❦Chapter Thirty Nine - Charleston
001🌹 ━━ AGORA EU TENHO UMA NOVA FANFIC COM O JASON, se chama "wolves", espero ver vocês lá.
002🌹 ━━ Apenas apreciem esse capítulo e comentem muito, obrigada.
━━━━━━━ 🌹 ━━━━━━━
Capítulo Trinta e Nove: CHARLESTON
━━━━━━━ 🌹 ━━━━━━━
Primrose Stuart
Atualmente
A IDEIA DE ANNABETH PARA NOS ANIMAR ERA CONTAR sobre todos os momentos constrangedores e idiotas de Percy, percebi que havia muitos. Depois da décima quinta história, Frank surgiu cambaleando pelo corredor e entrou com tudo na cabine.
— Cadê o Leo? — falou ele, sem fôlego. — Decolar! Decolar!
Pulei da cama, imediatamente preocupada.
— O que aconteceu?
— Cadê o Percy? — perguntou Annabeth. — E o bode?
Frank apoiou as mãos nos joelhos, tentando voltar a respirar em um ritmo normal. As roupas dele estavam duras e úmidas, como se tivessem sido engomadas.
— No convés. Estão bem. Estamos sendo seguidos!
Annabeth passou pela gente como um furacão, subindo a escada de três em três degraus, com a gente seguindo ela. Percy e o treinador estavam deitados no convés, parecendo exaustos. O treinador estava descalço. Ele sorria para o céu, murmurando: "Incrível. Incrível." Percy estava coberto de cortes e arranhões, como se tivesse atravessado uma janela. Ele não falou nada, mas segurou a mão de Annabeth frouxamente.
Leo, Piper e Jason, que estavam lanchando no refeitório, também subiram correndo a escada.
— O que foi? O que foi? — gritou Leo, segurando um queijo-quente já pela metade. — Será que um cara não pode nem fazer uma pausa para o almoço? Qual é o problema?
— Seguidos! — gritou Frank de novo.
— Seguidos pelo quê? — perguntou Jason.
Jason parou ao meu lado com uma expressão preocupada, olhando para o grupo e tentando entender o que estava acontecendo.
— Não sei! — Frank arfava. — Baleias? Monstros marinhos? Talvez Cindy e Fófis!
O encarei ainda mais confusa, Annabeth parecia prestes a estrangular o garoto, o que seria engraçado, se não fosse preocupante.
— Isso não faz o menor sentido. Leo, é melhor nos tirar daqui.
Leo segurou o sanduíche com os dentes, no melhor estilo pirata, e correu para o leme. Logo o Argo II ascendia ao céu. Annabeth e eu nos posicionamos para manejar a besta da popa. Não vi nenhum sinal de perseguição por baleias ou outra coisa, mas Percy, Frank e Hedge só começaram a se recuperar quando a cidade de Atlanta passou a ser uma indistinta mancha ao longe.
— Charleston — falou Percy, mancando pelo convés como um velho. Ele ainda parecia muito abalado. — Estabelecer curso para Charleston.
Ah, não.
— Não pode ser outra cidade? Charleston é tão sem graça.
— Charleston? — Jason disse o nome da cidade como se lhe trouxesse más lembranças e eu imediatamente fiz uma careta — O que exatamente vocês encontraram em Atlanta?
Frank abriu a mochila e começou a tirar as lembranças.
— Um pote de pêssegos em calda. Algumas camisetas. Um globo de neve. E, hã, essas algemas chinesas que não são tão chinesas assim.
Meus olhos imediatamente foram para o globo de neve, eu adorava aquelas coisas.
— Que tal você começar pela história e não pela mochila?
Nos reunimos no tombadilho superior para que Leo pudesse ouvir a conversa enquanto navegava. Percy e Frank se alternavam no relato do que aconteceu no Georgia Aquarium, com o treinador Hedge exclamando de vez em quando: "Isso foi incrível!" ou "Aí eu chutei a cabeça dela!".
Quando Percy contou sobre as criaturas do mar cativas no aquário, eu compreendi por que ele parecia tão perturbado.
