
Ela me encarou surpresa e em seguida, relaxou.
— Ele contou que você foi na missão com ele e salvou a vida dele algumas vezes, obrigada por isso. Percy tem um talento natural para se meter em problemas.
Dei de ombros, dando um pequeno sorriso.
— Eu também, acho que por isso a gente se deu bem.
A loira me encarou, parecendo decidir se diria ou não o que estava penando, então ela suspirou.
— Sei que tudo isso não deve estar sendo simples para você, todo esse problema do Jason com a Piper e ainda por cima, a Beatrice desaparecida, mas se isso fizer você se sentir melhor... Jason falou muito de você também — murmurou lentamente — Ele é completamente apaixonado por você e ficou todo esse tempo, desesperado, por achar que poderia lhe perder.
Desviei o olhar.
— Eu realmente não quero falar sobre isso.
— Entendo, mas saiba que se precisar... Eu estou aqui para ser sua amiga.
Lhe encarei surpresa e dessa vez, foi a minha vez de relaxar.
— Obrigado.
Ela apenas sorriu e logo Hazel gritou, chamando minha atenção, pois estava na hora de sairmos.
Assobiei e Salazar surgiu, pulando no mar e se transformando num basilisco gigante, pulei em cima dele e esperei Hazel montar em Arion junto com Leo, que parecia um pouco assustado com aquilo.
Não demorou muito para chegarmos na ilha e logo Arion e Salazar se encaravam,após o cavalo ter ganhado a corrida.
Minhas botas afundaram na areia e eu fiz uma careta.
— Aqui estamos...
Arion vasculhou a areia.
— Ele precisa comer — Hazel explicou — Ele gosta de ouro, mas...
— Ouro? — Leo perguntou.
— Ele vai se contentar com grama. Vá em frente, Arion. Obrigada pela carona. Eu chamo por você.
Ele se foi, sumindo rapidamente e eu me virei para Salazar, que estava mal humorado por ter perdido a óbvia corrida.
— Pode ir se quiser.
Salazar resmungou e sumiu na sombra mais próxima.
— Cavalo rápido — Leo disse — e caro para se alimentar.
— Não realmente — Hazel disse — Ouro é fácil para mim.
Leo ergueu as sobrancelhas.
— Como ouro é fácil? Por favor, me diga que você não tem parentesco com o Rei Midas. Eu não gosto daquele cara.
Hazel apertou os lábios e eu toquei em seu ombro, chamando sua atenção.
— Não importa.
Ele então se virou para mim.
— Eu devo perguntar o que o basilisco come?
Dei de ombros.
— Semideuses, mas ele também gosta de carne no geral — murmurei — e morangos, ele ama morangos.
Leo assentiu devagar.
— Ok...
Ele se ajoelhou e segurou um punhado de areia branca.
— Bem... Um problema resolvido, de qualquer forma. Isso é cal.
Hazel franziu a testa.
— A praia inteira?
— Sim. Vê ? Os grãos são perfeitamente redondos. Não é realmente areia. É carbonato de cálcio — Leo puxou um saco plástico de seu cinto de ferramentas e afundou a mão no cal.
O garoto pareceu congelar do nada, troquei um olhar com Hazel e o cutuquei, mas ele não respondeu.
— Leo? — Hazel perguntou — Você está bem?
Ele suspirou.
— Sim — ele disse — Sim, estou bem.
E começou a encher o saco. Me ajoelhei ao lado dele com Hazel e começamos a ajudar, quanto mais rápido fizermos isso, mais rápido poderíamos voltar para o navio.
— Devíamos ter trazido um balde e pás.
A frase de Hazel o fez sorrir.
— Nós poderíamos ter feito com castelo de areia.
— Um castelo de cal.
Seus olhos se encontraram por longos segundos e eu tossi, chamando a atenção dos dois.
— Desculpe, é a minha alergia.
Nenhum dos dois pareceu acreditar, Hazel desviou o olhar.
— Você é tão parecido com...
— Sammy? — Leo adivinhou.
Ela quase caiu pra trás e foi naquele momento que entendi o porque do garoto ter me parecido familiar... Ele era idêntico ao garoto das fotos da primeira vida de Hazel.
Oh.
— Você sabe?
— Eu não tenho idéia de quem Sammy é. Mas Frank me perguntou se eu tenho certeza de que esse não era o meu nome.
— E... Não é?
— Não! Caramba.
Me levantei, dando um pequeno espaço para os dois.
— Você não tem um irmão gêmeo ou... — Hazel supôs — Sua família é de Nova Orleans?
— Não. Houston. Por quê? O Sammy é um cara que você conhecia?
— Eu... Não é nada. Você apenas parece com ele.
Felizmente, eles logo terminaram de encher os sacos. Leo colocou em seu cinto de ferramentas e o saco sumiu.
Tirei um momento para examinar a ilha – dunas brancas, cobertas com um manto de grama e pedregulhos incrustados com sal parecendo geada. Não tinha a mínima ideia de onde conseguiriamos o próximo item da nossa pequena lista, mas felizmente a gente tinha Hazel.
— Festus disse que havia bronze Celestial por perto, mas eu não tenho certeza onde.
— Por aqui. — Hazel apontou para a praia — Uns quinhentos metros daqui.
Comecei a seguir ela sem questionar, mas Leo parecia um pouco perdido com a confiança que a garota deu a informação.
— Como você...?
— Metais preciosos — Hazel disse — É uma coisa de Plutão.
— Talento legal. Mostre o caminho, Senhorita Detector de Metais.
Bufei baixinho.
— Você é estranho, Valdez.
Ele me encarou.
— Você também, mas não estou exatamente jogando isso na sua cara — resmungou — estou chateado, Jason disse que você era mais legal.
— Isso foi antes do meu namorado me trair e um pirralho atirar no meu acampamento.
Hazel suspirou.
— Acho que agora não é a melhor hora pra isso...
O sol começou a ser pôr. O céu tornou-se uma mistura bizarra de roxo e amarelo. O tempo estava passando e ainda não tinhamos encontrado o bronze, mas finalmente Hazel se virou.
— Você tem certeza que isso é uma boa idéia? — ele perguntou.
— Nós estamos perto — ela prometeu — Vamos lá.
Através das dunas, a gente viu uma mulher.
Ela estava sentada em uma pedra no meio do gramado. Uma motocicleta preta e cromada estava estacionada próximo dali, mas cada uma das rodas tinha uma fatia grande dos raios e aro removida, o que fazia parecer com o Pac-Men. De nenhuma maneira ela poderia pilotar a moto naquelas condições.
A mulher tinha negros cabelos encaracolados e era muito magra. Ela usava uma calça de motoqueiro preta, botas de couro cano alto e um casaco vermelho sangue – uma espécie de Michael Jackson junto com Hell's Angel . Ao seu redor, o chão esta coberto com que pareciam conchas quebradas. Ela estava curvada puxando mais de um saco e as quebrando.
Um arrepio me atravessou, ela definitivamente era uma deusa.
Mas Hazel seguiu enfrente, então a gente não tinha muita escolha além de acompanhá-la.
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