001🌹 ━━ Depois desse, mais 2 capítulos e acaba essa temporada.

002🌹 ━━ Quero MUITOS comentários, ok?

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Capítulo Setenta e Três: REYNA

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Primrose Stuart

FRANK TINHA RAZÃO, O CAMINHO não foi divertido. O que importava era que conseguimos chegar até os nossos amigos, nós pulamos do portal e eu quase chorei de felicidade e alívio ao ver Percy e Annabeth.

Havia um gigante ali, ameaçando Hazel.

— Desculpem o atraso — disse Jason. — Esse é o cara que precisa ser morto?

Nós atacamos de todas as direções. Leo lançando fogo em suas pernas, Frank, eu e Piper o golpeando no peito, Jason voando e chutando seu rosto, Trice usando seu chicote e o imobilizando.

Toda vez que o véu de fumaça do gigante começava a se fechar em torno de um de nós, Nico aparecia na hora para cortá-lo, tragando a escuridão com sua espada de ferro estígio. Percy e Annabeth estavam de pé, parecendo fracos e confusos, mas com as espadas desembainhadas. Onde Annabeth conseguira uma espada? E do que era feita? Marfim? Pareciam querer ajudar, mas não havia necessidade. O gigante estava cercado.

Clítio rosnou, virando-se para trás e para a frente, como se não conseguisse decidir qual deles matar primeiro. Esperem! Fiquem parados! Não! Ui!

A escuridão em torno dele se dissipou completamente, deixando-o sem qualquer proteção além da armadura danificada. Icor escorria de uma dúzia de ferimentos. Eles se curavam quase tão rapidamente quanto eram infligidos, o gigante estava ficando cansado.

Jason voou uma última vez em direção ao gigante, chutando-o no peito e quebrando sua armadura. Clítio cambaleou para trás, largou a espada no chão e caiu de joelhos. Nós o cercamos.

Somente então Hécate se aproximou, mantendo as tochas erguidas. A Névoa cobriu o gigante, sibilando e borbulhando ao tocar sua pele.

— E assim termina — disse Hécate.

Isso não terminou. A voz de Clítio ecoou de algum lugar acima, abafada e quase ininteligível. Meus irmãos se levantaram. Gaia espera apenas pelo sanguedo Olimpo. Foi preciso todos vocês juntos para me derrotar. O que farão quando a Mãe Terra despertar?

Hécate virou as tochas para baixo e as cravou como punhais na cabeça de Clítio. O cabelo do gigante incendiou mais rápido do que palha seca, o fogo espalhando-se por sua cabeça e por todo o seu corpo. Clítio caiu de cara sobre os escombros do altar de Hades com um baque surdo. Seu corpo se desfez em cinzas.

Por um instante, todos ficaram em silêncio. A deusa Hécate encarou Hazel.

— Você deve ir agora, Hazel Levesque. Tire seus amigos daqui.

Hazel cerrou os dentes.

— Só isso? Nenhum "obrigada"? Nenhum "bom trabalho"?

A deusa inclinou a cabeça.

— Você procura gratidão no lugar errado — disse Hécate. — Quanto ao"bom trabalho", veremos. Vocês ainda precisam chegar a Atenas. Clítio não estava errado. Os gigantes despertaram, todos eles, e estão mais fortes do que nunca. Gaia está prestes a despertar. O Banquete da Esperança não fará jus ao nome a menos que vocês a detenham.

A câmara estremeceu. Outra estela caiu no chão e se quebrou.

— A Casa de Hades está instável — disse Hécate. — Vá agora. Nós nos encontraremos de novo.

A deusa desapareceu. A Névoa evaporou.

— Muito simpática — resmungou Percy.

Olhei para ele, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas enquanto corria na sua direção e lhe dava um abraço de urso.

— Oh, Percy!

Ele devolveu o abraço e eu chorei.

— Ei, Prim.

— Senti a sua falta, muito.

Me afastei dele e Jason o abraçou, o que me surpreendeu um pouco.

— Cara.

— De volta do Tártaro! — gritou Leo. — Esse é meu chapa!

Piper abraçou Annabeth e chorou, depois que ela soltou a loira, também abracei ela.

O teto estremeceu. Fissuras apareceram nos ladrilhos restantes. Colunas de poeira caíram sobre nós.

— Precisamos sair daqui — disse Jason. — Hã, Frank...

Frank balançou a cabeça.

— Espere, o quê? — perguntou Hazel.

Piper ergueu as sobrancelhas.

