❦Chapter Seventy - Poison
001🌹 ━━ Chegamos no capítulo 70, uau, minha maior fanfic! Nem sei o que dizer para vocês, me encontro emocionada.
002🌹 ━━ Quero MUITOS comentários, ok?
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Capítulo Setenta: VENENO
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Primrose Stuart
SEMPRE IMAGINEI COMO SERIA IR A GRÉCIA, agora que tínhamos chegado, não parecia tão legal quanto a minha imaginação.
As colinas eram cobertas de pedras e cedros atrofiados que tremulavam no ar nebuloso. O sol ardia como se estivesse tentando transformar o campo em um escudo de bronze celestial. Mesmo a trinta metros de altura, podia ouvir as cigarras zumbindo nas árvores, um barulho sonolento e sobrenatural que fazia seus olhos pesarem.
— Quente e úmido! — Leo sorriu ao leme. — Isso me dá saudades de Houston! O que me diz, Hazel? Tudo o que precisamos agora são alguns mosquitos gigantes e sentiremos como se estivéssemos na Costa do Golfo!
— Muito obrigada, Leo — resmungou Hazel. — Provavelmente agora seremos atacados por mosquitos monstros da Grécia Antiga.
— Ali!
Nico estava empoleirado no topo do mastro, ele apontou Apontou para um rio verde e brilhante que serpenteava pelas colinas a um quilômetro de distância.
— Leve-nos até lá. Estamos perto do templo. Muito perto.
Como que para confirmar sua informação, um raio negro atravessou o céu, Jason atou o cinto da espada.
— Pessoal, peguem suas armas. Leo, leve-nos para perto, mas não aterrisse. Nenhum contato com o solo além do necessário. Piper e Hazel, peguem os cabos de ancoragem
— Agora mesmo! — exclamou Piper.
Hazel deu um beijinho na bochecha de Frank e correu para ajudar.
— Frank — disse Jason. — Vá lá embaixo e chame o treinador Hedge.
— O.k.
Olhei para Jason e girei meus anéis, preparando minhas adagas, era muito comum nos prepararmos para irmos às batalhas juntos, mas daquela vez o clima parecia mais pesado e tenso.
— Vamos voltar inteiros para o navio, entendeu?
Jason concordou e se inclinou, me beijando.
— Inteiros.
O navio começou a descer e eu respirei fundo, iriamos trazer Percy e Annabeth de volta, eu tinha feito uma promessa.
Começamos a fixar as amarras áreas, nós encontramos a origem do raio negro.
O Argo II pairava diretamente sobre o rio. A poucas centenas de metros dali, no topo da colina mais próxima, havia um grupo de ruínas. Não pareciam grande coisa, apenas alguns muros desmoronados circundando as estruturas calcárias de um punhado de edifícios, mas, de algum lugar dentro das ruínas, tentáculos de éter negro erguiam-se em direção ao céu, como uma lula de fumaça espreitando de sua caverna.
— O Necromanteion — disse Nico. — A Casa de Hades.
Piper se abraçou.
— Eu me sinto vulnerável flutuando aqui assim. Não podemos pousar no rio?
— Não é uma boa ideia — disse Hazel. — Este é o Rio Aqueronte.
Jason estreitou os olhos, ofuscado pela luz do sol.
— Eu achava que o Aqueronte corria no Mundo Inferior.
— E corre — Beatrice explicou, tensa — Mas a sua nascente fica no mundo mortal. Este rio abaixo de nós? Flui para o subsolo, direto para o reino de Hades. Desembarcar um navio de semideuses nessas águas...
— Sim, vamos ficar aqui em cima — decidiu Leo. — Não quero água zumbi no meu casco.
Meio quilômetro rio abaixo, navegavam alguns barcos de pesca.
Nico di Angelo ergueu o cetro de Diocleciano. Sua orbe brilhou com luz roxa, como se em sinal de solidariedade com a tempestade escura.
— Então, hã, Nico... — Frank apontou para o cetro. — Você aprendeu a usar esse treco?
Era uma ótima questão.
— Vamos descobrir. — Nico olhou para os tentáculos de escuridão que emanavam das ruínas. — Não pretendo tentar até ser necessário. As Portas da Morte já estão fazendo hora extra para trazerem os monstros de Gaia. Qualquer atividade a mais para trazer os mortos de volta e as Portas podem ruir permanentemente, abrindo uma fenda no mundo mortal que não poderá ser fechada.
— Odeio fendas no mundo. — resmungou o treinador Hedge. — Vamos cortar algumas cabeças de monstros
Frank arregalou os olhos subitamente.
— Treinador, você deve ficar a bordo. Proteja-nos com as balistas.
Hedge fez uma careta.
— Ficar para trás? Eu? Mas sou seu melhor soldado!
— Podemos precisar de apoio aéreo — disse Frank. — Como fizemos em Roma. Você salvou as nossas braccae.
O treinador pareceu estranhamente aliviado, o que realmente me surpreendeu.
— Bem — resmungou —, suponho que alguém tenha de salvar as suas braccae.
Jason deu um tapa no ombro do treinador. Então, meneou a cabeça para Frank, agradecido.
— Então, está combinado. Todos os demais, vamos para as ruínas. É hora de estragar a festa de Gaia.
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APESAR DO CALOR DO MEIO DIA e da furiosa tempestade de energia mortal, havia um grupo de turistas nas ruínas. Felizmente, não eram muitos e não deram muita atenção ao nosso estranho grupo de semideuses, que mais parecia um bando de adolescentes delinquentes.