— Isso é terrível — falou Annabeth — Precisamos ajudá-las.
— E vamos — prometeu Percy. — Em breve. Mas tenho que descobrir como. Eu queria... — Ele balançou a cabeça. — Deixa para lá. Primeiro precisamos lidar com essa recompensa pelas nossas cabeças.
O treinador Hedge havia perdido o interesse na conversa — provavelmente porque não o incluía mais — e seguiu para a proa do navio, praticando seus chutes à la Chuck Norris e parabenizando-se por sua técnica.
— Uma recompensa pelas nossas cabeças... como se já não atraíssemos monstros suficientes.
Concordei imediatamente com Annabeth.
— Temos cartazes de PROCURADOS? — perguntou Leo. — E eles têm o valor das recompensas, tipo, em uma lista?
Hazel franziu o nariz e eu olhei preocupada para o garoto, com medo do que viria a seguir. Vindo de Leo, com ele usando aquela voz, coisa boa definitivamente não era.
— Do que você está falando?
— Só estou curioso sobre quanto minha cabeça está valendo atualmente — respondeu Leo. — Quer dizer, posso entender por que não sou tão caro quanto Percy ou Jason, talvez... mas valho, tipo, dois ou três Franks?
— Ei! — queixou-se Frank.
Me inclinei e dei um tapa na nuca de Leo, que resmungou um palavrão em espanhol.
— Isso foi feio, Leo.
— Parem com isso — ordenou Annabeth. — Pelo menos sabemos que nosso próximo passo é ir para Charleston e encontrar o tal mapa.
Piper recostou-se no painel de controle. Ela havia feito a trança com penas brancas, que ficavam bonitas em seu cabelo castanho-escuro, também havia feito um penteado no meu cabelo e eu não sabia como ela conseguia fazer aquilo.
— Um mapa — falou Piper. — Mas um mapa para encontrar o quê?
— A Marca de Atena. — Percy olhou com cautela para Annabeth— O que quer que ela seja, sabemos que leva a algo importante em Roma, algo que pode acabar com a rixa entre os romanos e os gregos.
— "A ruína dos gigantes" — acrescentou Hazel, e Percy assentiu.
— E, no meu sonho, os gigantes gêmeos falaram algo sobre uma estátua.
— Hã... — Frank girava as algemas chinesas que não eram tão chinesas assim entre os dedos. — Segundo Fórcis, teríamos que ser malucos para tentar encontrá-la. Mas o que ela é?
Todos olharam para Annabeth.
Jason se inclinou na minha direção e eu lancei um rápido olhar para ele, como se estivesse perguntando se ele já havia falado com a loira. O garoto arqueou a sobrancelha, não.
Belisquei ele, fazendo o mesmo resmungar.
— Eu... estou perto de uma resposta — disse ela. — Saberei com certeza quando encontrarmos esse mapa. Jason e Prim, a maneira como vocês reagiram ao nome Charleston... vocês já estiveram lá?
Forcei um sorriso, quando ficou óbvio que Jason não queria responder.
— Há mais ou menos um ano, tivemos em uma missão junto com Reyna para recuperar armas de ouro imperial do C.S.S. Hunley — expliquei.
— Do quê? — perguntou Piper.
— Uau! — exclamou Leo. — Esse foi o primeiro submarino militar bem-sucedido. Da Guerra de Secessão. Eu sempre quis vê-lo.
— Ele foi projetado por semideuses romanos — Jason finalmente falou— Tinha um arsenal secreto de torpedos de ouro imperial... até que os recuperamos e os levamos de volta para o Acampamento Júpiter.
Hazel cruzou os braços.
— Então os romanos lutaram do lado dos Confederados? Como uma garota cuja avó foi escrava, posso ao menos dizer que... não foi nada legal?
Jason ergueu as mãos em um gesto aplacador.
— Eu mesmo não estava vivo naquela época. E não eram todos os gregos de um lado e todos os romanos do outro. Mas, sim. Não foi nada legal. Às vezes semideuses fazem as escolhas erradas. — Ele explicou, envergonhado.
