❦Chapter Nineteen - Where we found death
Terminei oficialmente de escrever a parte de O Filho de Netuno, que agora tem 23 capítulos, mais um epílogo.
Então sugiro uma maratona! O que acham?
Quando esse capítulo chegar a 35 votos, e 10 comentários, posto o próximo!
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Capítulo Dezenove: ONDE ENCONTRAMOS A MORTE.
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Primrose Stuart
Atualmente
AS SOMBRAS SUMIRAM NO MOMENTO EM QUE ARION parou e eu caí de joelhos no gelo tentando voltar ao normal.
Todo aquele gelo enviava ondas de frio, transformando assim a baía no maior frigorífico do mundo. A coisa mais deslumbrante era o som de um trovão que rolava através da água, me senti novamente uma semideusa novata indo numa missão perigosa, o sentimento era horrível.
— O que é isso? — Frank olhou para as nuvens acima da geleira. — Uma tempestade?
— Não, — Hazel disse — Gelo rachando e se deslocando. Milhões de toneladas de gelo.
Fiz uma careta com a resposta.
— Você quer dizer que a coisa está quebrando? — Frank perguntou.
Como se fosse por causa de sua sugestão, uma camada de gelo silenciosa desgrudou da geleira e caiu no mar, pulverizando a água congelada e estilhaçando varias camadas. Um milésimo de segundo depois o som da batida chegou até eles – um BOOM quase tão chocante quanto Arion atingindo a barreira do som.
— Não podemos chegar perto daquela coisa! — Frank disse.
— Nós temos, — Percy disse — O gigante está lá no topo.
Arion relinchou.
— Droga Hazel — o projeto de aquaman resmungou — Diga para o seu cavalo falar na sua língua.
— Sem o palavrão? Ele disse que pode nos levar ao topo.
Frank olhou incrédulo.
— Eu pensei que esse cavalo não podia voar!
Arion relinchou tão furiosamente, que até Hazel podia adivinhar que ele estava xingando.
— Cara, — Percy apontou para o cavalo. — Eu fui suspenso por dizer menos do que isso. Hazel, ele prometeu que você verá o que ele pode fazer, assim que você disser.
Revirei os olhos e me recusando a passar novamente por aquilo, assobiei com tudo, fazendo os três me lançarem olhares confusos.
Salazar surgiu de uma sombra, em seu tamanho pequeno.
Sentiu saudades?
Sorri para ele, sem conseguir me conter, e abracei o brasílico com força.
— Você não faz ideia do quanto! Pode me levar até lá em cima?
Acredito que se brasílicos pudessem sorrir, Salazar provavelmente estaria naquele momento.
Pode deixar! Mais algum pirralho vai junto?
Me virei para meus amigos.
— Alguém quer ir comigo, pelo Salazar?
Percy rapidamente levantou a mão, parecendo levemente desesperado.
— Eu!
Concordei e foquei em Salazar, ele se transformou, aumentando drasticamente de tamanho e logo um enorme brasílico estava na nossa frente, ele era simplesmente tão lindo.
Suspirei.
— Vamos, Percy.
Subi com cuidado em Salazar, me segurando nas monstruosas escamas atrás de sua cabeça, lancei uma rápida olhada para meus amigos, vendo seus olhares incrédulos.
— Estão esperando o quê?
Percy deu de ombros e me seguiu, sentando lentamente atrás de mim.
Hazel e Frank subiram em Arion, o cavalo encarou Salazar e mesmo não sabendo entender o que ele dizia, tenho certeza que era praticamente um desafio.
Salazar bufou e Percy gemeu.
— Isso vai ser uma péssima ideia e...
Quem esse cavalo idiota pensa que é para falar assim comigo?
Fiz uma careta com o tom indignado de Salazar, mas no momento seguinte ele mergulhou com tudo dentro de uma sombra, o frio parou por um momento, mas depois voltou com força.
Estranhamente, Salazar e Arion haviam chegado ao mesmo tempo no topo da montanha, os dois se encararam, se avaliando lentamente.
Ótimo, meu brasílico e o cavalo de Hazel eram extremamente competitivos.
Arion começou a correr novamente e Salazar entrou em outra sombra, surgindo do outro lado de um abismo de mais de quinze metros.
— Lá! — Percy apontou.
Tanto o cavalo quanto o brasílico pararam, à frente deles havia um acampamento romano congelado, como uma réplica gigante e medonha do Acampamento Júpiter. As muralhas de tijolos de neve encaravam o ofuscante branco das muralhas de gelo. Torres de vigilância, bandeiras de pano azul congeladas brilhavam no sol ártico.