Nico caminhava à frente do nosso grupo. No topo da colina, escalamos um velho muro de contenção e caíram do outro lado em uma trincheira. Finalmente chegamos a um portal de pedra que levava diretamente ao interior da colina. A tempestade mortal parecia se originar bem acima das nossas cabeças. Olhando para o turbilhão de tentáculos de escuridão, me senti extremamente desconfortável.
Nico encarou o grupo.
— A partir daqui, fica difícil.
— Legal — disse Leo. — Porque até agora estou achando tudo uma moleza.
Ele olhou para o Leo.
— Vamos ver por quanto tempo você mantém o senso de humor. Lembrem-se, este é o lugar aonde os peregrinos vinham comungar com seus antepassados mortos. No subsolo, vocês poderão ver coisas que são difíceis de olhar, ou ouvir vozes que tentarão fazê-los se perderem nos túneis. Frank, você trouxe os bolos de cevada?
— O quê?
Frank pareceu extremamente perdido e eu imediatamente me preocupei, mas felizmente Hazel se intrometeu.
— Eu trouxe os bolos.
— Comam — aconselhou Nico.
Peguei um e comi, usando todo meu autocontrole para não vomitar, parecia que aquilo era feito de serragem em vez de açúcar.
— Eca! — exclamou Piper. Até mesmo uma filha de Afrodite não conseguiu evitar fazer uma careta.
— Muito bem. — Nico engoliu o restante da cevada. — Isso deve nos proteger do veneno.
— Isso é a pior coisa que já comi — resmunguei, com nojo — e olha que já experimentei a comida do Jason...
O loiro me encarou magoado.
— Você disse que tinha gostado.
Trice bufou.
— Era mentira.
— Veneno? — perguntou Leo, em choque — Perdi a parte do veneno? Porque eu adoro veneno.
— Logo — prometeu Nico. — Apenas fiquem juntos e talvez possamos evitar ficarmos perdidos ou loucos.
Com essa feliz observação, Nico os guiou para o subterrâneo.
O túnel descia em uma espiral suave, o teto sustentado por arcos de pedra branca que faziam com que eu me lembrasse da caixa torácica de uma baleia.
Enquanto caminhamos, Hazel passou a mão pela parede.
— Isso não faz parte do templo — murmurou. — Isso era... o porão de uma casa senhorial, construída em tempos gregos posteriores.
— Uma mansão? — perguntou Frank — Por favor, não me diga que estamos no lugar errado.
Jason agarrou minha mão, entrelaçando nossos dedos.
— A Casa de Hades fica mais abaixo — assegurou Nico. — Mas Hazel está certa, o nível onde estamos agora é muito mais recente. Quando os primeiros arqueólogos descobriram este lugar, pensaram ter encontrado o Necromanteion. Então perceberam que as ruínas eram muito recentes, e decidiram que estavam no lugar errado. Mas estavam certos. Apenas não cavaram fundo o bastante.
Todos dobramos uma esquina e pararam. À frente, o túnel terminava em um enorme bloco de pedra.
— Um desmoronamento? — perguntou Jason.
— Um teste — disse Nico. — Hazel, você faria as honras?
Hazel deu um passo à frente. Ela colocou a mão sobre a rocha e o bloco de pedra virou pó.
O túnel estremeceu. Rachaduras se espalharam pelo teto. Por um momento aterrorizante, eu pensei que seríamos esmagados por toneladas de terra — uma forma decepcionante para se morrer depois de tudo que tínhamos passado. Então, o ruído parou. A poeira baixou.
Uma escada circular penetrava mais profundamente na terra. O teto abobadado era sustentado por mais fileiras de arcos, estes mais próximos uns dos outros e esculpidos em pedra negra polida. Nas paredes havia pinturas rústicas de gado negro marchando para baixo.
— Eu realmente não gosto de vacas — resmungou Piper.
Vacas me lembraram Juno, que tinha sequestrado meu namorado, então não pude deixar de concordar com Piper.
— Somos duas — murmurei.
— Três — Frank corrigiu.
Beatrice suspirou.
— Na verdade, quatro — ela resmungou — mas não se preocupem, esse é o gado de Hades. É apenas um símbolo de...
— Vejam — apontou Frank.
No primeiro degrau da escada, brilhava um cálice dourado. Eu tinha certeza de que aquilo não estava ali havia pouco. O cálice estava cheio de um líquido verde-escuro.
— Uhul! — comentou Leo sem entusiasmo. — Suponho que este seja nosso veneno.
Nico pegou o cálice.
— Nós estamos na antiga entrada do Necromanteion. Odisseu esteve aqui, assim como dezenas de outros heróis, buscando o conselho dos mortos.
— Será que os mortos os aconselharam a irem embora imediatamente? — perguntou Leo.
— Eu adoraria isso — admitiu Piper.
Beatrice suspirou, Nico bebeu do cálice e, em seguida, ofereceu-o para Jason.
— Você me falou sobre confiança e assumir riscos? Bem, aqui está, filho de Júpiter. O quanto você confia em mim?
Jason não hesitou, ele pegou o cálice e bebeu, então passou para mim, bebi e dei para Trice, assim ficamos passando o veneno entre o grupo, cada um tomando um gole. Frank foi o último.
Nico assentiu, aparentemente satisfeito.
— Parabéns. Supondo que o veneno não nos mate, devemos conseguir abrir caminho através do primeiro nível do Necromanteion.
— Apenas o primeiro nível? — perguntou Piper.
Nico olhou para Beatrice e apontou para a escadaria.
— Depois de você, irmã.
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