Hazel apertou os lábios.
— Tudo bem. Voltando a Charleston. Vocês estão dizendo que devíamos dar uma olhada naquele submarino?
Jason deu de ombros.
— Bem... consigo pensar em dois lugares em Charleston onde podemos procurar. O primeiro deles é o museu onde guardam o Hunley. Lá há muitas relíquias da Guerra de Secessão. Pode ter um mapa escondido em alguma delas. Conheço o museu. Posso colocar uma equipe lá dentro
— Eu vou — disse Leo. — Isso parece legal.
Ele assentiu. Voltou-se para Frank, que tentava soltar os dedos da algema chinesa.
— Você também deve vir, Frank. Podemos precisar de você.
Frank pareceu surpreso.
— Por quê? Não fui de grande ajuda no aquário.
— Você se saiu bem — assegurou-lhe Percy. — Não teríamos conseguido quebrar aquele vidro sem você.
— Além disso, você é filho de Marte — comentou Jason. — Os fantasmas de causas perdidas são obrigados a servi-lo. E o museu em Charleston está cheio de fantasmas de confederados. Vamos precisar de você para mantê-los na linha.
Frank engoliu em seco e eu sorri, me inclinando para dar um tapinha solidário em seu ombro.
— Você consegue.
— O.k. — Frank cedeu. — Claro. — Ele franziu a testa, ainda tentando soltar os dedos do brinquedo. — Hã, como é que se...?
Leo deu uma risadinha.
— Cara, você nunca viu um desses antes? Tem um truque simples para tirá-lo.
Frank puxou os dedos mais uma vez, sem sucesso. Até Hazel segurava o riso. Então o garoto fez uma careta, concentrando-se. De repente, ele desapareceu. No lugar onde Frank estivera havia poucos segundos uma iguana verde estava agachada perto das algemas chinesas.
— Muito bem, Frank Zhang — disse Leo secamente — É exatamente assim que as pessoas se livram das algemas chinesas. Elas se transformam em iguanas.
A maioria explodiu em gargalhadas, mas eu fiz uma careta, não achando engraçado o jeito que Leo estava tratando o garoto. Frank voltou à forma humana, pegou as algemas e as atirou na mochila. Ele deu um sorriso constrangido.
— Bem — disse Frank, visivelmente ansioso para mudar de assunto —, o museu é um dos lugares onde podemos procurar. Mas, hã, Jason, você disse que eram dois?
O sorriso de Jason desapareceu e ele me lançou um olhar.
— Sim — falou ele. — O outro lugar se chama Battery... é um parque perto do porto. A última vez em que estive lá com Prim e Reyna, vimos uma coisa no parque. Um fantasma ou algum tipo de espírito, como uma beldade sulista da Guerra Civil, brilhando e flutuando pelo lugar. Tentamos nos aproximar, mas ela desaparecia sempre que chegávamos perto. Então Reyna teve uma intuição... ela disse que devia tentar só com ela e Prim. Que talvez aquele espírito só falasse com garotas. Elas foram até ele, e de fato ele falou com elas.
Todos aguardavam.
— E o que foi que o espírito disse? — perguntou Annabeth.
Jason me encarou, esperando que eu respondesse aquilo.
— Para mim? Nada de importante — resmunguei, desviando o olhar — mas eu me afastei para que pudesse falar com Reyna a sós, ela nunca me contou o que foi falado, mas devia ser importante.
Piper tinha uma expressão curiosa.
— Que tipo de espírito era?
— Ah, você vai adorar, rainha da beleza.
— Uma missão para as garotas, então — falou Annabeth. — Piper e Hazel podem vir comigo. Prim, você também vem junto, certo?
Fiz uma careta.
— Uma vez foi o suficiente para mim, obrigada.
Annabeth arqueou a sobrancelha.
— Por favor?
Suspirei cansada, a loira não ia continuar aceitando "não" como resposta.
— Tá.
— Então está combinado. — Annabeth voltou-se para Leo, que estudava o painel, ouvindo Festus ranger e clicar pelo intercomunicador. — Leo, quanto tempo temos antes de chegarmos a Charleston?