— Seu namorado inacreditável pediu um favor aos mortos como um filho de Marte. Ele convocou os espíritos de alguns guerreiros, fez com que nos guiassem até aqui através das... hum, bem, não tenho certeza. Das passagens da morte?Tudo que sei é que era muito, muito escuro.

À esquerda, uma seção da parede se abriu. Dos olhos de um esqueleto esculpido na pedra saltaram dois rubis, que rolaram pelo chão.

— Teremos que viajar nas sombras — disse Hazel.

Nico fez uma careta.

— Hazel, eu mal consigo me transportar sozinho. Com mais oito pessoas...

— Vou ajudá-lo — Beatrice disse, rapidamente — Eu cuido disso, maninho, não se preocupe.

Beatrice parecia exausta, mas mesmo assim ela sorriu. Eu peguei sua mão.

— Eu ajudo também.

Hazel sorriu.

— E eu, vamos conseguir.

Uma seção inteira de ladrilhos se desprendeu do teto.

— Pessoal, deem as mãos! — gritou Nico.

Nós formamos um círculo às pressas. A caverna desabou, e eu me senti dissolvendo-se nas sombras.

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NÓS EMERGIMOS NA ENCOSTA COM vista para o Rio Aqueronte. O sol estava nascendo, a água cintilava e as nuvens brilhavam com uma tonalidade alaranjada. O ar fresco da manhã cheirava a madressilvas.

Eu estava de mãos dadas com Trice e Jason, estavamos todos vivos e mais ou menos inteiros. A luz do sol nas árvores era a coisa mais linda que já vi. Eu queria viver aquele momento: livre de monstros, deuses e espíritos malignos.

Nico percebeu que estava segurando a mão de Percy e rapidamente a soltou. Leo cambaleou para trás.

— Sabem... Acho que preciso me sentar.

Ele caiu. Os outros se juntaram a ele. O Argo II ainda flutuava no rio algumas centenas de metros dali. Eu sabia que a gente deveria sinalizar para otreinador Hedge e dizer que estávamos vivos. Será que tínhamos passado a noite toda no templo? Ou várias noites? Mas, no momento, o grupo estava cansado demais para fazer qualquer coisa além de sentar, relaxar e se maravilhar com o fato de estarmos bem.

Nós começamos a trocar histórias.

Frank explicou o que acontecera com a legião fantasma e o exército de monstros — como Nico usou o cetro de Diocleciano e quão bravamente Jason, eu e Piper lutamos.

— Frank está sendo modesto — disse Jason. — Ele controlou toda a legião. Vocês precisavam ver. Ah, por falar nisso... — Jason olhou para Percy. — Eu renunciei ao meu cargo e promovi Frank a pretor. A menos que você queira contestar esta decisão.

Percy sorriu, parecendo orgulhoso.

— Por mim, tudo bem.

Hazel olhou para Frank.

— Pretor?

Ele deu de ombros, desconfortável.

— Bem... é. Eu sei que parece estranho.

Ela tentou abraçá-lo, mas fez uma careta de dor.

— Parece perfeito.

Leo deu um tapinha no ombro de Frank.

— Muito bem, Zhang. Agora você pode mandar Octavian se atirar contra a própria espada.

— Tentador — concordou Frank. Ele olhou para Percy, apreensivo. — Mas vocês... O Tártaro deve ser a grande história. O que aconteceu lá embaixo?Como vocês...?

Percy entrelaçou os dedos com os de Annabeth.

— Nós contaremos a história — prometeu Percy. — Mas não agora, tudo bem? Não estou pronto para me lembrar daquele lugar.

— Nem eu — concordou Annabeth. Então olhou para o rio e balbuciou: — Hã, acho que nossa carona está chegando.

O Argo II rumava em direção ao porto, os remos aéreos em movimento e as velas enfunadas. A cabeça de Festus brilhava sob o sol. Mesmo a distância, eu podia ouvi-lo rangendo e tinindo de júbilo.

— Esse é o meu garoto! — gritou Leo.

Enquanto o navio se aproximava, vi o treinador Hedge de pé na proa.

— Já não era sem tempo! — gritou ele. Exibia sua melhor carranca, mas seus olhos brilhavam como se talvez, apenas talvez, estivesse feliz em nos ver — Por que demoraram tanto, docinhos? Vocês deixaram a visita esperando!

— Visita?

Na amurada junto ao treinador Hedge, surgiu uma menina de cabelos escuros usando um manto roxo, o rosto tão coberto de fuligem e arranhões ensanguentados que eu quase não a reconheci.

Reyna havia chegado.