Não havia nenhum sinal de vida, os portões estavam abertos.
Nenhuma sentinela andava no alto das paredes.
— Frank— Percy disse, — Que tal ir de a pé a partir daqui?
Frank suspirou de alívio.
— Pensei que você nunca fosse perguntar.
Salazar se abaixou para Percy descer e Frank pulo para fora de Arion, eles experimentaram dar alguns passos. O gelo parecia estável, coberto com um tapete fino de neve e ele não estava muito escorregadio. Hazel pediu para Arion ir em frente.
O brasílico diminuiu para um tamanho confortável para aguentar apenas uma pessoa, segui ao lado de Hazel e Arion com Salazar.
Percy e Frank andaram em ambos os lados, com a espada e o arco prontos. Eles se aproximaram dos portões sem nenhum desafio.
Eu podia ver diretamente abaixo a Via Praetoria. No cruzamento, em frente à Principia de tijolos de neve, uma figura alta em uma roupa escura estava presa em correntes de gelo.
— Tânatos, — Hazel murmurou.
Hazel quase caiu de Arion, mas Frank a pegou em apoio.
— Nós estamos com você, — ele prometeu — Ninguém te levará embora.
Ela segurou a mão dele.
— Eu estou bem.
Percy olhou ao redor inquieto.
— Não tem defensores? Nenhum gigante? Isso tem que ser uma armadilha.
— Óbvio, — Frank disse. — Mas eu não acho que nós temos escolha.
Salazar resmungou e eu suspirei cansada, mas Hazel e eu seguimos para os portões, sem ter muita escolha.
A planta parecia familiar – quartéis de Coortes, casas de banho, arsenal. Era uma réplica exata do Acampamento Júpiter, exceto que três vezes maior.
Paramos a três metros da figura vestida.
A figura encapuzada estava com sua cabeça erguida.
Imediatamente, todo o acampamento despertou para a vida. Figuras romanas surgiram dos quartéis, da Principia, arsenal e da cantina, mas eles não eram humanos. Eles eram sombras. Seus corpos não eram mais do que fios pretos de vapor, mas eles conseguiam unir conjuntos de armaduras escamadas, perneiras e capacetes. Espadas cobertas de gelo estavam amarradas na cintura.
Pilos e escudos amassados flutuavam em suas mãos esfumaçadas. As plumas do elmo estavam congeladas e esfarrapadas. A maioria das sombras estavam a pé, mas dois soldados irromperam dos estábulos em uma carruagem de ouro puxada por dois cavalos negros fantasmagóricos.
Frank agarrou seu arco.
— Sim, aqui está a armadilha.
Os fantasmas formaram fileiras e cercaram a encruzilhada.
Havia ao menos cem ao todo – não era uma legião inteira, mas mais que uma Coorte. Alguns carregavam o estandarte esfarrapado com o raio da Duodécima Legião, Quinta Coorte – Michael.
A expedição condenada de Varus nos anos oitenta. Outros carregavam estandartes e insígnias que não reconhecia, como se tivessem morrido em tempos diferentes, em diferentes missões – talvez nem fossem do Acampamento Júpiter.
Parecia que estávamos num filme de terror ruim.
A maioria estava armada com armas de ouro imperial – mais ouro imperial que a Duodécima Segunda Legião possuía.
— Tânatos! — Hazel se virou para a figura encapuzada — Nós estamos aqui para te resgatar, se você controla essas criaturas, diga para elas...
Sua voz vacilou. O capuz do deus caiu e o seu robe caiu enquanto ele abria suas asas, deixando-o com somente uma túnica negra sem mangas com um cinto na cintura, eu já havia o conhecido de alguns jantares no mundo inferior, mas sua aparência numa iria deixar de me impressionar.
Tânatos era assustadoramente lindo.
— Oh, — ela disse em uma voz fraca.
Os pulsos do deus estavam algemados em algemas de gelo, com correntes que iam direto ao chão da geleira. Seus pés estavam descalços, algemados nos tornozelos e também acorrentados.
— É o Cupido — disse Frank.
— Um Cupido bem lustroso — concordou Percy.
Suspirei baixinho.
— Não, esse é Tânatos — retruco lentamente — Eu preferia lhe ver quando não estava algemado.
O fantasma de um sorriso surgiu em sua expressão.
— Vocês me elogiam, — disse Tânatos. Sua voz era tão deslumbrante quanto ele – grave e melodiosa. — Eu sou frequentemente confundido com o deus do amor. Morte tem mais em comum com o amor que vocês podem imaginar. Mas eu sou a Morte. Eu posso lhes assegurar, assim como a querida amiga de vocês comentou. Olá, Primrose.
— Nós estamos... Nós estamos aqui para te salvar, — ela conseguiu dizer — Onde está Alcioneu?
— Me salvar...? — Tânatos estreitou seus olhos. — Você entende o que está dizendo, Hazel Levesque? Você entende o que isso significa?
Percy deu um passo à frente.
— Nós estamos desperdiçando tempo.
Ele balançou sua espada em direção às correntes do deus. O Bronze celestial retiniu contra o gelo, mas Contracorrente ficou presa na corrente como cola. O gelo começou a subir pela espada. Percy puxou freneticamente. Frank correu para ajudar. Juntos, eles só conseguiram liberar Contracorrente antes do gelo alcançar suas mãos.
— Isso não vai ajudar, — disse Tânatos simplesmente. — Quanto ao gigante, ele está perto. Essas sombras não são minhas. São dele.
Os olhos de Tânatos exploraram os soldados fantasmas. Eles tremeluziam desconfortavelmente, como se um vento ártico passasse pelas suas fileiras.
— Então como te liberamos? — demandou Hazel.
Tânatos mudou sua atenção de volta a ela.
— Filha de Plutão, filha do meu mestre, você de todas as pessoas não deveria me querer livre.
— Você não acha que eu sei disso? — a voz de Hazel saiu dura — Escute, Morte. Eu não voltei do Mundo Inferior e viajei milhares de quilômetros, para que me digam que sou estúpida por te libertar. Se eu morro, eu morro. Eu vou lutar com todo esse exército se for necessário. Só nos diga como quebrar suas correntes.
Tânatos a estudou durante um batimento.
— Interessante. Você entende que estas sombras uma vez foram semideuses como vocês. Eles lutaram por Roma. Eles morreram sem completar a sua missão heróica. Como você, foram mandados para os Asfódelos. Agora Gaia prometeu uma segunda vida a eles se eles lutarem por ela hoje. É claro, se você me libertar e derrotá-los, eles terão que voltar ao Mundo Inferior onde pertencem. Por traição aos deuses, eles enfrentarão punição eterna. Eles não são tão diferentes de você, Hazel Levesque. Você tem certeza que quer me libertar e condenar todas estas almas para sempre?
Frank fechou seus punhos.
— Isso não é justo! Você quer ser libertado ou não?
— Justo... — ponderou Morte — Você ficaria fascinado com a frequência que eu ouço essa palavra, Frank Zhang, e o quão sem sentido ela é. É justo que a sua vida vai queimar tão brilhante e curta? Foi justo quando eu guiei a tua mãe para o Mundo Inferior?
Frank cambaleou como se tivesse sido golpeado.
— Não, — disse Morte tristemente. — Não foi justo. Mesmo assim, era a hora. Não há justiça na Morte. Se vocês me libertarem, eu vou cumprir com meu dever. Mas é claro que essas sombras vão tentar pará-los.
— Então se te deixamos ir, — acrescentou Percy. — Seremos atacados por um monte de caras feitos de vapor negro com espadas de ouro. Tudo bem. Como quebramos essas correntes?
Tânatos sorriu.
— Somente o fogo da vida pode quebrar as correntes da morte.
— Isso fica cada vez pior — resmunguei.
— Sem enigmas, por favor? — pediu Percy.
Frank respirou trêmulo.
— Não é um enigma.
— Não, Frank, — disse Hazel fracamente. — Tem que ter outro meio.
Risos explodiram do outro lado da geleira. Uma voz rouca disse:
— Meus amigos. Eu esperei tanto!
Parado nos portões do acampamento estava Alcioneu. Ele era ainda maior que o gigante Polybotes. Ele tinha uma pele de metal dourado, uma armadura feita de ligas de platino, e um cajado de ferro do tamanho de um poste totêmico. Suas pernas vermelho-ferrugem de dragão martelaram o gelo enquanto entrava no acampamento. Pedras preciosas brilhavam no seu cabelo vermelho trançado.
O gigante se aproximou, sorrindo para Hazel com seus dentes de prata sólida.
— Ah, Hazel Levesque, — disse ele. — Você me custou muito caro! Se não fosse por você eu teria me erguido décadas atrás, e esse mundo já seria de Gaia. Mas não importa!
Ele esticou suas mãos, mostrando as linhas de soldados fantasmas.
— Bem-vindo Percy Jackson! Bem-vinda Primrose Stuart! Bem-vindo Frank Zhang! Eu sou Alcioneu, a desgraça de Plutão, o novo mestre da Morte. E essa é sua nova legião.
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