— Boa pergunta — murmurou ele. — Festus acaba de detectar um grande grupo de águias atrás da gente... pelo radar de longo alcance. Ainda não estão à vista.
Piper debruçou-se no painel.
— Tem certeza de que são romanas?
Leo revirou os olhos.
— Não, Pipes. Poderia ser um grupo aleatório de águias gigantes voando em perfeita formação. É claro que são romanas! Acho que poderíamos fazer meia-volta e lutar...
— O que seria uma péssima ideia — falou Jason — e acabaria com qualquer dúvida de que somos inimigos de Roma.
— Tenho outra ideia — disse Leo. — Se seguíssemos direto para Charleston, poderíamos chegar lá em poucas horas. Mas as águias nos alcançariam, e as coisas se complicariam. Em vez disso, podíamos enviar um chamariz para enganá-las. Pegamos um desvio, seguimos pelo caminho mais longo para Charleston e chegamos lá amanhã de manhã...
Hazel começou a protestar, mas Leo ergueu a mão.
— Eu sei, eu sei. Nico está em apuros assim como a minha namorada e temos que nos apressar.
— Hoje é dia vinte e sete de junho — disse Hazel. — Depois de hoje, mais quatro dias. Então eles morrem.
Por um momento, considerei entrar na discussão, mas Leo agora tinha um olhar feroz em seus rosto e eu decidi deixar para ver qual caminho aquilo seguiria.
— Acho que você esqueceu, mas Beatrice é minha namorada e eu tenho um enorme interesse em salvá-la — retrucou — Todos nós nos importamos com os dois, não é só você, Hazel. E eu ainda preciso tirar os romanos da nossa cola, ainda devemos ter tempo suficiente para chegar a Roma.
Hazel fez uma careta.
— Quando você diz que devemos ter tempo suficiente...
Leo deu de ombros.
— O que você acha de mal teremos tempo?
Hazel pôs o rosto nas mãos e contou até três.
— Parece bem normal para a gente.
Annabeth resolveu aceitar a resposta como um sinal verde.
— Certo, Leo. De que tipo de chamariz estamos falando?
— Que bom que você perguntou! — Ele apertou alguns interruptores no painel, rodou o botão direcional e pressionou várias vezes e bem rápido o botão A no controle de Wii. Então chamou pelo intercomunicador: — Buford? Apresente-se para o serviço, por favor.
Frank deu um passo para trás.
— Tem mais alguém no navio? Quem é Buford?
Uma nuvem de vapor veio pela escada, e a mesa mágica de Leo subiu ao convés.
Buford era uma mesa de três pernas com tampo de mogno e uma base de bronze com várias gavetas, engrenagens giratórias e uma série de saídas de vapor. Buford carregava uma bolsa carteiro amarrada a uma das pernas. Ele seguiu até o leme com um clac-clac-clac e emitiu um som semelhante a um apito de trem.
— Que droga é essa?
— Este é Buford — anunciou Leo.
— Você dá nome à sua mobília? — perguntou Frank.
Leo bufou.
— Cara, bem que você queria ter móveis tão maneiros assim. Buford, você está pronto para a Operação Mesa de Canto?
Buford soltou um jato de vapor e subiu na amurada. Seu tampo de mogno dividiu-se em quatro, que se alongaram e transformaram em hélices de madeira, que começaram a girar. Buford decolou.
— Uma mesa-helicóptero — murmurou Percy. — Tenho que admitir: isso foi bem maneiro. O que tem na bolsa?
— Roupa suja de semideuses — disse Leo. — Espero que não se importe, Frank.
Frank engasgou.
— O quê?
— Vai fazer as águias perderem nosso rastro.
— Aquela era a única outra calça que eu tinha!
Leo deu de ombros.
— Pedi a Buford que a lavasse, passasse e dobrasse enquanto está fora. Com sorte, ele fará isso. — Leo esfregou as mãos e sorriu. — Muito bem! Isso é o que eu chamo de um bom dia de trabalho. Vou calcular nossa rota de desvio. Vejo todos vocês no jantar!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro