❦Chapter Forty Three - I have something to tell you
001🌹 ━━ Esse capítulo é basicamente Prim e do Jason, aaaaaaaaa.
002🌹 ━━ Apenas apreciem esse capítulo e comentem muito, obrigada.
003🌹 ━━ Alguém consegue adivinhar a música que a Prim canta?
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Capítulo Quarenta e Três: EU TENHO ALGO PARA TE CONTAR
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Primrose Stuart
FRANK NOS AJUDOU A LEVAR OS DOIS GAROTOS PARA a enfermaria, colocamos eles nas macas e eu suspirei, trocando outro olhar com Annabeth.
— Obrigada pela ajuda, Kung Fu Panda.
O garoto forçou um sorriso.
— Qualquer coisa que você precisar, Prim.
Baguncei seus cabelos e o observei sair pela porta da enfermaria, então me virei para os dois semideuses que estavam inconscientes nas macas. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fiquei no espaço entre os dois, colocando uma mão em cada um.
Agora eu só precisava escolher uma música para cantar.
— Porque depois de todo esse tempo, eu ainda gosto de você. Eu deveria ter superado todas as borboletas, mas ainda gosto de você, ainda gosto de você, e amor, mesmo nas nossas piores noites, eu ainda gosto de você, eu ainda gosto de você. Deixe eles perguntarem como chegamos tão longe, porque eu realmente não preciso questionar, depois de todo esse tempo, eu ainda gosto de você.
Lentamente a cor começou a voltar para o rosto dos dois, Annabeth me encarou impressionada e eu percebi que ela ainda não sabia sobre aquele meu pequeno talento.
— O que foi isso?
— Sou legado de Apollo — expliquei — e tenho esse dom onde consigo curar pessoas se cantar, sim, eu sou a Rapunzel do desenho Enrolados.
Annabeth concordou.
— Isso parece legal.
Dei de ombros.
— Na maioria das vezes é, mas eu acho meio merda ser parente do Octavian.
Percy piscou e lentamente se sentou na maca, lançando olhares confusos ao redor, tentando se situar.
— Como vim parar na enfermaria?
— Agradeça ao Frank — Annabeth murmurou — Como está se sentindo?
Ele suspirou.
— Como se estivesse esgotado.
— Deveria descansar então — comentei e então me sentei na beirada da maca de Jason — vocês gastaram muita energia para fazer aquela tempestade, então aproveita para descansar enquanto tudo ainda está sob controle.
Annabeth sorriu para ele.
— Quer ir para a sua cabine, cabeça de alga?
— Acho que vou aceitar.
Observei os dois saindo e suspirei, olhando para as minhas próprias mãos. Não conseguia nem imaginar quantos romanos havia deixado Salazar ferir para salvar meus companheiros.
Eu havia traído a minha família.
— Você pensa demais.
Quase pulei de susto, estava tão distraída pelos meus pensamentos que mal notei que o loiro já havia acordado e estava me encarando.
— Ei, como está se sentindo?
Jason deu um sorriso fraco e se sentou na maca.
— Já estive melhor — murmurou — E você? Parece que mil coisas estão passando pela sua cabeça nesse momento.
Tentei parecer tranquila e relaxada, mesmo sabendo que Jason ia perceber que não era realmente natural. Por um momento, pensei em todos os momentos que tivemos, todas as missões, todas as vezes que ficamos entre a vida e a morte.
Eu sentia falta de Beatrice, era ela que nos equilibrava.
— Nós juramos lealdade ao Acampamento quando entramos para a Legião, hoje nós os traímos e lutamos com nossos irmãos de armas — sussurrei — somos traidores de Roma, vamos ser caçados, eliminados sem piedade, não temos mais um lar.
Ele suspirou.
— Prim, se a gente não fizesse isso, não vamos mais ter uma casa para voltar. Estamos fazendo isso para impedir Gaia e impedir que pessoas inocentes morram.
— Então porque me sinto tão mal?
Jason me puxou para um abraço apertado.
— Está tudo bem se sentir assim, Prim, quer dizer que você se importava com aquelas pessoas. Nós vamos dar um jeito, vamos resgatar Beatrice e Nico, os romanos vão entender nosso lado, então vamos derrotar Gaia e vamos voltar para o Acampamento, terminar nossos anos de serviço para a Legião e então entrar para a faculdade.
Forcei um sorriso.
— Parece um sonho impossível agora.
— Mas vamos conseguir, a gente sempre consegue, lembra?
Senti algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto, que rapidamente limpei, não querendo ser uma boba sentimental.
— Preciso te contar algo.
Jason me apertou ainda mais contra o seu corpo.
— Você pode me contar qualquer coisa.
— Meu pai morreu — sussurrei, tentando fazer com que a minha voz não falhasse — o câncer voltou, ele morreu na noite em que voltamos do Alasca e derrotamos o exército, quase não consegui chegar a tempo ao hospital para ver ele uma última vez.
O silêncio que seguiu foi longo e tenso, o corpo de Jason tremeu por um momento e ele me agarrou ainda mais forte, sua cabeça encostou no meu ombro e eu senti o tecido da minha camiseta molhar. Sabia que Beatrice e ele não lidariam bem com a notícia, afinal, Liam também foi um pai para os dois e realmente os amava.
— Ele me ajudou a procurar vocês — murmurei — espalhando cartazes de desaparecidos com suas fotos por toda San Francisco, contratamos até um investigador particular.
Ele soluçou.
— E-eu não sabia que ele estava doente de novo.
— Ninguém sabia, papai não contou para ninguém. Não tive tempo para lidar com a notícia, porque ele morreu e eu quase não consegui me despedir, Jason, ele estava tão fraco e...
Não achei palavras para explicar como foi vivenciar aquele momento, ver meu pai morrer e simplesmente não poder fazer nada para impedir.
— Eu sinto muito.
— Eu também, ele era bom demais para esse mundo.
Ficamos ali, abraçados em silêncio, tentando absorver o fato que uma pessoa tão incrível quanto Liam Stuart havia morrido de uma forma tão humana.
Depois de algum tempo, consegui arrastar Jason para a minha cabine, onde achamos um jeito confortável de deitar os dois na cama de solteiro. Na última guerra, pensei que nada poderia ser pior que aquilo, aquele sentimento que me sufocava, mas agora me sentia estúpida.
A guerra que entramos era muito pior.
— Deveria dormir um pouco, para recuperar a energia — murmurei.
Jason suspirou.
— Isso tudo é uma droga — sussurrou — Somos forçados a ir em missão suicida para missão suicida, impedir o fim do mundo, perder pessoas que amamos, sermos controlados como malditas marionetes dos deuses que não são capazes nem de nos dar um mísero obrigado.
— Eu sei como você se sente.
— A gente deveria ter tido paz depois da última guerra, deveríamos terminar nossos anos servindo na legião, entrar na faculdade, nos casarmos e conseguirmos um apartamento bonitinho.
Eu o encarei, surpresa.
— Você tinha tudo planejado?
Ele corou.
— Sim.
Apoiei a cabeça em seu peito, ouvindo os batimentos acelerados do seu coração.
— Talvez a gente ainda consiga realizar isso.
— Se sobrevivermos.
— Se sobrevivermos.
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